Capítulo 3: Fluxo Manativo
Depois de ter compreendido que a mana também existia nesse mundo, e era chamada pelos povos tribais de éter. Eu perguntei para Judith.
– O vó... posso ir no rio pegar alguns peixes?
– Peixes? Eu sei que para sua idade você tem um corpo grande e forte, mas tome cuidado com os monstros de éter selvagems! Eles ficam normalmente escondido nas florestas.
Recebendo o aviso, e comprovando minha suspeita dos monstros de mana que existiam no meu antigo mundo, fui ao riacho pescar algums peixes para comer.
Chegando perto do pequeno rio, peguei uma pedra aparentemente forte e a lasquei até ficar com uma afiação razoável.
Tendo a pedra lascada na minha mão, eu golpeei várias vezes uma árvore próxima. Cortando um galho quase do meu tamanho, segurei modelando a sua ponta até ficar afiado o bastante para perfurar.
– Pronto, finalizei minha lança improvisada de madeira.
Em posse da nova lança, fechei os olhos canalizando o foco para meu corpo todo. Pude ver o fluxo de mana inteiro, e o que via era extremamente abundante!
– 'Minha nossa!' – Surpreso eu pensei.
– Esse corpo possui muita mana!
Sabendo disso, impulsionei o fluxo fazendo o passar violentamente por todos os canais de mana! Aquela manobra arriscada e necessária fez eu tossir muito sangue.
Meu corpo todo suou, liberando pelos poros uma gosma fedida e nojenta.
Cansado, parei o impulso e o consolidei naquele fluxo. Agora conseguia usar mana com mais proeza já que meus canais foram soltos, e um pouco de minha energia foi limpa.
O meu novo estado era chamado no outro mundo de "Fluxo Manativo." Seria a primeira etapa de um cavaleiro aprendiz de mana. E sua nomenclatura seria 1° Estrela.
Fiquei tremendamente feliz! Em minha vida passada apenas consegui chegar na 3 categoria, por causa de uma doença que obstruia meus canais. Mesmo assim fui considerado um gênio na arte da mana, e supererei até cavaleiros de categoria 5.
– Agora que tenho um novo corpo sem doença nenhuma. Sou capaz de usar a mana em sua melhor forma! Posso fazer o que eu quiser. Mas... não irei cometer os erros iguais de minha vida anterior. Mesmo tendo-me tornado um grande rei, serei muito melhor nessa encarnação!
Terminando minha empolgação. Descansei um pouco meu corpo superaquecido, e fui pescar com minha lança.
{....}
Era muito fácil acertar os peixes, o estágio 1° tinha melhorado meus sentidos e fortalecido meu corpo. No total consegui caçar 7 peixes! Então voltei para casa de vó Judith.
– O vóoo!! – Dei um grande berro empolderado de alegria.
Logo ela saiu com um aspecto de raiva.
– Seu moleque pare de gritar! – Ela resmungou dando-me um tapa na cabeça!
– Me desculpa vó... – Falei aborrecido.
– Tudo bem meu garoto... só trate de não gritar quando não for necessário. Eu estava preparando a comida para janta e levei um grande susto!
Sentindo-me triste e ao mesmo tempo risonho por ter assustado ela. Mostrei os peixes abatidos.
– Vó realmente desculpa pelo susto, mas eu terminei de pegar os nossos peixes!
Ela olhou para mim depois de ver aquilo... e no seu rosto ficou estampado sua dúvida.
– Criança? Mais que tantos peixes que conseguiste? Por favor não andaste a roubar ninguém... certo?
– De modo algum vó! Foi tudo caçado por mim mesmo.
Não podendo entender como uma criança era capaz de fazer tudo isso. Ela foi flexível e deixou o assunto de lado, confiando em minha índole. Mas com mais perguntas interrogou-me.
– Filho é impressão minha ou tem comido drogas de cogumelos para ficar tão grande em um dia?
– Eu não sei vó... só sei que estou crescendo a toda hora!
– Mas isso é estranho Khargas... da que a pouco você vai bater com a cabeça no teto!
Sendo uma senhora que já viu tudo na vida. Ela deixou seu espanto e compreendeu minha situação, apenas mencionando...
– Vejo que o éter dentro de ti, se tornou mais organizado. Eu não sei como conseguiste estás proezas... mas agora estou cansada de mais para ficar perguntando. Sou uma idosa necessitada de descanso já que amanhã é meu dia de trabalho.
Falando isso, ela pegou os peixes e foi terminar de preparar a janta.
{....}
Estando tudo pronto e terminando de jantar, eu fiquei admirado que a vó Judith fez uma comida muito boa! Nós ficamos com a barriga cheia de peixes, e depois fomos dormir. Também aproveitei esse tempo para absorver um pouco de mana da noite.