webnovel

O Recomeço em um mundo de RPG

Sofrer por causa do erro de outras pessoas, isso resume bem a vida de um jovem garoto, mas mesmo com tudo e todos conspirando contra ele conseguiu sobreviver. Quem iria imaginar que alguém que sobreviveu a praticamente tudo morreria de um jeito tão normal, um dia quando estava em mais uma de suas fugas foi atropelado, morte instantânea, mas algo ainda tinha sido reservado para ele, isso era... uma segunda chance. Ele acorda em uma sala, com o auto intitulado deus estagiário, ele tem a escolha de recomeçar em um novo mundo, cheio de magia e coisas maravilhosas, mas que também irá trazer grandes perigos. Essa é uma história inspirada nos isekais japoneses, nosso protagonista viverá em um mundo de magia e monstros perigosos, conseguirá ele sobreviver nesse mundo assim como fazia em sua antiga vida? (Se bem que ele morreu). Isekai de acordo com a Wikipédia: Isekai (異世界 lit."mundo diferente") é um subgênero de light novels, mangás, animes e jogos eletrônicos de fantasia caracterizado por um protagonista normal (geralmente um habitante contemporâneo da Terra) sendo transportado ou preso em um universo paralelo.

RenCmps · Fantasy
Not enough ratings
60 Chs

Capítulo 33 - Grandes figuras

~Pov Chloe~

Estou de pé, em minha frente está o trono dos vampiros, que há apenas alguns segundos atrás ainda pertencia a rainha Ruby, pelo menos no nome.

~Anúncio Mundial~

~Acaba ser coroado um novo Rei vampiro~

Em minha direita estava Vlad Ilie, líder do meu clã. Do outro lado dele estava um casal, que nunca havia visto antes, mas não existem muitas pessoas no mundo que não conheça seus nomes.

O primeiro era Belzebu, braço direito do rei demônio, dizem que ele está em um patamar inatingível, mas sua aparência não demonstrava isso, tinha um metro e sessenta de altura e parecia apenas uma simples criança humana, tinha cabelos negros e pele branca, além de traças de uma pessoa do norte, por seus olhos que eram um pouco puxados.

— Sim... sim, perdão — respondo desviando meu olhar deles por um momento.

Os olhos de Belzebu colocam qualquer um que os olhe em um estado de hipnose. Quando os vi pela primeira vez era como se estivesse olhando para o próprio inferno, lembranças de tudo de ruim que já tinha passado, e que também nem ao menos havia vivenciado, passam em minha mente, tudo que podia sentir era dor e sofrimento.

Olho novamente na direção deles, mas desta vez focando na pessoa que estava ao lado de Belzebu. Era uma mulher, seus cabelos castanhos longos e cacheados realmente chamavam atenção, tinha pouco mais de um metro e setenta, seu corpo era praticamente perfeito, aquele que seria considerado próximo de perfeito. Sua aura era completamente diferente da de seu parceiro, parecia transmitir apenas bondade ao seu redor. Seu nome era Artern, autointitulada deusa da esperança.

— Fazendo uma deusa como eu esperar — diz Artern bufando um pouco.

— Você não é uma deusa, então cala a boca — responde Belzebu.

— Não sou? Então como você explicaria isso? — Ela fala virando de costas.

De lá surgem duas grandes asas, que não estavam naquele local antes, eram seis ao total e tinham uma cor platinada, pareciam até mesmo brilharem. Uma auréola aparece em cima de sua cabeça, esta que tinha a mesma cor de suas asas.

— Você é apenas da maldita raça dos anjos, não deixe a adoração dos humanos subir a cabeça pirralha — Belzebu esbraveja.

A raça dos anjos desapareceu há alguns séculos atrás, de acordo com o que a igreja prega eles foram chamados de volta ao reino divino por deus, mas os não crentes costumam apenas afirmar que foram extintos nas diversas guerras que ocorreram.

— Pirralha? Eu tenho mais de 500 anos! — Artern fala levantando a voz.

— Tenho mais de um milênio — Belzebu fala calmamente.

— Não sou nova, você que apenas é muito velho, vovô — zomba o anjo.

Uma veia pode ser vista saltando na testa de Belzebu, em seguida uma aura escura começa a sair de seu corpo.

— Você está começando a me irritar — diz olhando em direção a mulher.

Da primeira vez que vi um início de discussão entre eles não pude aguentar, acabei correndo com medo de ser morta, mas agora já estou começando a ficar acostumada com essa cena, embora meu corpo ainda fique tremendo e sinta um aperto no coração. Não posso evitar essas reações, um ataque deles poderia me evaporar facilmente.

— Peço permissão para que possa entrar. — Uma voz pode ser ouvida do lado de fora da porta do salão.

— Apenas entre logo, no momento ele não irá poder te responder, faz algum tempo que iniciou sua meditação. — Belzebu responde.

Aquele que entra na sala é um elfo negro, tinha pouco menos de um metro e oitenta de altura, cabelos acinzentados e pele morena, seu nome é Samael, alguém do alto escalão dos elfos negros. Ele caminha, ficando em frente ao trono, em seguida se ajoelha e olha para a figura sentada.

— O rei demônio está a caminho — diz o elfo.

