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Capítulo 1 - O Chamado da Batalha

Vila Dyrök, Reino de Nordren, 33 anos após as guerras élficas

Casa de Kalkor

21:46h

Falando em: Northensk

Kanon - Conta mais uma história mamãe.

Abriah - Tudo bem, só mais uma. Mas depois desta você vai pra cama Kanon (leia-se Kenon)

Kanon - Conta sobre a origem da montanha da presa rachada!

Abriah - Tudo bem. A muito tempo, em vez de humanos, as minas de ferro da montanha eram ocupadas por anões das montanhas. Esses anões, diferente dos normais, que seguem Filimir o deus anão da criação e outros deuses. Estes anões, seguiam Gonrek, o dragão das neves. Esses anões eram conhecidos como os anões dracônicos e guardavam um poderoso tesouro para seu mestre dragão, que viajou para longe e deixou a espada do gelo com eles. Então, pelas ordens de Gonrek, os anões utilizaram a espada para lançar caos por todas as terras do norte. E então...

Kanon - Vilykimir!

Abriah - Isso mesmo! Vilykimir, o viking, o maior aventureiro do norte! Durante um festejo dos anões, ele escalou a montanha e usou sua arma, a espada de Tjörn para acertar o topo da maior montanha da cordilheira. Na época, a cordilheira se chamava de a cordilheira da presa afiada, mas o golpe foi tão poderoso, que a montanha rachou, e diversos quilos de pedra maciça caíram sobre a cabeça dos terríveis anões, soterrando-os e selando a amaldiçoada espada para sempre.

Kanon - Mais uma, mais uma!

Abriah - Não, Kanon. É hora de dormir.

Kanon - Mas mãe...

Abriah - Sem mas! Vai dormir.

Kanon - Aventureiros não dormem! Eles lutam dia e noite!

Abriah - Até eles precisam de dormir meu cavaleiro-zinho. Vai dormir! 

O jovem se deita, animado e sonhador. Abriah beija a testa do pequeno garoto de apenas sete anos e então apaga a vela antes de sair. Assim que ela abandona o cômodo, o jovem de cabelos pretos e olhos azuis safira pensa "serei aventureiro um dia. Eu serei!"

...

Vila Gull, Terras Orcs.

47 anos depois das guerras élficas

Tenda de Rogg'ar

10:52h

02/05

Falando em: Orc

Um jovem orc chamado Rogg'ar, líder dos orcs, se encontra de frente para com Guit'th, o chefe de uma das tribos orcs.

Rogg'ar - Entendo suas preocupações, chefe Guit'th, mas elas são desnecessárias.

Guit'th - O que o faz pensar que está guerra termine diferente das outras cinco vezes que nos mobilizamos contra o reino de Nordren?!

Rogg'ar - Estamos destinados a tomar Nordren. Senão, por que todos nossos antepassados dedicariam suas vidas para derrota-los?

Guit'th - Mas isso não muda o que eu disse! Sem garantias, não conseguirei convencer os outros chefes de tribos.

Rogg'ar - Eu tenho uma garantia. - ele se vira para um servo - Chame-o.

O servo sai

Guit'th - Chamar quem?

Rogg'ar - Espere.

Depois de alguns momentos, o servo volta, acompanhado de um drow (elfo das trevas) vestido por um robe escuro

Drow#? - Me chamou vossa alteza?

Guit'th - Um drow? Por que um drow? 

Rogg'ar - Ouviu histórias sobre a magia dos elfos?

Guit'th - Como qualquer um. Dizem que diferente das outras raças, que tem que absorver as almas daqueles que matam ou estudar durante anos como invocar a magia no ar, alguns elfos são capazes de acessar magia existente em sua própria alma sem sofrer danos.

Rogg'ar - Molkus aqui é um destes elfos.

Guit'th - Um bruxo? Prove.

Molkus gesticula com a mão e murmura palavras confusas. Seus olhos ficam azuis e uma lâmina de gelo cresce de suas mãos.

Guit'th - Impressionante. Mas como isso garante nossa vitória?

Rogg'ar - Ele não é único. Ele nos trouxe um exército.

...

Arredores da Vila Dyrök, 

Reino de Nordren.

