O Verdadeiro Poder do Mapa Mágico

Mesmo tendo dormido muito tarde ontem, acabei acordando antes das 6 horas.

O propósito de acordar tão cedo é explorar o máximo possível do castelo até as 9:00, quando começa a aula de Feitiços.

Normalmente seria bem difícil explorar Hogwarts em 3 horas, por causa do tamanho e da sua estrutura complexa com mais de 140 escadas que mudavam de lugar dependendo da hora e dia, mas infelizmente para o arquiteto do castelo, eu possuo um mapa mágico.

Posso ver não apenas para onde cada porta, escada ou corredor vai, como também posso ver todas as passagens secretas e atalhos.

Só caminhando até o dormitório ontem, o mapa mágico registrou várias passagens secretas.

"Bom dia!"

Gritei para meus colegas de quarto, que ainda estavam dormindo.

"O dia nem começou ainda. Como você sabe que vai ser bom?" Perguntou Noah, acordando.

"Ah, cara. Estava tendo um sonho tão bom!" Reclamou Terêncio.

"Vamos lá. Olha esse sol, que magnífico!"

Abri as cortinas da janela para a luz entrar.

Mas, infelizmente o sol não nasceu ainda.

"Ainda está tão cedo! Não sei vocês, mas eu vou voltar a dormir!"

Dito isso, Terêncio realmente voltou a dormir.

"Agora que já acordei, vou olhar nossa biblioteca particular." Falou Noah, se trocando.

"Bom, vou explorar o castelo. Vejo vocês mais tarde."

Assim que sai do dormitório.

Mesmo sendo tão cedo já havia vários alunos mais velhos na sala comunal.

"Bom dia!"

Cumprimentei todo mundo no caminho até a entrada.

"Ok. Hora de testar essas passagens secretas."

Havia uma passagem próxima ao começo da escadaria da torre da Corvinal. Ela exigia resolver uma espécie de quebra-cabeça para abrir, mas felizmente a forma de resolvê-lo era visível no mapa mágico.

Entrando na primeira porta a esquerda depois da escadaria, me deparei com uma parede sólida, havia uma árvore entalhada nela.

A árvore possuía dezenas de galhos cada um com uma fruta diferente.

"Maçã, kiwi, laranja..."

Toquei com a varinha em cada fruta seguindo a ordem indicada pelo mapa, até finalmente os tijolos da parede se abrirem dando passagem para um corredor escuro. Esse mecanismo me lembrou do beco diagonal.

"Lumos!"

Apos ascender a varinha eu entrei no corredor.

Seguindo a passagem secreta, cheguei na minha primeira parada, Salão principal.

Havia vários alunos já presentes, a maioria deles eram do quinto ano para cima.

Profa. McGonagall e Dumbledore também já estavam sentados em sua mesa, conversando.

Cheguei na mesa da Corvinal, que tinha o menor número de alunos, o motivo é que quase todos eles ainda estão na sala comunal aproveitando nossa biblioteca.

Vários pratos com diversos tipos de comida e sobremesas surgiram assim que me sentei.

Enquanto comia, abri meu status.

[Perfil:

Nome: Edward Noth

Gênero: Masculino

Idade: 11

Estatísticas:

Força: 05

Agilidade: 03

Resistência: 03

Inteligência: 18

Misterioso: 01

Charme: 06

Sorte: 9

Afiliação: Corvinal

Varinha: Abeto e núcleo de dragão, 26 centímetros, boa e flexível

Posses: Anotações de Rowena Ravenclaw, Poção da Sabedoria

Potencial: Médio

Talento inerente: N/a

Habilidades Mágicas: Compreensão Melhorada, Leitura Dinâmica, Memória Fotográfica, Percepção Sensorial, Percepção Mágica, Ciência da Dedução

Pontos de Talento: 558

Recompensa: Nenhuma]

"558 pontos..."

Essa é uma boa quantidade de pontos, mas a maioria dos talentos interessante são muito caros e ainda falta metade de um mês para a promoção na loja mágica.

Então é melhor guardar esses pontos para mais tarde, sem falar que meus talentos atuais já são o suficiente para o primeiro ano.

Olhei para a missão que apareceu hoje cedo.

[Vida estudantil: missão Diária.

Discrição: Marque presença em todas as aulas.

