01
Cara, mas que silêncio sinistro...
Não sei porque diabos soltei aquele sobrenome. Foi a primeira coisa que me veio à cabeça. Só que mesmo assim, qual é o problema? Tá certo que o sujeito pode ter uma certa fama, mas não é possível que seja tão ruim ao ponto de que até o sobrenome dele é amaldiçoado, a não ser que...
Ah não.
Merda!!
— Eh, si-sim senhor! Mas prometo que eu não tenho nada a ver com esse Kazuma! Eu não sou um assediador sexual e nem roubo calcinhas de ninguém!! Eu juro!!!
Stephane ponderou por alguns segundos, enquanto passava suavemente as mãos pela sua barba e então...
"Hahaha, você é uma figura, meu jovem," Stephane gargalhou, claramente entretido com minha resposta atrapalhada.
"Pois é, aquele tal de Kazuma é bem famoso por suas importunações. Ele agitou bastante uma das cidades onde tenho uma loja, Axel. O grupo dele fez um verdadeiro alvoroço por lá."
Ele fez uma pausa, seu olhar ficando um pouco mais sério.
"Porém, pelo que me contaram, o problema é bem mais grave do que simples roubo. Ele está sendo procurado por terrorismo e conspiração contra o reino..."
Um mau pressentimento me tomou.
"Sé-sério senhor? Juro que não tenho nada a ver com ele ou com essas acusações malucas! É só uma coincidência assustadora!" Eu disse, ainda mais alarmado.
"Não se preocupe amigo! Se você não tem nada a ver com isso, não precisa ficar de cabelo em pé. Só... não saia por aí espalhando seu sobrenome, tudo bem? Nem todos são tão compreensíveis quanto nós. A propósito, é um prazer te conhecer, Vitor!"
"Enfim, já tomei muito tempo nessa conversa. Vou lá na frente da carruagem para não deixar o cocheiro tirar uma soneca no trabalho, hehehe!"
Com isso, ele foi saindo, sorrindo, ainda que parecesse um pouco forçado.
Parando para pensar, o Kazuma foi acusado de terrorismo na Light Novel também, mas por que mesmo...?
Eh.....
...
Esqueci.
Seja lá pelo que foi, lembro que ele se safou. Será que o motivo da acusação nesse mundo foi o mesmo de lá? Acho que essa não é uma boa hora pra perguntar.
Resolvi apenas reagir ao adeus do Stephane, deixando só eu e as duas irmãs na cabine.
Notei que elas me observavam fixamente desde que falei o sobrenome; a mais nova parecia assustada, enquanto a mais velha me olhava como se eu fosse um monte de lixo. Aquilo com certeza não era um bom sinal...
"Vagabundo tarado", a irmã mais velha disparou, secamente.
"O quê? De onde saiu isso?" Reagi.
"Já falei que não tenho nada a ver com aquele cara."
"Acho que você tem tudo a ver com 'aquele cara'. Isso explicaria a situação em que te encontramos. Quanto tempo até tentar roubar as nossas calcinhas?"
"HEH? Ele vai roubar nossas calcinhas?!" A mais jovem se alarmou, se afastando de mim.
"Por favor, tente. Será um prazer te matar bem devagarzinho, cortando-o pedaço a pedaço." ameaçou a irmã mais velha.
Parece que o Stephane havia saído já antecipando a explosão da bomba.
02
Caramba Kazuma, você realmente é o maior arqui-inimigo do sexo feminino nesse mundo.
No meio de todo aquele drama, descobri que o nome da irmã rabugenta era Melissa e a da mais nova era Anne. Gastei um tempão me explicando e implorando para aquelas duas não me jogarem para fora da carruagem, que vergonha... e eu nem tenho culpa de nada!
Após uma eternidade desagradável de trocas acusatórias e súplicas desesperadas pela minha inocência, finalmente chegamos à nossa parada. A estrada corria próxima ao rio, cujas águas refletiam a luz dourada do sol nascendo. Mesmo o início tumultuado parecia se dissolver na promessa de uma nova manhã.