Sala de treinamento do mestre Helkor

14:25h

20/05

Falando em: Northensk

??? - Kanon! Kanon! Está prestando atenção?! - fala o poderoso musculoso e barbudo Mestre Helkor. Helkor era um soldado extremamente experiente. Quando jovem, viajara para o sul para lutar nas guerras élficas. Durante este periódo, ele esteve em diversas batalhas lendárias, como a batalha do rio vermelho, e outros combates decisivos da guerra que definiu o mundo de hoje. Ele também enfrentou nas recentes guerras Kott'ianas (Kott'ar, o líder dos orcs decidiu enfrentar o reino de Nordren, péssima decisão se me permite dizer, ele foi morto e a guerra se finalizou), também chamada de quinta guerra orc, á 14 anos atrás.

Kanon - Sim mestre!

Mestre Helkor - O que eu disse!?

Kanon - Disse para que eu fizesse minha posição de batalha.

Mestre Helkor - E porquê não o fez?!

Kanon - Sinto muito mestre!

Mestre Helkor - Corta essa porcaria! Se sente muito então faça o que eu disse!!

Kanon obedece, assumindo a postura de combate. Sua postura é simples. O pé direito na frente, espaçado do esquerdo, que fica em um ângulo diagonal. Torso virado para a esquerda e os braços estendidos para baixo con a espada erguida apontando para a frente. Seu oponente assume uma postura alta, apontando a ponta da espada para o peito de Kanon.

Mestre Helkor - Começem!

O oponente ataca primeiro, mas Kanon deflete. Largando a espada com a mão esquerda e usando a espada, ainda segurada pela direita, empurra a espada do adversário para o lado e usa sua perna esquerda para chutar seu adversário, desestabilizando-o. O que se sucede é uma série de ataques consecutivos de Kanon, conforme ele ataca com a espada de cima. Seu adversário consegue apenas se proteger colocando a espada em bloqueio, mas cai ao chão. Com um golpe fulmegante, Kanon acerta a espada do seu caído adversário jogando-a para longe. Ele aponta a espada para a garganta de seu adversário.

Mestre Helkor - Muito bem...vocês dois, a vez de vocês.

Aluno#3 - Nós dois?

Mestre Helkor - Não, falei vocês dois por que estava falando com dois duendes imaginários! Vão logo.

Os dois se preparam. Kanon assume a mesma postura de antes, e espera pelo ataque de seus dois adversários. Os dois atacam juntos, presumidamente uma estratégia boa, porém as vezes as aparências enganam. Kanon se abaixa e rola para frente, passando por baixo dos dois ataques. Em seguida, um deles consegue se virar a tempo de atacar, o que força Kanon a bloquear o ataque com a espada. Antes que o outro faça o mesmo, Kanon chuta a parte de traz do joelho dele, fazendo-o perder o equilíbrio. Ele então empurra a espada do seu adversário e toma a ofensiva, forçando seu adversário a recuar. O outro se levanta, atacando Kanon, porém Kanon bloqueia e usa o momentum do impacto para ajuda-lo no movimento de outro ataque no primeiro. O segundo, frustrado que seu ataque tinha dado errado, tenta mais uma vez, desta vez, Kanon desvia passando por baixo do braço de seu atacante, e encosta a espada na costa de seu inimigo, derrotando-o.

Mestre Helkor - Bom, muito bom. Saiam daí vocês dois!

Aluno#? - Qualquer um consegue fazer isso!!

Mestre Helkor e Kanon procuram a fonte da voz, apenas para encontrar um jovem de cabelos ruivos e sorriso arrogante.

Kanon - Como disse?

Aluno#? - Falei que qualquer imbecil consegue fazer esses movimentos simplórios.

Kanon para por um segundo, organizando seus pensamentos.

Kanon - Welken não? Filho de Celben, o conde de Frenerk? Se está tão confiante por quê não saca sua espada de treino e sobe aqui?

Welken - Tudo bem.

Mestre Helkor - Kanon, não. Isso é inútil. Lhe ensinei sobre disciplina.

Como se Mestre Helkor não tivesse falado nada, os dois seguem.

