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Trivial Incidente - Trivinc

Apos um chamado do rei, heróis se reúnem no salão real. Aquela seria uma reunião sobre batalhas que haviam acontecendo no vilarejo da fronteira com o outro reino. Um dos heróis, o arqueiro, abriu a porta e caiu no chão. Estava mortalmente ferido. Alguém o havia atingido em suas costas. Todos ficaram em choque. O rei pediu para fecharem os portões e todos os acessos do castelo. Aquilo deveria ser investigado e o culpado punido. Quem matou o mesmo e por qual motivo?

rodrigo_reis · Horror
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280 Chs

Prólogo

Estava tudo tranquilo como normalmente acontecia desde que se mudou para aquele lugar.

O sol raiava e a luz entrava no quarto.

- Aaah! Que sono!

Estava ainda quieto lá fora. Era aproximadamente umas cinco da manhã. Como costumava treinar bastante a noite, o seu sono era bem justificaso.

- Que coisa! Hoje vou ter aquela reunião com os demais no salão real. O que será que o rei vai querer dessa vez?

E ainda aquela missão que lhe foi dada ainda não foi completa. Era uma que lhe disseram para não falar. Era o motivo de estar nesse mundo. Porém, ele estava há um bom tempo. Já conhecia a cidade. Já conhecia o castelo. Já conhecia os arredores do local. E não havia nenhuma pista de aonde que poderia estar aquilo.

O rei costumava dar missoes. Aquilo atrapalhava a busca daquilo que haviam pedido. O seu tempo era escasso e aquilo que o mantinha vivo ali também o mantinha preso.

Se ele pudesse sair daquele lugar e ir como um aventureiro em busca daquilo que lhe foi solicitado, poderia voltar a seu lugar de origem.

Talvez se ele conversasse com o rei, talvez pudessem lhe adiar alguma missão e ele poderia fazer as suas buscas.

Tudo talvez.

Mas, de volta a realidade, desde que chegou ali está naquele lugar, naquele quarto, naquela vizinhança.

- Qual o meu verdadeiro objetivo aqui? Por que que eu estou aqui?

Se lembrava dos acontecimentos do passado. Queria chorar as vezes sozinho, mas se lembrava que ela lhe olhava de algum lugar. E foi ela que lhe trouxe para aquele mundo e para aquela vida.

Tudo o que ela pediu foi encontrar aquilo. Poderia ser dificil encontrar em um mundo tão grande, mas teria que tentar.

Se tornou um herói naquele mundo e vivia fazendo as missões que o rei lhe mandava.

Estava cansado, mas era melhor do que a sua vida anterior.

Na terra era um estudante e sofria bullying. Morreu por esse motivo e foi reencarnado nesse lugar.

- Tenho que ir ao castelo. Não adianta lamentar.

Batistlav era seu nome naquele mundo. Estava só mas tinham heróis junto com ele que costumava lhe ajudar nas missões. Eram seus únicos amigos e eram como se fossem quase como uma família. Era assim que pensava, mesmo sem saber o que eles realmente pensavam dele.

Se trocou e saiu de seu quarto. Foi em direçao ao palacio real.

- Parece que hoje será um belo dia.

Caminhou em seu bairro. Dava para ver o castelo da janela do seu quarto e a calçada da sua rua dava praticamente para lá. Estava acostumado a ir sozinho. As pessoas que moravam próximas e trabalhavam no castelo costumavam ir mais cedo ou mais tarde do que o seu horário e normalmente ele não estava na cidade. As missões dadas pelo rei eram em outros locais distantes da capital e costumavam sempre ser coisas difíceis. Ele sobreviveu até aquele momento com muito esforço e sempre que ia para uma missão achava que não voltaria com vida. Subindo a rampa da sua rua, chegou aos muros do castelo. Eram onipotentes e cobriam o centro da capital como um cartão de visitas.

- Realmente essa construção é enorme! Quantas pessoas que foram necessárias para fazer?

Caminhou junto a ela até chegar na entrada do castelo e encontrar um guarda.

- Bom dia!

- Bom dia!

- Como que estão as coisas?

- Tudo bem aqui, herói! E com você?

- Está tudo bem tambem.

- Que bom! E o que te traz ao castelo hoje?

