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Capítulo 5

"Baque!"

Segundos após retornar dessa experiência dolorosa, Athar desabou. Ter toda sua vida passada sendo bisbilhotada por alguém em menos de uma hora não é uma experiência que qualquer um pode suportar, se Athar não tivesse passado por todas aquelas experiências sanguinárias quando ainda estava vivo, e consequentemente fazendo sua vontade adquirir uma resistência de ferro, dificilmente teria conseguido suportar essa pressão psicológica.

Nesse momento, Suanluan demonstrava uma carranca sobre aquele capuz, ela passou e observou segundo a segundo da vida de Athar até sua queda, e simplesmente não encontrou nada relacionado ao Livro de Ephoé, isso só podia significar uma coisa: O Livro de Ephoé não estava Destinado a aparecer nas Linhas do Destino da primeira vida de Athar, mas sim na segunda. No entanto, isso levanta outro ponto ainda mais problemático. O aparecimento de tal livro na Linha do Destino de alguém não iria passar despercebido por aquele brutamonte, principalmente se levar em consideração que sua Linha do Destino está para ser alterada forçadamente por dois Conceitos de nível Soberano. Se o movimento for descoberto pelo Soberano do Destino, o brutamonte jamais deixará tal assunto passar sem fazer um movimento. Lidar com as Legiões do Destino é algo que está longe nos planos da mulher de manto negro, no entanto, se o desenvolvimento chegar e não existir outra opção, o sangue fluirá como rios. 

"Tap tap" 

Suanluan deu dois passos em frente e com um aceno de sua mão, os espasmos que Athar estava sofrendo foram levados embora. Agora, o último estava em pé e olhando para aquela pessoa de manto negro com uma carranca na qual ele não tinha medo de demonstrar. 

"O que você precisa que eu faça está relacionado com a minha vida passada?" Nesse momento, a feição de Athar se suavizou um pouco, até porque a situação que ele se encontrava não dava abertura para ser arrogante ao extremo e muito menos ser aquele que mais questionava. No entanto, essa pessoa a sua frente virou sua vida passada de cabo a rabo e isso é algo que ele não pode deixar passar. 

"Poderia estar relacionado, mas infelizmente, não foi esse o caso. No entanto, as informações que você quer saber não é algo que sua habilidade e força psicológica atual é capaz de lidar. Apenas entenda que se o que este Soberano quer não estava na sua vida passada, significa que estará na próxima, e no momento em que tal situação acontecer, este Soberano agirá, então você não precisa se preocupar com isso." 

"Uhum." Ouvindo a explicação da pessoa de manto negro, Athar compreendeu que ele era apenas um grão de poeira que começaria a voar nas mãos dessa pessoa em sua frente, no entanto, mesmo tendo ciência do fato, não havia nada que poderia ser feito sobre. Ele precisava usar essas duas pessoas para concluir sua vida passada. 

"Sua Majestade ainda está tendo dúvida sobre as nossas questões anteriores? Se não estiver, vamos finalizar, ainda tem assuntos importantes e temporariamente sem solução para ser resolvidos." Olhando para o homem no trono, Suanluan perguntou. 

"Hahaha, este Mestre já deu sua palavra, então não tem nada o que se preocupar. No entanto, deixe-me esclarecer um pequeno detalhe antes, caso sua Soberana tenha esquecido. Atualmente, esse lix... quer dizer, Athar, não tem um corpo físico, então sair do Domínio desse Mestre é, simplesmente impossível. Segundo, no instante em que nós dois revogarmos nosso Conceito sobre sua alma, aquelas três irmãs perceberão instantaneamente, e consequentemente irão notificar aquele brutamonte, afinal, estamos lidando no seu Conceito e sabes muito bem o tabu que isso é, mas já que chegamos num acordo, vamos lidar com tal no momento que o problema chegar, acredito que mesmo as irmãs notificando o brutamonte no mesmo momento, o último ainda demora um tempo a agir, já que ele vai querer saber o que está acontecendo, consequentemente nos dando tempo para tornar nossas ações irreparáveis." Um semblante de concentração passou pela face do homem no trono, afinal, o ato que estava tomando é algo inédito em toda a sua existência e portanto, ainda não sabia o tamanho da bagunça que causaria. 