Welken - Eu, diferente de vocês plebeus, treinei no sul com diversos mestres da esgrima. Seu movimento de espadachim não me surpreende.

Kanon - Pois venha, pois o farei engolir tuas palavras, ou as enfiarei goela abaixo.

Welken saca sua lâmina e se posiciona em uma pose exagerada, e Kanon a mesma postura de antes.

Mestre Helkor - Droga! Me escute seu imbecil! Se machucar o filho de um conde, será ruim para você!

Kanon - Não o machucarei mestre. Pelo menos não a pele. Apenas o ego.

Um sorriso sarcástico surge nos lábios de Kanon conforme ele e Welken começa a se mover em círculos, analisando um ao outro.

Welken falseia uma estocada, mas Kanon nem se mexe. Welken falseia um ataque pelo lado direito, Kanon não se move. Welken finalmente ataca, agora pela esquerda, e Kanon bloqueia sem dificuldade. Welken gira e se abaixa, atacando agora um ataque baixo pela direita quando abaixado. Kanon só move o pé direito para trás, desviando. Welken se gira, agora levantando, e atacando com uma estocada, verdadeira desta vez. Kanon deflete a espada, a empurrando-a para esquerda, aproveitando a abertura de seu inimigo, ele usa uma estocada, parando no peito de seu adversário, logo antes de fura-lo, e retrai sua espada de volta para sua pose de defesa.

Kanon - Seus movimentos são ineficientes. Bonitos, mas ineficientes.

Welken - Esse foi bom, eu admito, mas você compete com...ISSO?!

Welken ataca com um ataque exagerado, avançando para frente o máximo possível. Kanon desvia para o lado e põe sua espada no lado do pescoço de seu inimigo.

Kanon - O que dizia?

Welken grunhe de fúria, e então começa uma sequência de furiosos ataques. Kanon desvia e bloqueia todos com facilidade, até que Welken dá um passo longo demais, e então Kanon lhe dá uma rasteira, o derrubando no chão. A espada de Welken cai no chão a alguns metros dele, já ele, cai de cara no chão.

Diversos alunos em volta riem disfarçadamente enquanto o mestre Helkor se mexe para entre os dois combatentes.

Mestre Helkor - Tudo bem jovem Kanon, agora que já provou superioridade, pare com isso.

Kanon - Sinto muito mestre.

Kanon põe a espada de treino em seu lugar, na parede da sala.

Kanon - Welken.

Welken - O que?!

Kanon - Seu pai lhe escolheu péssimos professores.

Welken se contorce de raiva.

Welken - Pelo menos conheci meu pai, que escolheu um caminho de vida, filho de Kalkor! Diferente do seu pai, que escolheu morrer na mão de um dragão por uma promessa burra de fama!

Kanon cerra seus punhos.

Mestre Helkor - Não! Jovem Kanon, controle-se! Um verdadeiro guerreiro não perde seu controle! Kanon!

Kanon ignora o velho mestre e pula para cima de Welken com um poderoso soco, seguido de mais um e de outro, ambos de igual brutalidade. Ele segura a roupa de Welken e acerta mais um soco, neste ponto, Welken já estava desacordado, e Kanon só não acertou mais um soco porque os outros alunos e o mestre já estavam segurando Kanon, e antes de ser separado totalmente de Welken ele consegue acertar um chute no estômago dele.

Kanon - Me solta! Seus cães! Me soltem!

Mestre Helkor - Controle-se Kanon! Um soldado não se descontrola por raiva! Lembre-se da disciplina necessária para ter sucesso na vida que escolheu!

Kanon para de se debater, e os outros lentamente o largam.

Mestre Helkor - Neste estabelecimento não há espaço para tal descontrole! Essa foi a última vez! Vá embora!

Kanon - Mestre...

Mestre Helkor - Sem mestre seu verme! Esta é a nona vez que responde com violência por uma simples provocação de forma desproporcional.

Kanon - Desproporcional? Não é este o caminho do norte? Talvez o seu tempo no sul tenha lhe tirado do eixo velho. Agora vejo que realmente o melhor é partir, em vez de ser ensinado por um fraco.

Kanon segue para a saída, os outros alunos apenas saem do caminho dele. 

