88 Pássaro de Hyo-Kun - Fragmentos

Em uma sala de hospital, o choro de dois recém nascidos soa pelo local, no meio de um turbilhão de emoções e lagrimas alguém faz uma pergunta.

-qual será o nome deles? – falou o médico.

A mãe dos bebês olha para o médico ao escutar tal pergunta, nesse instante uma lembrança lhe vem à mente, algo acontecido a pouco dias.

Mãe: -oi mamãe, chegamos! – falando do carro ao avistar uma casa modesta no interior do Japão.

-filha... – uma senhora de idade sai na varanda da casa que possuía dois andares, pintada nas cores vermelhas com verde e detalhes em azul, na frente uma grande árvore fazia sombra para o carro que estava abaixo dela. -quanto tempo. – saindo da casa.

As duas se abraçam e logo adentram a casa, o esposo da moça pega as malas que estavam no carro e as leva para os aposentos onde ficaram pelos próximo 3 dias.

Enquanto isso na sala, a senhora conversa com sua filha sobre a gravidez, a moça estava com quase nove meses e logo daria a luz a gêmeos, o que foi um baque de início mas que agora já estavam adorando a ideia.

-como sua barriga cresceu desde a última vez, Mizune. – passando a mão na barriga da moça.

Mizune: -sim, as vezes sinto que vou explodir. – sorrir.

-e me levar junto. – fala o homem se aproximando das duas.

Mizune: -não fale assim, Satori. – olhando com a feição de chateada.

Satori: -mas é a verdade, você pressiona minhas mãos durante a noite com tanta força que meus dedos quase quebram. – fazendo uma cena.

Mizune: -que falácia! – fuzilando seu marido com o olhar.

Satori: -hahaha. – rindo alto mas no final começa a tossir.

Mizune: -já tomou seus remédios? – preocupada com algo.

Satori: -estou bem, foi só uma tosse. – sorrindo

-já escolheram os nomes? – passando a mão na barriga de sua filha ao sentir algo mexer.

Mizune: -não paramos para ver isso ainda.

Satori: -na verdade estamos com muita dúvida nisso. – piscando para sua mulher que pisca de volta.

-entendo, então deixe-me ajuda-los nisso... – olhando para a barriga dela enquanto acaricia a mesma. -a menina será corajosa e sempre se erguera não importa o que aconteça, seu nome deverá ser....Tatsune.

Muzine: -gostei. – sorrido.

Satori: -e o garoto?

-o garoto será como um pássaro, que voa e voa até encontrar seu ninho, como um pássaro de Hyo que impaciente com seus caminho, seu nome será Hytori.

Satori: -Hyo...

Aquela senhora a muito tempo era parteira naquela província, sua fama de alguém mística era bem conhecida na região, não tinha melhor pessoa para escolher os nomes.

-será...Hytori e Tatsune Senki. – falou a mãe enquanto chorava ao ter seus filhos nos braços pela primeira vez, no hospital maternidade de Tokyo.

Assim o tempo passou os irmãos Senki saíram de Tokyo para morar na cidade do interior onde vivia sua avó após um acontecimento que mudou suas vidas, mas para aquele garoto cujo nome vinha de um pássaro teria um trauma ainda maior durante o colegial.

-ei Hytori quero ver você conseguir pegar minha bolinha de gude agora haha! – um garoto sentado no chão perto de um buraco onde haviam 10 bolinhas de gude olho de gato.

Hytori: -isso é moleza, meu amuleto da sorte ira me ajudar! – tirando o amuleto de dentro da blusa. -se prepare, movimento tectônico!

Ao jogar aquela bolinha, ele consegue tirar as 10 bolas para fora do buraco com apenas uma jogada, os rivais ficam espantados com aquela sorte que ele tinha dado.

Hytori: -meu amuleto é o melhor! – balançando o mesmo com as mãos.

Dia após dia Hytori ganhava dos outros com a mesma premissa, o amuleto lhe dava sorte, mas porque ele dizia isso, era só porque ganhava todas quando tirava ele na camisa? Não, isso tinha haver com o motivo de ter ganhado isso de sua mãe.

Ah 5 anos, Hytori tinha acabado de chegar naquela cidade, somente com sua mãe e sua irmã, algo que tinha acontecido o deixava triste e no primeiro dia de aula na escola nova ele estava nervoso, diferente de sua irmã que sempre foi forte.

Mizune: -filho...o que está acontecendo? – ficando na altura dele.

