Está Escrito nas Estrelas

POV: Baldur.

Antigo Bar da Amora.

No Mesmo Momento.

2017.

"Resumindo, temos uma irmã mais velha que vai causar o fim de todos os deuses e reinos." Perguntou Loki em choque, um estado que ele raramente mostra a ninguém, que estou curtindo bastante.

"Praticamente isso."

"Você sabe como isso é loucura? Como em nome da barba de Odin só uma deusa vai destruir toda Asgard!?"

Isso é uma pergunta válida, nos filmes, Hela é muito poderosa, o bastante para acabar com todo o exército de Asgard em segundos, mas esse feito na minha opinião é apenas roteiro, não estou negando que ela poderia fazer isso, mas não tão facilmente e rapidamente como mostrado.

Asgard possuiu mais que lanças, armaduras e barcos voadores, sua tecnologia foi criada para lutar contra deuses, então Hela, teria sim, um pouco de dificuldade com sua gama de poderes para realizar tal ato, infelizmente, esse não vai ser o Ragnarok dos filmes.

"Ela vai ser o estopim para uma série de eventos que são o Ragnarok, claro que ela também vai ter o papel principal em tudo."

Pela primeira vez, vejo Loki abalado bebendo em um só gole uma grande caneca de hidromel, que caio em grande quantidade pelos lados da sua boca.

"Tummm!"

"Temos que matar ela!" Decidiu ele batendo seu copo na mesa.

"E como vamos fazer isso?"

"Me de acesso a bifrost, vou até o reino em que ela está e a matarei enquanto dorme, pode contar comigo, você sabe o quão bom eu sou em matar irmãos."

"Você falhou em todas suas tentativas."

"Por que eu quis, dessa vez eu vou até o fim."

"Loki, você está falando em invadir o reino de Hela, atravessar um exército de bilhões de mortos até o castelo dela, aonde está uma mulher que detém um poder similar a Força Odin enquanto estiver no seu próprio reino."

Ele finalmente intendeu, e ficou calado, olhando para mim, processando a força de nossa inimiga.

Não é como se eu não tivesse pensando o mesmo, mas mesmo que eu invade-se o reino dela, e explodir uma série de estrelas nele, as chances de vitória seriam nulas. No máximo, o exército dela seria destruído, mas tenho certeza que o destino compensaria as coisas de alguma forma.

"Espere, quem mais sabe disso?"

"Nossos pais, eu e talvez Heimdall."

"Bom, eu ficaria ofendido se o idiota do nosso irmão soube-se antes de mim."

Thor não tive as visões como nos filmes, mas mesmo assim, duvido que ele consegue-se matar Sutur nessa realidade.

Demorou mais alguns copos para ele se acalmar e voltar ao personagem.

"Então, o que podemos fazer, qual é o plano?"

"Tomei algumas medidas e construiu alguns planos para lidar com tudo, mas não há certeza de vitória."

"Lidar? Não quero lidar, quero acabar, quero vencer."

"É por isso que você falharia se estive-se no meu lugar!"

"Explique."

"Não tem como vencer ou ganhar do Ragnarok Loki, ele já está escrito nas estrelas."

"Então por que fazer tantos planos se a derrota já é certa!" Gritou.

"O final pode estar esculpido em pedra, mas os detalhes de como vamos chegar nele não, assim como o que vem depois."

As fraquezas das tal faladas profecias, é que elas são muito pouco detalhadas, e isso é uma vantagem a se explorar, por exemplo: Um grande desastre cairá sobre a cidade!

Uma profecia poderosa, mas sem detalhes, uma pessoa pode supor que quando a cidade for destruída, todos nela vão morrer, só que isso não está escrito claramente nela, então a cidade pode cair e ser destruída, mas eu também posso a esvaziar antes que isso aconteça, evitando assim mortes e também não indo contra o destino, sem ir contra.

(Infelizmente, ir contra o destino apenas indiretamente não é uma opção aqui, assim que o Ragnarok acabar, e se sobrevivermos, ainda vou ter que lutar contra ele.)

"Isso não faz o menor sentido!" Loki, ainda está um pouco em pânico.

"Só estou dizendo meu irmão, que meu plano é muito arriscado, mas se tivermos sucesso, vamos conseguir nos reerguer."