Mestre Helkor - Nunca vai se tornar um guarda assim!

Kanon para por um instante. Ele então segue seu caminho de cabeça erguida.

...

Cidade de Snowkeep, Reino de Nordren

Ruas de Snowkeep

14:59h

Um jovem de cabelos castanho-escuros vagava pela rua, chutando a neve com suas pernas finas.

Girmund - Irmão! Onde está indo? - se aproxima um jovem forte de cabelos ruivos.

Kieran - Para uma taverna Girmund. Para onde mais?

Girmund - Talvez para algum lugar onde possa realmente ser produtivo.

Kieran - Como uma arena cheia de espadas e assassinos? Não. Prefiro a taverna.

Girmund - Assim nunca terá a aprovação de nosso pai!

Kieran - Talvez seja este meu plano maninho.

Girmund - Você não entende ainda, mas ele apenas quer seu bem.

Kieran - Se ele quisesse, ele não teria matado nossa mãe.

Giemund - Ela o traiu! É o que a lei diz!

Kieran - Dane-se a lei! Dane-se o código do norte!

Girmund - Pare Kieran! Kieran!

Kieran corre, se aproveitando que seu irmão, por ser mais robusto e lento, não consegue o acompanhar na neve que atrapalha a movimentação nestas ruas.

...

Castelo Hylfall, Reino de Norden

Salão de estratégias

14:31

Cinco homens, um goliath e dois anões, todos vestidos de roupas caras e casacos grossos se encontram sentados em uma mesa circular.

Hellk - Por que nos chamou aqui Gormin? - fala um deles.

Drokbar - Tive que passar por uma tempestade para chegar aqui! Espero que seja importante.

Borivir - Cale a boca anão! Deixe que ele fale!

Drokbar - Ousa me desrespeitar seu verme!?

Borivir - Verme?!

Urkell - Acalmem-se! Deixem o rei falar!

Gormin - Sinto que Urkell esteja certo. Necessito de vossa atenção agora senhores Jarls (leia-se yaurl, ou quando estiver no plural, como agora, leia-se yaurls). Lhes convoquei pois meus espiões me disseram que os orcs estão formando uma coalisão mais uma vez.

Remirk - Mas isso é loucura! A última guerra acabou a pouco mais de dez anos, as forças militares deles devem estar quase totalmente destroçadas! Não há como eles proporem uma ameaça á nós!

Gormin - O mesmo vale para nós. Eles tem mais vilarejos, e mais homens. Todo jovem que puder lutar terá que se juntar ao exército, ou seremos esmagados. Senhores, peço que mobilizem as maiores tropas possíveis no mínimo de dias possíveis.

Katri - De certo meu rei.

Hellk - E se não tivermos exércitos o suficientes?

Gormin - Temos que manter a batalha longe das grandes cidades. Acampamos perto deste vilarejo - ele aponta para um ponto do mapa - a cordilheira da presa rachada será uma grande vantagem para nós, como fora nas outras cinco guerras órquicas. Também precisamos defender estes outros cinco pontos marcados no mapa. Aqui é Felruk. Nós mandaremos uma divisão menor, formada pelos exércitos do Duque Hullbaund e lorde Hellk mais seus respectivos vassalos, para que eles passem o deserto gelado e ataquem pelo outro lado, assegurando a vitória.

Drokbar - Quem lidera esta coalisão?

Gormin - Um jovem orc chamado Rogg'ar, filho de Kott'ar.

Borivir - hahaha! Ele quer ter o mesmo fim do pai!

Gormin - Não nos preciptemos.

Hukk - Cada jovem goliath pronto para lutar vai ser alistado, e lutará por você meu rei.

Dorkbar - O mesmo para nós anões!

Hellk - Por Nordren!

Todos batem no peito.

...

Vila Dyrök, Reino de Nordren

Taverna do Porco Zonzo

17:06

Hüllen - Kromer, cuida do balcão, eu vou pegar o carregamento lá atrás.

Kromer - Certo pai.

A porta abre, e, fugindo de uma nevasca, entra Kanon. Seu casaco branco coberto de neve.

Kromer - Kanon.