Recompensa: 30 pontos de talento, Orbe de Talento (Apenas uma vez)]

As missões diárias finalmente apareceram.

Agora posso ganhar 30 pontos por dia apenas indo às aulas. Se eu conseguir economizar, terei pelo menos 8000 pontos até o final do ano letivo.

Agora pude me sentir aliviado, pois tenho fonte confiável de pontos, afinal não sei quando posso conseguir missões normais.

Quanto ao 'Orbe de Talento' deveria ser o mesmo que as caixas, por isso não tenho tanto interesse por ele.

"Vejamos, tenho pouco mais de 2 horas até o início da aula."

Saindo do salão principal, eu olhei para os infinitos corredores.

"Acho é suficiente para explorar o primeiro andar de Hogwarts."

Ou assim eu esperava.

Mas o castelo de Hogwarts era simplesmente muito grande.

Mesmo com o mapa mágico mostrando cada detalhe das salas e corredores da escola, foi impossível explorar tudo.

Eu estava preparado para isso, mas vendo com meus próprios olhos, ainda fiquei surpreso.

Havia incontáveis tipos de escadas e passagens estranhas, que sempre mudavam de direção.

A escadaria principal era ainda mais estranha. Ocupava uma grande área e havia inúmeras escadas e plataformas se movendo aleatoriamente entre os andares.

Se eu não possuísse o mapa mágico, tenho certeza que me perderia nesses corretores, felizmente esse não é o caso.

Duas horas foi o suficiente apenas para o mapa mágico registrar 1/5 do primeiro andar de Hogwarts.

Outro problema foi que o mapa também registrou a presença de centenas de retratos mágicos.

O número era tão alto que precisei usar a função de 'filtrar' para ocultar quase 90% deles.

"Agora preciso ir para a aula!"

O sino da primeira aula já havia tocado, então eu estava correndo as pressas pelo corredor.

Mas na metade do caminho, eu notei algo diferente no mapa. Havia um aluno chamado "Mike Purp" com uma exclamação amarelo ao lado do seu nome.

Por reflexo, cliquei no nome dele.

Então uma tela surgiu.

[Missão Aleatória: Perdido nos corredores.

Discrição: Um aluno da Lufa-Lufa se perdeu pelos corretores a caminho da aula. Ajude ele a chegar na sala a tempo.

Tempo restante: 00:03:46

Recompensa: 15 Pontos.]

"Que!?"

Posso encontrar missões pelo mapa?

Isso está se tornando cada vez mais com algum tipo de jogo rpg, mas como isso me ajuda, só posso agradecer.

Assim será infinitamente mais fácil para mim ganhar pontos.

Como havia um limite de tempo, partir o mais rápido possível em direção ao jovem aluno da Lufa-Lufa.

O estudante Mike, havia acabado de sair de uma sala com o rosto bastante impaciente, enquanto ele se preparava para entrar em outra porta, me aproximei.

"Oh, precisa de ajuda?"

Ele se virou para mim com um sorriso sem graça.

"Estou perdido." Disse ele. "Esse castelo é muito grande e não tem nenhuma placa de sinalização, e os fantasmas não ajudam em nada..." acrescentou reclamando.

"Eu sei como é. Então para onde você está indo, talvez possa te ajudar."

"Estufa, aula de herbologia. Provavelmente já estou atrasado." Lamentou ele.

"Haha, eu sei onde fica. Vamos lá, te mostro o caminho." Propus sorrindo.

"Muito obrigado."

Usando uma passagem secreta, eu o acompanhei até sua sala de aula. Foi fácil e não levou nem 3 minutos.

[Missão Aleatória: Perdido nos Corredores. Completo.]

[Você recebeu 15 pontos de talentos]

Olhando para a distância entre mim e a sala de feitiços, suspirei.

"Minha vez de correr até a sala. Também não quero chegar atrasado no primeiro dia de aula."

Infelizmente, nem tudo é como queremos.

"Chegar atrasado no primeiro dia. Você deve se esforçar mais." Falou o Prof. Flitwick.

"Desculpa. O Castelo é enorme e não tem placas." Respondi com um sorriso de desculpas.

"Verdade." Ele sorriu.

A sala de aula tinha três fileiras de mesas, todas de frente para a mesa do prof. Flitwick, logo havia atrás uma grande cadeira.