Assim que a carruagem parou, Stephane já estava abrindo a porta pelo lado de fora com um movimento brusco. "Finalmente," ele exclamou, seu tom de voz cheio de entusiasmo, ressoando no ar fresco da manhã. "Hora de esticar as pernas, lavar o rosto e encher o estômago, pessoal!"
Anne foi a primeira a descer da carruagem, seu rosto iluminado de entusiasmo e curiosidade. Eu ia me arrastando para fora, os músculos ainda bem doloridos após tudo o que passei nos últimos dias.
Meu olhar se prendeu na paisagem diante de nós: a aurora pintava o céu de cores vibrantes, enquanto a névoa matinal pairava sobre o chão úmido. O rio cintilava com o brilho da luz. Era uma cena pacífica, que me proporcionou um raro momento de tranquilidade.
Foi nesse instante de contemplação que senti uma mão firme em meu ombro, o toque me fazendo estremecer. Eu conseguia sentir a respiração firme da tal Melissa (perto demais...) em meu pescoço, me encarando por trás com um ar misto de desprezo e resignação (PERTO DEMAIS!!!).
"Não pense que eu caí na sua conversa fiada," ela começou, com uma voz tão firme quanto pesada: "Estou te tolerando pelo bom coração da minha irmã e generosidade do meu pai, mas esteja avisado: qualquer gracinha e eu não hesi- EI, VOCÊ TÁ GOSTANDO DISSO SEU DESGRAÇADO?!".
Sem me deixar responder, tomei um empurrão que me jogou para fora da carruagem e quase me fez cair de cara no chão.
"E-Ei! Não é culpa minha, você quase grudou em mim por trás".
"IDIOTA!! EU VOU TE MATAR AGORA MESMO!!!"
Disse ela enfurecida com o rosto corando enquanto desembainhava a espada.
-
-
Que mulher terrível, foram alguns segundos que pareceram horas para que a irmã e o pai dela conseguissem a tirar de cima de mim.
03
Embora eu tenha tentado me oferecer para ajudar a descarregar o que iríamos usar da carruagem, Stephane riu e me empurrou na direção do rio, com um conjunto de roupas limpas, uma toalha nas mãos e sabão.
"A primeira coisa que você precisa fazer é tomar um banho, garoto! Você está fedendo a quilômetros de distância!" disse ele, sua voz cheia de humor.
Eu não podia argumentar contra isso, então fui para o rio, apesar da perspectiva de entrar na água fria da manhã.
Após um banho surpreendentemente gelado, voltei, agora mais apresentável e com a aparência renovada.
O grupo já tinha iniciado um fogo e estava preparando o café da manhã: linguiças e carne seca sendo grelhadas na fogueira, acompanhadas de pedaços de pão fresco e frutas.
Hesitei por um momento antes de me juntar a eles, ainda sentindo um pouco de desconforto por estar recebendo tanta ajuda.
Estava prestes a me afastar para comer isolado, quando Stephane me impulsionou gentilmente para frente, "Relaxa, rapaz. Não estamos te julgando pelo que come!" ele disse, rindo. Eu sorri meio sem jeito, mas me sentei, agradecendo a ele com um aceno de cabeça.
A comida estava deliciosa, uma combinação perfeita de sabores, muito diferente do pão velho e do queijo mofado. Enquanto eu me deliciava com o café da manhã, Anne puxou assunto. Ela parecia mais relaxada agora, fazendo perguntas curiosas sobre a cidade de onde eu vinha e rindo das minhas respostas, que por sinal eram na grande maioria mentiras (por dentro, eu me sentia péssimo). Melissa ainda parecia estar me observando com raiva, seu rosto ainda com certo rubor, mas ao menos ela não estava fazendo mais ameaças.
