Os Amigos POV:
Estavam andando pelas lojas, comprando joias e roupas, quando perceberam tumultos e gritos, Tia parece preocupada e quer encontrar Weenny para que nenhuma delas corra perigo.
A tradutora sinalizou para o soldado que estava parado na porta de uma loja, perguntou pela Princesa e se apavorou com sua resposta.
— Ab aapakee raajakumaaree ke paas vah bhaagy hoga jisake vah raajakumaar aur poore shaahee parivaar kee tarah hain, aapako sandeh hai? Chauk par jaen aur apanee aankhon se dekhen. (Agora a sua Princesa terá o destino que merece, assim como o Príncipe e toda a família Imperial, você duvida? Vá até a praça e veja com seus olhos.) – o homem diz, sorri e balança as moedas em sua mão.
— Gaddaar! Usane raajakumaaree ko dushmanon tak pahunchaaya. Koee raajakumaaree kee madad kare, koee madad kare! (Traidor! Ele entregou a Princesa para os inimigos. Alguém ajude a Princesa, socorro!) – Tia grita exasperada.
Os outros soldados da guarda Imperial aparecem e capturam o homem, Tia sabe que ele será levado ao Imperador e será condenado a morte.
As madrinhas olham para ela e reparam em seu desespero, Tia não contém sua agonia e corre para a praça e todas a acompanham. Elas se afligem ao ver Weenny no topo de uma escadaria, um homem de aparência desprezível a agarra pelo braço, enquanto grita coisas que devem ser terríveis, a julgar pelas lágrimas que abundam nos olhos da Tia.
— O que ele está falando? – Gislaine pergunta.
— Tia, o que está acontecendo? – Marília pergunta enfurecida.
Veem quando homens vestidos como mulheres correm no meio da multidão com facas, machados e espadas, após eles estão Salmaan, Ravi e outros homens, não se surpreendem ao ver Eros, ainda de longe, sabem que ele sempre tentará proteger sua noiva.
Os padrinhos aparecem, mas são afastados por Salmaan e Ravi, deixados em um lugar protegido, mas ninguém consegue compreender o que está acontecendo.
Então todos veem e ouvem Eros correr e gritar algo em hindi.
Desde quando Eros fala fluentemente em hindi?
As amigas gritam em português mesmo, Tia grita em hindi e chora desesperadamente, mas Samara decide gritar em inglês, alegando que é uma língua universal.
Eros sobe e grita com o homem que está segurando Weenny, mas fala em hindi.
— Eros fala fluentemente em hindi desde quando? Essa viagem tá muito esquisita e ninguém explica nada! - Samara abismada, pergunta.
Todos estão apavorados demais para rir e ela não teve intenção de fazer piada.
Ficam apavorados por ver tanto ódio nos olhos do Eros, jamais viram esse amigo tão gentil, educado e controlado com tanto ódio, realmente deve estar sendo muito ofendido.
Eros atira em vários homens e o sangue respinga em sua camisa e rosto, ele e o homem nojento parecem trocar ofensas, tudo o que os amigos podem fazer é observar atentamente toda essa cena hedionda.
Então Eros resgata a Dulhana e joga aquele sujeito, fazendo-o rolar pelas escadas.
Weenny fica encolhida em um canto, enquanto o Dulhan luta com esse homem, todos tentam confiar que Eros se sairá bem nessa briga, tanto quanto ele se saiu bem naquela briga com o sujeito na estréia do remake.
As seis se aproximam da Weenny e as madrinhas reclamam.
— Permitam que elas cuidem da Dulhana. – Tia orienta, ainda com a voz trêmula.
— Há quanto tempo elas conhecem a Weenny? Nós somos as amigas delas e nós temos o direito de cuidar dela. - Iara responde.
Quando alguém tenta tocar na Weenny, ela rapidamente se afasta, com delicadeza e carinho as amigas se aproximam e tentam acalmá-la, mas ela grita algo em hindi.
Todas ficam chocadas ao ver que aquele homem desprezível não desiste, diz algo que desperta uma ira incontrolável no Eros, que nem de longe lembra aquela noite da estréia, isso deixa a todos assustados.
Ele avança furioso para cima dele e o mata estrangulado ou afogado, todas as amigas ficam em choque, Weenny ainda grita junto com a Tia e a chacoalha, talvez tentando parar ou entender todo aquele horror.
