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Tower of Wind (PT-BR)

Os Blake são uma família famosa por carregarem duas das pessoas mais fortes de todos os tempos. Ao ter seus pais mortos, Airinda Bradley Blake, terá de conhecer o mundo por sua própria conta, e lutar arduamente para sobreviver.

Caio_Aniki · Fantasy
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Olá, Meu Nome é Airinda Bradley Blake

- Meu nome é Airinda Bradley Blake, mas prefiro que me chamem de Aira, ou Blake. Eu tenho 8 Anos e essa é a minha primeira vez em uma escola. Espero que possamos nos dar bem. - A criança de cabelos laranjas sorria para as outras crianças. No fundo, Aira, estava realmente assustada com aquele ambiente novo.

- Qual a sua Essência, Aira? - Uma garota ergueu a mão.

Aira por sua vez sentiu um aperto no peito, sua mãe dizia que não deveria sentir vergonha de suas características, e dentre elas, sua Essência, portanto, ela, respirou fundo, e disse:

- Força Emocional... - Iniciou a explicação. - ...Essência Interna com o dom da Absorção e Melhora de Estatísticas. Quanto mais forte for a emoção que eu estiver usando, mais Essência Natural eu irei absorver, e mais forte eu ficarei. - Ela fechou a mão em um punho, orgulhosa do próprio Poder, porém... Acabou fraquejando, um pouco, o punho. - Mas... ela não é tão boa assim, sua fraqueza é que meu corpo não suporta a própria força... -

- Como assim? - Perguntou a mesma garota de antes.

Aira não soube como dizer aquilo, não tinha como explicar o fato de que seu poder era mais forte do que seu corpo poderia aguentar, socar algo com tamanha força podia até mesmo matá-la.

- Ela se machuca se usar muita força... - Disse uma outra garota, uma jovem japonesa de olhos azuis, cabelos lisos e longos, que batiam no meio das costas, ela usa uma tiara, azul, na cabeça, e possui uma franja reta um pouco acima das sobrancelhas, escondendo a testa. - ... não é, Aira? - Os olhos azuis dela viajavam profundamente nos de Aira, caindo firmemente sobre o inconsciente.

- S-Sim! É isso... se eu bater em algo com uma força bem grande, eu vou acabar me machucando bastante. - Disse, Aira, com um tom apressado, querendo desviar o contato visual que manteve com a garota.

Após essa breve apresentação, Aira se sentou ao lado da garota com fortes traços azuis cianos. A garota encarou a jovem de cabelos laranjas por minutos, até que Aira finalmente demonstrou incômodo, começou a se virar de lado para a colega:

- P-Precis.... - Começou a falar, no entanto foi cortada pela voz ativa da outra.

- Não. - Respondeu antecipadamente. - Não preciso de nada não. Então seu poder é com base em seus sentimentos? - Isso sim parecia ser uma curiosidade bem forte.

- Q-Quase isso... Perdão, mas qual o seu nome? - Reuniu forças para perguntar, não poderia se permitir sentir intimidada por uma colega, elas eram, afinal, colegas de classe, poderiam até ser amigas.

- Minori D'Áquino, meu poder é Empatia... - Começou a se apresentar, mas ela foi cortada pelo professor que parecia irritado, enquanto olhava para as duas. Minori deu um leve sorriso para o professor e depois para a Aira, acenou com a cabeça e disse:

- Conversamos no intervalo. - Voltou a atenção para a aula e abriu o livro na página que o professor direcionou.

- x -

- Meu nome é Airinda Bradley Blake, tenho 10 anos e estou me juntando ao Clube de Modelo, pois eu tenho interesse e parece que vai ser divertido! Espero que possamos ser amigas! - A jovem de cabelos de fogo, longos, que alcançam até suas costas, sorriu para as colegas de classe, esperando uma reação um pouco mais amigável do que de fato recebeu.

Mesmo que a expectativa fosse uma coisa, havia uma diferença entre expectativa e realidade, e isso se refletiu bem naquele cenário. Sentada em meio da sala, com todas as garotas, e um garoto, observando-a, nenhuma pareceu dar as boas-vindas para ela. A professora olhou para Aira, apreensiva, respirou fundo, tossiu, e então disse:

- Prazer, Aira, todas nós esperamos o mesmo, e espero que se sinta confortável aqui. - A professora deu um sorriso sem jeito, enquanto segurava uma mão na outra. - Próxima. - Disse, tentando cortar o pequeno clima que rolou ali.