Kanon se move até o balcão, onde os dois apertam mãos firmemente.

Kanon - Kromer, arranje-me uma Rotska.

Kromer - Uma forte! Então, como vai o treinamento? - ele pega uma garrafa e uma grande caneca e começa a servi-la.

Kanon - Não muito bem.

Kromer - O que aconteceu?

Kanon - Abandonei o treinamento.

Kromer - Porque faria tal coisa? - ele termina de encher a caneca e entrega para Kanon.

Kanon - Nada que importe muito. O problema é que não poderei me tornar guarda. Talvez eu tente me tornar caçador.

Kromer - O que é que você faz para ser expulso por todo professor da região?

Kanon não responde, apenas bebendo da caneca.

Kromer - Lydia ficará irritada mais uma vez.

Kanon - A única pessoa que tinha o direito de controlar minhas ações além de mim era minha mãe. Me entrega mais um.

Kromer - Tá, mas depois que Lydia lhe repreender, eu não sei de nada.

Lydia - Não sabe de quê?

Kromer - Que susto!! É...Kanon que tinha saído nessa nevasca. Quando você entrou aqui?

Lydia - Eu ouvi um boato, e vim aqui, porque achei que Kanon estaria aqui, posso falar com ele?

Kromer - Tá... eu vou...servir aquele cara lá.

Kromer se afasta dos dois.

Lydia - Que história é essa?

Kanon - Eu...

Lydia - Você sabe que meu pai não vai aprova-lo se você não tiver um bom cargo como guarda!

Kanon - Eu sei!

Lydia - Mas como se tornará guarda se todo professor termina por expulsa-lo?

Kanon - Não irei.

Lydia - Eu sei que quer ser um aventureiro, mas se seguir este caminho, não ficaremos juntos jamais!

Kanon - Eu sei.

Lydia - Por que então faz isso?

Kanon - Eu prometo que ainda conseguirei ser um guarda. Mas preciso de tempo.

Lydia - Então use bem seu tempo, Kanon, pois á muitos pretendentes atrás de minha mão além de vós.

Ela vai embora.

Kanon - Espera! A tempestade....Ela já foi.

Kromer volta

Kromer - Parece que foi uma discussão acalorada.

Kanon - Realmente. - ele bebe toda a bebida de dentro da caneca com um único gole - Mais um.

...

Cidade de Snowkeep, Reino de Nordren

Quarto de Kieran, casa de Hellk Jormir

14:32h

21/05

Toc toc

Kieran - Entre. - ele põe a garrafa que bebia em uma prateleira que se encontra de seu lado.

Hellk Jormir, o pai de Kieran entra no quarto.

Kieran - Pai, quanto tempo. Vem criticar meu físico ou minha coragem hoje? Talvez minha porridez.

Hellk - Cansei de tentar fazê-lo mudar com palavras filho.

Kieran - Então o que trás aqui? Me colocará outro professor? Talvez desta vez, um que me ajude a praticar lanças.

Hellk - Espiões nas terras dos orcs dizem que eles formaram uma coalisão para destruir Nordren.

Kieran - Realmente parece algo perigoso, mas porque me fala isso pessoalmente? Poderia evitar o desprazer para ambas as partes.

Hellk agarra Kieran pela gola e o joga na parede.

Hellk - Veja como fala comigo seu pentelho maldito! Eu lhe abrigo, lhe dou suas inúteis bebidas e permito que coma da comida que meus servos fazem!

Kieran - Me dá este quarto mofado no porão. Me dá livros simples que já li dezenas de vezes. Não me permite nos banquetes. Pelo que vejo, não me parece o pai do ano.

Hellk - Cale-se. - ele larga Kieran - Não vim discutir desta vez, Kieran. Estou aqui para lhe informar. Como eu ia dizendo, uma guerra se aproxima entre nós cavalheiros de Nordren e os selvagens orcs. Todo jovem apto fisicamente será mandado para a frente. Você incluído.

Kieran - Apto. Você disse apto! Veja meus frágeis músculos pai! Diga que estou apto para o combate!

Hellk - Pois ficará. Irá para as distantes terras de Felruk no extremo norte.