A figura, que estava sentada no trono, finalmente abre seus olhos após algumas horas. Seu nome é Barbatos, como todos os vampiros originais sua pele é extremamente branca e, assim como Ruby, marcas que aparentavam ser tatuagens negras se espalham por todo seu corpo, essas causadas por sua grande força demoníaca, porém seus olhos, ao invés do brilhante vermelho característico dos vampiros, brilhavam em uma luz dourada.

— Apenas tentem não desmaiar em frente ao rei demônio, isso sempre acaba acontecendo e é bem constrangedor. — Belzebu fala.

Ele parecia estar se dirigindo a Vlad e a mim, mas não consigo entender como eu acabaria desmaiando, posso até me sentir amedrontada, mas desmaiar já parece ser demais.

Neste momento uma forte presença aparece, não havia nenhum vestigio dela antes, como algo assim pode surgir do nada? Alguém tão forte assim deveria ter sido sentida a quilômetros de distância. Caio de joelhos, minhas pernas não estavam tremendo, nem ao menos conseguia fazer algo assim. Olhando para o lado percebo que Vlad também se ajoelhou, é como se apenas sua presença nos pressionar contra o chão.

Artern está calma, mas uma pequena gota de suor pode ser vista escorrendo pelo seu rosto, até mesmo alguém como ela não poderia sair impune de algo desta magnitude, porém Belzebu estava apenas bocejando, parecia que aquilo não o afetou.

A presença estava cada vez mais próxima, diferente de sua chegada a sua aproximação estava sendo muito lenta. Todos na sala se ajoelham, até mesmo Barbatos, mas diferente de mim eles estavam fazendo aquilo por vontade própria. Sinto como se meu corpo estivesse sendo esmagado, ficar naquela posição era quase impossível.

A porta se abre.

— Seja bem-vindo, vossa majestade. — Samael diz ao ouvir o som da porta.

Alguém de armadura entra no salão, em cada um dos seus lados estava uma mulher, essas eram da raça diabo, sua aparência era de um híbrido de humanos e demônios, porém as raças não tinha ligação alguma. Pareciam humanas, mas com asas e chifres de demônios, uma delas tinha cabelos longos e negros, além de olhos acinzentados, sua irmã, pelo menos era o que parecia, era praticamente idêntica, porém com suas cores invertidas a de sua outra metade.

O homem no centro, pelo menos era o que imaginava ser, era a causa de toda essa força bruta que estava sendo transbordada. Usava uma armadura completa, que era totalmente negra, nenhuma parte de sua pele estava aparente.

— Quanto tempo Asmodeus, meu amigo. — Barbatos diz se levantando e caminhando até o homem de armadura.

— Vejo que conseguiu o trono, como eu odeio a monarquia. — Asmodeus diz cumprimentando seu amigo com um aperto de mãos.

Ele solta um suspiro ao olhar em direção do trono, em seguida sua visão parece ser dirigida para mim.

— Seus soldados ainda estão acordados, eles parecem ser realmente fortes. — Elogia o senhor demônio.

— Dois dos melhores — responde Barbatos.

Ao ouvir essas palavras Belzebu acaba soltando uma risada, todos olham em sua direção instintivamente.

— Vocês vampiros são realmente fracos, esse é o auge de sua raça — diz entre as gargalhadas.

— Não fale isso, você sabe como o ego deles �� grande, vai acabar os irritando falando algo assim. — Artern responde com um sorriso no rosto.

Tanto Barbatos, quanto Vlad, demonstram alguma hostilidade ao olhar para Belzebu, mas nenhum dos dois tem coragem de se manifestar. Vlad nem ao menos conseguiria fazer algo, parecia estar usando força demais para se manter acordado, talvez não tenha reagido a essas palavras justamente por não conseguir fazer nada no momento.

— Essas duas são Nahemah. — Asmodeus diz se referindo às duas mulheres que o acompanhava.

— Me chamo Nahemah, é um prazer conhecê-los. — A de cabelo negro diz fazendo uma saudação.

— É um prazer conhecê-los, me chamo Nahemah, é um prazer conhecê-los. — Em seguida a de cabelo cinza diz fazendo a mesma saudação.

Um silêncio constrangedor surge no salão, até mesmo posso sentir a pressão de Asmodeus diminuindo um pouco durante as apresentações. Ninguém tem coragem de falar nada, mas este silêncio é quebrado por Vlad, que não conseguia mais se manter e acaba caindo no chão.

— Asmodeus, tente não matá-los, ainda iremos precisar de seus serviços — diz Barbatos após olhar para Vlad.

— É verdade, havia me esquecido, às vezes simplesmente acabo deixando minha aura escapar um pouco, mesmo tentando restringi-la — responde Asmodeus.

Toda sua armadura começa a mudar de cor, em poucos instantes ela se torna completamente branca.

— Agora vocês devem conseguir se levantar, pelo menos espero que sim — diz o Rei demônio.

Me levanto com muita dificuldade, minhas pernas, assim como o resto do meu corpo, estava tremendo, não apenas de medo, mas com uma grande dor que o perseguia. Vlad se levanta logo em seguida.

— Impressionante, não esperava que fossem resistir tanto, tem certeza absoluta que essa garota não é o herói que estamos procurando? — Asmodeus pergunta olhando para mim.

Olho espantada para eles, estão procurando um herói...