webnovel

Capitulo 54 de 13 — Até a próxima Castiel. Neh?

Ponto de vista do Castiel.

Caminhando pelas ruas de Mangolândia pela manhã, direcionando-me ao campo de treinamento onde enfrentaria meu maior inimigo. O calor do dia já se fazia sentir, tornando o barro do chão firme e garantindo que minha mobilidade não seria comprometida.

Ao abrir a porta, entrei no local onde os soldados normalmente treinavam, cercado por muralhas e com espaço suficiente para vários deles praticarem juntos. Ao me aproximar do centro, avistei-a balançando sua espada, cada movimento levantando o pó do barro.

Ela vestia as mesmas roupas de sempre: uma túnica sobre uma camisa de algodão de mangas compridas e um calção simples. Tudo nela irradiava um brilho amarelo, até mesmo os detalhes de sua aparência.

Quando ela notou minha presença, esboçou um sorriso. Ao me aproximar, disse:

— Dessa vez vou vencer.

— Você nunca muda, Castiel.

— Antes de continuar, me diga o seu nome.

— O que foi? Você nunca teve interesse em saber quem eu sou antes, o que deu agora, se apaixonou por mim?

— Não, eu só quero saber o seu nome na hora de declarar a minha vitória.

— Sim. Se me vencer, eu conto.

— Feito.

Dessa vez, as coisas estavam diferentes. Já estava familiarizado com seu estilo de combate e a forma como ela utilizava suas habilidades de aura. Primeiro, ela imbuía sua espada com aura, segurando-a diagonalmente, enquanto a outra mão permanecia próxima ao peito, acumulando energia para distribuir pelo corpo. Para vencê-la, precisaria neutralizar sua principal fonte de poder: sua mão direita.

Preparando-me para o confronto, posicionei minhas mãos no chão, concentrando minhas explosões e energizando meus pés. Com as explosões prontas, lancei-me em direção a ela, executando uma voadora de dois pés.

Ela antecipou meu ataque, inclinando-se para trás para esquivar-se. Entretanto, prevendo sua movimentação, ampliei subitamente minha velocidade com outra explosão, interrompendo meu avanço abruptamente. Em seguida, apliquei um chute de trás que a atingiu em cheio, lançando-a para longe com o impacto.

— Defendeu é?

Não lhe dei tempo para reagir e avancei rapidamente em sua direção. Com um sorriso desafiador, ela balançou a espada verticalmente em minha direção. Utilizei uma explosão na mão direita e me esquivei para a esquerda, mas algo poderoso atingiu meu braço, fazendo com que meu corpo virasse para a direita. Antes mesmo de minha cabeça colidir com o chão, utilizei outra explosão na mão direita e me virei para encará-la em pleno ar.

Ela girava o corpo para o lado, com a perna levantada em um arco, preparando-se para seu próximo ataque. Não sabia se ela miraria minha cabeça ou minha barriga. Por instinto, protegi minha cabeça, mas um golpe forte atingiu minha barriga em cheio.

O golpe foi intenso e me arrastou para o chão. Refletindo sobre o impacto, questionei como um chute dela poderia causar tanta dor. Ela não era conhecida por sua força física, mas sim por sua habilidade de movimento. Será que sua aura estava envolvida? Parecia improvável, pois transferir a aura da mão para o pé rapidamente era uma técnica avançada.

Ao me levantar, notei que meu colante preto estava rasgado na região da barriga, como esperado após o impacto. Recuperando-me, decidi seguir com o plano que havia traçado para o dia. Abordei-a lentamente, mas ela permanecia firme em sua posição de combate, sempre com um sorriso confiante estampado no rosto.

Mas espera, que corte no chão era aquele? Não estava aqui quando cheguei e a posição.

