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Prólogo e Capitulo 1

Nicholas deu entrada no hospital às oito e quarenta e cinco da noite. Seu avô era o único parente esperando por ele no local. Estava nevando lá fora. A neve suja de Nova Iorque que outrora o vira tão feliz, agora testemunhava o pior momento da sua vida. Aquele lugar não era mais a casa dele. A casa dele era agora em outro lugar. Um lugar distante e definitivamente... mais feliz.

— Qual o quadro? — o médico perguntou enquanto as enfermeiras e os paramédicos levavam a maca pelos corredores do hospital.

— Overdose por cocaína. — disse o paramédico que o tratou ainda na ambulância.

O médico examinou o pulso e os olhos dele com uma lanterna. Ele não tinha reação alguma.

— As pupilas dele estão dilatadas. Preparem tudo para entubar imediatamente. — ele disse às enfermeiras — Verifiquem os monitores cardíacos. Vamos começar o tratamento com Naloxona.

— Sim, doutor. — a enfermeira 1 confirmou.

Entraram no quarto da emergência às pressas e começaram os preparativos. Precisavam fazer a limpeza imediatamente. A quantidade de droga que ele usara tinha causado uma overdose muito mais grave do que a anterior a essa alguns meses atrás. De repente o monitor cardíaco começou a fazer um som estridente repetidamente, muito rápido e assimétrico. Os batimentos do seu coração estavam acelerados demais.

O médico e as enfermeiras se prontificaram imediatamente a verificar o que estava acontecendo.

— Temos fibrilação. Taquicardia. — disse a enfermeira 2.

Não demorou muito para que o monitor cardíaco mostrasse uma linha reta com um barulho contínuo.

— Preparem o desfibrilador. — o médico disse — Temos uma parada cardíaca.

— Pronto doutor. — a enfermeira 1 disse.

O aparelho foi colocado perto da maca enquanto uma das enfermeiras cortava a camisa dele para que pudessem ressuscitá-lo. Seu coração estava parado há 2 segundos.

— Carregando 200. Pronto? Afastem-se.

O choque foi dado em seu peito. A enfermeira 2 usou o ambu para fazer a respiração, mas ele não reagiu.

4 segundos.

— Carregando 300. Pronto? Afastem-se.

Repetiu-se o processo e mais uma vez ele não acordou.

6 segundos.

— Outra carga de 300. Pronto? Afastem-se.

Seu coração parecia ter desistido. Ele nem ao menos estava lutando.

— Ele não está respondendo, doutor. Nós vamos perdê-lo. — a enfermeira 1 disse.

— Vamos lá Nicholas. — o médico implorou para que seu paciente voltasse — Fique comigo. — ele disse antes de aplicar mais uma vez o choque em seu corpo.

Mais uma vez sem resposta. O médico tentaria mais uma vez e ele teria que reagir ou seria tarde demais.

8 segundos

— Carregando... 350. Pronto? Afastem-se.

A enfermeira fez mais uma vez a respiração e como se fosse um milagre, o som do monitor voltou ao seu ritmo simétrico habitual. Ele havia voltado.

— Ele voltou. — a enfermeira 2 disse animada.

— Estabilizem-no. — o médico falou aliviado — Apliquem 3 mg de epinefrina intravenosa.

Ele havia voltado.

***

As férias foram ótimas. Foi bom poder tirar uma pequena folga da vida corrida de professor e fisioterapeuta, principalmente levando em consideração que como professor eu não estou muito satisfeito já que não consegui exatamente o cargo que queria no Departamento de Fisioterapia na Universidade de Miami, então foi um primeiro semestre bem diferente do que eu imaginava. Mas posso dizer que estou me deixando levar por enquanto, porque que para mim, só de estar ensinando eu fico feliz. Embora isso não queira dizer que eu não vá batalhar para conseguir a vaga que eu tanto quero na equipe de mestres de altíssimo nível da Universidade.

Aproveitei muito bem as belas praias das Bahamas, assim como também as mulheres vindas de todos os lugares do mundo. Várias solteiras atrás de sexo e isso com certeza eu posso dar. Foi muito agradável acordar todos os dias com uma mulher diferente na minha cama, ás vezes até mais de uma. A meu ver um homem que se preze deve estar aos beijos com uma gata em um bar e fodendo outra em seu quarto logo em seguida, e foi exatamente isso que eu fiz durante mais de um mês. Só que infelizmente a vida me chamou de volta e eu tive que deixar para trás uma das melhores férias que já tive nos últimos anos.

