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Horas após Nial ter dado uma bronca em Melvin, seu melhor amigo ainda estava emburrado porque não lhe era permitido usar sua afinidade apesar dos seus repetidos protestos!

Em vez disso, Melvin foi forçado a usar arco e flechas, já que Nial achava que era uma opção mais segura!

Contudo, isso foi exatamente o que aumentou a velocidade de caça deles várias vezes, já que as habilidades de arquearia de Melvin eram bastante decentes.

Isso possibilitou que ele matasse cada oponente com armas de longo alcance antes mesmo de eles poderem atirar neles duas vezes.

Depois disso, Nial entrava no combate corpo a corpo, enquanto Melvin o cobria, acertando todos os oponentes perigosos com precisão.

Isso permitiu que eles derrotassem e matassem numerosos grupos de bestas que derrubavam um cristal de origem de vez em quando.

Infelizmente, tanto Nial quanto Melvin ainda eram um tanto novos na sensação de matar e também no uso distinto de mana.

Como tal, eles desperdiçavam muita mana que poderia ter sido usada diferentemente. Por exemplo, mana que tinha sido anexada e armazenada no núcleo de mana naturalmente se reabasteceria depois de ser usada.

Isso não demoraria muito e permitiria que os Originais aumentassem sua força sem fazer isso ativamente.

A velocidade também seria relativamente rápida se eles prestassem mais atenção na taxa de reabastecimento de sua mana.

Porque Nial não sabia disso antes, ele tentava reabastecer ativamente a mana que ele tinha usado depois de cada luta.

Melvin achava isso estranho, mas só quando eles conseguiram uma pausa foi que ele perguntou por que Nial estava fazendo isso, antes de explicar claramente a alternativa.

Saber mais sobre mana, e o processo de expansão do núcleo de mana, junto com dicas sobre como e quando absorver e anexar mana fez Nila se sentir eufórico.

Ele sentia que estava melhorando não só em termos de experiência de combate, mas também em outros aspectos e ampliando seus horizontes.

Mais perguntas surgiam em sua cabeça enquanto ouvia atentamente Melvin responder sobre tudo relacionado à mana. Simultaneamente, Nial começou a absorver e anexar mana em vez de tentar reabastecer a mana usada!

Através disso, Nial foi capaz de aumentar a quantidade de mana dentro do seu núcleo de mana enquanto aumentava parcialmente a velocidade na qual sua mana se reabastecia devido à grande quantidade de mana que circulava pelo seu corpo inteiro.

No final, Nial tinha uma veia de mana superior que ainda estava crescendo.

Por isso, ele ficou surpreso ao saber que sua força estava aumentando tão lentamente.

No entanto, arranjar desculpas dizendo que ele não podia absorver a mana dos cristais de origem ou que ele não tinha uma técnica adequada para absorver e anexar mana o impediu de encontrar falhas em si mesmo.

Culpar o mundo inteiro pelos próprios problemas ou pela incapacidade de alcançar algo era mais fácil do que introspecção e entender que se tem falhas, afinal!

Felizmente, Melvin deu a ele um empurrão na direção certa.

Com isso, Nial até conseguiu recuperar seu vigor em um ritmo muito mais alto, o que significava que ele não retardava mais a viagem de caça deles.

Melvin queria continuar experimentando com sua afinidade de Raio, mas percebeu que seu controle ou compreensão disso eram simplesmente superficiais.

Agora, ao invés de focar em ficar mais forte, além do seu passado, o foco imediato deveria ter sido a aquisição de mais cristais de origem.

Mas, enquanto Melvin estava apenas usando um arco de qualidade comum para caçar todos os tipos de bestas, ele percebeu que Nial estava ficando mais confiante a cada luta.

Seu começo havia sido difícil, e mesmo que seus primeiros oponentes tenham sido os desagradáveis mas relativamente fracos Goblins, Nial mal conseguia derrotá-los sem se ferir.

No entanto, isso acontecia principalmente por causa da Lança Víbora, que era afiada o bastante para cortar tudo no primeiro andar da masmorra de Miland.

