O sol da tarde , tingindo o céu com tons dourados e clima que castigava a pele, enquanto Guilherme, Júlio e Uberlân se despediam da imponente cachoeira. Gotículas d'água brilhavam em suas peles aquecidas pelo sol poente, um testemunho da aventura revigorante que acabavam de desfrutar. A risada contagiante de Júlio ecoava pelas rochas enquanto ele, encharcado, tentava persuadir os outros dois a darem um mergulho final.
- depois de ter um momento aqui sozinhos, vamos chegar na fazenda antes do anoitecer, porque vamos dar uma volta pela fazenda juntos. Disse uberlan que estava olhando para guilherme e julio.
- eu ja nao consigo te chamar mais de cara ou amigo uberlan, agora a unica coisa que eu quero te chamar é de meu amor. Guilherme estava quase chorando.
- desculpa guilherme, mas uberlan pra mim tambem é meu amor. Julio nao aguentou e desabou a chorar.
- oh cara, nao precisa chorar, vamos manter esse nosso bebe seguro e a gente vai ser feliz ao lado dele sempre.
Eles deram um beijo triplo em uberlan e seguiram com ele de maos dadas para o carro em que estavam voltando para a estrada de terra que deveriam seguir para a fazenda onde os pais moravam.
- galera, estou achando que vai chover, é hora de irmos. exclamou guilherme segurando a mao de uberlan e a beijando, arrumando suas coisas na mochila e vendo que ele guarda algo na mochila.
Uberlân, sempre tranquilo, assentiu, fechando seu estojo de pintura com cuidado, enquanto observava a beleza do entardecer se desdobrar diante deles.
Os três amigos se encaminharam pela trilha, seus passos se misturaram ao som dos grilos e do riacho próximo. O aroma fresco da vegetação tropical pairava no ar, envolvendo-os em um abraço reconfortante. Júlio, à frente, contava anedotas animadas, enquanto Guilherme, logo atrás, apreciava a serenidade do ambiente. Uberlân caminhava mais devagar, observando cada detalhe ao redor, sua mente já visualizando os núcleos que pintaria mais tarde.
À medida que avançavam, avistavam os primeiros sinais da fazenda no horizonte. Ouvindo uma musica no radio bem romantica e uberlan olhando para guilherme. O barulho suave dos animais da fazenda se juntava ao crepúsculo, criando uma sinfonia tranquila e familiar. Com um sorriso de satisfação, Guilherme liderou o trisal que estava chegando na fazenda em que julia morava.
- ai guilherme, voce nao sabe o quanto eu te amo. Uberlan parou o carro para mostrar guilherme o quanto o amava.
- o meu amor, eu sei, se nao aquilo que aconteceu na cachoeira nao tinha sido de uma energia tao grande. Guilherme estava reconhecendo o amor de Uberlan.
Nesse momento eles nao aguentaram e se beijaram, nao aguentaram o momento e tiveram que ter uma pegada mais forte de guilherme e o vidro com insu filme cobrindo toda a visao.
Guiados pelas luzes do dia, Guilherme, Júlio e Uberlân entraram no carro, ainda com a energia da cachoeira revigorando seus espíritos. Os cabelos úmidos de Júlio balançavam ao vento enquanto ele ocupava o banco do carona, ansioso para chegar à fazenda de Dona Júlia.
O carro avançava pela estrada sinuosa que cortava a paisagem rural, os faróis iluminando o caminho à medida que seguiam. Uberlân, no banco de trás, admirava os parapentes que começavam a pontilhar o céu vespertino, imaginando como descreveria aquele momento em que eles estavam vivendo e sabia que quando chegasse lá, sairia a cavalo para dar mais uma volta com guilherme e ele desejava ter aquele momento a dois e nao a tres por um momento.
O carro estacionou diante da casa principal, iluminado por luzes suaves que destacavam sua arquitetura colonial. Dona Júlia, com um sorriso caloroso, apareceu à porta para receber seus visitantes, irradiando uma sensação de acolhimento.