"De fato, sem um corpo físico é impossível ele sair daqui, no entanto, se não me engano, nos últimos milhares de anos, um de seus Comandantes tinha um hobby bem diferente e segundo minhas fontes, nos últimos anos esse hobby chegou à conclusão, não?" Com um sorriso, Suanluan se virou para o homem no trono com um movimento rápido, suas palavras fizeram o último apertar forte as sobrancelhas, pensando que métodos tal pessoa usou para conseguir informações pessoais e tão detalhadas de dentro de seu Domínio. E se em seu Domínio existisse um espião dando informações para os habitantes do Domínio Negro, então esse era um assunto de extrema importância e deveria ser resolvido instantaneamente.

"Os assuntos pessoais do Comandante Gael não dizem respeito a este Mestre. Meu papel é apenas revogar o meu Conceito e o resto é com sua pessoa. No entanto, um conselho, Comandante Gael passou como disse, milhares de anos aperfeiçoando aquele hobby dele, se acha que ele vai se desfazer disso tão facilmente, tsc tsc, ficará realmente desapontada. Kekeke." O homem no trono caiu em gargalhadas no final. Gael é seu Comandante há incontáveis milênios e ele mais do que ninguém conhece a personalidade depravada do último, então se essa mulher quer pegar algo tão importante assim dele sem sangrar um pouco, tsc, será um bom show de assistir. 

"Você, chegue um pouco mais perto, para revogar meu Conceito sobre ti preciso de seus olhos, já que os olhos são a Janela da Alma de qualquer existência." O homem no trono se virou e disse para Athar. 

"Tap tap"

Com pequenos passos, Athar andou até chegar mais perto do homem no trono. 

"Maldito, chegue mais perto, este Mestre não vai te morder." Com uma voz um pouco mais alta e arrogante, o homem no trono praguejou. 

"Humph" 

Athar não gostou do tom do homem e com mais alguns passos chegou a menos de um metro do homem no trono. Nesse momento, um sentimento de ser uma formiga brotou dentro de Athar, basta olhar para aquelas correntes e uma pressão inimaginável abateu sobre sua pessoa. Tal aura é tão grande que cada elo daquela corrente parecia pesar um universo todo. E pensar que centenas de tais elos estavam juntos para prender uma única existência. Nesse momento, Athar percebeu que essa pessoa pode ser completamente diferente do que ele imaginava. 

Levantando os olhos, Athar encontrou os olhos daquele homem no trono, uma cor vermelha carmesim jorrou dos olhos do último, dando um sentimento de que seria devorado a qualquer segundo. 

Em um instante, Athar sentiu seu corpo ficar com um peso inimaginável. Abaixando os olhos, ele viu que agora todo seu corpo estava coberto com correntes preto avermelhadas e dezenas de símbolos de cores diferentes giravam em torno dos elos. 

"Humph"

Com mais um bufo vindo do homem no trono, mais e mais daquele aura carmesim continuou a jorrar de seus olhos e estavam indo para aquelas correntes. 

"Clang clang"

Barulhos de correntes se chocando reverbaram por toda aquela sala por um pequeno tempo, então, com um som de estilhaços, todas aquelas correntes viraram poeira. 

"Crack. Shuaaa"

Com um aceno de seu queixo, uma rajada de vento veio e levou toda aquela poeira que antes era uma majestosa corrente. 

"Está feito, a partir desse momento ele não está mais sobre o julgo do meu Conceito de Punição. Athar agora pode vagar em todo meu Domínio como uma alma desgarrada como incontáveis outras que tiveram origem em meu Domínio. No entanto, Suan, ainda não revogue seu Conceito sobre ele, pois a partir do momento em que o fizer, apesar dele não ter mais um corpo físico, o cheiro do mundo dos vivos irá pairar sobre ele mais uma vez e nada vai impedir que os habitantes do meu Domínio o devore." Com um olhar brincalhão, o homem no trono alertou a mulher. Quão lindo seria se tal coisa acontecesse, com certeza, o homem no trono iria rir até que a Última Noite chegasse, no entanto, ele sabia que Suanluan não é tão estúpida assim. 