Na parede havia uma pequena prateleira com livros e outros objetos, debaixo de um par de janelas.

O lugar onde me sentei foi ao lado de Terêncio.

Todos pegaram seus livros, mas não eu. Afinal já o decorei o livro de feitiço inteiro.

"Agora que todos estão presentes." Assim a aula começou. "Vamos começar com a introdução da magia."

O prof. Flitwick fez uma pausa e quando viu que todo mundo estava prestando atenção, continuou.

"A magia que conhecemos hoje é muito diferente da magia da antiguidade..."

O prof. Flitwick começou sua palestra de como a magia mudou e se adaptou ao longo da história. E como diferentes culturas a usam de formas diferentes, como os bruxos de Wagadou que raramente usam suas varinhas.

Seu discurso durou metadade da aula, quanto a outra metade foi sobre tipos de feitiços.

"Os feitiços são ações-mágicas usadas ​​pelos bruxos para conseguir efeitos úteis utilizando a criatividade." Ele fez uma pausa e olhou para nós. "Existem três diferentes tipos de feitiço: os de efeito, os impactantes e os corpóreos."

Então ele perguntou.

"Alguém sabe o são os feitiços de efeitos?"

Eu sabia a resposta, mas antes mesmo de pensar em responder quase todo mundo levantou a mão.

A Corvinal é meio complicado.

"Senhorita?" O prof. Flitwick olhou para Padma.

"Feitiços de efeito são aqueles que possuem um efeito único e específico. Ou seja, sob qualquer circunstância, eles sempre farão a mesma coisa." Respondeu ela.

"Como se chama a senhorita?" Perguntou o professor.

"Padma Patil."

"Muito bem! sonhorita Patil. 5 pontos para a Corvinal."

A garota sorriu feliz.

Mas a atmosfera na sala ficou estranha, todo mundo parecia mais concentrado que normal.

"Agora, alguém pode me dizer..." O professor nem terminou o que tinha para dizer e metade dos estudantes ja havia erguido a mão. Ao invés de surpreso, ele apenas sorriu e apontou para um garoto.

"Os feitiços impactantes, como nome diz, possuem uma função básica: impactar o adversário. Seu efeito é único para qualquer feitiço que entre nesse grupo. As únicas diferenças entre um e outro são as suas respectivas colorações e a força de seu impacto."

"Seu nome?"

"Marcus Mildref."

"Maravilhoso, senhor Mildref. Mais 5 pontos para Corvinal." Falou animado o professor.

A aula continuou assim, com os alunos competindo para responder as perguntas do Prof. Flitwick sempre que ele as fazia.

Não tive tempo de responder nenhuma, porém não me importo de qualquer forma.

Próximo do fim da aula, disse.

"Peguem suas varinhas."

Assim que peguei a minha, ele balançou levemente a sua varinha e um cadeado trancado surgiu em cima da minha mesa, aconteceu o mesmo com os outros alunos.

"Alohomora. Esse é o feitiço que vão aprender hoje. Ele é um feitiço do tipo efeito usado para abrir portas e janelas trancadas com magia." Prof. Flitwick apontou a varinha para o cadeado na sua mesa e pronunciou o feitiço. "Alohomora!"

Não teve nenhuma luz ou som, e mesmo minha percepção mágica não notou nada de poder mágico, mas com um "click" o cadeado se abriu.

Minha conclusão é que esse feitiço é tão fraco que um bruxo como o Prof. Flitwick não precisa usar quase nada de poder mágico para realiza-lo.

"Agora vocês podem tentar."

Lembrando do ritmo, velocidade de balanço da varinha e pronúncia, move levemente a varinha para o cadeado.

"Alohomora!" Falei suavemente.

"Click" o cadeado se abriu.

"Foi mais fácil do que o esperado."

O cadeado aberto se fechou sozinho, então lancei o feitiço nele novamente o abrindo mais uma vez.

"Oh, muito bem, maravilhoso. Qual teu nome, jovem?" Perguntou o professor que Deus sabe quando apareceu do meu lado.

"Edward Noth." Respondi surpreso.

"Foi um ótimo feitiço, senhor Noth." Elogiou ele.

"Obrigado."

No final da aula todos os alunos já haviam realizado com sucesso o feitiço.