"Sejam bem-vindos, meus queridos! Que bom vê-los por aqui!", disse ela, abraçando-os com carinho.
O som dos grilos e sapos na tarde acrescentava uma melodia reconfortante à atmosfera tranquila da fazenda.
Enquanto o trio desembarcava do carro, um relinchar suave ecoou pela propriedade. Um cavalo majestoso emergiu das sombras, Cristiano, montado nele, apareceu ao longe. Seu cavalo, imponente e elegante, parecia dançar suavemente sob seu controle firme.
Dona Júlia sorriu ao ver Cristiano se aproximando, sua figura imponente contrastando com a serenidade do ambiente rural.
"Ah, Cristiano! Que prazer vê-lo aqui", exclamou ela, acenando calorosamente.
Cristiano desmontou graciosamente, o cavalo relinchando suavemente enquanto ele acariciava seu pescoço. Seus olhos, tão profundos quanto o horizonte, brilhavam com uma mistura de determinação e amabilidade.
"É um prazer conhecê-los", disse Cristiano, dirigindo-se aos amigos de Dona Júlia, sua voz calma e firme. Ele se aproximou do grupo, sua presença imbuída de uma aura de respeito e confiança.
Uberlan ficou olhando atonito enquanto cristiano descia do cavalo e seguia de volta para dentro de casa, ele afastou o oculos escuro nao acreditando que estava vendo sua maior fonte de inspiração chegar, enquanto o cavaleiro deslizava suas maos pelos cxbelos curtos e lisos que caia a franja sobre os olhos, cristiano sorri vendo que uberlan estava chegando na fazenda, sujo vindo do curral e com seu manga larga para a casa grande da fazenda.
Arnaldo, um homem afável e de sorriso fácil, estava imerso em uma conversa animada com Júlia na varanda da fazenda. Seus olhares se encontravam, compartilhando histórias e risadas, quando seus olhos se desviaram para o jardim.
Guilherme, de mãos dadas com Uberlân, caminhava tranquilamente pela área gramada, rindo de alguma piada compartilhada entre eles. O sol poente lançava uma aura dourada sobre o par, destacando ainda mais sua proximidade.
Arnaldo, embora mantivesse um sorriso nos lábios, sentiu um nó se formar em seu peito. Seus olhos, por um momento, traíram sua expressão alegre enquanto observava a cena. Seu sorriso perdeu um pouco do brilho, mas ele tentou disfarçar.
Ele se viu forçado a desviar o olhar, tentando recuperar a compostura e continuar a conversa com Júlia. No entanto, por dentro, uma mistura de emoções fervilhava. A sensação de incerteza e desconforto o dominava, enquanto ele lutava para manter a conversa fluindo sem que sua atenção fosse constantemente atraída para a cena no jardim.
Arnaldo tentava disfarçar seus sentimentos, mas a visão de Guilherme e Uberlân juntos provocava uma inesperada tempestade de emoções dentro dele. Ele forçou um sorriso, tentando desviar o foco, mas seu coração batia descompassado, e a inquietação pairava no ar ao seu redor.
Cristiano, um homem de postura serena e controle refinado, observava a fazenda de Dona Júlia com um olhar atento. Seus olhos varriam o ambiente, absorvendo cada detalhe enquanto ele interagia com os convidados.
No entanto, ao virar-se e avistar Guilherme de mãos dadas com Uberlânio, algo dentro de Cristiano pareceu congelar por um instante. Seus olhos, normalmente tranquilos, se estreitaram ligeiramente, capturando a cena diante dele.
Um turbilhão de emoções dançava por trás de sua expressão calma. A raiva surgiu como uma faísca nos olhos de Cristiano, uma centelha passageira que ele tentava reprimir instantaneamente.
Ele fechou os punhos, sentindo a tensão se acumular em seu corpo, mas suas feições permaneceram imutáveis. Sua mandíbula tensa revelava a batalha interna entre suas emoções e seu autocontrole inabalável.
