Zheng Yu liga para o celular de Ma Young-Nam que não atende, ele fica preocupado já que deixou sozinho na noite passada, mesmo que o quadro de seu amigo não revelasse algo grave ele se sentiu incômodo em ter deixado aos cuidados de Zhao Chen. Dentro do vestuário ele se encontra com Ma Young-Nam que estava de frente ao seu armário.
"Cara fiquei preocupado, mas vejo que está bem." Disse aliviado. Ma Young-Nam abre seu armário e nele havia um envelope branco, o jovem não precisaria pensar muito para saber o que é, mas mesmo assim abriu. Zheng Yu ficou esperando alguma reação mas quando viu o conteúdo do envelope ficou pálido, eram fotos de Ma Young-Nam com outro homem na cama.
"Eu sabia." Foi o que disse, Zheng Yu ficou surpreso que o cara a sua frente não expressou nada, aquilo é para ficar em pânico esse conteúdo serviria para manchar a reputação.
"Quem fez isso com você?" Zheng Yu sabia sobre a fidelidade de seu amigo então percebeu que fora um plano de alguém para o destruir.
"Zhao Chen."
"Filho da mãe, eu senti que ele tramava algo. O que pretende fazer?"
"Ele deve achar que estou com medo, a essa altura do campeonato acha que seu plano está ocorrendo bem que não sei quem fez isso."
"Isso é verdade, mas ele usará essas fotos com quem?" Zheng Yu olha para Ma Young-Nam em dúvida, mas o outro está pacífico demais.
"Meu pai."
"Ele quer mesmo manchar a sua reputação com seu pai."
"Isso não tem problema, com meu pai resolvo rápido. Além do mais, ele acha que vai conseguir alguma coisa."
"Pelo que vejo já pensou no que vai fazer alguma coisa."
"Sim, não posso deixar ele brincar por muito tempo."
***
Ma Hui Ying estava voltando para casa a pé, pois hoje chovia e não podia andar na sua bicicleta motorizada, debaixo do guarda-chuva cinza, ele anda pela rua da vizinhança cabisbaixo. Depois que teve a conversa com seu primo sobre a amizade ele ficou realmente triste na hora mas como o orgulho fala mais alto concordou e agora se encontra nessa situação. Seu coração queria outra coisa, seu amigo está certo em dizer que era para ter se declarado mas ainda havia um bloqueio.
Hoje ele ficou no celular procurando alguma coisa de seu primo e nada, queria enviar uma mensagem mas estava sem coragem, sim ele é um homem medroso quando se tratava dos seus sentimentos.
"Se minha mãe descobrir que nutro esse sentimento por meu primo, ela ia me odiar."
Na verdade ninguém ia perdoá-lo já que ele é considerado a ovelha negra, e se tivesse algum envolvimento com seu primo todos vão culpar por corromper o perfeito Ma Young-Nam, até seu tio que tinha bons olhos com ele iria odiar e isso seria demais.
"Mãe cheguei." Ma Hui Ying fecha o guarda-chuva e fecha a porta, sua mãe estava na sala vendo noticiário.
"Chegou mais cedo." Ela estava usando o avental amarelo, ainda faltava para a janta, mas alguns ingredientes estavam na panela no fogo.
"Professor não veio na última aula e fomos liberados."
"Vai tomar banho, a comida já vai está pronta."
"Sim senhora."
O garoto sobe pela escada e vai em seu quarto pegar a toalha e o pijama, como só mora com a mãe em casa gosta de ficar a vontade usando roupas leves que era seu pijama para dormir.
Depois do banho ele vai para o quarto, sua cama macia ele admira o teto, o jovem pega seu celular e olha seu wechat e vê a última mensagem que deixou para ele, querendo deixar uma mensagem seus dedos travam no teclado. Deveria ou não enviar uma mensagem? Ele queria saber como estava, o que estava fazendo nesse momento. Ele presumiu que deveria está no hospital ocupado e que sua mensagem não ia ser vista agora o que acalmou seu coração. Querendo ser menos passional possível envia a mensagem.