Quando finalmente tudo acaba, veem que Eros levanta e observa a Dulhana, mas os padrinhos decidem afastá-lo daquela praça, então Tia, as seis mulheres e as madrinhas resolvem levar Weenny para o hotel, assim poderão cuidar melhor dela.
Jagadeesh Manohari (Eros Myron) POV:
Caminhamos por alguns minutos, Salmaan faz questão de me levar para longe daquele tumulto, chegamos diante de outro hotel, meus sudras tem o cuidado de providenciar tudo para que eu tome um banho, porque estou imundo, com sangue e sujeira por todo o corpo. Logo depois seguimos para o bar e restaurante onde estávamos antes.
A imagem do pavor nos olhos da Weenny não sai da minha cabeça.
— Não esperava que meu destino exigisse que eu fizesse os primeiros acertos de conta neste momento... Oh Rudá*, não permita que eu a perca porque tive que fazer justiça...
Devo ter pensado em voz alta, noto que meus amigos estão prestando atenção a tudo o que eu digo, mas não dizem ou perguntam nada. Guilherme vê os ferimentos no meu rosto e se prontifica a cuidar deles.
Eu conheço meus amigos o suficiente para saber que estão agitados e apavorados, mas vão se acalmando gradativamente, eles insistem em perguntar o que o meu inimigo disse, para me fazer perder o controle daquela forma, mas eu prefiro não dizer.
Amitabh faz a gentileza de satisfazer a curiosidade dos meus amigos.
— Esse homem queria afrontar o Dulhan, sequestrou a Dulhana e quis vendê-la em praça pública, como está acostumado a fazer com outras moças, depois mudou de ideia e disse que ia usá-la como amante e machucá-la. Quando o Dulhan reagiu o homem ameaçou matá-los, ele teve que se defender, não acham? – o tradutor explica de maneira simplista e eles concordam.
Guilherme faz um bom trabalho, não sei quem providenciou o material usado por ele, agora nem é mais possível ver o ferimento, ele diz que não ficarão cicatrizes, mas não me preocupo com isso neste momento.
Minha preocupação é grande e por um motivo realmente importante. Não sei onde está meu celular, por isso peço que alguém ligue para saber da minha Weenny, não quero que ela fique chocada com as mortes, eu precisava fazer o que fiz e quero que ela entenda, sei que ela ouviu tudo o que meu inimigo falou sobre nós e deve ter entendido que eu só poderia ter tomado uma decisão...
— Ligue para elas, por favor, veja se minha Weenny está bem, diga a ela que... O que eu devo dizer... O que? – faço o pedido para o Enzo, mas estou perdido.
Acho que eles não entendem toda a minha aflição, mas atendem o meu pedido.
Meus amigos vão me oferecendo bebida para eu relaxar, e de tão nervoso e estúpido que estou me sentindo, vou aceitando. Fico completamente distraído com meus pensamentos e permaneço quieto ao lado dos meus amigos, refletindo... O que a minha Dulhana há de pensar ao ver seu noivo, na antevéspera do nosso casamento, matar cinco pessoas com tanta brutalidade, ainda que seja em defesa da nossa honra?
Ela pode pensar que eu menti todo o tempo ou que sou violento e desistir de tudo!
Em minhas vãs suposições, cogitei que a distância e a saudade seriam o ápice da minha angústia, depois de tantos dias sem vê-la, a reencontro em meu país, local onde eu imaginava que poderia lhe proporcionar toda segurança e felicidade, mas a vi em uma situação terrível como aquela...
Só Weenny pode me tirar da dor e da angústia dessas novas incertezas, preciso falar com ela urgentemente e em particular, será necessária muita coragem para ouvir a sua resposta.
Meus amigos vão enchendo meu copo sem parar e eu simplesmente o levo boca, mas sinto apenas o gosto amargo das mortes, me embebedam tanto quanto conseguem, a ponto de me deixarem cambaleante, não tenho costume de consumir bebidas alcoólicas.
Não posso esperar mais, tenho que conversar com a Weenny.
Levanto, mas preciso me segurar no batente da porta, sinto muito sono, é provável que eu esteja bêbado pela primeira vez em minha vida.