"Humph, quem você pensa que este Soberano é? Ainda tenho muitas coisas para lidar, então estaremos saindo primeiro. Sua Majestade, espero que sua saúde fique bem até nos vermos novamente, cuide-se." Com um aceno de mão, Suanluan chamou Athar e saíram da pequena sala. 

"Ranger"

O que eles falharam em ver é que no momento em que as portas se fecharam, o sorriso do homem no trono aumentou até cobrir todo seu rosto, no entanto, uma aura maligna e amaldiçoada pairava sobre o mesmo. Seus olhos brilharam com uma luz gelada e se alguém estivesse presente, se transformaria numa estátua de gelo que iria durar a eternidade. "Dizem que as mulheres são impossíveis de compreender, no entanto, se acha que é tão fácil assim usar esse Mestre, he, perceberá que o preço pago será grande demais no final." O sorriso foi morrendo no rosto do homem e agora seus olhos já se encontravam fechados. Na próxima vez que seus olhos se abrissem, rios de sangue e montanhas de corpos se mostraria uma imagem normal. 

Do lado de fora, Suanluan e Athar passaram por todos aqueles sentinelas de armaduras vermelhas. O castelo do Mestre agora era um pequeno ponto numa colina distante. Nesse momento, os passos de Athar pararam inesperadamente. 

"Algum problema?" Ainda de costas, Suanluan perguntou. 

"Não sou o tipo de pessoa que faz um acordo com estranhos, portanto, você deve entender o que quero dizer com isso." Sem demonstrar medo, Athar olhou diretamente para a nuca daquela pessoa, dando a impressão de estar olhando através daquele capuz e alcançando os olhos da figura. 

"O que lhe dá a certeza de que a imagem que você verá é realmente a minha aparência? E o que isso mudará em nosso acordo?" Ainda de costas, sua voz com um tom insatisfeito soou. 

"Eu acredito que não conhecemos realmente alguém a não ser que olhe nos olhos e tome uma conclusão por si mesmo. Alguns podem tentar mudar sua personalidade ou mesmo suas ações, no entanto, seus olhos sempre os trairão. Quanto à segunda pergunta, pra início de conversa, ainda não fizemos nenhum acordo." Athar demonstrava um tom de voz calmo e comportado, como se a ação da mulher nem se virar para falar com ele não o fizesse temer nada. 

"Hehehe, rapaz perspicaz." Com uma risada de abalar a alma a mulher respondeu. 

"Tudo bem, porém, não se arrependa." Com um aceno de mão da mulher, uma tela de luz negra de formato circular cobriu os dois, no entanto, olhando através da tela ainda é possível ver tudo ao redor, mas para quem está de fora, veria apenas um pequeno fio de névoa, praticamente invisível, escondendo todas a imagens dentro da tela de névoa. 

Quando a tela terminou de se erguer, a mulher deu uma volta de 180 graus e ficou de frente para Athar, ainda assim, é possível ver pelo olhar do último que ele não estava nervoso ou mesmo com medo. Sua sobrancelha um pouco arqueada demonstrava uma pequena ansiedade, afinal, a identidade da mulher em sua frente sempre foi uma incógnita, apesar de ter uns pequenos pensamentos em sua mente, ainda não tinha qualquer base na qual se estabelecer, portanto, o último recurso era pedir a verdade. 

Com um aceno da mulher, aquele manto foi escorregando, e quando a cabeça da mulher se tornou visível, Athar apertou os olhos em concentração. A cabeça que se mostrou estava totalmente careca, uma pele branca como papel e várias erupções de pústulas em todo seu rosto. Um detalhe bizarro é que o olho direito estava faltando e somente uma órbita vazia habitava aquele lugar. 

Quando o manto chegou até o chão, Athar já não podia mais suportar a face de espanto. No peito daquela mulher, o lugar onde deveria também estar o seio esquerdo, um amontoado de carne branca como gelo balançavam, e seu seio direito caía quase até o umbigo. Sua virilha tinha um amontoados de pelos que pendiam até o joelho. A perna esquerda apenas os ossos sobraram, sem pele ou qualquer carne. E a perna direita completamente murcha, como se tivesse milhares de anos exposto ao sol. 

