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Fui convocado para um outro mundo, mas não sou o herói (Pt-Br).

O Rei Demônio despertou após um longo sono. Ameaçando novamente o mundo de Artheron, as deusas se viram obrigadas a convocar o inimigo natural do Rei Demônio, o Herói. Para dar fim a luta de 1000 anos e trazer a paz definitiva. Mas durante a convocação, ocorreu um único problema… *Idioma é Português-Brasil. *Listada como fanfic pois tem um enredo fortemente inspirado em uma light novel existente. *Muitos personagens são baseados em personagens de animes/novels. *Capa encontrada no Pinterest, não é de minha autoria.

LostReader13 · Anime und Comics
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27 Chs

Ch 17

"Você me chamou, senhor?"

Teresa, que estava tirando um pequeno descanso com seu grupo, foi convidada para sala do líder da guilda filial.

Mesmo que a Floresta Ellshare tivesse um limite imposto até o fim da investigação, Teresa e seu grupo ainda estavam contratadas por Maki como acompanhantes. Os planos que elas tinham formado precisaria ser alterados, mas o princípio em ajudar Maki era o mesmo, por isso a festa Morningstar permaneceria no território Zeninf.

Sentado em sua ampla mesa, com diversos documentos empilhados, estava o líder da guilda filial, August.

"Bem-vinda, Teresa. Sim, temos algumas novidades."

"A equipe de investigação está progredindo facilmente. Os batedores relataram quê as feras mágicas da Floresta se mantiveram reunidas no mesmo local. Parece que aquele é o ponto onde ocorreu a divergência mágica." Rachel concluiu em um rápido resumo as informações.

"Elas apenas estão lá?" Teresa perguntou franzindo a testa.

"Exatamente. Diferente dos comportamentos agressivos padrões que são apresentados pelas feras mágicas. Os batedores relataram que pareciam que elas estavam protegendo algo."

"Um tesouro natural?" Teresa se perguntou ao receber o relatório de Rachel. Divergências mágicas poderiam criar tais tesouros, mas como uma divergência iniciada por um terceiro, Teresa havia mentalmente excluído essa possibilidade.

"As chances são pequenas, mas é possível." O líder dessa vez disse. "É isso, ou ainda mais impossível, as feras mágicas estavam esperando pelo causador da divergência mágica."

Se fosse essas duas opções, era óbvio qual deveria ser a resposta correta. Teresa também concordou com as possibilidades de um tesouro natural ter se formado.

Sendo isso, era de extrema importância que eles adquirissem esse tesouro.

"Dito isso, o Senhor Zeninf entrou em contato conosco com um pedido."

"Caso não houvesse movimentos entre as feras mágicas nos próximos dias, uma equipe de ataque seria formada."

"Um pedido oficial de colaboração para a equipe Morningstar foi emitida, leia, por favor." Rachel concluiu enquanto passava um pergaminho com o selo da Família Zeninf para Teresa, que o leu.

Seu conteúdo praticamente dizia que ele estava solicitando a colaboração da equipe de Teresa na missão de subjugação que aconteceria. O pagamento seria de 300 moedas de ouro, apenas para fazer parte da equipe.

"Tem outros grupos de Rank B no território também? Eles vão participar?" Teresa imediatamente começou a trabalhar as possibilidades em sua cabeça. Havia poucas feras mágicas na Floresta Ellshare que poderiam ser um problema para ela, mas a enorme quantidade de feras mágicas não poderia ser vencida apenas com seu grupo e outros aventureiros de baixo escalão.

"Entraremos em contato com as outras duas equipes que estão no território atualmente."

"Subjugação ou eliminação?"

"Não pretendemos eliminar todas as feras mágicas, mas afastá-las do local. Se puderam voltar para seus locais de origem, seria o melhor." O líder respondeu.

"Entendido. Nesse caso, confirmo a participação da Equipe Morningstar."