"Oi, tudo bem?"
Por uns vinte segundos ele encara o conteúdo da mensagem, e nem acredita que está iniciando um papo. Depois de um minutos ele deixa seu celular de lado e põe na cabeça que ele deve está muito ocupado para o atender. Um tempo depois seu celular vibra, na mesma hora ele pega e vê o que é, seu coração acelera quando vê o que é.
"Sim e você?"
Essa foi a resposta que deixou Ma Hui Ying louco, com respiração pesada ele tenta pensar em alguma coisa, mas nada vem na sua mente.
"Eu vou muito bem, muito bem mesmo."
Ele achou que aquela resposta foi tão embaraçosa que sentiu que seu rosto esquentou.
"Que bom que está bem, o que está fazendo?"
"Nada, estou olhando o teto. E você?"
"No hospital, é hora do descanso."
Ma Hui Ying sente um pouco aliviado que ele não o perturbou na hora que estava trabalhando.
"Fico feliz que não te atrapalhei, muita coisa hoje?"
"Sim, mas deu tempo para uma pausa e você? Não era para está no colégio ainda?"
"O professor não veio sair mais cedo."
"Entendi, posso te pedir uma coisa?"
Ma Hui Ying ficou temeroso com qual tipo de pedido seu primo ia fazer, mas resolveu arriscar.
"Pode."
"Posso ligar para você?"
O menino sente seu interior borbulhar, e uma vergonha emergir, ele levanta da cama e mira seu rosto vermelho no espelho horizontal, uma coisa é enviar mensagem outra e falar com a pessoa, e isso seria impossível pra ele.
"Melhor não."
"Por que não? Quero muito ouvir sua voz"
"Deve ter muitas pessoas aí, e estou com um pouco de vergonha."
"Só está o Zheng Yu aqui, se quiser posso ir para outro lugar."
"Não, deixa para lá. Tenho que ir."
Era mentira, na verdade estava tímido, e não sabia como sustentar aquela conversa por mais tempo. Ele pensou se fosse como antigamente essa barreira não existiria mas agora tudo se encontra complicado.
"Tenho outro pedido."
"Sim"
"Vamos ir ao cinema, depois comermos algo e te levo para casa."
Quando Ma Hui Ying viu essa frase seu coração parou na garganta, não importa como veja isso parece um encontro, ele demora um minuto para responder já que tudo está confuso.
"Somos amigos, amigos saem para essas coisas também, não há motivo para ficar assim." pensa.
"E o hospital?"
"Estou livre no domingo, o que acha?"
"Ok. Eu vou."
Ma Hui Ying sente se fosse falado teria gaguejando e nada sairia direito, dentro de si agradeceu por não ter aceitado a ligação.
"Vou lhe buscar às 13h."
Os dois se despedem e o jovem volta a mirar o teto, então uma súbita alegria emerge deixando eufórico, amanhã é sábado e ele queria já planejar a roupa para ir. Mas colocou uma linha que não era um encontro e sim um passeio entre dois amigos, mas mesmo assim não aliviou o nervoso que estava dentro de si.
***
Ma Young-Nam estava feliz com o passo que deu, sair com Ma Hui Ying no domingo o deixou contente, Zheng Yu ficou confuso quando seu amigo ficava sorrindo para o celular mas compreendeu que deve ser relacionado ao seu amor.
"Ele postou alguma coisa?"
Ma Young-Nam guarda o celular no bolso e ainda sorrindo responde.
"Melhor ainda."
Zheng Yu não pode entender o que seria melhor, então Ma Young-Nam explica, e Zheng Yu pensa que Ma Hui Ying está sob efeito de alguma substância que o fez aceitar a proposta.
"Seu sonho está se tornando realidade, conseguiu um encontro com seu primo."
"Eu duvido que ele pense dessa forma, mas isso já está bom para mim."
"Que tal agora partir para o ataque? Investir com mais intensidade, assim será seu esse ano mesmo."
