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O Frenesi Da Horda

Rugthar, o Chefe Guerreiro dos goblins, olhava com intensidade a vasta extensão verde diante das muralhas de Gastros. Ao seu lado, Grit'ak, o xamã mais velho, entoava cânticos arcaicos, preparando a horda para o confronto iminente.

Os goblins estavam agitados, suas veias pulsando com a antecipação da batalha. Ao sinal de Rugthar, a horda se lançou à frente, uma onda feroz e incansável. O som dos tambores de guerra, feitos de pele humana, reverberava pelo campo, infundindo em cada guerreiro goblin uma fome insaciável de combate.

No coração de Rugthar, a palavra de poder, "At' accat," pulsava, inflamando seus músculos e clareando sua visão com uma luz intensa. A horda avançava, destemida, usando os corpos dos caídos como escudos e degraus. Seus gritos ecoavam pelo campo de batalha, uma cacofonia de poder e desespero.

O ar era impregnado com o aroma agridoce de sangue e pólvora rúnica, uma combinação perturbadora que energizava os goblins. Rugthar sabia que usar a palavra dos dragões de fogo vinha com um custo, mas a promessa de poder imediato superava qualquer pensamento de longevidade.

Durante horas, o campo de batalha foi um caos implacável. Sangue, entranhas e destroços cobriam o chão, transformando-o em um cenário de carnificina. Rugthar lutava lado a lado com seus irmãos, cada golpe de sua lâmina ceifando vidas humanas. Os defensores, especialmente as tropas de Kiros, mostravam uma disciplina e coordenação que irritavam os goblins.

"At' accat!" Rugthar bradou novamente, sentindo o poder correr por suas veias. Em momentos esporádicos, alguns goblins conseguiram escalar as muralhas apenas para serem repelidos pelas forças de reserva humanas. Wolferos, pensou Rugthar com desprezo. O comandante humano era astuto, mas a determinação dos goblins era imbatível.

Então, após dezoito horas de combate incessante, quando o corpo de Rugthar estava à beira da exaustão, um som cortante preencheu o ar. Uma trombeta soou, sinalizando a retirada. Rugthar olhou ao redor, vendo seus irmãos obedecerem rapidamente, retirando-se mais velozmente do que haviam avançado. A surpresa nos rostos exaustos dos humanos era evidente.

Rugthar sentiu uma mistura de frustração e alívio. A batalha havia terminado, mas a guerra estava longe de acabar. Enquanto os defensores humanos gritavam em celebração, Rugthar prometeu que eles retornariam. Mais fortes, mais preparados. Os goblins não conheciam a rendição definitiva.

"Voltaremos," Rugthar murmurou, um sorriso sombrio surgindo em seus lábios ensanguentados. "Gastros cairá."