- O rei nos chamou novamente. Deve ser alguma nova missão.

- Uma missão?

- Sim. Normalmente é isso o que ele pede. Vamos ver o que será dessa vez.

- Está certo. Boa sorte então!

- Obrigado.

- Até mais!

- Até mais!

Batistlav entrou no castelo. O guarda o deixou entrar no portão principal e o acenou dando um bom dia.

Passou pelos pilares da entrada e depois pelo jardim. A parte interior dos muros do castelo eram bem acinzentados na entrada, mas depois ficam verdes com os jardins do castelo.

Eram vários jardineiros que trabalhavam lá e um deles era vizinho de Batistlav. Ele não o vou por lá enquanto passava.

Passou pelo jardim e viu que muitos outros trabalhavam por lá naquele momento.

- Bom dia!

- Bom dia, herói!

- Como estão as coisas?

- Estamos fazendo o de sempre e você?

- Estou aguardando o horário para a reunião que teremos com o rei.

- Outra missão?

- Sim. É o que parece.

- Entendo.

- Espero que não seja nada muito longe daqui.

- E você se adaptou bem aqui na cidade?

- Sim. Eu já havia me adaptado, mas ficar indo e vindo nessas missões me fazem perder as vezes um pouco o senso da realidade.

- Como assim?

- Como eu fico indo e vindo para vários lugares distantes dentro do reino e fico pouco aqui na capital, vejo que as coisas são muito diferentes e até os horários e o tempo parece ser diferentes nesses locais. Eu tento me adaptar a essa rotina pelo bem do reino, mas parece ser uma coisa bem difícil.

- Entendo, herói.

- Bom. Eu não quero fazer vocês perderem o seu tempo. Já vou indo. Até mais!

- Até mais, herói!

Logo após isso, Batistlav saiu do jardim e acenou aos demais funcionários que acenaram de volta. Ele seguiu em direção ao salão real. Havia um vasto corredor que dava acesso ao salão real. Antes de chegar no local, Batistlav percebeu que estava sendo perseguido por alguém. Mas quem poderia estar atrás dele e com qual propósito?

Batistlav se virou para ver quem era. Mas não havia ninguém no corredor.

- Quem está aí?

Ninguém respondia. Ele achou melhor voltar e verificar. Fez o seu caminho de volta até o jardim do castelo. As pessoas que trabalhavam lá haviam saído. Provavelmente foram tomar alguma refeição, pois era um horário de pausa. Não havia aonde se esconder naquele local, porque era tudo aberto.

Foi em direção ao caminho até os pilares que davam acesso a entrada e seguia em direção aos muros do castelo. Ele viu que os guardas que ele havia falado um pouco anteriormente estavam lá e não haviam saído. Se alguém tivesse passado por eles e seguido por aquele caminho ele teria encontrado no caminho de volta.

- Quem poderia ser que estava atrás de mim? Tenho certeza que havia alguém.

Ele olhou em volta e parecia não haver ninguém mesmo. Foi então em direção ao salão real. Chegou no corredor. Ele dava acesso ao hall do castelo alem do salão real. Será que a pessoa que o seguiu se escondeu em algum lugar e depois foi para o hall?

- Eu preciso confirmar se tem alguém no hall.

Batistlav seguiu para o hall. O problema era que o hall dava acesso a todos os setores do castelo e ficar ali não ajudaria em nada. Ele foi em direção ao norte. Deu uma olhada no corredor e viu que não havia ninguém. Foi para os demais corredores de acesso e não via nenhuma pessoa.

- Não tem ninguém aqui no hall.

Retornou em direção ao salão real.

Antes de entrar, ele viu um vulto no pilar antes de chegar no jardim. Começou a correr em direção ao mesmo. Não havia ninguém.

- Estou vendo coisas? O que está acontecendo?

Deu uma olhada pelo jardim. Foi em direção a uma árvore que havia no local. Não havia ninguém. Foi até um depósito um pouco mais a frente. A porta estava trancada.

- Será que a pessoa está aqui dentro?

Tentou forçar a tranca, mas não conseguiu abrir.

- Quem está aí dentro?

Continuou a forçar a porta. Não conseguiu abrir. Havia uma janela no alto. Ele tentou achar alguma coisa para subir e tentar acessar.