Ma Young-Nam pensou sobre isso, mas com certeza esse plano iria por água abaixo, conhecendo a personalidade de seu amado o ataque imediato não é a solução e sim ser mais lento até que ele esteja totalmente à vontade para ter algo a mais.
"Melhor não, vou continuar assim."
Quando termina de falar, de longe a imagem de Zhao Chen parece, ele estava sozinho, um sorriso esnobe no rosto, os dois jovens olham para imagem a sua frente ele queria saber do motivo daquela pessoa está fazendo ali já que essa parte só era conhecida por aquele dois.
"Olá companheiros, que nobre a sua presença." Diz de forma cínica, ele olha especialmente para Ma Young-Nam que não dá a mínima para ele. "Ma Young-Nam, recebeu meu presente hoje de manhã?"
"Então foi você? Sim, recebi sim." Fingiu que não sabia de nada.
"Vejo que não está nervoso."
"É por que estaria? Aquilo era para me preocupar?"
Zhao Chen não entendi, quando colocou o pacote no armário de Ma Young-Nam imaginou que quando abrisse a primeira coisa que veria em seu rosto é o pavor, já que aquelas fotos deixaria qualquer um nervoso, mas ver o semblante calmo dele o deixou com raiva.
"Até quando pretende agir dessa forma? Você acha que não posso fazer nada com aquelas fotos?" Zhao Chen sorrir sobre sua incontestável vitória. "Quando seu pai saber o que tem ali, você não será mais um filho tão honroso assim."
"Zhao Chen, faça, espero que sua ameaça seja verdadeira porque se não terá que lidar com minha fúria." Zhao Chen dá um passo para trás, ele vê que Ma Young-Nam e como a calmaria antes da catástrofe, ele engole a saliva e se recompõe não havia motivo para ter medo já que quem estava com as cartas era ele.
"Escuta aqui, sou eu que deveria está liderando aqui, você acha que não posso fazer nada? Pois bem eu vou fazer, e a primeira pessoa a saber disso será seu cão fiel." Sua voz levanta um oitavo fazendo valer sua ameaça.
"Fale, conte tudo."
"Bastado! Pois bem, sabe seu amigo? Então, ele gosta de dormir com homens principalmente com prostitutos sujos, na noite da minha festa peguei Ma Young-Nam do lado de um, agora você entende porque ele rejeita todas as meninas, seu amigo é um maldito gay sujo." Zheng Yu encara Zhao Chen após terminar sua declaração, ele podia esperar que ele fosse tão óbvio em sua vingança, ele não pode acreditar que foi essa pessoa a querer manchar reputação de Ma Young-Nam.
"E daí?"
"Como assim? Você vai continuar andando com ele mesmo sabendo da verdade?"
"Sim, o que a pessoa faz na vida privada não me diz a respeito e isso inclui ele. Sinceramente, você é patético."
Zhao Chen borbulha de raiva, seu plano de acabar com a vida de Ma Young-Nam estava caindo mas ele ainda não desistiu pois faltava o pai de Ma Young-Nam, e com certeza dele não escaparia.
"Bastardos!" Ele sai dali e aproveita os minutos que tem para falar com o presidente.
Quando não se dá pra ver mais Zhao Chen, Ma Young-Nam começa a rir como se contasse uma deliciosa piada.
"Qual é a graça? Ele vai revelar para seu pai agora."
"Que prova ele mostrará para meu pai?" Ele rir mais ainda.
"Então quer dizer…"
"Entrei no sistema do celular dele e apaguei as fotos, não há crime sem provas."
Zheng Yu ficou impressionado com as habilidades de seu amigos em hackear alguém, ele já fez isso muitas vezes no passado mas como a tecnologia está em constante em desenvolvimento ele pensou que ele tinha parado por um certo tempo mas viu que não, que ele também continua a se desenvolver junto com o mundo moderno.
"Pagaria só pra ver a cara de Zhao Chen dizendo sem ter as provas nas mãos, falando em provas e cadê o envelope?"
"Dentro da minha bolsa, quando chegar em casa eu os queimos."