Contudo, no curto período de algumas horas, seu melhor amigo cego parecia ter se adaptado bem ao estilo de combate de todas as bestas que encontraram.

Usando sua Percepção de Mana e sentidos apurados, Nial absorvia tudo como uma esponja, aprendendo o padrão de ataque de seus oponentes em cada cenário.

Isso assustou um pouco Melvin porque ele nunca havia percebido quão talentoso Nial realmente era.

Às vezes, seu melhor amigo parecia um gênio, mas em outras ocasiões, ele era um tolo, contudo, seu talento para lutar era excelente, para simplificar.

Também era por isso que Melvin ficava frustrado com a cegueira de Nial, possivelmente até mais do que o próprio Nial!

Infelizmente, não parecia haver uma maneira de ajudar Nial, que lhe contou sobre a mutação adversa, o que era frustrante.

Por causa disso, ele queria liberar sua frustração sobre sua incapacidade de ajudar ambos os irmãos Orin, de quem ele mais gostava.

Nial era seu melhor amigo, e Sabrina...era Sabrina!

Assim, Melvin começou a caçar usando sua afinidade, pensando que os letais raios eram a melhor forma de ganhar uma grande fortuna enquanto liberava sua frustração.

Infelizmente, caçar com arco e flechas era muito melhor, especialmente enquanto Nial entrava no combate corpo a corpo.

Foi por isso que eles conseguiram adquirir um total de 52 cristais de origem da qualidade mais pobre!

Isso foi um grande ganho, dado que tinha sido sua primeira caçada e não algo que eles poderiam obter de muitas masmorras em questão de algumas horas!

Pelo menos não com sua atual experiência, patente e múltiplos outros fatores que os seguravam por agora.

Até a masmorra permanente de slime teve ganhos muito menores do que o que eles tinham conseguido porque a taxa de queda do Chefe Slime diminuiu significativamente depois que Nial o derrotou pela primeira vez.

Em masmorras permanentes, o primeiro saque era sempre o melhor, e já seria surpreendente se conquistar toda a masmorra de slime lhes rendesse um total de mais de 15 cristais de origem de uma vez.

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A quantidade de cristais de origem que eles já haviam obtido em comparação com os itens da masmorra de slime era grande. Isso fez com que Nial refletisse sobre o tamanho exato do primeiro andar da masmorra de Miland.

Nem uma vez eles tinham saído dos arredores da masmorra, e ele não tinha como saber onde exatamente estavam agora.

A única coisa que Nial poderia fazer, caso se perdesse, era andar em uma direção específica até encontrar um beco sem saída.

Felizmente, com Melvin ao seu lado, se perder era quase impossível, pois seu melhor amigo não o deixaria abandonado em um território desconhecido.

Eles planejaram avançar juntos e, como tal, ele podia ver a floresta que teriam que conquistar tanto para sair da masmorra quanto para entrar no segundo andar.

Depois de cinco horas, eles estavam exaustos e Nial sabia que sua mãe já devia estar preocupada com ele.

Por causa disso, ele sentiu que era melhor deixar a masmorra e encerrar por ali o dia.

Melvin concordava e virou-se na direção da floresta antes de começar a se aproximar dela.

Provavelmente encontrariam mais alguns grupos de bestas, mas isso estava tudo bem desde que não levasse várias horas para sair da masmorra.

Bem quando estavam caminhando pela planície, encontraram a instrutora militar feminina e os jovens Originais, que tinham os rostos pálidos como cinza e manchados de sangue.

Lágrimas e sangue haviam se misturado e suas roupas anteriormente limpas estavam manchadas e suadas com sangue. W

Quando Nial passou por eles, ele podia sentir suas flutuações de mana trêmulas, refletindo o medo, nojo e múltiplas emoções que tinham que superar após matar bestas.

Alguns dos jovens estavam até feridos, o que surpreendeu Nial, porque sua instrutora era mais do que forte o suficiente para proteger todos eles facilmente.