Achou o que parecia ser blocos de feno no canto. O problema é que subir em cima daria uma amassada e diminuiria a altura para conseguir alcançar a janela.

Batistlav pegou e foi empilhando o feno. Se pendurou na janela. Tentou olhar pelo vidro. Não conseguiu ver ninguém. O feno amassou e ele largou a janela.

- Droga!

Se a pessoa que ele viu no corredor e que estava o perseguindo estivesse ali dentro, deveria estar abaixado e escondido embaixo de algum equipamento de jardinagem. A janela estava também trancada e não dava para abrir.

- Será que teria alguém que poderia abrir a porta?

Não apareceu ninguém que trabalhava no setor naquele instante. Teria que ver o que estaria acontecendo o quanto antes. Poderia ser um invasor e isso seria um perigo para os nobres e para as demais pessoas que trabalhavam por ali.

- Vou ter que procurar alguém no refeitório.

Batistlav saiu daquele setor do jardim e foi em direção ao refeitório aonde as pessoas estavam comendo naquele momento.

Pensou se realmente chamaria um deles porque como estavam em uma refeição e aquilo era apenas uma suspeita, poderia acabar atrapalhando uma daquelas pessoas.

- Será que teria outra pessoa que poderia abrir aquela porta?

Foi em direção aos muros do castelo novamente em direção aos guardas.

Quando passou por perto dos corredores do salão real, viu um outro vulto aparecendo atrás de um dos pilares.

- Quem está aí?

Correu em direção ao hall novamente.

- Quem está ai? O que você quer?

Ele viu um barulho de alguém correndo em direção ao norte do castelo. Batistlav começou a correr pelo corredor até chegar ao setor norte. Nao viu ninguém naquele setor.

- De quem você está fugindo? Apareça!

Ninguém apareceu. Batistlav andou pelo setor norte até chegar ao muro norte. Lá se encontrou com um guarda que estava passando.

- Bom dia!

- Bom dia, herói!

- Você viu alguém passando por aqui?

- Não. Eu estava passando por aqui agora!

- Que coisa! Eu vi um vulto e passos de alguém que me seguia vindo para cá.

- Alguém vindo para cá? Mas quem poderia ser?

- Eu não sei, mas estou procurando.

- Irei avisar os demais guardas da região. Se encontrarmos alguém suspeito, lhe avisaremos.

- Obrigado.

Batistlav foi novamente para o sul em direção ao hall. Chegou no corredor aonde dava acesso ao salão real.

Ele iria chegar atrasado porque ficou procurando essa pessoa que lhe seguia indo em direção ao norte.

- Droga! Estou atrasado!

Chegando próximo a porta do salão real, ele sentiu alguma coisa bater em suas costas.

(Bruuum!)

- Uurgh!

Ele se segurou na porta e olhou na direção de onde vinha aquela coisa que lhe atingiu. Era um mago? Um feiticeiro? Um arqueiro? Um cavaleiro? Um clerigo? Um nobre? Um ladrão? Não conseguiu ver quem foi a pessoa. Só viu um pouco da silhueta.

- Quem fez isso? Quem me perseguia?

Batistlav se apoiou na porta do salão real e as forças não vinham. Nem para abrir a porta e nem para gritar por ajuda. A sua boca estava cheia de sangue. Sem saber o que fazer em seguida, começou a usar toda a força que restava para abrir a porta. A porta abriu em seguida.

Antes de abrir, Batistlav se questionava quem o havia atacado e com qual propósito. Havia olhado todos os lugares possíveis. O único lugar que a pessoa poderia ter se escondido era naquele depósito, mas se ele estivesse ali, quando ele foi ao setor norte, teria que ter dado uma grande volta para chegar ao hall. Poderia ser mais de uma pessoa? Uma encobriria a outra? Seria alguém do reino? O guarda que ele encontrou ao norte teria algum envolvimento? Ele poderia confiar nos demais heróis e no rei?O outro reino estaria envolvido? Por que ninguém estava no jardim ou no corredor ou no hall naquele momento em que ele estava? Quem era o culpado por aquele incidente?

Batistlav não sabia e teria que conseguir achar o culpado por aquilo se tivesse uma nova oportunidade de vida.