Um silêncio desceu sobre nós, quebrando abruptamente o clima descontraído, quando o cocheiro, um homem de expressão séria e rugas marcadas pelo tempo, lançou a pergunta sobre minha suposta conexão com Kazuma. Todos os olhos se voltaram para mim, e a atmosfera ficou carregada, a brisa matinal de repente se tornou fria e o crepitar da fogueira pareceu muito mais alto. Aquele cara me dava arrepios, talvez fosse pela roupa preta dele que se assemelhava à da Morte.
Mesmo após repetir pela enésima vez que era apenas uma coincidência infeliz, eu podia ver não apenas em seu olhar, mas no de todos, que a desconfiança ainda persistia. Todavia, notei que pelo menos por enquanto, pareciam dispostos a me dar o benefício da dúvida. Aquelas pessoas, apesar de tudo o que passei, eram bastante acolhedores. Agora eu só ansiava por chegar logo no meu destino e não causar mais problemas a eles.
04
Uma hora depois da parada, com a fumaça do fogo da manhã finalmente apagada, subimos na carruagem, ainda aquecidos e satisfeitos com a refeição. Eu me sentei no banco traseiro, enquanto Anne e Melissa sentaram-se de frente para mim. Stephane e o cocheiro continuaram nas rédeas da carruagem.
Ele chacoalhou as rédeas e o som dos cascos dos cavalos batendo contra a estrada de terra ecoou pela tranquilidade da manhã. Estávamos de partida, deixando para trás aquele aconchegante momento.
A paisagem deslizava lentamente à medida que avançávamos pela estrada. As árvores pareciam dar um aceno de despedida, suas folhas ondulando suavemente com a brisa da manhã. Pássaros cantavam em algum lugar no dossel, seus trinados doces e melódicos preenchendo o ar com uma serenidade que parecia tão distante das tensões anteriores.
Enquanto a carruagem prosseguia, vi na estrada uma placa, agora muito mais vívida e maior do que a da primeira vez, que anunciava com brilho e em alto-relevo que a Vila dos demônios carmesins estava a apenas 5 Fellis de distância. Eram apenas mais algumas três ou quatro horas de viagem para mim.
Isso, por mais que tenha me deixado entusiasmado, me fez lembrar do sonho que tive quando estava inconsciente, e então, os pensamentos começaram a invadir minha mente:
A imagem voltou à minha cabeça, Yunyun; seus intensos olhos carmesim e cabelos negros, Por que ela? Dentre tantas outras que poderiam ter aparecido no sonho, por que especificamente Yunyun? Sua presença me intrigava, era como um enigma que eu estava determinado a desvendar.
Afinal, havia vários demônios carmesins na light novel, várias possibilidades de rostos conhecidos. Mas mesmo assim, foi ela quem apareceu, por quê?
Talvez fosse devido à placa que vi naquele dia antes de desmaiar? Mas por que ela? Por que não a Megumin ou então qualquer outro? Tentei buscar alguma lógica nesse caos aleatório, meu cérebro se recusava a desistir;
A imagem de Yunyun sozinha, deslocada em sua própria vila. A solidão, a marginalização... tudo isso refletia de uma maneira estranha a minha própria realidade. A forma como nos isolamos em meio a multidões, o vazio que ocupamos em sociedades repletas de vida, as máscaras que usamos para esconder nossos sentimentos mais íntimos.
Talvez fosse por isso que especificamente ela apareceu no sonho. Talvez meu subconsciente tenha escolhido a pessoa que mais refletia meu próprio estado de ser especialmente nesse momento. Afinal, estou sozinho em um mundo completamente estranho, é o auge da minha própria solidão. Só que mesmo chegando a essa conclusão, por quê?
Talvez o sonho tenha sido mais que uma mera alucinação. Talvez fosse uma introspecção, um vislumbre de meu próprio estado emocional. Ao tentar decifrar o significado, me vi confrontado com minha própria realidade, meus sentimentos e...
— Ei!
Anne estava me chamando fazia um tempo para conversar. Ela me fez acordar do transe. Felizmente, porque minha cabeça já estava doendo.
