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Capítulo 21

Aisha chegou ao tribunal acompanhada por sua advogada e também por Eva.

Os irmãos Millman, junto aos seus advogados, chegaram praticamente no mesmo instante em que a executiva.

Os dois grupos se estranharam, contudo, apenas por olhares.

Antes de seguir para se acomodar em seu lugar, Alexander, irmão mais novo de Stephen, virou-se para a "ex-madrasta" e disse:

— Sinto muito por tudo, Riley. No fundo, eu não queria que a situação chegasse a esse ponto… Refleti bastante nos últimos dias, e percebi que você sempre foi uma pessoa boa, e que esteve ao lado do papai apoiando-o.

— Obrigada, Alexander. Entre você e seus irmãos, você sempre foi o mais sensato… Não sabe como essas suas palavras me confortam.

Dando-se conta do diálogo entre o seu irmão e Aisha, Stephen levantou-se do assento onde tinha acabado de se sentar e foi resgatar Alexander das garras da opositora.

— Vamos lá, irmãozinho! Nossos lugares nos aguardam.

Alexander não se opôs à ação do irmão mais velho, de modo que seguiu-o tranquilamente.

— O que tanto conversava com aquela mulher? — perguntou Henry ao irmão.

Não houve tempo para que o rapaz lhe respondesse, isso porque o juiz que julgaria o caso entrou no recinto e todos os presentes se levantaram.

O julgamento durou algumas horas, sendo que a questão relacionada à falsa identidade de Aisha pesou muito e a fez perder o processo para os irmãos Millman.

Também foi considerada culpada e por pouco não saiu do tribunal algemada.

Um novo julgamento seria realizado para julgar o caso da falsa identidade.

Assim que tomaram posse integralmente da fortuna do pai, Stephen e Henry não perderam tempo e recomeçaram as negociações com o grupo estrangeiro interessado em comprar a empresa.

Bryce e sua equipe viajaram novamente a Londres.

Finalmente o bilionário estava a um passo de adquirir as empresas Millman e assim se consolidar como o maior CEO de todos os tempos.

Tudo corria bem durante a reunião de negociação. Advogados, acionistas, documentação, estava tudo em conformidade com a lei. Só faltava apenas a assinatura dos empresários e dos advogados.

Um a um dos presentes foram deixando suas assinaturas nos documentos. Até que chegou a vez do bilionário.

Bryce chegou a segurar a caneta e se debruçar sobre o documento, entretanto, no último minuto, desistiu de assiná-lo.

— Peço desculpas aos senhores, mas decidi repensar sobre a compra da empresa.

— O quê!? — exclamou Stephen se levantando. — Não pode desistir assim de última hora.

— É a minha decisão, por enquanto, portanto… respeite-a.

— Está agindo como uma criança, senhor Grant… Isso não é coisa que se faça — disse Henry.

— Pensem como quiserem, senhores… Para mim, a reunião está acabada.

Bryce levantou-se e tomou a direção da saída. Christopher e o advogado do bilionário vinham logo atrás dele. Enquanto que na sala de reuniões dos Millman, o burburinho gerado pelo CEO demonstrava o quanto os ânimos dos presentes se encontravam alterados.

— Mas que loucura foi essa que fez, Bryce? — perguntou Christopher, já ao lado do amigo.

— Já errei muito nessa vida, Christopher… Não quero continuar errando.

— Que bom que reconheceu suas ações erradas, amigo. Mas, não poderia ter percebido isso outra hora? Olha só como estão nossos colaboradores e parceiros de negócios… estão todos a ponto de explodir, nesse momento.

— Sinto muito por eles, mas não podia fazer algo que me arrependeria novamente pelo resto da vida.

Bryce e Christopher voltaram para o hotel e adiantaram a passagem de volta.

Mais tarde seu advogado entrou em contato com o grupo Millman para informar que o bilionário havia desistido do negócio.

A desistência do empresário deixou Stephen furioso. Sendo que ele jurou que as coisas não ficariam por isso mesmo.

— Deve ser coisa daquela Aisha. Como ainda são amantes, os dois estavam de combinação o tempo todo. O Grant não estava interessado na compra do nosso grupo coisa alguma… Tudo não passava de fingimento. O farsante só estava esperando a amante colocar, de fato, as mãos na herança do papai, para também tentar se apoderar dela — disse Stephen em conversa com o irmão do meio.

— E agora? O que vamos fazer? — perguntou Henry.

— Só nos resta esperar que outro comprador apareça.

— Para mim, está demorando muito para colocarmos a mão no dinheiro que nos está destinado… Não vejo a hora de pôr as mãos na minha parte e poder fazer o que bem entender com ele.

— Vai com calma, irmãozinho! Não vá esbanjar todo seu dinheiro com festas e mulheres.

— A fortuna que o papai nos deixou é enorme, Stephen. Não venha tentar acabar com a minha felicidade.

— Ok! Se é assim que pensa, não irei mais opinar sobre a sua vida.