Mas nem tudo são espinhos com o término da viagem, já que minha segunda começa com uma sensação de tremor maravilhosa no meu pênis. É algo maravilhoso. Uma sensação doce e quente que me desperta de forma magnífica. Por um instante penso estar sonhando até que a sensação se torna tão carnal e extremamente prazerosa que é impossível compará-la a um sonho. Oh siim... Alguém está me chupando! Olho para baixo e vejo que uma cabeleira loira cobre o rosto da mulher que me faz essa grande gentileza. Mas de que importa seu rosto? Ela é incrível. Uma verdadeira profissional do sexo. Do sexo oral em especial.

Removo meus braços que estão sob a minha nuca e coloco minhas mãos em seus cabelos, pressionado de leve sua cabeça pra baixo. Sinto meu pênis no interior da sua garganta e é mais do que bom. Quando jorro em sua garganta, não perco tempo e retribuo o favor. Vários minutos prazerosos se passam até que saio de cima dela e me enfio no banheiro sozinho.

Enquanto a água do chuveiro cai sobre mim, penso no máximo que foi encontrar essa mulher no voo de volta para os Estados Unidos, um pedaço das minhas maravilhosas férias veio comigo dentro avião. Sorrio ao lembrar-me da aeromoça olhando feio pra gente quando saímos do banheiro, ofegantes e com cara de quem acabou de trepar. Transar em um avião era uma das poucas coisas que não tinha feito em se tratando de sexo. É ótimo e eu sem dúvida repetirei muitas e muitas vezes. Já experimentei de tudo, desde o papai e mamãe até o sado, embora essa modalidade de sexo não me atraia muito. Não gosto de dor, causar ou sentir, não gosto de misturar dor e sexo. Não acho o resultado da equação agradável aos meus olhos, mas respeito plenamente os que curtem.

Ao sair, ligo para a recepção e peço comida pra nós dois. Em cima da mesinha, meu celular vibra com o lembrete de uma reunião importante. Acho que o meu corpo ainda está acostumado ás férias e esqueci completamente que hoje é segunda. Dia de trabalho. Droga! Gostaria de passar o resto da manhã transando com essa loira, mas não posso. É, não estou mais de férias. Tenho que adequar meu ritmo a transar, dormir, acordar e ir trabalhar ao invés de transar, dormir, transar de novo...

Alguns minutos se passam e o serviço de quarto chega trazendo a comida que pedi. Dou uma gorjeta ao rapaz e o mando de volta. Ligo novamente para a recepção, dessa vez para pedir um taxi para ela. Não posso levá-la para casa e não quero deixar isso por sua conta. Ela sai do banho, nua, apenas com uma toalha em volta do corpo e outra sobre os cabelos. Passeio meus olhos por seu corpo. Uau! É uma visão poderosa, de uma mulher que diz que ainda quer muito mais do que já tivemos aqui. Bem que eu gostaria garota, mas não vou poder, tenho coisas pra fazer.

Peço que ela coma, mas ao notar sua intenção de voltar pra nossa brincadeira, – ainda que eu queira – sou obrigado a freá-la. Seu olhar cai. Deve estar sentindo-se rejeitada, mas pensando bem, isso é bom, isso me protege. Embora eu queira foder essa menina até a hora do almoço, é bom que seja assim porque desse jeito ela não cria esperanças. Visto minhas roupas rapidamente enquanto ela come e observo de relance que ela escreve algo em um papel. Ela o entrega pra mim e com uma rápida olhada, eu vejo que é um número de celular.

Olho curioso o pedaço de papel insignificante e sorrio devolvendo-o a ela. Explico que não preciso dessas coisas porque nunca fico com ninguém que não passou de uma simples transa de uma noite e embora ela me olhe com uma expressão triste, – a expressão triste nos olhos de uma mulher me faz lembrar coisas específicas que não quero mais em minha vida – eu ignoro tudo. Tenho uma vida pra tocar e não preciso de problemas, obrigado. Dito isso, deixo o dinheiro para o taxi em cima da mesinha de cabeceira e abro a porta para ir embora.

— Foi um enorme prazer garota. — digo piscando um olho pra ela e fechando a porta atrás de mim.

Depois de fechar a conta no hotel, vou até a Universidade e tenho  bastante sorte em encontrar uma vaga a essa hora. Já são quase oito quando eu entro na sala dos professores e sinto o olhar dos meus colegas sobre mim por causa do atraso. Ora, foda-se. Todo mundo se atrasa uma vez na vida.