Aproximei-me com velocidade e agilidade, meus movimentos impulsionados pela determinação de derrotá-la. Com um golpe de mãos, apliquei uma explosão que ofuscou sua visão, desviando sua atenção por um momento crucial. Aproveitei essa oportunidade para agarrar seu braço com firmeza, concentrando minha aura em uma explosão poderosa que a atingiu em cheio.

Apesar da evidente dor expressa em seu gemido, ela não desistiu. Desferi um soco em sua barriga com mais uma explosão, intensificando sua agonia, até que finalmente ela caiu no chão, contorcendo-se em sofrimento.

Senti a vitória se aproximando, uma mistura de alívio e triunfo inundando meus sentidos. Finalmente, após tanto esforço e dedicação, havia alcançado a vitória sobre ela.

A fumaça se dissipava lentamente enquanto curvava os meus lábios para cima. Então, com uma pitada de curiosidade, perguntei:

— Agora, diga o seu nome. Perdedora.

— Você ainda não percebeu?

— Quê?

— Durante a sua investida, eu te cortei — disse sorrindo.

Do que ela estava falando, não tinha como ela me cortar… hum, que dor no peito é essa?

Com um gesto instintivo, coloquei minha mão sobre o peito e ao sentir minhas mãos molhadas, não de suor, mas de algo que escorria pelo meu corpo e caía no chão, uma sensação de fraqueza tomou conta de mim. Minha respiração ficou mais pesada e meu coração batia descompassado.

Quando ela fez isso? Esse sangue… não, eu irei cair…

No chão, lutando contra a dor agonizante, não pude conter a pergunta queimando em minha mente:

— Como… como você…? Eu… explodi… seu braço… e sua barriga. Não tinha… como contra-atacar.

Ela começou a se levantar, e meus olhos não podiam acreditar na cena diante de mim. Como ela poderia estar ilesa? Não havia sinal de ferimentos em seu corpo.

— Como… como você está… sem ferimentos?

— Ham, isso, somente carreguei toda minha aura concentrada na mão, no braço e na barriga.

— E sua barriga… não tinha como… você saber que ia… ser golpeada.

— Isso foi sorte.

— Sorte?

— Sim, eu sabia que não ias parar por aí, então chutei que ias golpear na barriga.

— Impossível… eu tinha vários lugares… que eu podia te… afligir dano.

— Sim, mas eu sei que não ias fazer isso porque gostas de mim, neh? Por isso escolheu um local onde eu não sofreria tanto dano.

— Eu não… gosto de… você.

— Neh? Eu sei.

A pergunta ecoava em minha mente, uma mistura de incredulidade e suspeita preenchendo meus pensamentos. Não havia como ela saber sobre minha relutância em ferir o rosto de uma mulher. A menos que… Será que ela havia pesquisado sobre mim?

— Neh? O meu nome é Vitory.

— Eu não pedi… ainda não te venci.

— Vais me vencer um dia, mas não agora. Castiel. Neh? — disse sorrindo para mim.

Apesar de ter sido derrotado por ela mais uma vez, algo mudou dentro de mim. Naquele momento, ao ver seu sorriso radiante, meu coração começou a bater de uma maneira diferente. Seus longos cabelos trançados exóticos, como sua habilidade única com a espada, capturaram minha atenção de uma forma inexplicável.

Apesar de minhas falhas em vencê-la em combate, uma nova determinação começou a surgir em mim. Eu podia não conseguir vencê-la em uma luta, mas estava decidido a superá-la em outro campo. Um sorriso travesso se formou em meus lábios enquanto a promessa ousada ecoava em minha mente: "Eu posso não te vencer em uma luta, mas garanto que te vencerei na cama."

— Até a próxima, Castiel. Neh?

Apesar da derrota inicial, continuamos a travar batalhas um contra o outro ao longo dos anos. Sem percebermos, uma década havia se passado e agora eu tinha vinte e três anos. Foi então que fomos convocados para fazer parte de um time de três pessoas encarregadas de aniquilar os destemidos.