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Prólogo

—Você não pode fazer isto! —Um homem esbravejou para o outro que estava a sua frente, o mesmo apontava a espada.

—Posso, tanto que fiz! Se me perguntasse faria de novo! — avançou na direção do homem.

Com as roupas sujas de sangue, umas das sandálias quebrava; o homem de cabelos pretos amarrados em um rabo de cavalo  levantou a sua espada com um certo sacrifício.

—A decisão que nós tomamos foi realmente certa? —perguntou receoso para o homem que continuou indo em sua direção.

—O futuro decidirá se as nossas decisões valeram a pena!

Neste momento o cenário onde eles batalharam era pura chamas, o cheiro de sangue pairava no ar. Casas destruídas, aparentava que ali houve uma guerra.

Ainda avançando com a sua lâmina erguida, o outro tenta desviar.

—Até quando você continuará fingindo de suas batalhas? — guardou a espada na bainha, localizada em sua cintura. E se coloca novamente em posição de batalha.

—Não escolhi trilhar este caminho! —confessou gritando e nesta mesma ação acabou que, cuspindo sangue.

—Sim, escolheu. Você sabe que sempre há possibilidades! —retrocedeu um passo, colocou a mão sobre a espada; pronta para sacá-la a qualquer hora.

—E você? Matou milhares durante todo este caminho! Não está cansado disso? — ergueu a espada, com a ponta pingando sangue. —Vou acabar com você está tão fatídica noite!

—Estou pronto! Pode vir!

O homens ao mesmo tempo começaram a correr, as duas espadas colidiram; chegava a sair faíscas. Da direita, o de vermelho brandiu a espada com a intenção de acertar o outro no peito. Mas desvia com certo sacrifício, já que em sua barriga havia um corte fundo. Com o sacrifício feito acabou que saindo mais sangue de sua ferida.

—Vejo que você já está bem acabado. —sorriu perverso.

O homem estava se sentindo tonto, com a sua visão já embaçada; deu a entender que cairia ali. Mas não se deu por vencido! Colocou fortemente o pé no chão, limpou o sangue que havia no canto de sua boca.

—Não cairei...preciso deter você! — cambaleou, ergueu com força a sua espada. —Isso acaba aqui!

—Que seja. Você para mim morreu a muito tempo! —virou a cara para o lado e cuspiu sangue.

O guerreiro de preto tinha a sua íris cor carmesim, seu porte era um pouco maior do que o de vermelho. Sua espada estava sedenta por sangue. 

Cansado e ofegante, o homem de vermelho estava que em seus últimos suspiros. O de preto estava em melhores condições, mas será ele o que irá vencer?

Se olhando com fervura, os dois estavam decididos que está era a última vez que cruzariam espadas.

O primeiro a dar o movimento foi o de preto, avançando calado. A única coisa que demostrava era a sua intenção de matar. Já o vermelho respirou fundo, e avançou com gritos de bravura e determinação.

Desta vez as espadas não colidiram, mas sim, perfurou os corpos. Infelizmente, o de vermelho foi perfurado mais fundo, do que o de preto. Com um sorriso no rosto, ele desabou no ombro.

—Me desculpe por não aparecer naquele dia, meu velho amigo. —o sangue derramava na espada e descia para baixo, pintando as mãos do de preto.

Com aquelas palavras o homem de preto ficou chocado, começou a cair lágrimas de um de seus olhos. Abraçou o corpo quase morto de homem.

—Porque você não foi naquele dia? —perguntou segurando o choro.

O homem permaneceu calado. Sorriu e soltou um suspiro pesado. Chegou os olhos lentamente, seu coração parou de bater e sua respiração cessou.

Tirou devagar a espada, desceu o corpo dele com cuidado no chão. Pegou a arma dele e colocou para perto dele.

—Um guerreiro nunca se separa de sua companheira. —fez reverência e se retirou em meio da fumaça. — Sempre horarei a sua memória, meu velho amigo. —sussurrou, prometendo a si mesmo nunca se esquecer disso.