Cristiano respirou fundo, seus olhos fixos no par distante. Uma aura de inquietação pairava em torno dele, ainda que ele se esforçasse ao máximo para manter a compostura.
Por um breve momento, uma chama de indignação ardente refletiu em seus olhos, mas ele rapidamente mascarou qualquer sinal visível de perturbação. A raiva se dissimulou por trás de uma máscara de serenidade, esperando o momento adequado para ser confrontada.
Com um esforço visível, Cristiano desviou o olhar, buscando encontrar alguma distração na atmosfera tranquila da fazenda. Ele sabia que aquele não era o momento para confrontos, guardando suas emoções até que o momento certo para sua expressão se revelasse. Em seguida ele estalou o chicote ao chão apenas para esconder o que estava sentindo.
O agito no supermercado de Ubá era palpável naquele dia ensolarado. Enquanto os clientes percorriam os corredores, conversas animadas preenchiam o ar. No entanto, um assunto específico parecia ter capturado a atenção de todos: o enigmático envelope que Uberlân havia retirado do banco.
Em cada corredor, grupos de pessoas cochichavam, olhares curiosos direcionados a qualquer pessoa que pudesse ter alguma informação sobre o misterioso envelope. Comentários se espalhavam como fumaça, alimentando o frenesi de especulações.
"Você ouviu sobre o envelope que o Uberlân sacou do banco? Dizem que é algo realmente importante!"
"Sim! Eu vi ele saindo de lá com um envelope grosso. Deve ser algo sério mesmo!"
"Será que é alguma herança? Ou talvez um contrato importante?"
As conversas ecoavam pelos corredores, as mentes curiosas tentando decifrar o mistério por trás daquele envelope. Era como se o enigma tivesse despertado a imaginação de todos na cidade, criando um burburinho de especulações que se espalhava rapidamente.
Os olhares se voltavam para qualquer sinal de Uberlân, como se ele fosse a chave para desvendar o segredo por trás daquela misteriosa transação bancária. O enigma do envelope pairava sobre o supermercado, despertando a curiosidade de todos, alimentando o rumor e a intriga entre os habitantes de Ubá.
Enquanto a noite caía sobre a fazenda, Cristiano se afastou silenciosamente do grupo, procurando um momento de solidão para reunir seus pensamentos. Ele caminhou até um ponto isolado do jardim, cercado pela calma noturna, e observou as estrelas cintilando no céu escuro.
Seus olhos se fixaram em Uberlân, que conversava animadamente com Guilherme à distância. Uma expressão determinada se formou no rosto de Cristiano enquanto ele sussurrava para si mesmo, quase inaudível:
"Eu tem um plano para tirá-lo de casa."
A voz de Cristiano, carregada de determinação e um leve indício de preocupação, mal passou de um murmúrio. Seus olhos, fixos no horizonte, refletiam a seriedade de seus pensamentos enquanto ele considerava estratégias e possibilidades.
A promessa silenciosa de Cristiano pairava no ar, revelando um vislumbre de um plano meticuloso que se formava em sua mente. Era como se uma sombra de determinação se erguesse em seus olhos, revelando uma vontade firme de agir, mas também um vislumbre de inquietação diante do que estava por vir.
Com um último olhar para Uberlân e Guilherme, Cristiano virou-se, suas palavras sussurradas para si mesmo ecoando suavemente na noite. Ele estava determinado a intervir, a desvendar o plano de Uberlânio e a agir conforme as circunstâncias ditavam, mesmo que isso significasse desafiar o inesperado que se aproximava. Nesse momento cristiano caiu de joelhos e nao aguentou chorando esperando recuperar, por isso ele precisava contar a sua verdade. As lagrimas nao dissiparam naquele momento, o desespero tomava conta dele, nesse momento ele olhou para o carro, ele imaginava o que poderia fazer, ele sabia que uberlan queria muito descobrir aquilo.