— Dormiu demais Nicholas? — pergunta Alex com um sorriso debochado no rosto. Bastardo. Se ele soubesse que mal dormi porque tinha uma loira tremendamente gostosa cavalgando em cima de mim a noite toda.

— Não. — limito-me a responder.

Durante quase duas horas, ouço os coordenadores da Junta Acadêmica falando sobre os alunos, o sistema de provas que foi melhorado, notas, pais de alunos, o novo semestre letivo... Um saco! É sério, eu amo ser professor, sabia que era o que eu queria fazer assim que saí da faculdade, mas ás vezes não acredito que passo metade do meu dia falando e ouvindo as mesmas coisas sempre. Quando acaba a reunião, vou para a sala de aula. Não deveria ter essa aula hoje, deveria ser apenas a reunião de boas-vindas e aconselhamento, mas parece que foi mudado o cronograma que foi enviado para mim uma semana antes de voltar ás aulas. Odeio mudanças de última hora.

— Após me apresentar aos novos alunos, proponho uma dinâmica para conhece-los e para que eles me conheçam. Observo como muitos rapazes simpatizam comigo quando proponho uma saideira e a forma como as garotas – todas elas – ficam afetadas pelo meu rosto, meu corpo, meu estilo de me vestir e minha voz grave e sedutora. Sei de todos os meus atributos e vejo como olham pra mim. Não sou bobo.

Quando você tem uma beleza razoável, pode restar brechas pra insegurança, mas quando você se parece comigo, você sabe que é o tipo de todas. Bom, esse sou eu. Um metro e oitenta de beleza, muito bem distribuída pelos meus músculos definidos. Herdei o cabelo castanho médio e olhos da mesma cor da minha mãe. Como já ouvi de várias pessoas diferentes: um colírio para os olhos. Do meu pai eu herdei a tremenda cara de pau, charme e arrogância. Coisas que, aliás, eu considero minhas melhores qualidades.

Tudo no primeiro dia de volta ao trabalho caminha de forma muito agradável, até mesmo quando uma aluna bem descarada vem me pedir "ajuda" com algo que não entendeu. Aceito dar uma orientação especial, mas tomo o cuidado de manter tudo no campo profissional, pois a última coisa que eu quero é ter problemas por causa de assédio. Volto à sala dos professores e guardo meus materiais na minha mesa, mas quando estou prestes a sair, vejo Jenni vindo na minha direção. Rolo os olhos sem que ela veja porque já sei onde isso vai dar. Da última vez, fomos parar no quartinho de materiais de limpeza em um dos corredores daqui.

Nos cumprimentamos, falamos um pouco sobre nossas férias e como eu imaginava, sua postura indica querer algo mais. Mas quando dou uma desculpa, ela fica visivelmente decepcionada. Qual é? Já comi essa mulher duas vezes e nunca fodo a mesma pessoa mais que do que isso. Mesmo ela sendo tão gostosa não vou ultrapassar esse ponto. Eu não quero. Eu não posso. No final, dou uma dispensa um pouco mais rude do que o necessário e ela vai embora chateada. Esse é o problema do sexo casual. As mulheres ficam no pé durante um tempo. Sexo uma única vez ou no máximo duas vezes com uma mulher é a melhor coisa que um homem pode fazer para não gerar vínculos. Não importa o quão moderna uma mulher diga ser, no fim, ela sempre vai esperar algo mais de você. E eu não sou o tipo de homem que tem alguma coisa pra oferecer a ninguém.

Chego à minha clínica por volta das duas da tarde e procuro me ocupar com alguma coisa porque não tenho pacientes. Os dois que eu estava esperando para depois que eu voltasse das férias desmarcaram na última hora e eu fico sem ter nada pra fazer o resto da tarde depois de me inteirar dos assuntos financeiros e funcionais na minha ausência.

As horas passam e isso é entediante. Gosto de estar em ação, seja na sala de aula ensinando minha bela profissão, seja na minha clínica quando estou operando milagres no corpo de alguém, seja na cama quando estou satisfazendo meus mais carnais desejos. Preciso fazer algo. Droga! Não deveria ter dispensado Jennifer, quero transar e ela me seria bem útil depois que saísse daqui.

Não Nicholas, você não pode mais sair com ela. Duas vezes lembra? Não pode passar disso com uma mulher. 

Meu subconsciente faz bem em me lembrar disso. Mas estou excitado e quero uma mulher embaixo de mim a noite toda. E para isso eu sei exatamente onde devo ir agora que não tenho um "encontro" marcado com ninguém.

