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O Recomeço em um mundo de RPG

Sofrer por causa do erro de outras pessoas, isso resume bem a vida de um jovem garoto, mas mesmo com tudo e todos conspirando contra ele conseguiu sobreviver. Quem iria imaginar que alguém que sobreviveu a praticamente tudo morreria de um jeito tão normal, um dia quando estava em mais uma de suas fugas foi atropelado, morte instantânea, mas algo ainda tinha sido reservado para ele, isso era... uma segunda chance. Ele acorda em uma sala, com o auto intitulado deus estagiário, ele tem a escolha de recomeçar em um novo mundo, cheio de magia e coisas maravilhosas, mas que também irá trazer grandes perigos. Essa é uma história inspirada nos isekais japoneses, nosso protagonista viverá em um mundo de magia e monstros perigosos, conseguirá ele sobreviver nesse mundo assim como fazia em sua antiga vida? (Se bem que ele morreu). Isekai de acordo com a Wikipédia: Isekai (異世界 lit."mundo diferente") é um subgênero de light novels, mangás, animes e jogos eletrônicos de fantasia caracterizado por um protagonista normal (geralmente um habitante contemporâneo da Terra) sendo transportado ou preso em um universo paralelo.

RenCmps · Fantasy
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60 Chs

Capítulo 25 - Floresta

— Pronta? — pergunto.

— Yep! — Alícia responde animada.

Estamos de saída da cidade, em nossa frente está uma longa estrada de terra, a esquerda e direita havia apenas árvores. Antes de sair conversei com o líder da guilda, ele me passou algumas informações.

1 - Existe uma grande quantidade de animais selvagens na floresta. Não é uma boa ideia acampar até chegarmos na planície que fica logo depois.

2 - Tem uma cidade, se continuarmos seguindo a estrada. Nem muito grande, nem muito pequena, porém muito conhecida, pois depois dela começa efetivamente as terras do Reino.

3 - Em uma viagem a cavalo iria demorar cerca de dois ou três dias para chegarmos.

4 - Por fim me deu um aviso sobre ladrões e como eu deveria ter cuidado. Neste mundo cada cidade tem, a maioria das vezes, uma averiguação de antecedentes. É uma bola de cristal, quando tocada irá brilhar em alguma cor, com bandidos ou pessoas que já cometeram atrocidades aparece o vermelho. Pelo jeito quando se mata alguém sem motivo, guerra ou proteção, você se torna um criminoso.

Quando perguntei como essa bola de cristal funcionava ninguém soube explicar, a melhor explicação foi "sei lá, provavelmente tem alguma coisa a ver com um Deus".

— Beleza, como combinamos — falo.

Peguei Alícia e coloquei ela sentada nos meus ombros.

— Alícia ainda não gosta disso — reclama.

Decidimos que eu iria carregá-la por enquanto, no momento não temos dinheiro pra uma carroça, então assim como na época do barco vou abusar o fato de eu ser vampiro.

— É só até a floresta acabar, assim poderemos ir com um pouco mais de calma — explico.

— Alícia sabe — suspira.

Como não podemos acampar na floresta temos que passar por ela o mais rápido possível, talvez tenha que andar até de madrugada, mas é a melhor forma.

O que temos atualmente é:

Mochila Alícia

✦ Suas roupas.

✦ Alguns alimentos. Carne seca e algumas frutas.

Minha mochila

✦ Minhas roupas.

✦ Um mapa.

✦ Duas poções pequenas de mana.

✦ 2 sacos de dormir.

✦ 1985 yons

Decidimos não comprar muitas coisas já que iriam atrapalhar a viagem, vamos comprar quando tivermos uma carruagem ou se estabelecido em algum lugar.

— Então vamos nessa — começo a andar.

— Ah, Rosa falou uma coisa para Alícia.

— O que ela disse? — pergunto.

Alícia fica calada por um tempo.

— Alguma coisa com trolls... — Ela solta um gritinho. — Alícia lembrou. Caso veja os aventureiros novatos devemos pedir para que voltem, um homem disse tê-los avistado — completa.

Isso é realmente complicado, ouvi falar de trolls, mas não conheço muito sobre, não está na época de termos que nos preocupar com eles.

