Jack
Ao chegar no endereço que Alex havia me passado, descubro que ele morava mora num prédio e logo gemo de tortura.— Merda! — gemo novamente. Faço uma manobra com o carro, estaciono ali perto do prédio. Antes de sair do carro com a Estrelinha, pego a minha bolsa. Saio do carro e logo damos de cara com o porteiro.— O senhor Mendonça está me esperando. — E o porteiro me mede de cima a baixo e pela sua cara não é de desgosto. — A senhorita pode subir, o senhor Mendonça, está lhe esperando.— Após o porteiro ligar para o apartamento de Alex, ele me pede para subir. — Idiota! — resmungo, o porteiro estava me secando com o olhar. — Estamos quase lá... vai rápido, elevador... — digo entrando. —Estrelinha, espero que não demore muito.
O elevador chega ao andar do apartamento de Alex e dou graça a Deus. Saio, vou até a porta, toco a campainha. Espero a porta se abrir e... "PORRA!!!!" Esse homem é perfeito, que corpo é esse? A camisa que usava o deixava muito mais gostoso, minhas mãos estão coçando para tocá-lo que até esqueço sobre a minha fobia de elevador. "Jack, Jack, é melhor limpar a baba que está escorrendo pelo canto de sua boca, menina". Em meio aos meus pensamentos e com Alex à minha frente digo a primeira coisa que vem em minha mente.
— Alex, você tinha que morar num apartamento? — digo cheia de ironia.— Entra, Jackeline. Bem-vinda à minha casa! — Após uma risada gostosa, ele me cumprimenta estendendo a mão para que eu entre no apartamento,
— Obrigada. Belo apartamento! — comento admirada.— Obrigado. Vejo que trouxe a sua cachorrinha. — ele diz brincando com ela.— Sim. Você disse que eu podia trazê-la. — Lembro.— E eu disse mesmo! — ele diz, tranquilizando-me. — Vou chamar as crianças para você conhecer. Ah, fique à vontade, a casa é sua — diz e sai para buscar as crianças em outro cômodo. E eu fico ali admirando o apartamento dele, sentindo medo e ansiedade, pois vou conhecer os gêmeos. Solto a Estrelinha no chão, tiro a sua coleirinha e só ouço um grito seguido por uma voz brava. — Sai daqui, sua peste! — Fico puta querendo saber quem está falando, e não demora muito e logo vejo a Estrelinha correndo para meu colo e uma mulher com expressão de raiva em seu rosto. — De quem é essa pulguenta daqui? — ela praticamente grita e fuzila minha cadela com os olhos. Imagino que ela seja Renata, a empregada. — Então, você é deve ser a Renata? — pergunto ignorando o que ela falou.
— Para você, é senhora Colunga! — ela diz esbravejando.— Que prazer em conhecê-la, senhora Colunga! — cumprimento-a com ironia. Essa mulher se acha demais. — Para mim, é um desprazer. Não acredito que o Alex tenha trazido uma de suas prostitutas para dentro de nossa casa!
Nesse momento, duas coisas me chamam a atenção. Primeiro: ela me chamou de prostituta. Segundo: ela disse que a casa é dela e do Alex? Fico irada com ela, mas penso que ela seria um grande problema, será que Alex e Rafa me enganaram? Acabarei com eles se fizeram isso. Ou será que é verdade, ela é namorada de Alex? Se for, ele levará um belo chute na bunda por me enganar, ou melhor, os dois levarão! Quando penso em responder àquela vaca, Alex aparece na porta com os gêmeos. — É melhor você ter mais respeito pela minha convidada, Renata. — repreende a empregada. Parece que ele ouviu tudo e não gostou nada do que ouviu. Percebi que ela ficou pálida e sem graça. — Nós só estávamos nos conhecendo, né, Renata? — falo enfatizando seu nome, para que ela perceba que nunca vou chamá-la de senhora. — Claro, senhorita — ela responde com um sorriso falso, mas seus olhos estão enfurecidos.
— Que ótimo! — diz Alex.— Jackeline, esses são meus filhos: Caio e Valentina. — ele olha para os gêmeos: — Meus filhos, essa linda moça é uma amiga do papai, ela está aqui para conhecer vocês. — Ela é a sua namorada? —Valentina pergunta curiosa.— Ela é uma amiga do papai, que vai trabalhar comigo — ele diz passando um olhar bem demorado pelo meu corpo. Minhas pernas ficam bambas e meu corpo trêmulo, falo para mim mesma para ter controle.— Olá, crianças, me chamo Jackeline Baptista, mas podem me chamar de Jack. — eu os cumprimento.
— Jack é nome de menino? — diz o garoto.
— Sim, é verdade! — concordo com ele. — Mas meninas podem ser chamadas assim também! Estrelinha começa a latir, eu a solto e as crianças correm para brincar com ela. Caio e Valentina me fazem várias perguntas, enquanto respondo e me divirto junto com os gêmeos, Renata me observa com sangue no olhar. Minha mente viaja e começo a pensar Essa aí que o Rafa disse que gostava do Alex. O Rafa não me enganou, mas agora será que ele gosta dela?
Olho para Alex e percebo que ainda me olha daquele jeito... Jesus Amado! Hoje à noite será seria bem longa. Logo a Renata se retira, mas volta para dizer que o jantar está pronto. Todos nós vamos para a sala de jantar. Durante a refeição, conversei muito com as crianças, aliás, os dois são bem espertos! Reparo que a Renata não tira os olhos de cima do Alex. Com o término do jantar, fomos para sala de estar, e as crianças continuaram a brincar com minha cadelinha, e eu aproveitei para observar todo o movimento da casa. — Jack, você gosta de videogame? — pergunta Caio.— Sim, adoro! — respondo ganhando um sorriso lindo e ali dava pra ver que o menino puxou do pai o sorriso.— Quer jogar? — ele pergunta ansioso e, quando eu ia responder que sim, lembro-me de que eu e o Alex iríamos ter uma longa conversa.— Claro, mas antes tenho que falar com seu pai — digo chamando Alex no canto.— Tudo bem, enquanto vocês conversam, vamos preparar o jogo. — responde Valentina.— E cuidem da Estrelinha — peço olhando pro Alex séria, precisava resolver logo.— Do que se trata? — pergunta curioso.— Podemos falar aonde não sejamos ouvidos? — digo, pois Renata estava atenta a tudo que fazíamos. — Claro, vamos ao meu escritório. — Sigo e falo assim que ele fecha a porta. —Você transa com sua empregada? — solto logo a pergunta que estava me incomodando.
Ele fica chocado com a pergunta e se defende:
Você está louca? Eu e Renata transando?! — Ele fica chocado com a minha pergunta e, quando achei que ele não iria me responder nada, ele me olha, e responde com um riso no rosto.