O prefácio e A Queda

PREFÁCIO

Não se sabe ao certo quando e nem como, mas a vida surgiu no mundo, com uma raça de seres chamada de elfos. Ao longo do tempo essa raça evoluiu, cresceu e se expandiu pelo mundo até um dado momento que durante esse processo três outros tipos de seres se originaram dos elfos, três raças que a frente fora chamada de humanos, draconicos e os orcs. A concepção dessas tais raças é um mistério, algumas lendas dizem que elas se originaram de noites de prazer com seres de outro mundo, seres dos confins da terra ou até mesmo dragões, mas essas fontes são incertas, não demorou muito para que conflitos devidos suas diferenças começassem acontecer, os humanos por viverem muito pouco comparado aos elfos se proliferaram de forma rápida e constante aumentando seus números cada vez mais, conquistando assim, boa parte do mundo. As outras raças não gostaram nada dessa soberania numérica sob eles, pois sempre consideraram os humanos como a raça mais fraca e imperfeita.

O ano era 0.293 quando a grande guerra racial aconteceu, dizimando assim boa parte da raça draconiana que em menor número se escondeu nos confins da terra afim de se recuperarem e se protegerem, os orcs também tiveram baixas, mesmo assim não se acovardaram e conquistaram uma parte do mundo para chamar de seu território, já os elfos tiveram baixas bem severas, mas com a ajuda dos humanos conseguiram sobreviver e fundar seu reino próprio. Os humanos vitoriosos dessa guerra conquistaram boa parte do mundo, mesmo tendo baixas extremamente grandes não demorou muito para que recuperassem sua quantidade.

Ano 0.999, todos os reinos já organizados com suas próprias tecnologias e cultos místicos, alguns mantendo relações amigáveis com a outra raça já outros nem tanto, porém sem outra grande guerra acontecer, era um tempo de paz e um tempo de grandes guerreiros. Porém essa paz não se estendeu por muito tempo, já que outro tipo de espécie foi descoberto no mundo, não há como saber sua origem, mas mitos dizem que, se originaram do ódio gerado da antiga guerra, foram chamados de demônios devido a sua aparência extremamente agressiva e sua forma primitiva de agir.

Neste mesmo ano é dito que esses demônios começaram a atacar todas as raças, por conta disso esses mitos tratam-nos como uma força da natureza afim de subjugar aqueles que pisam sobre ela. Não demorou muito para outra grande guerra estourar e por ganância, cobiça e estupidez as raças se viraram uma contra as outras em guerra novamente, agora com outro vetor incluído na guerra, os demônios.

O ano era 0.1263 já faziam 264 anos que a guerra perdurava entre as raças, até então a guerra mais longa que se tem relato, as grandes nações percebendo a estupidez que veio se originando a partir do preconceito e da raiva um pelo outro estabeleceram um acordo de paz e união entre si afim de preservar as suas próprias raças e se unir contra os demônios, que até então vem destruindo todas as raças igualmente, se fortalecendo cada vez mais, ficando mais fortes, inteligentes e poderosos, é dito que esses seres tinham uma capacidade de evolução e aprendizado muito rápida.

Em algum ano subsequente a 0.1263, uma figura histórica que dizem que foi o fundador do culto, anos depois chamado de INTRA CARNEM, Melve Merlin um alquimista extremamente poderoso chamado por todos como o grande arqui-mago fez a descoberta que levaria a vitória contra as vis criaturas chamadas de demônios, Melve Merlin descobriu a força motriz dos demônios uma espécie de poder que o mesmo apelidou de Fonte de Caos, utilizando-se dessa fonte Merlin fez vários experimentos alquímicos, criando assim algumas armas a partir de fragmentos do caos, ao todo foram feitos 10 armas apelidadas mais tarde de Tesouros do caos, criou também, criaturas que poderiam ser usadas como exército, poupando assim a vida de vários integrantes de todas as raças. Porém essas criaturas criadas a partir dessa fonte de caos eram tão primitivas quanto os demônios, não eram tão fortes quanto eles, mais eram fáceis de reproduzir, fazendo assim uma grande quantidade que daria conta de alguns demônios. Merlin então teve sucesso em seu experimento onde ele conseguiu tomar controle racional de suas criaturas, não se sabe que métodos ele utilizou, mas o levou ao sucesso.

