Não consigo ficar sem você

Alexia respirou fundo, buscando forças para enfrentar o que estava por vir.

— Eu estou bem, Fred. Apenas quero resolver as coisas e voltar para casa ver, Brayan.— Respondeu ela, com o pensamento no menino. — Essa burocracia para descobrir quem é os pais do menino... Fred, eu não posso desistir dele, nem agora, nem nunca. Brayan precisa ficar comigo.

Fred a abraçou, sentindo se triste por saber que ela poderia ter seu filho nos braços, se não fosse o acidente. E também ela sabe que as coisas da adoção de Brayan não iria ser tão simples assim. Uma investigação irá começar e agora eles estão lutando para que Brayan não tenha que ir para um orfanato, para que ele fique com ela até resolver tudo. Mas infelizmente Alexia corre um grande risco de perder ele.

— Nós vamos resolver isso mais rápido possível, Alexia, não podemos perder a fé.— Disse ele, tentando passar confiança. — Você não está sozinha, conte comigo, sempre.

Ela estava decidida a dar uma nova vida a Brayan, independentemente do que o futuro lhe reservasse com Benício.

Quando cai a noite Alexia está sozinha deitada na cama, ela fica inquieta com a energia familiar que essa cidade a trouxe. Ela pega o celular e coloca para carregar. Ão ligar vê inúmeras ligações de Benício. Ela havia esquecido de avisa-lo que estaria na França, Alexia disse que ia comprar o que precisava, porém não falou que era em Paris, na cidade que ela nasceu.

— Amor, onde você está?— Benício pergunta preocupado. Ela sorri, pois gosta de sentir esse cuidado.

— Desculpa, amor, esqueci de te avisar. Vim para França...— Ela responde, Benício que estava sentado levanta desesperado levando a mão na cabeça.

— França? Por que na França? Você vai passar a noite aí?

— Sim, já está tarde, encontrei os produtos que eu estava procurando, porém um outro assunto... me fez ficar.— Ela fala lembrando do pequeno Brayan.— Estou deitada, nossa... hoje foi corrido.

— Você sentiu algo estranho aí?— Ele pergunta com medo da resposta.

— Estranho? Bom, sim, algumas pessoas me olhavam como se me conhececem... e fora que assim que cheguei aqui senti como se fosse tudo tão familiar. Nós já viemos juntos aqui?

— Não... que hotel você está?— Benício pergunta, Alexia fala o nome do hotel e o número do quarto.— Amor, vou ter que desligar. Te amo, tá?

— Já? Pensei que ficaria com saudades...— Ela murmura.

— Eu estou. fica bem. Tchau.

Alexia desliga e fica pensativa, o sono que ela estava sumiu de tanto ficar pensando no porque dele desligar tão depressa.

Ela lê algumas revistas e na capa de uma delas, estava Matheo como o empresário mais bem sucedido da cidade, nome da empresa Laurent em letras maiúsculas. Seus olhos encaram por um bom tempo sua imagem, ela repete o nome Laurent mais de uma vez na cabeça, achando interessante ela folheia algumas páginas lendo a história por trás da empresa, o nome do seu pai aparece algumas vezes, até que desiste de continuar lendo, pois estava sentindo muita dor de cabeça, na sequinte página havia uma foto da Alexia, Matheo nunca deixou de procura-la, hoje muitos não dão importância, já que acham que ele criou uma obsessão por Alexia. A verdade bem ali nas suas mãos, porém ela não chegou a ver.

Ela liga a televisão, faz alguma coisa para comer, deita novamente, levanta, senta na frente da janela e nada do sono voltar, toma um banho morno, escovas os dentes novamente e fica sentada olhando para grande e iluminada Paris.

— Que drogra, já são 3 da madrugada.— ela resmunga encarando o celular.— Benício deve estar dormindo.— Ela suspira pesadamente.

Uma batida na porta faz com que Alexia fique com medo. Ela caminha descalça até a porta e vê pelo monitor de segurança, que era Benício. Ela abre rapidamente, um pouco assustada e surpresa.

— Amor?

— Que sorte te encontrar acordada.— Ele fala colando os lábios nos delas, ele a levanta no colo e Alexia prende as pernas na cintura dele.— Não consigo ficar sem você, aquela casa é tão vazia quando você não está!

— Que bom saber disso...— Ela sussura.

— Eu fiquei preocupado, não consegui dormir pensando em você sozinha aqui. Vim o mais rápido que pude.— Benício diz abraçando-a forte.

Alexia se sente grata e feliz por Benício ter vindo até ela tão rapidamente, mesmo estando tão longe. Ela sente-se amada e protegida em seus braços.

— Obrigada por vir, Benício. Estava me sentindo um pouco sozinha. Mas agora, com você aqui, estou bem melhor.— Ela diz com um sorriso nos lábios. Ainda com ela no colo ele senta no sofá e fica com ela abraça.

— Sempre estarei aqui para você, meu amor. Não importa a distância, estarei ao seu lado. Eu te amo, nunca, mais nunca se esqueça disso.— Benício diz, olhando nos olhos dela com carinho.

Alexia sente seu coração se encher de amor e gratidão por ter alguém tão especial como Benício ao seu lado. Ela o abraça com força, sentindo-se completa e feliz.

— Eu também te amo, Benício. Muito, muito mesmo.— Ela diz, com lágrimas nos olhos.

— Por quê está emocionada?— ele pergunta preocupado.

— São lágrimas de alegria, sempre quis ter você assim, sem cobrança, desconfiança.— Ela fala e Benício com o polegar limpa suas lágrimas que escorria por seu rosto.

— Desculpa, amor. Nunca imaginei que eu fui tão babaca com você.— Ele fala sentindo todo o peso da culpa.— Esse Benício morreu, então se acostume por que vou grudar que nem chiclete.

— Bem grudadinho?— Ela fala fazendo charminho.

— Bastante, olha...— Benício toma os lábios de Alexia num beijo demorador. Os dois ficam assim por um tempo, curtindo a presença um do outro. Alexia sente-se abençoada por ter Benício enfim está tratando-a como ela sempre esperou ser tratada em sua vida, e sabe que, não importa o que aconteça, eles sempre estarão juntos.— Vamos dormir, amor. Amanhã teremos um dia incrível juntos aqui em Paris.— Benício diz, levando Alexia para a cama.

Eles se deitam juntos, abraçados, e logo pegam no sono, sentindo-se acolhidos e amados. Este momento fortaleceu o vínculo entre eles, fazendo com que Alexia sentisse ainda mais apaixonada por Benício.