Depois de sair da clínica, vou pra casa, tomo um banho rápido, boto uma roupa mais despojada e saio para o lugar que me garantirá felicidade, ou ao menos satisfação. É um prédio de três andares com uma aparência não muito agradável por fora, mas eu sei que por dentro a história é outra. Para entrar, você precisa de uma senha e um cartão magnético que deve ser passado na roleta da porta com um segurança que mais parece um armário. A Casa da Rachel. Minha amiga mais antiga aqui em Miami.

Entro e logo sou cumprimentado por muitos ali dentro. O som que ressoa é sexy. Há sofás em forma de L por todos os lados sempre com uma mesinha de centro de vidro onde não faltam bebidas. A luz é fraca e pisca em tons de lilás e violeta de forma lenta. O lugar tem cheiro de mulher, gosto de mulher e som de mulher em toda parte. Todas elas em poucas roupas, se é que podem ser chamadas de roupas: corpete, meia, calcinha e cinta-liga. Sim, é um espetáculo para os olhos. Andam de lá pra cá exibindo seus corpos em cima de sandálias com saltos altos mortais e oferecendo bebidas aos clientes.

No meio do salão há um palco com várias coisas usadas pra fazer louco um homem. Nesse momento duas mulheres fazem strip-tease e se tocam provocativamente enquanto uma porção de homens babam ao redor disputando com dinheiro e elogios quem será o sortudo a trepar com uma delas ou até mesmo com as duas ao mesmo tempo.

Vou ao bar e peço o Bourbon de sempre. O barman Louis me cumprimenta e pergunta pela minha ausência. Falo sobre minhas férias até que uma mulher senta ao meu lado e chupa o lóbulo da minha orelha. Não preciso vê-la pra saber que se trata da Rachel.

— Então estava viajando? — ela me pergunta quando me viro no banquinho para olhá-la.

— Rachel. Você está ótima. Isso mesmo estava viajando mês passado e cheguei ontem à noite. — digo a ela, sorrindo.

— Porque não veio aqui? Sempre que viaja você gosta de aliviar o stress e esse é o seu point favorito.

— Não foi necessário. Conheci uma loira no avião.

Não é preciso falar mais nada, ela sabe o que aconteceu, mas mesmo assim ela provoca, me perguntando se levei a garota pra minha casa.

— Claro que não, Rachel. Levei para um hotel, você sabe que eu não levo mulheres pra minha casa.

— Sei. Pelo menos não em muito tempo.

Não, não levo mulheres pra dormir, transar ou fazer o inferno na minha casa. Não gosto disso e ela sabe. Porque falar sobre coisas que me desagradam? Fecho a cara e acho que ela entendeu porque muda o sorriso que estava em seu rosto para um rosto sério novamente. Mudo de assunto.

— Então, o que temos de novidade hoje?

— Bom... — ela chega mais perto de mim e começa a roçar seus quadris na minha perna. — o que você acha de provar o tempero da casa?

— Rachel, o tempero da casa é delicioso, mas já comi. Quero um novo sabor.

Ela põe a mão na minha ereção já crescente e começa a me acariciar.

— O que há de errado em comer a mesma comida se ela te agrada?

— Errado? Não há nada de errado. Mas gosto de variar no cardápio, você sabe. — eu sorrio sarcasticamente.

— Eu sei. — ela diz parando o movimento de suas habilidosas mãos — Você já me provou, gostou, mas dispensou.

Ela está deliberadamente tentando me irritar? Porque isso agora?

— Porque essa droga agora Rachel? — pergunto irritado.

— Esqueça, sei de suas preferências. Desculpe ter tocado no assunto.

— Você é gostosa, Rachel. — sorrio — Muito gostosa. Na verdade você é uma das poucas mulheres com quem eu quebraria meu ritmo sexual adaptado. — digo ficando de pé, puxando ela pra mim e esfregando minha ereção no meio das suas pernas.

Vejo como se acende o fogo dentro dela e imediatamente paro, pois não quero dar uma impressão errada. Mas surte outro efeito. Ela sorri e me senta de volta no banquinho. Parece que ela só precisava de uma injeção de ânimo. Mas não sei do que ela está falando? Ela está na casa dos cinquenta, mas é uma bela mulher com os cabelos negros e corpo de deixar qualquer mocinha de vinte anos no chinelo.

— Não respondeu minha pergunta Rachel. — termino meu Bourbon, deixando a conversa fiada de lado — O que há de novo em sua Casa?

