- Iremos procurar os demais herois na capital. Teremos que avançar nesse momento.
- E como faremos isso, senhor?
- Isso era o que eu iria lhe mostrar em seguida. Traga o mapa.
Eles entraram em outra tenda. Elas estavam agrupadas de forma retangular em volta de uma pequena colina. Usavam a colina como uma barreira natural contra invasões externas. O outro reino não conhecia tão bem o terreno daquela região, o que fazia com que usassem o maior número de recursos e tempo alem do que era necesario. Isso só não estava pior porque eles tinham o mestre das barreiras como estrategista. Ele era uma pessoa que estudava aspectos de guerra e também já havia viajado para a região. Ele tinha alguma noção de como eram as formações rochosas, plantas, animais, alguns terrenos e a localização da cidade. Isso fez com que as baixas do outro reino não fossem tão altas, mas, mesmo assim, estavam em desvantagem. Aquele vilarejo ficava num terreno acidentado próximo as grandes montanhas. Era um vale que o tornava u. lugar fundamental para que a invasão pudesse dar certo. Por isso que o reino estava focado em não deixar cair aquele ponto. Se aquele ponto cair, as defesas naturais do reino não serviriam mais para nada e o outro reino poderia invadir em larga escala.
Os soldados do outro reino haviam chegado lá um pouco antes para planejar quais seriam as proximas etapas para ataque. Estava bem escuro. Era quase noite, mas a neblina que cobria a região era muito forte e parecia que ja havia anoitecido. Não dava para ver um palmo a frente. Aquele momento era muito difícil dizer de onde poderia vir um ataque, como também era bom para fazer um. Os demais soldados estavam em posições de defesa nas proximidades ou em algumas outras tendas dormindo.
- Abra o mapa.
- Sim.
- Você vê isso aqui.
- Sim. São os vilarejos que ja foram atacados por monstros. É a maior parte do leste do reino.
- Isso. Temos que entrar e colocar alguns soldados como governantes. A capital terá que enviar soldados para recuperar. E então sabe o que faremos?
(...)
- Um medalhão.
Ela tremeluzia no pouco de luz das tochas. Dava para enxergar pouco, mas era o suficiente para encontrar as coisas naquele lugar. Conseguir enxergar aquilo lhe ajudava a entender como estava a situação dele em relação aos demais.
- Vou guarda-lo.
Ela não era uma ladra, mas sabia que aquilo nao era simplesmente uma joia. Tinham marcas das tribos antigas.
Ela se aproximou da saida da tenda.
- Aonde será que ele está?
Foi furtivamente para a próxima tenda. Saiu por debaixo do pano de um, soltou um pouco a outra e passou debaixo. Ela estava fazendo muito pouco barulho que podia ser confundido com os barulhos da natureza em volta.
- Não tem ninguém aqui.
Haviam pessoas conversando na próxima tenda. Não dava para ouvir direito devido a distância, mas se fosse um pouco mais perto, daria para saber o que estavam falando.
- Quem será?