— Me explica um pouco de como são os trolls — peço.

— Okay — concorda. — Primeiramente, os trolls parecem orcs, mas muito maiores...

~Pov Bianca~

— Então, aquele vampiro irá te salvar no futuro? — pergunta Curt rindo.

— Na conseguia o vi chegando e lutando contra trolls, foi uma visão magnífica — respondo sorrindo.

— Um troll? — Curt fala um pouco espantado.

Ele está com medo, nessa floresta aparecem trolls às vezes, mas não é muito comum. Olho para trás, esse é o nosso grupo de amigos, duas garotas e dois garotos, embora fale "amigos", só conheço bem Curt e Clara mesmo.

— Deixa de ser medroso Curt, não é legal? — Clara diz pulando em nós, que andávamos mais a frente do resto do grupo. — Essa é nossa primeira missão fora do Porto.

— Então, esse negócio de visões é realmente verdade? — Um dos garotos se aproxima e pergunta.

Clara faz uma expressão de raiva, mas decido responder calmamente, não faz sentido brigarmos por algo assim.

— Sim, pelo menos é o que acredito — respondo. — Todas as visões que tive se realizaram até agora... — Clara segura minha mão. — Nunca demorou mais de um ano para que elas se cumprissem.

O garoto ouve com um rosto sem expressão, mas quando tira meus olhos dele posso ouvir algumas risadinhas dele e o outro.

— Odeio isso — falo baixo. — Abrir status.

Abro para que apenas eu possa ver.

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Nome: Bianca

Raça: Humana

Título: |Aventureira Novata|

LV 12 (prox level 420/12000)

HP: 600/600

MP: 600/600

Ataque mágico: 180

Ataque físico: 120

Agilidade: 60

Defesa mágica: 170

Defesa física: 100

Sorte: 10

Habilidades:

|Magia Terra lv 1|

|Magia de água lv 2|

|Magia de luz lv 2|

Habilidade especial:

|Clarividência|.

Resistências:

|Resistência mágica (Pequena)|.

Bênção:

|Bênção da deusa da luz|.

Todos os títulos adquiridos:

|Aventureiro Novato|

|Curandeira|

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|Clarividência|, essa habilidade já me mostrou diversas coisas boas, à alguns meses atrás vi esse vampiro em uma visão. Fiquei com um pé atrás, afinal, nem sempre as coisas são mostradas são boas, mas quando vi ele entrando na guilda e protegendo aquela garotinha de Sally fiquei animada. Logo em seguida tive outra visão dele, desta vez estava sendo salva.

Agora estávamos na floresta, os garotos falaram que tinha muitas por essa redondeza.

— Parece uma história de princesa — diz Clara delirando. — Talvez ele seja sua pessoa predestinada.

— Predestinada? — Eu e Curt falamos alto ao mesmo tempo.

Acabo corando um pouco com isso, nunca fui de entrar muito nesses assuntos, Clara sabia muito bem que me envergonho fácil.

— Não tem como isso acontecer certo Bianca? — Curt fala olhando para mim. — Por que você está corando?

— Deixa de ser chato Curt. — Clara diz o empurrando para longe.

Em seguida segura meu braço.

— Então talvez você esteja próxima de conhecer seu príncipe, né? — diz rindo.

— Por que diz isso? — pergunto.

Ela olha pra mim como se fosse algo óbvio, em seguida olha ao redor.

— Não existem muitos locais com trolls neste continente sabe? — Ela ri. — Eles costumam estar em áreas costeiras.

O que ela disse faz todo o sentido,trolls aparecem mais em florestas densas igual a essa...

— Espera um pouco...

Minha cabeça começa a doer, sinto um enjoo agonizante. Consigo ver em minhas mãos o brilho dos meus olhos.

— Você vai ter uma agora? — Clara pergunta preocupada.

Isso acontece sempre que tenho visões. Mais uma vez estou em meio a uma floresta, por algum motivo não consigo ouvir nada, a única coisa que posso ver é um troll em minha frente.

— Ele irá chegar a qualquer momento — falo.

Espera um pouco, eu falei? Na minha visão? Isso nunca aconteceu antes, normalmente posso ver apenas uma cena, além de nunca se repetirem. O que tem de diferente nesta?