"Muito obrigado." Rachel falou, procedendo com os documentos necessários enquanto o líder da guilda filial sorria e explicava o esboço de seu plano para o ataque.

Alguns cavaleiros do território também se juntaria, mas a maior parte seria composta por aventureiros. Todos os grupos de Rank B e Rank C seriam convidados a participar.

O perigo poderia ser grande, mas haveria um enorme retorno monetário quando a missão fosse concluída, então havia poucas chances de alguma festa negar a participação.

"Isso seria tudo, senhor?" Teresa perguntou após a longa discussão sobre o plano formado. Ela ainda tinha que informar Maki que cancelaria a missão de acompanhamento, ou faria uma pausa até que a missão de ataque terminasse.

Geralmente isso causaria reparo de danos e outras coisas, mas como era uma missão emitida pelo Senhor do território e pedia explicitamente a colaboração de seu grupo, Teresa não tinha muito o quê fazer.

Maki também entenderia. Se Teresa negasse o pedido do Senhor Zeninf alegando estar em uma missão para sua filha, poderia gerar repercussões negativas dentro da Família Zeninf e Maki teria ainda mais problemas.

"Na verdade tem, é sobre seu pedido pessoal." O líder falou e Teresa mostrou surpresa. "Os batedores viram restos de comboios de carruagens, estava algumas centenas de metros longe do centro da divergência mágica."

"… mais alguma coisa?" Teresa perguntou com um rosto sombrio. August acenou para Rachel, que se adiantou e entregou um papel para Teresa antes de explicar.

"Além dos destroços do comboio, foi encontrado corpos já sem vida próximos do local. Confirmamos que havia escravos Beastmen, Humanos e Elfos à serem transportados. O mercador de escravos era alguém já reconhecido nesse meio, também confirmamos sua morte. Havia sinais de ataque de feras mágicas no local."

Teresa ouviu Rachel e leu o relatório em silêncio, absorvendo tudo. Mercadores de escravos não eram realmente incomuns, mas ainda era uma prática que havia sido abolida na maioria dos territórios.

Muito provavelmente eles fizeram um desvio pela Floresta Ellshare para evitar o Território Zeninf, que aboliu tal comércio.

"Houve algum sobrevivente?"

A história de Ashton foi verificada, mas Teresa se sentiu mais triste com isso.

"Três pessoas. Dois estão em estados graves e foram enviados para a Igreja para tratamento. A outra está sendo questionada pela guilda atualmente." August respondeu com desgosto. Tendo tido experiência com escravos, ele era um dos quê mais desprezavam tais métodos.

"Entendo, isso é bom." Teresa suspirou de alívio.

Ela estava preocupada com o quê aconteceria com essas pessoas, mas Teresa sabia que August cuidaria bem delas.

Havia a oportunidade de retornar para suas casas, se fossem em um lugar próximo. E mesmo que não fosse possível, poderiam se tornar aventureiros. Um Rank D poderia ter uma vida simples e confortável, sem necessidade de se por em perigos.

"Você quer conhecê-la?" August perguntou. Ele tinha um sorriso de alguém que planejava algo. Teresa facilmente percebeu isso, mas jogou junto.

"Por favor."

"Rachel, chame ela aqui, por favor." August falou com a mulher loira que mais parecia sua secretária do quê a vice-líder. Rachel acenou e saiu da sala por alguns momentos, antes de retornar com outra pessoa.

Uma mulher, com cabelos verdes claros e olhos da mesma cor. Tinha uma figura esguia e com boas curvas, além das destacáveis orelhas longas e pontudas.

Uma elfa.

Teresa entendia o porquê ela estaria sendo vendida como escrava com apenas um olhar. Os elfos, como seres extremamente próximos da natureza, exalavam um charme e beleza além do comum, e a garota acompanhando Rachel era destacável mesmo entre os elfos.

"Essa é Sielle." Rachel apresentou "Sielle, esses são o Líder da Guilda Filial, August e uma aventureira de Rank B, Teresa-sama."

