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CAPÍTULO II: ROTINA PARTE I

Bom, preciso te dar alguns detalhes da minha vida para você entender o ocorrido, claro não pretendo tornar essa obra uma espécie de autobiografia, então não vou te contar o dia em que nasci ou o nome dos meus pais ou de parentes próximos ou qualquer fator que traga meu passado antes do ocorrido a essa aventura.

Eu moro em um pequeno vilarejo, chamado Vila Adulta, não me pergunte o porquê desse nome nem a história por trás dessa vila, pois não sei, um dia pretendo saber e depois te conto em um relato a parte, mas por enquanto retornemos ao acontecido desse dia.

No primeiro dia do mês, acordei como sempre e comecei a me arrumar, fiz minha refeição, coloquei meu terno e meu prestigiado sapato social em seguida parti para meu ofício.

Sai da minha casa, segui andando pela minha rua até a casa do meu vizinho, pois não possuo garagem para guardar o carro, a rua em si está sobre uma estrada de barro e não é habitada por muitas casas, na verdade está rodeada por árvores e arbustos dando uma certa agonia e talvez uma sensação de solidão ao mesmo tempo com um pressentimento de que estamos sendo vigiados.

Ao chegar na casa do meu vizinho, que se encontra bem acima da minha casa me fazendo andar uma ladeira que sinceramente é agonizante, bati na porta e aguardei meu bom amigo Beto me receber.

- Heitor, meu nobre! - disse ele com um sorriso deveras falso - No que posso ajuda-Lo meu bom homem?

- Engraçadinho, você sabe do que eu preciso, meu carro. Abra a garagem! - Respondi.

- Amigo, amigo, que é isso vamos tratar de uma prosa, quer não entrar para tomar café?

Ele sempre vem com essa conversa de ter uma prosa com o nobre objetivo de me vender algum carro que ele adquiriu de forma ilegal, não tenho interesse, simplesmente não gosto de falar com ele, mas infelizmente a sua residência é a única com uma garagem maior que o mundo.

- Não, não quero ter prosa com você, vamos meu carro. Não pago aluguel a toa, ande ande. - Insisti

Ele me olhou com um olhar de desaponto, me olhou por uns segundos e estava pronto para sugerir uma nova proposta, então cortei o seu barato imediatamente. E insisti no carro.

- O amigo, é muito irritado!- Disse Beto com uma cara de poucos amigos.

Então ele abriu a garagem e me permitiu pegar meu carro para enfim começar meu trabalho.