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UMA ESTÓRIA DANATUÁ

Um demônio, uma demiana, um dahr e uma nefelin. Em comum entre todos eles apenas o fato de serem guerreiros formidáveis que, provavelmente, não deveriam ter se encontrado. Apesar das esperanças de que tudo ocorresse bem, para a grande maioria não havia como não se matarem no processo. A cada encontro um confronto terrível, e o que os coloca sob uma perspectiva mais dramática é a guerra em que eles estão imersos, uma guerra tão vasta e terrível que tem o poder para causar o fim de uma era. Mas, no sorriso tranquilo de alguns poucos, a visão de destino e a face sorridente de um deus. O que poderia dar errado? [...] - Não tenho contratos com vocês – rilhou Mercator. – Nem com qualquer outro ser, anjo, demônio ou deus, por miserável que seja. Escuridão examinava Mercator, os olhos frios e calculistas. - Nos batemos naquelas cavernas, e perdemos tudo e... - Se perderam tudo é porque seu inimigo te superou. Que diferença eu poderia ter feito? [...] [...]- Uivo, é você? – a ouviu gemer. - Sim, sou eu! Descanse, descanse. Agora está tudo bem. Ele já não está mais aqui... Mas, para seu desespero, pressentiu algum movimento à frente e sua dor aumentou, temendo que a criatura, ou uma outra, estivesse avançando contra eles. Usando suas últimas reservas afastou Allenda e se levantou, as garras sem forças para desembainhar totalmente encaminhando grossas gotas vermelhas para o chão, os braços pesados ao longo do corpo. - Minha vida pela dela – gemeu se dirigindo para os vultos ao longe que os olhos turvos não conseguiam mais focalizar. Todo seu ser estava tomado de desespero, o mal-estar atingindo-o duramente, a mente girando, o mundo começando a escurecer. [...] [...] Com um urro medonho, que reboou por dentro da floresta, o demônio se afastou em grande velocidade. Mais que depressa Allenda se aproximou de Uivo, avaliando a extensão dos ferimentos, enquanto ArrancaToco se acercava da criança. Lentamente, sob o encantamento de Allenda, a respiração de Uivo foi se regularizando e se fortalecendo. [...]

Mikael_Lenyer · Fantasy
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13 Chs

PREFÁCIO

Um demônio e uma demiana[1]; um demônio e uma flor-do-mato. Quem poderia dizer que daria certo, a não ser os que sabiam dos planos do Trovão? Eram, de longe, as ligações mais improváveis e mais estranhas. Um demônio que havia torturado e matado um arcanjo; uma demiana enviada para caçá-lo; um demônio, descendente de um demônio muito antigo; e uma flor-do-mato, independente e aguerrida, que lutara quase até a morte contra poderes que não podia explicar. Mas, era a vontade do Trovão, e das próprias criaturas, buscarem a redenção a que sabiam terem o direito.

Este livro é baseado na vida desses dois casais de guerreiros formidáveis, que se estranharam muito no início, até verem que um tinha parte da alma do outro.

No início, quase ao mesmo tempo do surgimento dos anjos, surgiram os demônios, uma dissidência dos anjos que queriam levar a experiência a um outro nível de dificuldade. Mercator é, juntamente com Trevas e Escuridão, a expressão máxima dessa linha. Éfrera, por outro lado, é uma demiana caída, arregimentada e incumbida de dar caça a Mercator. Já Uivo e Allenda surgem no início da oitava era, quase sem expressão alguma para qualquer estória, que vão se encorpando com o correr do tempo, principalmente quando Uivo descobre ser o descendente de um terrível demônio.

O foco ocorre na oitava era, precisamente em seu final, na guerra fimdeera, que trouxe para esta dimensão a possibilidade de surgimento da era dos homens, finalizando com a era dos anjos, demônios e pessoas e nefelins.

Muitos dos acontecimentos deste livro estão contidos, também, na série de livros OS DANATUÁS, quase que de forma exata. Quase porque, como é um relato, e não em primeira pessoa, mas a estória de um observador atemporal, falas podem estar diferentes e os locais podem não ser exatamente como em OS DANATUÁS. No entanto, em essência são os mesmos.

Como eles ainda continuarão a agir nessa dimensão, mesmo durante a era dos homens, pois que para isso se voluntariaram, se houver autorização por parte dos relacionados, outro, ou outros livros poderão ser escritos.

Então, que se enamorem deles, como deles me enamorei, pelas estórias incríveis que viveram.

Akindará,

Mikael Lenyer

[1] Demiana é o feminino de demônio, conforme ANEXO, ao final deste livro.