Hytori: -eu tenho medo de ir, a senhora não pode ir comigo? – olhando para sua mãe bem nos olhos.

Mizune: -oh meu menino, me desculpa mas a mamãe tem que trabalhar hoje. – olha para Tatsune. -a sua irmã ira te ajudar está bem.

Hytori: -mas...

Mizune: -pegue isso. – entrega algo nas mãos de Hytori.

Hytori: -... – segurando aquilo.

Mizune: -sempre que estiver triste ou com medo use isso, é um pedaço de sua mamãe que sempre estará com você, não importa onde for, então nunca o perca.

Hytori: -sim!

Em um certo dia, Hyori havia ganhado de todos os meninos das series mais altas no jogo, e isso tinha irritado alguns deles.

-ei menino! – alguém grita de um beco.

Hytori: -... – indo até eles. – o que foi?

-me entregue isso! – agarrando o amuleto que estava dentro da blusa de Hytori.

Hytori: -não! Solte isso, Foi minha mãe que me deu! – segurando a mão dele.

Hytori: -aaaar! – se solta dos garotos e soca a cara do que estava com o amuleto após ter sido arrancando dele. – meu amuleto! – vendo o amuleto quebrar ao cair no chão.

-seu idiota, você me bateu. – no chão.

Hytori: -... – paralisado.

-sugerem ele! – limpando o sangue de sua boca. -vai pagar por isso.

Hytori: -...

-acabem com ele!

Os 3 desferem chutes e socos contra o corpo de Hytori que sem poder fazer nada diante de tantos percebe que tinha uma plateia assistindo aquilo, então com vergonha ele cobre a cabeça e se encolhe todo machucado e com o ego ferido.

-vendo? você não tem amigos seu idiota, essa droga de amuleto não servia para nada mesmo.

-um lixo como você sempre será lixo. – começava a chover.

-está chovendo vamos! – correndo da chuva junto dos outros 2.

Os que assistiam também começam a correr para se abrigar da chuva, enquanto Hytori se contorcia de dor no chão frio e úmido.

Hytori: -...

Alguém que estava olhando fica parada próximo a ele com um guarda-chuva.

Hytori: -me deixa, não preciso de você – se ajoelhando. -você é como os outros, não se importa. – pegando parte de seu amuleto.

Hytori vai para casa naquele dia chuvoso sozinho, com seu amuleto quebrado mas não era somente isso que havia quebrado, algo nele tinha sido destruído junto...

E assim foi pelos próximo anos, ele recuou, passou a ficar sozinho, não queria a companhia de ninguém, não confiava em ninguém, dia após dia só desejava que tudo aquilo termina-se, que sua dor acaba-se, mas era muito fraco para tentar algo...até que viu algo na tv...

Aquilo poderia mudar sua vida, ele pegou o dinheiro que sua mãe tinha lhe dado para comprar o material e comprou o jogo, foi para casa e quase sofre um acidente no meio do percurso, e assim chegou em casa, ligou o jogo sem dá a mínima para o manual e foi assim que começou sua jornada, a sua vida virtual em outro mundo.

Conheceu Yashina, Kamero e Aysa, seus melhores amigos, mas a frente conheceu alguém que mexeu com ele, era Sarina, aquela viajem de sete dias no barco os aproximou ainda mais e ali começaram a ter algo até a chegada do reino de Liogres onde tudo mudou, os mistérios, a crise, seus sentimentos confusos em relação a Yashina e Sarina, a chegada de sua irmã.

Era tudo demais e no meio de tudo uma guerra começou, ele perdeu tudo novamente mas dessa vez ele iria atrás daquilo que perdeu, nem que para isso ele tivesse que morrer, seus amigos, seus sentimentos, eram maiores que qualquer inimigo, 12 talvez o fizesse tremer na base mas como será que isso terminou?

Yami: -preparado? – sobre um local de pedras.

Hytori: -sim, podemos começar. - com o corpo revigorado após vencer o segundo teste, sua forma agora estava prepara para derrotar quem fosse.

Os dois olham para o alto ao verem os vários pássaros saírem voando, aquilo podia ser um sinal, algo grande estava por vir, o deserto os aguardava.

A vida pode ser descrita como um jogo de tabuleiro, onde existem vários caminhos, cada um tem o direito de fazer sua própria jogada e muitos tentaram avançar rapidamente mas só os sábios preferem analisar seus erros e voltar atrás uma casa ou duas para enfim chegar ao final.

MMO: Isekai no RPG.

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