webnovel

Prólogo

O metal frio em minhas mãos. O frio da noite em Bogano invadindo a caverna. A escuridão sendo levemente iluminada pela luz prateada da lua. O som dos blasters sendo disparados ao longe eram como ecos em um templo silencioso, perturbando a paz de um local sagrado, poderia dizer que eram como perturbações na força, altas, barulhentas, irritantes! A presa se esconde aqui, nas sombras, na sujeira, no barulho ensurdecedor, como um ratinho fujão. Mas não vai se esconder por muito tempo.

O vermelho intenso toma conta da caverna, meu sabre está ligado, e eu estou pronta para matar, não o vejo, mas sinto sua presença insignificante aqui, tem medo, muito medo, a força confirma a superioridade das minhas habilidades sobre as dele, ele está encurralado, está com medo, está sozinho e é fraco, uma presa fácil, não vale a energia que estou prestes a gastar.

Em casos como esse eu normalmente mandaria os Stormtroopers cuidarem dele, mas não esse jedi, ou melhor, padawan. Para esse eu abrirei uma exceção. Terei prazer em tirar sua vida eu mesma.

Outro disparo de blaster, dessa vez muito mais alto, muito mais próximo, balancei meu sabre, desviei o tiro sem nenhum esforço, uma tentativa desesperada de me pegar desprevenida, ele com certeza não evoluiu nem um pouco em todo esse tempo, em um único movimento ele conseguiu revelar sua própria posição, expôs seu nível de aptidão, mostrou que é impulsivo...

Isso será muito mais fácil do que pensei...

Seus olhos claros apareceram diante de mim, os mesmos olhos que uma vez conquistaram meu coração para quebra-lo logo em seguida, seu rostinho delicado me da nojo! O aprendiz de um grande jedi se reduziu a um verme assutado, usando um blaster para compensar sua falta de habilidade, me sinto enojada comigo mesma em pensar que já amei alguém assim!

O verde se sobrepõe ao vermelho, seu sabre foi ligado, mas ele não abaixou o blaster. O coração disparado no peito. O suor nas mãos o impedindo de segurar suas armas firmemente. Será que já me reconheceu? Ou apenas tem medo por estar diante de uma inquisidora?

Não precisamos de palavras, sou a inquisidora e ele é o fugitivo. Estou aqui para mata-lo e ele vai tentar se defender, é tudo o que importa agora.

Fiz menção em começar uma caminhada em sua direção. Ele já estava com o dedo no gatilho. Assim que meu pé tocou o chão eu usei a força, impulsionando meu corpo em uma arremetida. Estava a sua frente em questão de segundos. Balancei meu sabre em sua direção vindo por baixo, parando somente quando ele o bloqueou com o seu.

Acertei sua mão com as costas da mão, jogando seu blaster para longe. Deslizei minha mão pelo cabo curvo do meu sabre e me apoiei na curvatura, colocando toda a minha força para empurrar o sabre dele e abrir sua guarda, voltei minha mão a posição normal e balancei o sabre horizontalmente em direção ao seu peito, ele desvia com um salto para trás no último segundo. Usou a força para puxar o blaster e disparou logo em seguida, andei calmamente em sua direção brandindo meu sabre para refletir os disparos, um deles acerta uma rocha ao seu lado.

Uma pedra se desprendeu após o impacto, usei a força. A pedra se lançou na sua cabeça e o distraiu, avancei contra ele mais uma vez. Se recuperou no último segundo e se defendeu. Era uma disputa de força.

—Lembra se de mim, Dolsyn?—Minha voz não tem emoção alguma, como sempre. Estou cansada de me sentir vazia, só depois que ele morrer poderei ter paz de verdade!

Sua face se fecha em uma expressão de puro terror. Ele percebeu que sou eu empunhando o sabre.

—Lay-la? O que eles fizeram com você?

—Me deram um verdadeiro propósito, os jedi caíram, você será só mais um deles.

Aproveitei seu momento de distração. Desliguei meu sabre. O dele estava prestes a me atingir, mas foi desligado no último segundo. Tão previsível, compaixão, a maior fraqueza dos jedi. Acertei o cabo em seu rosto e o empurrei com a força.

Enquanto ele se recupera eu desabotoou os botões que prendiam a minha capa ao uniforme e a jogo nele, cortando na diagonal com o sabre logo em seguida.

Um grito de dor ecoou pela caverna. Peguei você!

O peito aberto com um corte raso já cauterizado. Ele estava de joelhos a minha frente, apertando o ferimento.

Apontei meu sabre para seu pescoço. Maldição! Nem mesmo seu sofrimento me causa prazer!

—Me diga, você pensou em mim em algum momento na sua vida miserável?—Lágrimas rolavam por seu rosto enquanto me encarava. Patético...

—A todo momento...

Não tenho certeza se consegui esconder minha surpresa. Ele era sincero? Era apenas mais outro truque jedi? Tinha algum motivo por trás disso? Seja lá o que for, não vai funcionar.

Eu devia elimina-lo, cortar sua cabeça logo de uma vez. Mas depois dessa tentativa repugnante de me ludibriar, ele merece sofrer.

Acertei sua nuca com o cabo do sabre e o assisti desabar sob meus pés.

Next chapter