05
A carruagem continuava avançando, volta e meia conversávamos, agora em um tom até tranquilo. Melissa mais relaxada, sua postura tensa suavizando enquanto Anne mostrava a mesma animação e entusiasmo desde quando acordei.
O caminho serpenteava através de colinas suaves e vales, florestas e prados. Com o passar do tempo, a paisagem começou a mudar. As árvores tornaram-se mais escassas, dando lugar a vastos campos de trigo ondulando com a brisa, seus grãos dourados brilhando sob o sol do meio-dia. Pequenas casas e celeiros podiam ser vistos no horizonte, anunciando a proximidade da vila. A estrada tornou-se cada vez mais movimentada também, com viajantes e mercadores indo e vindo.
Eu sei, você quer saber o porquê das filhas de um mercador estarem viajando com ele para uma simples entrega de suprimentos, né? Eu também queria:
A pergunta pairou no ar por um momento. Eu sabia que estava arriscando, talvez tocando em um assunto delicado demais, mas a curiosidade me consumia.
"Não é da sua conta." Melissa respondeu de forma direta, sem hesitação. Seu tom era frio, sua expressão fechada.
"Mana! Por favor, não precisa ser tão grossa!" Anne retrucou, lançando à irmã um olhar repreendedor. Virando-se para mim, seu rosto corou um pouco ao me explicar. "É que o nosso pai às vezes precisa de ajuda em entregas especiais, já que é muito trabalho para ele lidar sozinho. Como temos habilidades de cura e combate, ele confia muito mais nas filhas dele para a segurança de algumas encomendas do que em empregados."
Fiquei intrigado com sua resposta. "Mas se são só suprimentos normais, que problema isso tem?" perguntei, tentando entender melhor o motivo dessa precaução toda.
Anne hesitou por um momento. Seu olhar inseguro me fez perceber que talvez eu estivesse chegando em território desconhecido, talvez até mesmo proibido. Antes que pudesse responder, porém, Melissa interveio.
"Como eu já disse, isso não é da sua conta. Seja grato pelo que já fizemos por você e pare de colocar o nariz onde não te interessa." Sua voz era firme e autoritária, completamente diferente do tom suave de Anne. "E você fala demais, Anne."
"D-desculpa..." Anne murmurou, baixando a cabeça. Ela parecia desanimada, mas manteve o silêncio, como se tivesse aprendido uma lição importante. Achei isso muito estranho, o que me levantou muitas dúvidas, porém achei prudente ficar quieto.
Menos de uma hora depois, Stephane apareceu na janela e disse "Se prepare Vitor, vamos passar a qualquer momento ao lado da entrada da vila!".
06
Finalmente.
A carruagem parou com um suave tremor. Stephane abriu a porta para que eu descesse. Ele vasculhou o bolso e retirou algumas moedas brilhantes e um pedaço de papel meticulosamente dobrado.
"Escute, garoto," começou ele, com um tom mais sério enquanto colocava as moedas na palma da minha mão. "São 2000 eris. Use-os para comprar alimento ou garantir um lugar decente para pernoitar, se necessário..."
Eris era a moeda da Light Novel, pelo visto é aqui também.
"Mas lembre-se, não desperdice tudo de uma vez! Os demônios carmesins são conhecidos por suas atrações turísticas tentadoras, ouvi dizer que eles têm até um deus das trevas selado," continuou.
"Agradeço, Senhor Stephane," respondi, sentindo o peso das moedas em minha mão.
Ele então me entregou o pedaço de papel, que desdobrei para revelar o nome da sua loja e a lista de cidades onde ela operava. "E estas são informações das minhas lojas. A sede principal fica na Capital Real - é lá onde eu moro. Quando tiver um momento livre, venha nos fazer uma visita, será muito bem atendido!"
"Com certeza, farei isso. Obrigado mais uma vez, senhor."
Na carruagem, Melissa resmungou algo inaudível ao ver Stephane me dando dinheiro, mas logo se absteve de qualquer outro comentário. "Melissa, algo a dizer?" Stephane a provocou com um sorriso.