Não sei se o feitiço era muito simples ou se os Corvinos eram muito tryhard, pois após me verem completar o feitiço de primeira eles entraram no modo 'Mago Implacável' e um após outro realizaram o feitiço com sucesso.

Então o sinal de fim de aula tocou.

"Ok. Como atividade de casa quero uma redação sobre a teoria do Feitiço Alohomora, de pelo menos 7 linhas, para a próxima aula." Avisou o professor.

A próxima aula era de História da Magia.

A aula é dada pelo professor Binns, um fantasma que era tão dedicado a ensinar que mesmo após a morte ele insiste em continuar a dar aulas.

Noah, Terêncio e eu seguimos pelos corredores em direção a aula de história.

Olhando o mapa, havia pelo menos 5 passagens secretas que encurtaria o caminho em 50%, mas achei melhor apenas andar com o resto dos alunos.

Mas ao olhar o mapa mágico, mudei de idéia na hora.

"Vocês vão indo na frente. Preciso passar em um lugar primeiro" falei para eles.

"Onde você vai?" Perguntou Noah.

"Ver um conhecido."

Dois para ser exato.

"Quem? Estamos no primeiro dia e você já conhece alguém de outra casa?"

"Óbvio! Eu sou muito sociável!"

"Claro que é." Terêncio retirou os olhos.

Logo me separei deles, entrei em uma passagem secreta que ficava atrás de um quadro encanto.

Eu sorri ao olhar para a missão que apareceu.

[Missão Aleatória: Perdido nos corredores (2).

Discrição: Suas amigas Ana Abbott e Susana Bones se perderam a caminho da aula. Como um bom amigo é seu dever ajudar elas a chegar na sala de transfiguração a tempo.

Tempo restante: 00:04:57

Recompensa: 30 Pontos.]

Seguindo a passagem secreta, sai um pouco a frente delas. Ambas ficaram surpresas ao me ver sair de trás de um quadro.

Fingir surpresa ao vê-las.

"Oh, hey meninas! Tudo bem?" As cumprimentei.

"Edward!?"

"Porque você saiu de trás desse retrado?" Perguntou Susana. "É algum feitiço? Me ensina?"

Seus olhos brilharam enquanto olhava para o retrato.

"É uma passagem secreta que leva até o corredor da sala de feitiços. Meu tio me falou muitas passagens secretas, eu estava testando elas."

A última parte era mentira.

Mas não posso dizer que tenho um mapa mágico.

"Incrível!" Ambas exclamaram.

"Sim! Já encontrei várias passagens. Tem um que leva até a estufa, tem outra que leva até a sala de transfiguração e tem..."

Ana me interrompeu na metade da frase.

"Voce sabe como chegar na sala de transfiguração?" Perguntou ela.

"Sim. Porquê?"

"Estamos perdidas." Confessou ela.

"Castelo é enorme!" Reclamou Susana.

Concordei com ela.

"É! E nem tem placas!"

"Sim!"

Reclamamos juntos da falta de sinalização nos corredores de Hogwarts.

"Há uma passagem que leva próximo a sala de transfiguração no final do corredor!" Falei.

"Sério? Então vamos logo, não quero me atrasar de novo."

"Claro."

Então fomos a passagem secreta, que nos levou rapidamente até o corredor onde ficava a sala de transfiguração.

"Muito obrigada, Edward!"

"Sim! Obrigada."

Elas rapidamente abriram a porta da sala e não havia sinal da Profa. McGonagall, mas sentado sobre a mesa estava um gato de pelugem laranja com listras pretas em forma de óculos ao redor dos olhos.

"Felizmente, não chegamos atrasados! Obrigado Deus!" Agradeceu Ana.

O gato lançou olhares severos para as meninas e assim que ele olhou para mim, eu escapei de lá o mais rápido possível.

[Missão Aleatória: Perdidos nos corredores (2). Completo.]

[Você recebeu 30 Pontos de Talentos]

A felicidade de ganhar mais pontos, se foi assim que percebi que ia me atrasar de novo.

Entrei na sala esperando ser repreendido pelo prof. Binns, mas ele nem me notou ou simplesmente não se importou.

Me sentei, enquanto o prof. Binns continuava falando sobre acontecimentos históricos um atrás do outro, sem ligar se estamos realmente ouvindo ou não.

Noah, Terêncio e os outros alunos da Corvinal anotavam tudo que ele dizia. Quanto a mim, eu não me importava tanto com história.