— Você não gosta de transar com as mesmas mulheres por isso sempre dá um tempo sem vir aqui. É claro, depois que come a casa inteira, não é. — ela diz com o olhar malicioso — Então, eu tenho uma pessoa pra você. Chegou hoje.

Meu interesse é despertado na hora. Chegou hoje. A casa abriu há poucos minutos então provavelmente nenhum outro homem meteu seu pau nela.

— Hmm. Interessante. Uma mulher sem experiência com os homens nessa casa ainda. Muito bom. — falo de forma apreciativa.

— Melhor que isso. Uma mulher sem experiência nenhuma com qualquer homem.

—Uma virgem? — pergunto estupefato. Ela balança a cabeça lentamente concordando.

— Como conseguiu uma virgem pra este lugar Rachel? — eu estou incrédulo.

— E o que importa como consegui? Te interessa ou não?

— É claro que interessa. Quero conhecê-la agora Rachel porque já estou de pau duro há um bom tempo, mas agora estou achando que ele vai sair de dentro da minha calça.

Caralho. Uma virgem. Adoro a sensação de romper o lacre de uma mulher. É tão gostosa uma boceta bem apertadinha e melhor ainda, a grandeza de saber que você foi o primeiro a proporcionar prazer a essa mulher. Mal posso esperar.

Rachel me conduz ao segundo andar onde estão os quartos. É assim que o prédio é dividido. Na parte de baixo a "recepção", no segundo e terceiro andares, os quartos de todos os tamanhos e modelos para ser escolhidos à vontade.

Logo ao subir posso ouvir os gemidos de quem já está se divertindo, e logo serei eu emitindo esses sons. Com mais uma virgem. No terceiro andar o ambiente é mais sofisticado, para os clientes mais exclusivos e mais especiais da casa. E é ali, atrás da última porta que ela está.

Fico ansiosamente esperando fora da porta enquanto Rachel entra pra tratar de alguma coisa com ela. Não consigo ouvir sua voz, apenas Rachel lhe dizendo pra fazer tudo que eu quero e que me agrade bastante. Hmm, muito bem Rachel.

— Ela deve estar um pouco nervosa Nicholas, então seja um pouco gentil, ok. — diz Rachel quando sai. Ela deixa a porta entreaberta.

— E quando é que eu não sou gentil? — levanto uma sobrancelha.

— Estou falando sério Nick, ela é muito jovem e eu tenho muito a ganhar com ela. Não quero que ela saia correndo apavorada porque você foi bruto demais.

— Prometo que meto com jeitinho tá, Rachel. — sorrio maliciosamente — Agora vá que eu não estou mais aguentando.

Ela sai sorrindo pra mim e fazendo um gesto de "estou de olho em você". Entro no quarto e a vejo, sentada na cama com as pernas cruzadas e usando nada além de uma blusa fina até o umbigo. Não está vestida com as lingeries que as mulheres aqui normalmente usam, mas mesmo assim, parece muito sedutora. Parece um anjo, penso. Um anjo tremendamente sexy, mas ainda assim, um anjo.

Tem uma pele branca, que brilha sob a pouca luz do quarto. Seus cabelos são pretos caídos até os ombros e eu não posso ver seu rosto porque ela está de cabeça baixa. Consigo contemplar seu corpo. É perfeito. Seus seios não são tão grandes, mas sim do tamanho ideal. Ideal para tocar à vontade, mamilos pontudos que se destacam embaixo da blusa, barriga lisinha, pernas bem torneadas e sua depilação mostra alguma experiência de mulher.

Talvez tenha vinte e poucos anos. Como pode ainda ser virgem com um corpo tão gostoso? Mas quando ela levanta a cabeça e olha pra mim, mudo de ideia na mesma hora. Tem olhos doces em um tom de verde claro, um nariz que parece ter sido esculpido por algum artista talentoso da época barroca, boca pequena e rosada em um rosto de formato angelical.

Não poderia dar mais de quinze anos a esse rostinho. É quando percebo que a estou encarando de maneira diferente. Não posso deixar transparecer a ela que chamou minha atenção de tal forma.

— Olá garota. — digo em meu modo sedutor.

— Oi. — responde timidamente.

— Está preparada pra isso? — pergunto tirando os sapatos.

— Si... Sim. — ela parece assustada.

— Não precisa ter medo de mim. Prometo que não te farei nenhum mal. — quero acalmá-la para que relaxe e eu não tenha tanto trabalho na hora de penetrá-la.

— Não tenho medo de você.

