Destinado à aranha, a criatura sombria no canto da sala.
Eu te odeio.
Você me assustou.
Assim como seus irmãos e irmãs fizeram antes de você.
E eu vou te dizer o que também disse a eles.
Você é um invasor que não deveria estar aqui.
Você entrou sem bater, vagou livremente como se esta fosse sua casa e decorou minhas paredes com teias de seda indesejada.
Fez isso sem pedir.
Você pode não ser o único assassino aqui, mas apenas um de nós é inocente e não é você...
Então a aranha disse:
Apenas um corpo frágil esmagado e morrendo estirado pelo chão, que também não é o seu.
Há veneno infundido em minhas mandíbulas, mas eu nasci assim.
Qual é a sua desculpa?
Se você pudesse contar seus assassinatos... Quantos seriam?
Eu sou realmente tão ameaçador assim?
Pensei que os corações humanos fossem maiores do que o meu.
Mas você me matou com malícia, com veneno borbulhando estampado em sua face.
E me desculpe por assustar você, mas eu não sabia que ser visto custaria a minha vida.
Talvez se você não tivesse fantasiado a sensação formigante das minhas patas rastejando sobre sua pele.
Enquanto eu rastejava pelo chão da sala.
Se as teias que teci fossem feitas de algodão doce e capturassem clementinas e cerejas ao invés de asas e sangue.
Se eu tivesse uma língua rosa, pelo macio, um rabo abanando e quatro patas em vez de oito.
Se eu tivesse apenas dois olhos e eles fossem estrelas brilhantes e não buracos negros supermassivos.
Se eu fosse o mesmo...
Mas parecesse diferente...
Talvez você não me odiasse...
Talvez você me amasse assim.
E talvez mesmo assim você não me deixasse ficar, mas talvez você tivesse me mostrado a porta ou uma janela.
Talvez você tivesse me mostrado misericórdia.
Mas você ainda está de pé e eu ainda sinto muito...
Eu acho que talvez um vestígio de misericórdia teria sido suficiente.
esse texto em especifico não é meu, mas desse mano aqui imnotdyllanjohnny, eu achei tão bom que tive que misturar com o meu