Do começo ao fim, a conversa entre alunos nessa aula foi mínima.

Terminando a aula fomos para o salão principal. E para dar uma boa impressão mostrei uma das passagens secreta até o salão.

"Como você descobriu essa passagem?" Perguntou um dos alunos do primeiro ano.

"Olhei atrás de quase todos os quadros do primeiro andar!" Fingir estar orgulhoso e fiz uma cara de 'me elogie'.

"Incrível."

Sorri triunfante(fingi) e junto dos demais alunos, fomos nós sentamos na mesa da Corvinal.

O Salão estava lotado como sempre. Os professores conversavam entre si na mesa dos professores.

Meu olhar parou no prof. Quirrell, na turba dele para ser mais específico. O que aconteceria se eu tirasse sua turba na frente de todo mundo?

Provavelmente, eu não conseguiria mesmo se tentasse, afinal ele faz parte do plano de Dumbledore para o trio de ouro, sem falar que não quero me envolver com qualquer coisa que envolva o lord das trevas.

Enquanto estava pensando nessas coisas, Ana e Susana vieram até mim.

A primeira a falar foi Susana.

"Você não vai acreditar no que aconteceu na aula de transfiguração!"

Eu posso imaginar com certeza.

Mas vamos seguir o fluxo.

"Deixa eu adivinhar. Voce descobriu é um talento milenar em transfiguração?" Falei brincando.

"Infelizmente, não." Respondeu ela.

Ana que cansou de esperar falou.

"Lembra do gato em cima da mesa da Profa. McGonagall?"

"Sim. Muito fofo, a propósito."

"Então, esse gato era, na verdade a professora McGonagall."

Fingir estar perplexo, mas logo sorri.

"Isso é brincadeira, né?"

"Não. Ela é um animago. Então, se encontrar um gato na aula dela, comprote-se."

Depois disso, conversamos sobre as aulas e coisas que fizemos nelas por um tempo.

O sinal da próxima aula tocou.

Antes de nos separarmos, Susana me avisou de novo.

"Lembre-se, se você ver um gato na mesa, comportesse!"

"Sim, senhorita!"

Próxima aula, transfiguração.

A aula que mais estou ansioso.

Usando o mapa, conduzi toda a turma pelos corredores até a sala de transfiguração.

Quando chegamos na sala, a professora McGonagall já estava nos atrás de sua mesa, com seus óculos apoiados na ponta de seu nariz fino.

Os quadros da sala já estavam preenchidos com pequenas informações.

Ela nos encarava com seus severos olhos repletos de atenção.

Mas assim como ela nos olhava, eu olhava para ela.

Ativei a habilidade 'ciência da dedução' no momento em que me sentei.

Poderosa, rigorosa, bondosa e justa. Esses foram apenas uns dos muitos aspectos que vi nela.

Mesmo sem sentir nenhum pingo de poder mágico nela, eu que li os livros sabia o quão poderosa ela é. Provavelmente perdendo apenas para Dumbledore e Snape.

Após confinar que todos estão nos seus devidos lugares, a professora McGonagall falou com a voz firme.

"A Transfiguração é uma das mágicas mais complexas e perigosas que vão aprender em Hogwarts. Quem fizer bobagens na minha aula vai sair e não vai voltar mais. Estão avisados."

Ela falou exatamente a mesma coisa no livro para os alunos da grifinoria, então acho que é uma espécie de aviso padrão para novos alunos.

Erguendo a varinha ela transformou a mesa em porco laranja e após volta em mesa.

No momento em que ela puxou a varinha, me concentrei ao máximo nela, tentando entender algo, mas foi inútil.

"Espero que vocês possam fazer pelo menos isso no futuro." Falou ela.

Uma aluna ergueu a mão.

"Sim?"

"Nos podemos fazer isso nesse ano?" Perguntou a aluna.

"Esse ano? Se vocês conseguirem fazer isso antes do quarto ano, estarei satisfeita." Respondeu McGonagall.

Ela veio até a frente da turma e começou seu discurso.

"Afinal, o que é Transfiguração? Transfiguração é a magia que permite que o bruxo transforme um objeto, animal, ou ser humano em algo que ele deseja, ou seja, a transfiguração é a magia que consegue mudar a fisiologia, a forma molecular e a estrutura do objeto original para sua nova forma..."