"Estamos então entre destruição total, e a quase destruição total."

"Você finalmente intendeu."

"E Odin, ele deve ter criado algum plano para lidar com tudo também."

A algumas semanas atrás, visitei meu pai e tive uma conversa com ele. Como tinha pensando antes, ele sabia do meu conhecimento do Ragnarok eminente, e ele aprovou minhas ações, mas não quis saber os detalhes dos meus planos, dizendo que me conhecia muito bem, e que eu com certeza vou fazer o melhor para os reinos.

Foi estanho, foi só após perguntar se ele tinha algum plano ou iria fazer alguma ação que percebi o que estava acontecendo com ele.

"Nosso pai, Odin, não pode fazer nada para ir contra isso."

Esse com certeza foi o pico da tensão da noite. Nos dois conhecemos nosso pai muito bem, e o Pai de Todos não é um deus que só observa as coisas acontecerem sem fazer nada, Loki sabe muito bem disso, e agradeço-lhe por não perguntar mais, falar sobre esse assunto aqui não é seguro.

"Você precisa que eu faça algo?" Perguntou ele por fim.

Nunca duvidei que Loki fosse me ajudar, ele sempre faz, ou quase sempre.

"Tenho uma missão perfeita para alguém com seus dons únicos, irmão." Não posso evitar sorrir.

Tem uma coisa que só Loki pode fazer, e agora que sei que ele pode facilmente sair da prisão, vai facilitar as coisas, já que não preciso pedir sua libertação.

"Quem eu vou enganar?" Perguntou ele com um grande sorriso no rosto.

"Infelizmente, não temos espaço para enganação no momento, mas você vai precisar usas muito sua língua."

Contei para ele qual era sua missão, ele intendeu que não era algo fácil de se fazer, mas também gostou do desafio.

"Vou começar imediatamente, meses passam voando para nós." Diz ele se levantando.

"Espero notícias."

Loki sorri para mim e se teleporta para longe, me deixando só com a versão feminina do Thor dormindo no chão.

Foi uma boa noite, me divertir e também tirei um pouco do peso dos meus ombros falando o que estava acontecendo, agora preciso fazer o mesmo com meus outros dois irmãos, mas não essa semana, vou deixar que eles fiquem mais algum tempo em paz.

"Hora de ir para casa." Levanto-me, arrasto a Thor mulher e caminho para fora do bar, aonde meu fiel cavalo está me esperando para me levar para casa.

POV: Baldur.

Castelo Real de Genosha, Quarto do Rei.

Dois Meses Depois.

2017.

"Carol, vamos nos atrasar." Aviso mais uma vez.

"Só mais alguns minutos." Gritou ela do banheiro.

Estávamos prestes a ir para a coroação do novo rei de Wakanda, mas parece que vou perde esse evento por conta da demora da mãe do meu filho.

Inicialmente, não queria a levar comigo, mas após descobrir uma chance de "escapar" do meu reino, ela fez de tudo para me fazer concorda, e negar uma mulher gravida do seu único filho é uma tarefa impossível, então depois de alguma resistência, me rendi a sua vontade.

"Como vai à missão, Alice?" Sentado na cadeira de madeira que fica do lado da cama e na frente da escrivaninha, tento me acalmar um pouco.

{Tudo indo perfeitamente bem senhor, Stark e os outros estão mais confiantes ainda do sucesso.}

Finalmente, os gênios conseguiram pôr em prática o plano para energizar uma cidade inteira, se esse teste der certo, vamos delegar o trabalho para todo o mundo, assim acendendo a luz de novo, dando fim ao caos.

"Ele parou seus movimentos mesmo?" Ela sabe muito bem de quem estou perguntando.

{Suas tropas continuam fortalecendo suas novas fronteiras.}

Após conquistar Puternicstan, Symkaria, e pôr fim a Bulgária. Doom parou seus avanços e começou a digerir o que ele conquistou, firmando assim seu controle sobre suas novas terras e súditos.

Foi uma semana atrás que ele focou sua atenção nas fronteiras. Ele sabe que os efeitos do PEM estão prestes a sumir, então ele tomou ação mais inteligente para manter o que ele conquistou.