Quando Athar se deparou com essa visão, ele não pôde evitar a olhar no único olho da mulher. Esse confronto entre os dois durou apenas alguns segundos até que Athar virou as costas e começou a andar. 

"Tap tap tap"

O sons de passos soou e quando Athar estava a dois metros de passar por aquela película negra, a mulher falou:

"Mesmo antes de começarmos nossa cooperação, você já desistiu? Hé, não é atoa que você foi descartado tão facilmente quando estava vivo. Para um homem, sua determinação é bem pequena. Talvez se você conseguir reencarnar, retorne como um rato." Uma voz cheia de zombaria acertou Athar nas costas. E nesse momento, seus passos pararam.

"Pa"

Quando ouviu essas palavras, o pé de Athar que estava pronto para dar o próximo passo, parou. E por um mísero segundo, uma intenção de matar trazendo um frio milenar varreu por aquele espaço dentro da tela de névoa. E para quem viveu com Athar naqueles anos de massacre nas guerras, sabia que quando o ar se enriquecia com essa aura de morte, independente de ser deuses e demônios, homem ou mulher, Athar exterminaria todos. 

Athar virou seus ombros até que seus olhos fizeram contato com o único olho daquela figura, nesse momento, um sorriso zombeteiro brotou nos lábios do primeiro. Uma luz brilhou em seus olhos por um segundo. 

"Você sabe por que vocês, mulheres, existem? Vocês trazem tragédia e desgraça para tudo e todos, são malignas controladoras e acham que tudo está abaixo de seus olhos. Quando na verdade, não passam de uma cópia que foi feita do verdadeiro negócio. São víboras que comem seus próprios filhotes, e o pior de tudo, são pecadoras, e pelo seus olhos, vejo que todos esses atributos ainda não te distinguem completamente, e começando pela sua aparência, sua falta de verdade e caráter me enoja, então me diga, se você não acredita em si mesma, por que eu deveria?" Ainda com aquele sorriso no rosto e um olhar de águia, Athar questionou essa figura na sua frente, que não era mulher e nem fantasma. 

"Ohhh, então na verdade não é um rato, mas sim um filhote de tigre. Hehehe, realmente interessante, a Visão desta Soberana ainda é tão mortal como sempre. Muito bem criança, já que ver a verdadeira aparência desta Soberana te fará ter a pequena ilusão de que estou sendo sincera em minhas palavras e ações, então que seja. Mas vou te avisar novamente, depois dessa experiência, não tenha pesadelos comigo, pois não estarei lá pra te abraçar." À figura respondeu com a mesma voz, voz essa que causaria a luxúria de um homem normal a atingir o clímax. 

Quando sua voz chegou ao fim, uma névoa negra tomou conta de todo o corpo daquela figura horrenda, a névoa cobriu 100% do seu corpo até uma área de um metro e meio de circunferência. Uma escuridão sem fim começou a circular de um modo aleatório. Em alguns momentos no sentido horário e em outros simplesmente vagando sem sentido. 

Essa névoa continuou a circular o corpo da mulher durante 5 minutos e quando Athar estava pensando em se virar e voltar aos seus passos, a escuridão começou a se extinguir. 

"Shuaaa"

Com um vento, toda a escuridão se foi. Em seu lugar, uma mulher como uma deusa do Décimo Céu descendo sobre o mundo apareceu na sua frente. Seus cabelos negros caiam até sua cintura, um par de olhos tão negros quanto a noite agora focaram Athar, e por um momento ele sentiu suas pernas balançando. Apesar de quanto estava vivo Athar nunca demonstrar apelo sexual como os homens normais, ele ainda sabia como saborear uma beleza com os olhos. E essa mulher na sua frente ser descrita com a palavra beleza seria realmente algo injusto. Seu queixo se alinhava perfeitamente com seu nariz com uma inclinação perfeita. Seus dois seios de tamanhos perfeitos segurados por uma armadura negra, sua cintura tão fina que parecia que com um simples aperto de mão conseguiria segurá-la. Sua armadura negra passou pelos seios e ombros deixando uma barriga reta e lisa à mostra. Na cintura uma mini saia que ia apenas um palmo e meio de distância antes de chegar ao joelho permitia ter uma visão completa daquelas pernas perfeitamente torneadas. O último pedaço de armadura ligava um pouco abaixo de seus joelhos até seus pés, onde uma bota de um preto lustroso fazia contato com o solo. Nos ombros, duas caveiras, uma de boca aberta e outra fechada pendiam, dando um ar de periculosidade. 