A próxima garota começou a se apresentar enquanto Aira se sentava com um olhar pra baixo. Aira não era feia, ou tinha algum problema, mas as garotas odiavam que mais e mais pessoas se juntassem ao curso, pois significava que a competição ficaria bem mais acirrada, principalmente com a Aira por ali. Filha de uma modelo famosa, as pessoas esperam grandes feitos dela naquele ramo.

- Aira não é? - Uma voz feminina chamou a atenção de Aira, vinha da mesa de trás.

Aira se virou para trás e olhou para uma garota, ela tinha uma pele parda, olhos negros e escuros, seus cabelos cacheados e pretos eram belos. Ela usava uma pulseira rosa no pulso esquerdo e parecia contente com a atenção que a Aira lhe deu.

- Sim... e você é....? - Perguntou, Aira, com um tom baixo, para não chamar atenção.

- Ayana Morningstar, prazer. - Ela estendeu a mão para a Aira, que por sua vez apertou a mão da garota.

- Uhh... O que há com as outras garotas? - Um tom inseguro preencheu a voz de Aira.

- Não liga para elas não. Para elas você é apenas um grande, possível, obstáculo. -

- Obstáculo? -

- Filha de uma modelo famosa... e de um homem gênio da geração, acho que tem bastante potencial de obstáculo nisso. - Disse com um tom escárnio. - Mas aí, bem-vinda ao curso de Modelo. -

Aira não sabia, se sentia de fato aceita por aquela garota, mas, por algum motivo, conseguia confiar nela. Todavia...:

- Obrigada, mas... você me vê como um 'obstáculo' também? - O tom de voz demonstrou certa insegurança.

- Eu não me preocuparia com isso. - Ela deu um leve sorriso, enquanto os olhos negros dela se tornaram levemente roseados, demonstrando uma sensação suave e atrativa. Aira sentiu a necessidade de se manter próxima de Ayana.

O som de tosse repercutiu pela sala, quebrando o pequeno clima entre as duas crianças, a professora pareceu irritada com a situação. Ayana acenou com a cabeça para à professora, e os olhos dela voltaram ao tom negro de antes, nesse momento, Aira não sentia mais a necessidade de estar próxima de Ayana, e isso deixou a garota desconfortável. Chacoalhou a cabeça, em confusão, e deu sua atenção para a aula.

- x -

- Airinda... - Disse uma voz realmente bela e reconfortante. A voz que atraía os ouvidos de Aira até ela. Sentada no banco da frente, estava sua mãe, tão bela quanto a filha, cabelos laranjas feito o fogo, mechas mais escuras de alaranjado escapavam pelos rebeldes cabelos de fogo. Os olhos azuis tão claros quanto o oceano mais cristalino do mundo. Muitos iriam confundir o olhar com a cegueira. - ... minha pequenina, já faz doze anos que você veio ao mundo...? Como ela cresceu rápido, não é amor? - Disse a doce voz, enquanto uma mão tocava o ombro do pai de Aira.

- Sim querida... parece que foi ontem que ela aprendeu a andar... - O tom brincalhão do pai, era reconfortante e Aira adorava ele com todas as forças. - ... e agora a nossa piquitucha está desse tamanho, fortona como o pai, sensível como a mãe. - O pai dizia, enquanto não tirava à atenção da estrada, e o comentário lhe rendeu um leve tapa na nuca, sabendo que ele merecia isso, fazendo uma careta de bobo.

- Seu bobo. - Fechou a cara um pouco, mas logo abriu um sorriso suave.

Aira abria um leve sorriso, como sua mãe, ela possuía uma pequena quantidade de sardas sobre as bochechas, que por serem menores que a figura materna, se acumulavam com mais facilidade, dando um charme a mais para a jovem modelo.

A pequena família de três pessoas, se encaminharam para sua casa, era o que Aira pensava, depois de uma longa viagem que fizeram. O pai dirigia felizmente, e desviou a atenção da estrada para sua esposa e filha, parecendo que iria dizer algo. Porém, nesse momento, um estalo foi ouvido pela Aira. Ela não sabia dizer se seus pais também ouviram, mas não teve tempo de perguntar, tudo que ela se lembra é que o carro balançou forte, saltou do chão, e logo depois foi amassado por algo pesado.

Aira estava de cinto, mas mesmo assim acabou saltando do banco e batendo a cabeça no teto do carro com força e em seguida contra o vidro do banco de trás do passageiro, não quebrou, e então ela apagou.