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Trivial Incidente - Trivinc

Apos um chamado do rei, heróis se reúnem no salão real. Aquela seria uma reunião sobre batalhas que haviam acontecendo no vilarejo da fronteira com o outro reino. Um dos heróis, o arqueiro, abriu a porta e caiu no chão. Estava mortalmente ferido. Alguém o havia atingido em suas costas. Todos ficaram em choque. O rei pediu para fecharem os portões e todos os acessos do castelo. Aquilo deveria ser investigado e o culpado punido. Quem matou o mesmo e por qual motivo?

rodrigo_reis · Horror
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280 Chs

Taverna

Entrei na taverna. Estava encapuzado e com uma capa negra. Sentei em uma cadeira de madeira perto da bancada. Não queria deixar que outras pessoas me vissem, mas aquela capa estava mais chamando a atenção do que evitando ela.

- O que desejas?

- Pode ser um chopp mesmo.

- Certo. Saindo um chopp.

O taverneiro foi até um barril. Encheu a caneca em um copo de madeira que não parecia bem lavado e colocou na minha frente. Aquilo poderia ser bom.

- Quer algo para comer?

- Não. Obrigado.

O taverneiro voltou a sua ocupação de lavar louças e limpar as mesas com o paninho. Malfeitores me olhavam em olhares ferozes. Me viram de algum lugar. Quis ficar sem fazer contato visual, mas era realmente difícil. Um homem se aproximou. Não consegui ver direito quem era a pessoa, mas era bem esquisito.

- Hey, você!

Me virei mas mantive a cabeça baixa. Não queria que me vissem.

- Sim. O que desejas?

- Vi você aqui, mas nunca te vi antes. Você é de fora?

- Sim. De certa forma.

- Aqui é um lugar perigoso. Como veio parar aqui. Seria melhor se ficasse no centro da cidade.

Era um homem alto e barbudo. Muito loiro o seu cabelo e tinha um machado que carregava em suas mãos. Será que era um bárbaro? Parecia ter bebido bastante. O taberneiro ficou indignado.

- Hey. Sem confusões aqui.

- O que você está querendo?

Um homem que parecia um cavaleiro bebia em uma mesa ao fundo. Se aproximou do grandalhão loiro do machado e colocou a mão no seu ombro. Parecia que queria apaziguar as coisas.

- Senhor!

O homem se virou para ele.

- Quem é você?

- Melhor não brigarmos aqui. Eu venho aqui sempre que me sinto entediado. Um forasteiro não pode vir aqui? Ora! Sei que ele é um estranho, mas esse é um lugar público.

- Está querendo encarar?

O cavaleiro deu um golpe com o cabo da espada de surpresa. O grandalhão ficou sem ar.

- Se quiser, podemos brigar lá fora.

Outros se levantaram da mesa. O taverneiro falou bem alto.

- Parem! Vão quebrar tudo daqui. Se quiserem se matar, vão para a rua.

Os três que se levantaram guardaram as armas.

- Ainda quer uma luta, grandalhão?

Ele estava tentando falar, mas nada saía.

- Vejo que não tem como falar. Podemos falar assim que você voltar ao normal. Por enquanto, sente-se. Vamos ouvir desse estranho sobre o que ele está fazendo aqui.

Cada um dos dois se sentaram um de cada lado de mim. Estava cercado de pessoas que não queria além de outros que poderiam me atacar a qualquer momento atrás de mim.

- Então, estranho. Nos diga. Quem é você? De onde vem?

Estava enrascado antes mesmo de saber.

- Isso é uma longa história.

- Tudo bem. Estou entediado. E temos todo o tempo do mundo.

Comecei a contar toda a minha história desde o início até aquele momento.