"Ela apenas bufa, deixe-a, papai," interveio Anne, sorrindo. Voltando-se para mim, ela disse com sinceridade: "Desejo-lhe boa sorte na sua jornada, tome cuidado..."
Agradeci a Anne pelo seu desejo, e então me virei para Melissa. Ela apenas me lançou um olhar, um olhar de ódio.
É, definitivamente ela não gosta de mim.
Com as despedidas feitas, comecei a me afastar. Stephane, com um tom ainda mais sério, voltou a me alertar: "E lembre-se, cuidado com seu sobrenome. Não o revele por aí." Com um aceno final, eles partiram, deixando-me sozinho com suas palavras ressoando em meus pensamentos.
-
Então, seja lá quem estiver lendo isso, foi assim que passei meus três primeiros dias nesse mundo até chegar na frente da vila dos demônios carmesins. Vou te falar com toda a sinceridade, essa entrada aqui é bem diferente do que eu imaginava, pensei que seriam muralhas grandes ou algo assim, com vigias guardando o portão principal, algo bem idade média...
Porém, o que eu vi foi um portão simples de madeira e um muro vermelho pequeno.
Caramba cara, ou esses caras confiam muito no poder e na intimidação deles, ou eles são muito loucos da cabeça...
Parece ser o começo da tarde, tive sorte de não tomar um único dia de chuva até agora, espero que continue assim. Me dirigi em direção à entrada principal da vila, finalmente, realmente um lugar muito bonito...até que quando estou me aproximando:
''Alto! Identifique-se! Quem deseja ingressar nos limites da grande Vila dos exuberantes demônios carmesins, temidos pelo próprio rei demônio?!" Disse uma voz... mas de onde?
"Ei, quem disse isso?" Respondi bem alto, enquanto olhava ao redor.
Eis que um cara de uns 30 anos que estava atrás do muro do portão principal salta para a frente da entrada, a uns 10 metros de mim:
"O meu nome é Donedoque!! Eu sou o guardião do turno da tarde do portão principal da Vila e usuário de magia avançada! E um dia serei aquele se tornará chefe da guarda carmesim e o mais atento vigia dentre os demônios carmesins."
Olhei para baixo por um segundo.
"Que vergonha..." eu disse, murmurando.
"EI! O que foi que você disse aí?!" exclamou Donedoque.
Bom, lembro que só existe um jeito certo para se apresentar para os demônios carmesins. Creio que nessa vila é seguro usar meu nome real, afinal, só tem maluco... espero que aquela coisa funcione aqui, mas...que vergonha... eu não acredito que vou mesmo fazer isso, e o pior é que eu ensaiei milhões de vezes sozinho na Terra, mas agora... em público? Mas tá, bora Vitor, vai, segura a onda! Você chegou até aqui, faz isso direito, esse é o seu momento:
Tomei muito ar e muita coragem, e então;
"...Q-Que assim seja! Agora que o véu da ignorância foi arrancado e o arauto por trás da voz misteriosa revelado, eu, por fim, posso me anunciar devidamente... (respire fundo, não vacile agora). Eu sou Vitor! Um prodígio único, um brilhante farol de intelecto em meio ao mar de mediocridade, abençoado por uma mente superior! Sou o destinado a ascender ao pináculo do conhecimento místico, transcendendo os limites do entendimento humano, aquele que se tornará o maior físico manipulador das artes mágicas avançadas jamais visto na vastidão do tempo e do espaço! Sim! Llembrarão de meu nome em eras vindouras, pois eu deixarei minha marca indelével no tecido do cosmos!"
Eu não faço ideia do que o tal Donedoque esperava que eu falasse, mas pela cara que ele fez, com certeza ele nem imaginava isso.
Olá! Eu sou brasileiro, mas faço a escrita da novela em inglês, traduzindo-a para o português para ser mais acessível aos meus conterrâneos. Recomendo fortemente que você leia a versão inglesa, os capítulos são lançados a cada 2 ou 3 dias lá. Essa versão aqui junta os capítulos da semana da versão inglesa em um só.