E assim ela nos deu uma introdução ao ramo da magia que chamamos de transfiguração.

Mesmo sem ela dizer, eu anotei tudo o que ela disse, só por precaução.

A Profa. McGonagall disse.

"Agora abram o livro!"

Todos rapidamente abriram o livro de transfiguração, inclusive eu. Mesmo tendo decorado o livro inteiro, não queria que ela pense que estou desprezando sua aula.

"Quero que vocês leiam a introdução da transfiguração na página 23, façam um pequeno resumo de tudo que entendeu dela." Ordenou ela.

Segurando o livro, fui até a página designada. 'Introdução da transfiguração: Peso e forma'.

Toda a página descrevia como conhecer tanto o peso quanto o forma de um objeto pode auxiliar tremendamente na transfiguração.

Depois que lemos e fizemos os resumos da introdução à transfiguração, a professora acenou com a varinha e um palito de fósforo surgiu em nossas mesas.

"Vocês ja entraram em contato com a teória da transfiguração, mas a partir de agora vão entrar na parte prática. Tudo o que vocês precisam fazer é isso!"

Com outro aceno de varinha, o palito de fósforo sobre sua mesa se transformou em uma agulha.

"Pode parecer simples apenas olhando. Mas todo e qualquer processo de qualquer forma de Transfiguração, passará obrigatoriamente por três etapas. Essas etapas serão essências para o resultado."

Ela então retornou a agulha de volta a um palito normal.

"Irei demonstrar todas as três etapas. A primeira etapa é a intenção do lançamento, que é quando você decide transformar algo em outra coisa. Como essa etapa acontece dentro da nossa cabeça, pularemos para a próxima."

Ela ergueu levemente a varinha e metade do palito de fósforo se transformou em agulha. Resultando em um palito metade agulha e metade fósforo.

"A segunda etapa é a transfiguração parcial do alvo. Isso significa que você está impondo sua vontade e magia com sucesso no alvo."

Mais um aceno de varinha e todo o fósforo virou uma agulha.

"A terceira etapa é a transfiguração completa. Você deve expandir ainda mais sua vontade e magia. Então você terá mudado com sucesso um objeto em outro. Como eu disse antes, não será tão fácil quanto parece."

Continuou ela.

"Na maioria das vezes, não é possível observar a olho nu as três etapas do processo de transformação, mas ela sempre ocorre. Esse modelo sempre servirá para Transfiguração e para entendimento melhor dela. Agora é hora de vocês tentarem."

Terminou a professora McGonagall.

Seguindo todo o processo que ela falou, ergui a varinha e tentei transformar o fósforo em agulha, mas nada aconteceu. Os demais alunos também fracassaram.

E a aula se seguiu com todo mundo tentando transformar o palito em agulha. No fim da aula, ninguém conseguiu nem mesmo transformar medade do fósforo em agulha.

Enquanto todo estavam se preparando para sair, tentei uma última vez usando a habilidade 'ciência da dedução' segui as três etapas fielmente.

Primeira etapa, decidir transformar o fósforo em agulha.

Imaginei todo o processo de transformação em camera lenta na minha mente.

A segunda etapa, impor minha vontade e magia para fazer o objeto mudar parcialmente.

Usando minha concentração máxima, não apenas imaginei a fósforo mudando para um palito como também ordenei mentalmente que ele se transformasse.

Terceira etapa, expandir ainda mais minha vontade e magia.

Assim eu fiz, tentei forçar minha vontade ainda mais, porém não sabia como.

Todo esse processo acima durou apenas alguns segundos.

Mas quando minha varinha tocou o palito, ele mudou levemente sua forma, ficando mais pontiagudo e da cor prata.

"Oh??"

Eu consegui!

Conseguir mudar parcialmente o fósforo.

Foi uma pena que ninguém viu, nem mesmo a professora McGonagall, ela provavelmente me elogiaria. Não que eu esteja procurando elogios, mas se alguém leu os livros de Harry Potter, essa pessoa definitivamente gostará de ser elogiado pela Minerva McGonagall. Afinal, ela é a professora favorita de todo mundo.

"Isso é apenas o começo."

Mesmo sendo apenas metade de um palito, eu ja conseguia me imaginar transfigurando um pequeno rato em um gigantesco dragão.