60. Dissolvição

Nosso time 2 agora tem um ano e meio, e somos uma das melhores equipes de Konoha. Demorou bastante para que o time pegasse sua primeira missão, mas depois disso, escalou de maneira rápida e segura.

Shinko era considerada a coringa do time. Ela tanto podia ajudar Itachi na linha de frente, quanto ajudar Himuka na parte logistica e médica do time.

Himika, apesar de parecer fraca em um primeiro momento, era nosso monstro escondido. Ela podia dar suporte, maximizando os efeitos dos ninjutsus estilo fogo de Itachi, ou cobrindo Shinko com seu taijutsu. Mas ela era nossa ninja médica.

Itachi, bem, eu acho que cometi um erro.

A seu pedido, verifiquei seu corpo e tratei a doença que atingiu seus pulmões. Apesar de as pessoas acreditarem que não havia cura, bem, nesse mundo existe chakra, e ninjutsus médicos que podem ajudar a substituir células cancerígenas de um corpo.

Não é preciso dizer que, não apenas ele agora tem um excelente taijutsu, mas seus ninjutsus são completamente quebrados, e não obstante, seu sharingan é uma coisa quebrada. Apesar de tudo, ele se focou em ninjutsu e genjutsu.

Uma coisa não impedia a outra e o malvado menino descobriu formas de enganar os inimigos que até eu me surpreendi. Ele finge lançar um ninjutsu, levando o inimigo a acreditar que pode se defender, mas na verdade, seus selos de mão são apenas para fazer o inimigo ser pego na sua ilusão.

Nossas missões, mesmo as de rank A, eram feitas de maneira segura e tranquila. Itachi se mostrou ser um assassino implacável, e eu não estava longe disso. Ele já era forte, e estar em um time apenas o segurava.

Essa era nossa última missão, escolta. Era apenas nossa forma de passar alguns últimos dias juntos, aproveitando a companhia um do outro.

Depois disso, Itachi estaria entrando para a ANBU, Himuka e Shinko estariam se juntando ao hospital de Konoha, e eu estaria partindo em uma missão para encontrar um nukenin de Konoha, nada mais, nada menos que Orochimaru.

Como encontrar uma agulha no palheiro, eu não faço ideia, mas ao menos, eu estaria viajando por aí, conhecendo novos lugares e pessoas. Era como se eu seguisse os passos de Jiraya, ou se preferir, férias remuneradas de longo prazo.

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KAWAUSO NO KAWA - LAR DAS LONTRAS

Finalmente eu estava de volta. Assim como o Monte Myõboku, a Caverna Ryuchi e a Floresta Shikkotsu, esse lugar era o lar das Lontras. Uma floresta viva, com muito mais rios e cachoeiras que qualquer lugar no mundo, ao menos do que eu conhecia.

Suas casas estavam dispostas em posições como se fosse uma grande aldeia, variando de tamanho e cor. Eles levam a vida semelhante a nós, humanos, mas com seus hábitos e costumes.

"Hen-chan, você parece finalmente ter chego a nossa vila." diz a velha lontra, o Rei Lona.

"Lona-sama, vim receber o treinamento agora que tenho um tempo adequado." digo, enquanto faço uma reverência educada a Lontra de 1,50cm de altura que me encara. Sua coloração é um cinza, com um branco cobrindo o que posso chamar de tórax e barriga.

Ele está bastante coberto por cicatrizes, dando uma aparência bastante intimidadora, se não fosse tão fofo. Há uma espada pendurada em sua cintura.

"Perigos estão vindo a frente, Hen-chan, então tomaremos o tempo devido para lhe ensinar nossa arte. Espero que a leve com respeito, ou fatiarei seu corpo e espalharei seus restos por toda nossa floresta." ele diz, e só posso engolir em seco.

"Pretendo não decepcionar, Lona-sama." respondo brevemente. Ele então faz sinal para que o siga.

O caminho, eu devo dizer, é extremamente bonito. Uma floresta de mata fechada, com apenas uma trilha a ser seguida. Mas o ar parece diferente, mais puro, e faz meu corpo parecer mais jovem, forte, mais natural.

"Lona-sama, por acaso aqui também é uma área para o treinamento de sábios?" eu tento formular a pergunta, já que não era meu forte essa área.

"Apesar de o chakra natural permear nossas terras, não temos um óleo que possa ensinar você a usar o modo sábio. Nem nós somos considerados sábios. Como você, nosso chakra é diferente, então não podemos absorver o chakra natural." ele explica.

Eu abaixo a cabeça desanimado. Afinal, quem não quer entrar no modo sábio e ficar extremamente forte? Mas parece que eu mesmo não posso, já que eu tenho um 'chakra' diferente.

Chegamos então a um grande lago, com uma pequena ilha em seu centro. Lá, a rainha das Lontras estava treinando suas habilidades com a espada. Ela parecia dançar, enquanto o fogo, a água e raios pareciam acompanhar seu ritmo, e sua espada.

"Ela é adorável certo?" pergunta o rei, me encarando com sua sobrancelha erguida, como se esperasse minha resposta.

"Você está intimidando Hen-chan novamente marido?" a voz doce, da rainha chega até nós, e tanto o rei, quanto eu, travamos. Ele começou a suar frio, e eu porque sabia que as coisas não seriam boas pro meu lado.

"Jamais amor. Eu apenas estava elogiando suas artes. Não é isso, menino Hen?" ele me olha, entre o desespero e a ameaça.

"Minha rainha. O rei apenas exaltou o quão celestial era sua forma agora a pouco." eu respondo, e vejo o rei soltar um bom punhado de ar, aliviado.

"Tudo bem, Hen-chan, pode vir. Seu treinamento vai começar. E não haverá mais interrupção, fui clara?" ela para sua dança, e me encara.

Se existia uma forma de dizer o quão bonita era um animal, eu poderia dizer como era a rainha Lontra. Ela tinha uma graça dela, que a fazia muitas vezes, parecer mais charmosa ou mais elegante que uma mulher. Mas não se engane.

Por debaixo daquele charme, há uma assassina implacável, uma que mataria o rei, apenas porque ele olhou para outra Lontra. É um segredo bem conhecido na vila, as cicatrizes do rei, não são de batalhas, mas sim, pelo ciúme da rainha.

"Não mais interrupções, minha rainha." respondo, e em algum lugar da minha lama, um grito desesperado acontece.

"Venha, é hora de limpar você das imundícies do mundo." ela diz, com sua aura etérea de uma sacerdotisa, mas com seu olhar assassino de um demônio.