"É um prazer, August-sama, Teresa-sama." A elfa, Sielle, falou se curvando.

"Largue os honoríficos, fique confortável." O velho August pediu enquanto sorria "Sei que Sielle-chan já foi questionada, mas se importaria em responder algumas de nossas perguntas?"

Sielle acenou concordando enquanto se sentava no sofá que Rachel à levou. Teresa, ao lado, mantinha um olhar leve pra Sielle.

Mesmo que Sielle estivesse mostrando graciosidade em seus comportamentos e não tivesse sinais de trauma, Teresa podia facilmente ver aquelas marcas em seus braços e pescoço. Sua roupa estava em bom estado, mas possivelmente foi alterada por uma que a guilda ofereceu.

"Poderia nos contar de seu ponto de vista o quê aconteceu? Desde o momento em quê entraram na Floresta Ellshare, eu digo." August perguntou com doçura enquanto dava um leve olhar para Teresa. Ele também estava curioso sobre outros assuntos, mas parecia ser pessoal demais para tocar levianamente.

"… nós estávamos sendo transportados em comboios. Eles se disfarçaram como comerciantes, mas tivemos que fazer um desvio pela Floresta Ellshare."

"Quantas carruagens eram?"

"Havia 5. Os escravos estavam presos juntos em duas delas." Sielle respondeu facilmente. Sua expressão dura não os deixava ler qualquer sinal de desconforto.

"Vocês tinham contato uns com os outros?" Teresa se interpôs, lendo o significado dessa conversa preparada por August.

"Poucas vezes, apenas quando eles nos alimentavam." Sielle falou um pouco surpresa, mas como se entendesse algo, ela esperou as reações de Teresa.

"Havia um escravo humano? Cabelos pretos, olhos roxos, magro, da sua altura?" Lembrando das características de Ashton, Teresa o descreveu.

Satisfeita que seus pensamentos se confirmaram, Sielle pensou por alguns instantes tentando relembrar alguém.

Havia poucos escravos humanos, a maioria era elfos e beastmen, e os humanos eram todas mulheres, até onde ela percebeu.

"Não vi nenhum com essa descrição." Sielle respondeu e Teresa franziu a testa por alguns instantes antes de olhar para August e Rachel.

Não era incomum que Ashton tivesse mentido para ela. Mas ele parecia convincente demais pra Teresa duvidar.

Era uma pena que Teresa não soubesse que esse convencimento vinha de Ashton alterando algo que realmente aconteceu com ele e [Engano] que havia acabado de ser aprendida naquele momento.

"Mas…" Vendo Teresa demonstrar desgosto, Sielle imediatamente pensou em algo "Sim, isso pode ser."

"O quê?"

"Em uma das carruagens, incialmente pensei que serviria para transportar os mercenários, mas em uma das paradas notei que todos estavam reunidos em uma única."

"… durante a noite, após terem bebido, houve algumas conversas sobre estarem levando um produto especial, que o mercador tinha em alta conta."

Teresa ficou surpresa com a demonstração de inteligência e capacidade de colher informações de Sielle. Mesmo que estivesse em uma situação de desespero, parecia que a elfa estava analisando todas as opções para uma possível fuga.

"Mais alguma coisa?"

"Eles também levavam comida regularmente pra carruagem." Sielle contou o quê sabia. Ela pensava que quem estava na carruagem era uma ou mais mulheres que serviria de alívio para o mercador durante a viagem, mas não podia eliminar completamente as chances de ser quem Teresa procurava. "Como nunca cheguei a ver o quê estava dentro, não posso confirmar nada."

"Não, isso é suficiente." Teresa acenou agradecida se perdendo em pensamentos.

Ela agora entendia a vontade do líder com essa conversa. Cavando fundo, foi simples achar divergências com a história de Ashton.

Parecia que Ashton, que havia sido tratado como uma mercadoria especial, não era tão simples quanto dizia ser.