Puternicstan e Symkaria são países vizinhos do dele, mas a Bulgária é um assunto completamente diferente, com ela, Doom agora tem acesso mais fácil ao oceano, aonde ele já está desenvolvendo sua nova marinha.

As ações dele são claras, ele só está expandindo seu império, e não realizando algum plano para a dominação mundial, pelo menos não tão cedo, então deixamos ele fazer o que queria, tínhamos muita coisa para fazer antes, mas agora, ele tem toda minha atenção, pelo menos até o próximo ano.

"Alguma novidade das viúvas?"

{Elas continuam enviando relatos senhor, mas nenhum muito alarmante.}

Não é só os satélites de Genosha que me dão informações. Como o império dele cresceu tão rápido, mesmo sendo um gênio e tratando as terras de forma quase perfeita, Doom não pode evitar perder algumas pessoas a mais no imenso número de novos cidadãos que ele ganhou, alguns deles, são as irmãs da Natasha, que contratadas por mim, e sendo comandadas por Yelena, se infiltraram na Bulgária, para fazer o que eles foram treinadas para, espiar e coletar informações, e se preciso, assassinato. Claro que não sou idiota para dar uma ordem dessas, elas nunca teriam sucesso contra Doom.

"Pronto, estou pronta." Carol saio do banheiro.

(Finalmente.)

"Estou muito feia?" Perguntou ela insegura.

Carol está usando um longo vestido verde, com brincos e um colar dourados dados por mim.

"Você está magnifica."

Seu cabelo cresceu e sua barriga está cada vez maior, o que a deixou um pouco insegura sobre seu corpo.

É um pouco engraçado ver uma mulher com o nível de poder dela agindo dessa forma, claro que não sou idiota o bastante para rir dela ou fazer piada.

"Vamos voando?" Perguntou ela pegando sua bolsa.

"Não, vamos de portal, só temos meia-hora."

Como minha mãe não está no castelo, tendo que voltar para Asgard para lidar com alguns assuntos, Carol está mais relaxada, não que a presença da minha mãe fosse desconfortável, só que ter uma companhia constante sempre se preocupado com ela pode a deixar uma pessoa meio tensa.

"Devíamos convidar a Maria."

Enquanto andamos calmamente até o portal pessoal que fica no castelo, Carol e eu conversamos.

"Você sabe muito bem qual vai ser a resposta dela."

Ela e Hill acabaram ficando amigas, e ela se preocupa com o estado mental dela.

"Espere até as luzes estarem acessas, esse vai ser o melhor momento para salvar ela, até lá, já pedi para Alice ficar de olho na saúde dela, qualquer problema, médicos já estão de prontidão." Sugiro.

"Tudo bem."

Como ela é amiga da Carol, me dei esse pequeno trabalho.

"O general Nordur vai conosco?"

"Não, ele está ajudando a She-Hulk e o Logan a lidar com um pequeno vilão com poderes que apareceu no Canadá, e como Freyja está fazendo sua vistoria mensal do Homem-Aranha e sua pequena gangue, só nos vamos."

"Eles gostam de se chamar de resistência." Diz ela sorrindo.

"A quem em nome dos deuses eles estão resistindo? Esses adolescentes são realmente problemáticos."

"Você fala como um senhor de idade."

"Tenho mais de mil anos."

Como promete, ainda estou de olho em Peter, e ele está realmente fazendo um incrível trabalho, até mesmo melhor que a má companhia da Jéssica Jones, é assim que a Tia May a chama.

"Chegamos."

Abro a porta e vemos o portal solitário do castelo, diferente dos outros espalhados pela cidade, esse está totalmente desativado. Como ele está no coração da minha nação, por segurança, mantenho ele assim, apenas ligando ele usando minha própria energia, e como ele está travado nela, nenhuma outra fonte pode ligar esse portal.

Depois de ligar o portal e colocar a coordenadas, estendo minha mão para Carol.

"Vamos?"

Ela segura minha mão e me dá um sorriso, e nos dois atravessamos o portal.

Assim que ela sai do portal, ela para olhando para a vista da cidade.

"Bem-vinda a Birnin Bashenga, Carol." Divirto-me com o rosto de espanto dela.

Claro que já tinha falado para ela sobre Wakanda, mas ela nunca a viu, e duvido que ela acreditou que havia outro reino como Genosha na Terra.