"Esta Soberana é tão linda ao ponto de te fazer sonhar comigo? Te avisei, talvez ter tal visão te fará ter pesadelos pelo resto de sua existência." Suanluan O'Leim não pode evitar a sentir um certo sentimento de felicidade no seu coração, apesar de ser uma dos Soberanos que governam sobre tudo e todos, no final do dia, ela ainda é uma mulher, e que mulher não se sentiria lisonjeada por fazer um homem ficar tão espantado ao ponto de perder os modos? Ela ficava tanto tempo naquele Domínio Negro que não conseguia se lembrar a última vez que alguém viu sua verdadeira forma, e um homem nada menos. 

"Hump. Agora estamos começando a ir a algum lugar. Ser sincero com alguém no qual você tem alguma esperança é o mínimo que se pode esperar. Você viu toda a minha vida em um flash e talvez me conheça melhor do que eu mesmo, nada mais justo do que saber que tipo de pessoa você é, começando com sua aparência. E o mais importante, por que se preocupar em esconder de mim quem você realmente é? Afinal, você se tornará minha mulher um dia." Com um grande sorriso, Athar sentenciou essas palavras, deixando claro que não tinha espaço para questionamento, principalmente a última parte. 

Por um momento, Suanluan ficou petrificada em seu lugar sem conseguir chegar a uma conclusão se ela ouviu certo o que aquele pedaço de homem na sua frente falou. Até ela mesma tem que admitir que a beleza em tal homem é algo difícil de encontrar, beleza que poderia até mesmo deixar uma Delfier com os olhos arregalados. Afinal, essa raça de mulheres possuem uma beleza sobrenatural e naturalmente, quando encontram um homem que também possui a mesma beleza, não desejam nada mais do monopolizar esse homem de modo que no final não sobre nem os ossos do último. 

'E pensar que um dia eu ouviria palavras de um ser tão pequeno. Palavras que outros Soberanos tremeriam somente de pensar saiu da boca de tal existência... Kekeke, interessante, pequeno homem, esta Soberana está ficando interessada cada vez mais em suas capacidades. Veremos até onde sua ousadia irá.' Suanluan pensou em choque. Esse homem estava realmente fazendo com que ela pensasse duas vezes em certos aspectos relacionados ao primeiro. 

"Diga isso novamente?" Tentando colocar uma face de ignorância, Suanluan questionou. 

"Humph, não se faça de surda, vamos, segundo você ainda temos muitos problemas pra cuidar, e eles não vão se cuidar sozinhos." Olhando para a mulher que agora ainda estava petrificada no lugar, Athar bufou. 

"E também, na próxima vez que aparecer na minha frente sem aquele manto, não use aquela figura zumbi, pra ver aquele tipo de nojeira eu prefiro ser cego. Hurgh, eu quase vomitei as tripas. Nojo" Logicamente que Athar não sentiu nada em relação aquela imagem zumbi que Suanluan criou para trapacear. No entanto, por algum motivo ainda desconhecido, Athar estava começando a gostar de tirar aquela mulher do sério. Agora mesmo, vendo aquele olhar que mostrava enorme intenção de matar, ao invés de causar medo em Athar, estava fazendo ele quase cair na gargalhada. 

"Humph. Sabe, mesmo sem sua língua você ainda pode conseguir cumprir com a minha exigência, então continue falando tamanhas asneiras e você se verá sem ela." Apesar de Suanluan ter começado primeiro com aquela imagem nojenta de antes, no momento em que Athar também começou a dar o troco, ela se sentiu injustiçada. Afinal, ela é uma Soberana. 

"Vamos, o Castelo daquele Comandante não está longe, e nosso próximo passo está lá." Assim, os dois retornaram à viagem.