Franzo a testa. Fico surpreso com sua declaração. Parece tímida e insegura, mas mesmo assim sinto firmeza em sua afirmação. Ela quer parecer confiante. Sim, pode ser isso. Atrevo-me a questioná-la?

— Porque então parece tão assustada?

— Porque sou virgem. — ela responde, firme. Sorrio.

— Eu já sabia. Rachel me falou sobre sua inexperiência, mas fico feliz que você mesma tenha me contado. Mas não precisa ter medo.

— Eu já disse. Não tenho medo de você. Estou apreensiva com o sexo, não com você.

O quê? Tem medo de sexo e não de mim? Realmente fico confortável em saber que não me teme, mas se teme o sexo, porque diabo está em um prostíbulo como esse? Ainda mais sendo uma virgem?

— Tem medo de sentir dor na sua primeira vez, não é? — pergunto quando um raio de percepção cai sobre mim.

— Bem... sim. Dor não é uma coisa que eu goste.

— E quem gosta? — pergunto divertido, mesmo sabendo que algumas pessoas gostam de associar dor ao sexo.

Ela me dá um sorriso tímido.

— Olha, na primeira vez de uma garota ela sempre vai sentir um pouco de dor, é normal, mas sei como fazer sua dor se transformar em prazer muito rapidamente. Confie em mim.

— Você sabe? — ela pergunta, parecendo duvidar.

— Sim, menina. Você não é minha primeira virgem e sem dúvida não será a última. Vou te fazer muito bem essa noite, ok.

Ela me dá um ok vacilante e sinto que me esconde algo, mas prefiro não levar em consideração. Estou armado e a última coisa que eu quero é discutir essas bobagens com ela. Eu só quero comê-la.

Sento ao lado dela e acaricio seus cabelos sedosos. Passo minhas mãos pelo seu rosto e sinto uma necessidade de saber sua idade. Corpo de mulher, rosto de menina. Quero saber se é tão jovem quanto seu rosto diz.

— Quantos anos você tem? — Primeiro as coisas importantes.

— Hum, dezoito.

Ótimo. Dezoito anos. Talvez seu corpo apenas tenha tomado forma muito cedo enquanto seu rosto não quis deixar a infância de lado. Toco seus ombros e desço minhas mãos para os seus seios. Têm o formato de duas peras. Firmes e deliciosos com tais. Quero ter seus mamilos em meus dentes. Quero chupá-los até ouvi-la gemer.

Tiro sua blusa devagar e levo meus lábios até seus rosados picos gêmeos. Chupo de leve e me satisfaço com a sensação de senti-los endurecer com minha língua circulando-os. Passo minhas mãos pelos seus braços descendo para a barriga e sinto que um arrepio corre por seu corpo. Começo a beijá-la de forma lenta e sensual, mas sua língua é tímida ao contato da minha. Apesar de seu corpo estar respondendo bem aos meus cuidados, ela está muito quieta. Outra mulher já estaria gemendo no meu ouvido. Paro.

— O que há com você? — pergunto puxando meu corpo para trás para olhá-la nos olhos.

— Nada.

— Como nada? Não está gostando do que estou fazendo?

— E... Estou... É só que... — ela olha pra baixo, balança a cabeça quase imperceptível e a percepção de algo cai em mim.

— Não está a fim, não é? Você não se parece muito com as outras meninas da Rachel.

— Não, não é isso. É que não acho que vou suportar seu peso sobre mim. Estou com medo de ser muito doloroso.

Como assim? Não vou soltar todos os meus 85 quilos sobre ela de uma vez. Nem vou meter meu pau de uma vez como um animal bruto, já disse a ela pra não ter medo e mesmo assim ela está nervosa.

— Não vou te machucar menina. Já falei. Além do mais, você me disse que não tinha medo de mim.

— E não tenho, mas sei que me machucará mesmo que não queira.

— Ok — fico de pé e a levanto junto comigo — Me diga por que esta dizendo isso.

Ela não responde. Limita-se a olhar pra baixo. Olho também e vejo sua beleza nua, mas então, um pouco mais para o lado percebo uma mancha arroxeada logo acima do quadril pegando uma parte das costas.

— O que foi isso? Está machucada? É por isso que não quer transar?

Ela olha pra mim e sem uma palavra me reponde com um aceno de cabeça afirmativo. É isso. Essa menina foi ferida por alguém e seu machucado parece recente. De repente não tenho mais vontade de transar, mas sim de conhecer essa garota e saber quem fez esse mal a ela.

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