webnovel

100 dias para morrer

Uma vida insignificante e uma morte fantástica. Muitas vezes as coisas não acontecem como o esperado, mas Lary Flores nunca desistiu por causa disso, e sofreu até o dia de sua maravilhosa morte.

M4rques · Aktion
Zu wenig Bewertungen
16 Chs

CAAS

"No horário como sempre não é Larry?"-Falou ela sarcasticamente.-"Fui chamado pela Diretora. Dessa vez não dá pra me culpar Clara."-"Isso não é problema meu. Se você foi chamado pela Dir Marsha você deveria ter mandado mensagem ou ligado para mudar o horário. São 8:37 e seu treinamento começa 8:15!"-"Certo, certo. Eu sempre faço exercícios extras de qualquer jeito."-"Não se preocupe, hoje não vai sobrar energia para treinos extras com o Jhonny."-Eu sabia que treinar escondido não era uma boa ideia. Ela sempre fala que é preciso que seu treinador tenha noção de tudo que seu corpo passa para poder te treinar perfeitamente. Ela realmente é inteligente, principalmente sobre treinamentos. É incrível a sua força, ela provavelmente ganharia de qualquer um aqui na CAAS em uma disputa de força física. Ela era mais alta que eu, não muito, por volta dos 1.80. Seu cabelo castanho e longo, chegando até sua cintura. Até hoje não entendo como ela consegue viver com um cabelo tão grande. Seus olhos verdes, ela tem muito orgulho deles, e costuma falar como essa cor de olhos é a mais bonita.-"Vamos começar logo. Quando acabar hoje, vai faltar mais 4 dias para você se tornar um agente da CAAS. Melhor aproveitar enquanto não faz trabalho nas ruas."-"Claro."

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Dia 17

"Finalmente não é Larry? Agora você é um agente oficialmente. A Corporação de Agentes e Atividades Sigilosas te parabeniza pelo seu trabalho duro e espera que você continue com ele a partir de agora."-"Obrigado Diretora!"-Depois de 15 dias eu finalmente consegui. Meu trabalho estava garantido. Eu agora tenho uma forma garantida de ganhar dinheiro mensalmente de novo. É incrivelmente assustador viver sem isso e traz uma segurança gigante ter de volta.-"Parabéns Larry."-"Agente Larry para você Agente Jhonny."-Os agentes se chamam só pelo nome Larry."-"Eu nunca vou escutar você me chamar de agente então?"-"Infelizmente sua espera foi por nada."-Jhonny não riu em voz alta, mas seu sorriso de canto de rosto me mostrou que ele com certeza estava contente pela sua "pegadinha" ter dado certo.-"Agora que você finalmente é um agente. Está na hora de sair para seu primeiro trabalho oficial. Trataremos isso como seu 'treinamento final', por isso, Agente Clara vai com você investigar um assassinato que parece ter o envolvimento de Vitor e seu grupo. Seu trabalho começa agora!"

Dirigi até a cena do crime com Clara no banco de co-piloto, apesar que ela estava apenas deitada e quase dormindo. Chegando lá, a primeira coisa que fiz foi analisar a região. A vítima tinha sido assassinada na calçada em frente a uma padaria, padaria que estava fechado no momento por motivos óbvios. 2 feridas aparentes, uma no pulso que parecia ser causada por alguém ou algo apertando-o, e uma no pescoço, uma facada, com a faca ainda lá. A vítima tinha roupas completamente cinzas, no momento sujas com sangue, mas, originalmente cinzas. Sem cabelo algum, e uma tatuagem em seu pulso ferido, um "X" extremamente notável.-"Alguma ideia do que aconteceu aqui?"-Perguntou Clara que só levantou de seu descanso agora.-"Até onde eu consigo ver, a vítima morreu devido a perda de sangue causada pela facada. Mas a ferida em seu pulso sugere que ou houve resistência ou que algo apertava seu pulso mas foi tirado dela pelo assassino."-"Um relógio talvez?"-"Muito grande para ser um relógio. Além disso tem a tatuagem, ninguém faz uma dessas para simplesmente cobrir."-"Bom, hora de falar com uma testemunha."-"Já? Não deveríamos fazer alguma análise do corpo?"-"Você já fez o que foi treinado para. Não tire o trabalho da equipe forense."

Não tínhamos nenhuma testemunha, parece que quando o padeiro chegou para abrir sua loja o corpo já estava aqui. Teríamos que procurar por pessoas que pudessem estar passando por aqui nesse horário. Mas antes, devemos falar com o padeiro, já que precisamos saber alguns detalhes sobre quando ele encontrou o corpo.-"Bom dia senhor. Entendemos que não deve ser fácil, mas você pode nos ajudar a encontrar o culpado se responder algumas perguntas tudo bem?"-Clara falou isso por notar o quão abalado estava o estado do padeiro.-"Claro. Se puder ajudar vocês."-"Sua vez Lary."-Cheguei a me esquecer por um momento que ela só está aqui para me monitorar.-"Senhor, você tem alguma ideia de quem é a vítima? Talvez alguém que viesse a sua padaria?"-"Não. Nunca vi ele na minha vida todo. Conheço a maioria dos meus clientes e posso garantir que ele não é um deles."-"Certo. Por volta de que horas você encontrou o corpo?"-"Cheguei na minha loja por volta das 4h e ele já estava aqui."-"Alguém por perto?"-"Ninguém."

"Alguma ideia do que aconteceu Larry?"-"Nenhuma ideia concreta. Algumas hipóteses mas nada concreto."-"Se importa de compartilhar."-"O lugar da facada e a posição da faca eram meio estranhas."-"O que você quer dizer?"-"No treinamento você me mostrou vários tipos de assassinato, mas esse aqui não se encaixa perfeitamente em nenhum. A faca foi colocada torta no pescoço e não entrou completamente, além de ter sido colocada no lado do pescoço."-"Até agora não escutei nenhuma conclusão."-"Isso indica que não foi um ataque surpresa. Houve uma briga."-"Isso explicaria o machucado no braço também. Muito bem. Pegue a faca e coloque em um desses ziplocks e entregue para a equipe forense que esta vindo. Vamos voltar para a corporação. Mas antes, estou muito curiosa sobre uma coisa."-O que seria?"-"Sua reação ao ver o corpo. Foi meio decepcionante. Normalmente as pessoas sentem nojo, alguns vomitam, alguns desmaiam, mas você não mostrou reação alguma. Por que?"-Quando ela falou eu notei. Não senti nada ao ver aquele corpo. Não senti nada. Aquele corpo não representava nada para mim, não senti pena, não senti nojo, não senti nada do tipo.-"Também me pergunto porque será…"