Contudo, isso não era algo que a Instrutora tinha feito. Em vez disso, ela apenas os protegeu até certo ponto e os deixou enfrentar as bestas evitando que fossem gravemente feridos.

Os Originais tinham que aprender a matar bestas, quer fossem pequenas crianças, idosos ou cidadãos seniores com deficiência.

A sobrevivência da humanidade dependia dos Originais, e era um fato que fugas do masmorra eram ocorrências devastadoras que nunca deveriam ocorrer dentro de um dos poucos refúgios que ainda estavam firmes.

Em última análise, a situação da humanidade estava longe de ser boa, e Nina Melion já havia aprendido sobre o mundo cruel que havia mudado da pior maneira possível desde que as masmorras apareceram do nada.

Exatamente por isso que seus métodos de ensino eram cruéis, ainda que extremamente eficientes.

Por conta dessa mentalidade, ela não se importava com quem fosse, ou a que família pertencia. Desde que trabalhassem duro para se tornar mais fortes e nunca recuassem diante do perigo, eram dignos de serem nutridos.

Infelizmente, o governo não compartilhava da mesma opinião porque algumas deficiências eram simplesmente muito desvantajosas.

Essas limitações não valiam o esforço para nutrir alguns Originais já que os restringiriam tremendamente.

Apesar disso, Nina não pôde deixar de sentir curiosidade quando viu Nial e Melvin.

Eles estavam suando profusamente, mas nem um traço de sua atitude descompromissada, que eles haviam demonstrado antes de entrar na masmorra de Miland, era visível.

'Oh... eles ainda estão vivos. Bem, eu acho que eles são mais sérios do que eu esperava... e a mente deles é mais firme do que esses pirralhos que tenho que ensinar... mas eu suponho que é normal. Esses dois retardatários são muito mais velhos, afinal.'

Com esse pensamento, ela desviou sua atenção por um momento, antes de sentir flutuações de mana fracas vindas da direção de Nial que a distraíram um pouco.

'As flutuações de mana estão... estranhas…'

No fim, Nial tinha inserido um pouco da sua mana na habilidade [Percepção de Mana (Mais Pobre)] para ampliar o raio no qual ele podia visualizar tudo ao seu redor.

Ele queria visualizar a instrutora porque ele tinha apenas ouvido a voz dela antes. Além disso, ela estava olhando para ele, então Nial quis ter uma ideia de como ela parecia se já estava sendo observado.

Contudo, antes que ele pudesse fazer algo assim, a orelha dele tremeu, enquanto a mente de Nina também estava distraída.

Uma arma manifestou-se em sua mão, e ela estava prestes a emitir um aviso quando a voz de Nial ecoou pela área ao redor.

"Atenção, ataque de baixo!!"

Nial tinha ouvido vagamente a terra bem abaixo dele sendo empurrada como se algo estivesse cavando seu caminho para cima em direção a eles.

E, ao desviar todo o seu foco para o chão, ele foi capaz de perceber flutuações de mana que avançavam em direção a eles rapidamente.

Por isso, ele gritou instintivamente que alguém estava atacando-os por baixo, apenas para agarrar Melvin com sua mão livre enquanto o empurrava para trás.

Foi apenas um momento depois que Melvin entendeu o que estava acontecendo enquanto tentava se proteger da queda.

Olhando para Nial, que estava totalmente concentrado, ele não pôde deixar de xingar seu amigo.

"Quem diabos é você para me salvar, se nem consegue segurar sua arma direito?!" Melvin pensou no momento em que viu a mão trêmula de Nial.

Apenas uma fração de segundo depois, a terra ao lado de Nial tremeu antes de se esfacelar enquanto grandes pinças perfuravam o solo.

Logo depois, o corpo enlameado de dez metros de comprimento de uma besta rastejou para fora do chão.

Justamente quando estava abrindo sua boca larga para soltar um rugido, a voz de Nina alcançou Nial e Melvin.

"Porra, é uma Centopeia Sekyr Sound! Fechem imediatamente os ouvidos com mana!!"

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