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14. I'd be crazy if I did not kiss you.

— Eu quero mesmo te beijar.

— Isso é realmente sério? — questionou, desconfiada de Ema. — Na praia você não quis me beijar.

— É... Eu... — passou as mãos nos cachoa loiros, nervosa para conseguir explicar. — Eu não gostava muito de você...

— Isso mudou então?

— Sim. — A voz não passou de um sussurro.

— E por que mudou?

— Porque você não é quem eu pensava que era.

— Você me achava chata, irritante e mimada? — Audrey questionou, a polinésia mordeu o lábio inferior concordado. — Chata eu ainda sou, mas estou aprendendo a ser menos.

— Você não é... — Ema sussurrou, a negra se aproximou mais dela, que estava enrolada em sua coberta. — Você mudou... Talvez não... Você só me mostrou quem realmente era, sem mudanças, apenas se fez visível para mim. E eu gosto de como é. Te achava uma idiota, mas agora que te conheço um pouco.... Eu realmente gosto do que posso ver.

— Oh. — Audrey abaixou a cabeça em quase desespero. — Nunca me disseram coisas tão legais assim... Me desculpa não poder te beijar no momento. Eu não sou essa pessoa boa que você vê... Não ainda.

— Tudo bem. — Murmurou, sentindo vergonha.

— Não sinta vergonha, eu também gosto de você... Não sei o quanto, mas sinto um carinho enorme e sou tão feliz quando está por perto. — Audrey pegou as mãos de Ema, tentando lhe passar confiança. — E eu sei se você continuar por perto, posso ser uma pessoa melhor e fazer tudo dar certo...

— Você é tão boa com as palavras. — Ema elogiou, sussurrando. Ela poderia comparar a lábia de Audrey com a da mãe, mas sabia que não era uma comparação que a filha gostaria que fizesse. — Deveria ser premiada por me fazer iludir mais ainda.

— Ema... — Audrey sorriu, se inclinando para abraçá-la. — Eu vou ser uma advogada, preciso ser boa com as palavras.

— Quem precisar ser bom com as palavras são os poetas, não os advogados. Eles têm que ser bons com leis. — Ema brincou, ainda sentindo o corpo da mulher negra no seu.

— Você é cativante! Eu queria dizer isso há algum tempo. — Audrey sorriu até ao falar, afastando um pouco do corpo de Ema. — E queria te perguntar se podemos continuar sendo do mesmo jeito depois desse... Episódio?!

— Claro, Drey. — Ema sorriu para a negra que fez o mesmo. — Mas assim... É só curiosidade mesmo... Um dia talvez role uns beijos?!

Audrey riu, levantando da cama de Hika.

— Você é uma figura, Ema. — Sorriu, sentado na cama de Ema. — Eu seria louca se não te beijasse.

— Ok. — Ema se esforçou para sorrir, levantando da cama e erguendo os braços. — Só para saber você caiu na pegadinha da Griffin!

— O quê?! Isso tudo foi mentira?

— Esse foi basicamente meu teste para Hollywood! Quando a gente terminar o namoro, eu libero o vídeo na internet... — Ema se jogou na cama de Hika, o final foi sua melhor ideia na vida. Fingir que tudo tinha sido uma brincadeira.

— Eu não acredito... — Audrey enfiou a cabeça no travesseiro. — Eu não...

— Vou dormir, boa noite!

— Bela noite! — Ema foi irônica, mas Audrey não entendeu.

Andou pelo quarto e mexeu na escrivaninha por um tempo até que olhou para trás vendo Audrey dormir, indo fazer o mesmo, ou tentar. Considerando a possibilidade de ser a pessoa mais trouxa e babaca da terra.

*****

Os dias se seguiram e Ema tentava ao máximo não pensar no que tinha falado. Audrey não entendia (ou melhor, não deixou seu cérebro entender) o porquê das ações distantes de Ema.

— Nós devíamos tirar uma foto tipo casal de Tumblr.

— Somos casal de revista, querida.

— Certo. — Audrey concordou. — Você tem razão...

— É, eu tenho.

— Vocês duas... — Isa se aproximou, as duas estavam sentadas no sofá da recepção de um estúdio fotográfico. — Está na hora.

— Preparada para as fotos, EJ? — Audrey quase soltou um gritinho animado, ao se colocar de pé. — Você vai adorar!

— Ah, vou! — soltou irônica, seguindo a mulher negra. Isa vindo logo atrás das duas. — Até imagino.

— Você está tão chaaata! — murmurou, abraçando Ema pela cintura. — É TPM?

— Não, é NDSC!

— O quê? — Audrey questionou, fazendo uma cara engraçada, que Ema normalmente riria, normalmente não naquele dia. — O que é NDSC?

— Não é da sua conta.

— Mas eu queria saber o que é. — Audrey tentou convencê-la usando uma careta bonitinha.

— Meu Deus!

— Se liga! — Isa estralou os dedos para Audrey. — NDSC é o mesmo que não é da sua conta... Fica esperta, garota.

— Cala à boca, Isa! — Audrey revirou os olhos.

— As duas fiquem na de vocês. — Ema se irritou. — Estou com a cabeça explodindo.

— Então deveríamos ter desmarcado. — Audrey se preocupou, com a irritação da loira ao seu lado. — Se quiser podemos deixar para outra hora.

— Não, não é assim. — Ema retrucou. — As pessoas não podem desmarcar assim do nada, se eu quisesse desmarcar teria feito antes... As pessoas não podem ficar por conta de nós duas.

— Eu só estava preocupada. — Hamilton murmurou como uma criança perdida em algo. — Não precisa dar um sermão.

— Desculpa.

— Eu não sei o que está acontecendo com você...

— Eu sei. — Isa cantarolou, passando na frente das duas para entrar definitivamente no estúdio, onde tinham algumas pessoas esperando para os preparos antes das fotos.

— Ela não sabe de nada, Audrey, isso foi só uma provocação. — Ema se adiantou, pois sabia que Isa não teria paciência para as investidas de Audrey querendo saber o que tinha de errado consigo, mesmo que fosse óbvio para maioria.

— Certo. — Audrey murmurou com desconfiança. Elas entraram enfim, cumprimentando todos, o mais animadas que podiam representar estar.

Ema escolheu um chapéu para completar seu look, lembrando a Audrey quando Emeraude não tirava um quase igual da cabeça, todo lugar que ia estava com o mesmo.