Tento me concentrar ao máximo, preciso observar cada detalhe, tudo que possa me ajudar a entender mais o que está acontecendo. Olho para baixo, lágrimas caem do meu rosto. Estou chorando. Olhando para cima novamente vejo que o vampiro aparece. Ele está com uma garotinha, o primeiro troll cai rapidamente. A garota usa magia de terra, paredes me cercam pela direita e esquerda. Nesse momento percebo algo, minhas mãos estão cheias de sangue.

— Bianca! — ouço o grito de Clara.

A visão começa a se escurecer. Espere um pouco! Preciso descobrir de quem é este sangue. O que isso significa?

Tudo fica preto, ao abrir os olhos vejo o rosto de claro, ela está muito preocupada.

— Estou bem — falo.

Ela suspira em alívio.

— Aqui, deixe-me ajudá-la a se levantar — diz me ajudando.

Nesse momento tudo se liga em minha mente, floresta, trolls, sangue... Não pode ser.

— Temos que sair daqui, agora mesmo! — falo me levantando rapidamente.

— Calma — diz Clara.

— Não posso! A visão foi bem mais detalhada!

Ela começa a rir.

— Então isso é tudo pelo seu vampi... — Começa a falar, mas é interrompida por um grande estrondo.

Uma árvore é derrubada à nossa frente.

— Temos que sair daqui agora — grito.

Me levanto e tento puxar Clara, porém ela fica parada no mesmo lugar, quando olho ao redor os outros três também estavam parados.

— Agora não é hora para gracinhas — Tento dar um passo em direção a eles, mas meu corpo não se mexe.

Escuto um rugido alto, meu corpo começa a tremer, essa é uma habilidade dos trolls, aterrorizar.

Curt e os outros garotos estavam em nossa frente, Curt ao meio e um de cada lado.

— Temos que lutar — ele diz tirando a espada da bainha.

Parece que eles estão conseguindo se mexer um pouco, no entanto ainda não posso me mover.

— Não podemos — falo pensando na visão, o vampiro e a garota olhavam ao redor. — Se fosse só um teríamos uma chance, porém tenho quase certeza que é um grupo.

— Vamos recuar — diz olhando para trás. — Alguém consegue se mexer?

O troll não se movia, talvez estivesse esperando seus companheiros, mas isso não importa, essa é a nossa chance. Estava recuperando meus movimentos, puxo Clara, que demorou um pouco mais para se recuperar, com toda minha. Curt nos seguia com os outros dois se apoiando nele.

— Por onde? — pergunto olhando ao redor, todos os locais pareciam iguais.

— Vamos tentar voltar para a estrada, dar a volta no troll — Curte solta os outros dois que já conseguiam andar por si só.

A estrada não estava tão distante, porém árvores começaram a ser arremessadas em nossa frente, nos fazendo desviar toda hora. Depois de desviar diversas vezes demos de frente com mais um Troll. Nunca tinha visto um de tão perto antes, eles eram mais altos que os orcs, talvez cerca de quatro metros de altura, pele amarelada, seus braços eram muito longos, chegando a poucos centímetros do chão.

— |Corte rápido| — Curt saca sua espada rapidamente e corta o Troll. Sua velocidade é absurda e o golpe atinge o joelho do monstro, fazendo-o tropeçar. — Corram eu segu...

Antes que termine de falar ele é atingido por uma mão gigantesca, como se estivesse espantando uma mosca do seu caminho. Curt voa e atinge os outros dois, apenas Clara e eu estávamos de pé agora.

Corremos até perto deles, Clara parece ter se recuperado completamente.

— |Cura média|. — Uso a magia na cabeça de Curt que estava sangrando, mas essa magia não o faz recuperar sua consciência.

— |Armadilha de terra| — falo.

A terra sobe pelas pernas do troll e o segura, Clara está pronta agora, ajudamos os garotos a se levantar, Curt estava desmaiado, porém o Troll agora estava solto e vinha em nossa direção novamente.

— Você consegue segurar ele? — Clara pergunta.

— Por alguns segundos — Respondo. — O que pretende?

— Atacar com força total e... Sobreviver. — Ela responde.

Suas pernas tremiam um pouco.