Kieran - Extremo norte? Quer que eu marche até Felruk? Hahaha! Isso não passa de uma tentativa de me matar sem sujar as mãos! Por que não ordena minha morte de uma vez?

Hellk - Se continuar este desrespeito, talvez. - ele se direciona para a saída.

Kieran - Vai pro inferno!!!

A porta é fechada por Hellk saindo, o que deixa o grito de Kieran sem resposta.

...

Vila Dyrök, Reino de Nordren.

Ruas

12:03h

24/ 05

Anunciador# - Caham! Caham! Atenção cidadões! O duque irá se proclamar! Atenção! Atenção! O duque irá se proclamar!

Janelas abrem, pessoas saem de suas casas. Todos atentos no duque, que se encontrava cercado de outros nobres. Em meio a eles, Welken e seu pai Celben, o conde de Frenerk, Lydia e seu pai, Hulben. Kanon, na multidão se formando, os percebe, mas o mesmo não acontece em retorno.

Duque Hullbaund - Cidadões! Tenho notícias desanimadoras! Os temíveis orcs se prepararam para um avassalador ataque. 

Sussurros assustados começam a se espalhar.

Duque Hullbaund - Mas não temam! O rei Gormin liderará, junto dos outros lordes, um exército para enfrenta-los na passagem em meio a cordilheira da presa rachada.

Suspiros de alívio envoltam a multidão.

Duque Hullbaund - Infelizmente, nossos exércitos estão escassos graças as últimas guerras órquicas!

Cidadão#? - O que faremos então?

Duque Hullbaund - É sobre isso que vim falar. Nosso exército precisa de mais homens. Peço que todos que puderem lutar se alistem para o exército.

O população começa a pensar, sacudindo a cabeça e murmurando, aparentemente impulsionada para aceitar.

Duque Hullbaund - Aviso porém, que nosso exército não está partindo com o rei Gormin. Nós iremos para a região de Felruk, no deserto congelante para se encontrar com o exército de lorde Hellk para atacar os selvagens por trás.

Murmúrios desconfiados cobrem a população uma vez mais.

Duque Hullbaund - Nossa vitória é certa! Não há porque termos medo! Eles são simples selvagens! Brutos! Eles são lentos! Burros! Assim como nas outras cinco vezes que nos digladiamos com eles, venceremos, sem contar que, desta vez, eles estão enfraquecidos em números ainda mais que nós!

Mais uma vez, sussurros se tornam o som mais proeminente.

Kromer, do lado de Kanon, fala:

Kromer - Nossa. Eles realmente esperam que uma cidade pesqueira como essa vá ter alguém disposto a se alistar? A maioria das pessoas aqui é pescador. A única exceção é você, que bem, tem uma garota para agradar e jamais iria...

Kanon - Milorde! Eu estou dentro!

Kromer - Que?

Lydia arregala os olhos a distância.

Cidadão#? - Eu também.

Graças ao alistamento sem hesitação de Kanon, os outros moradores sentem um pouco mais de coragem para se alistarem, e vários começam a proclamar sua nova afiliação ao exército.

Kromer - Tá maluco Kanon? Felruk é a segunda região mais perigosa do mundo! Apenas acompanhada pelos Vulcões de Ferebos, o mar de Gargantua e os pântanos de Schlapt! Talvez até passe os desertos de Kachack!

Kanon - Eu sei.

Lydia corre em direção de Kanon, na perspectiva de seu pai que tenta agarra-la sem sucesso, desaparecendo na multidão. Ela chega até Kanon, lhe acertando um tapa.

Lydia - Você está maluco? Você não pode ir até lá!

Kanon - Eu estou fazendo isso por nós Lydia. Talvez se eu for na guerra e tenha destaque, me deixaram ficar com o cargo de guarda para que eu possa me casar com você.

Lydia - Eu sei quando mente Kanon! Quer isso por causa de teu sonho de grandeza! Esqueça esse sonho louco! Veja o destino de seu pai!

Kanon a ignora e segue para sua casa preparar as coisas para que possa partir, e ia empurrando a multidão.

Lydia começa a chorar e Kromer tenta acalma-la, mas de nada adianta.

Kanon parte para seu destino