Ano 0.1282, enfim uma grande vitória por parte das nações unidas contra os demônios, Melve Merlin com sua criação apelidada por ele como daemones venatores (caçadores de demônios) que ao passar do tempo ficou conhecida apenas como venatores (caçadores) deu a grande vitória para as nações.

Logo após o ano 0.1282 o grande ano onde a vida venceu sob a morte, veio o ano que pelos historiadores é colocado como anos atuais, sendo mais preciso em 1.0073 onde o culto que se dizia ter originado por Melve Merlin INTRA CARNEM começa a cultuar uma deusa chamada Shiroi e demonizar outra entidade chamada de Kuroi onde diziam ser o responsável pela praga que quase destruiu o mundo, os demônios. Não se há registros sob essas tais divindades e nem como o culto tomou parte de sua existência, apenas se sabe que a partir daquele ano eles eram reais no mundo e os não crentes seriam caçados até a morte utilizando dos venatores para serem seus flagelos.

Ano 1.0983, a influência do culto INTRA CARNEM domina parte do mundo, tornando-o assim dividido em duas crenças, os crentes nas forças da luz e da bondade, Shiroi ou aqueles que creem nas forças das trevas e da morte, Kuroi. Neste mesmo ano Melve Merlin morre, não é dito como e nem o porquê de ele ter vivido tanto tempo já que era um humano. Com a morte de Merlin o segredo de como controlar as criaturas chamadas venatores morre com ele, o que se segue adiante é o mundo como conhecemos hoje, reinos separados por raças e crenças em dois deuses opostos, divididos por preconceitos sociais, raciais e religiosos.

O último evento histórico mais famoso que se tem conhecimento foi o extermínio de um clã chamado Obake por parte do culto INTRA CARNEM, aparentemente esse clã de alguma forma eram derivados dos demônios, como se de alguma forma os demônios tivessem evoluído ao ponto de disfarçar sua real natureza e força, e principalmente obter um intelecto pleno de uma raça não primitiva. É dito que o clã inteiro foi exterminado dando assim fim a tais criaturas vis que um dia quase destruíram o mundo.

O ano é 1.1112.

Documento assinado pelo sábio;

Hashira Saemma

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Vila Aurin

Frio, escuro, muito frio, muito escuro... eu não vejo, apenas preto... tudo é preto.

Uhhg... essas são minhas mãos, o que é isso, o que está acontecendo.

O ser que ali jazia sobre uma pilha de cinzas e corpos recobra sua consciência.

Ahnn é a Akane na minha frente... espera porque ela está chorando...

Uma voz ao longe grita em alerta

"Akane, se afaste dele rápido isso não é o Kaido !!!"

A garota continua ali em frente ao ser, em lagrimas constantes.

Aquele é o Akai e... são soldados atrás dele, espera são muitos soldados o que está acontecendo aqui, porque sinto meu corpo tão pesado... o que é isso saindo das minhas mãos e do meu corpo...

A garota que ali chora sob o ser indaga o mesmo.

"Kaido o que aconteceu aqui, o que aconteceu com você... o que é você ???"

O ser permanece ali inerte no colo da garota e aos poucos sua feição vai mudando de algo que antes colocava terror e tensão a todos ali, para um simples garoto, de repente toda aquela tenção e hostilidade que estava nos rostos de todos se transformou em dúvida e espanto, logo murmúrios de vários soldados é ouvido.

"Ahnn mais como isso é possível..."

"Será??? Será que ele é um deles..."

"Eles não existem mais... isso é impossível."

Logo se ouve em um tom bem alto e alarmante do homem que comanda as tropas.

"Homens prendam ele e o levem para o reino, faremos um julgamento hoje!"

O garoto confuso que antes jazia inerte sobre o colo da garota levanta e olha a sua volta comtemplando apenas destruição e corpos, muitos corpos já sem vida, em sua maioria cinzas e outros ainda inteiros, já alguns faltando partes de membros, o garoto novamente cai de joelhos quando se vira para trás, e depara com dois corpos, um homem adulto e uma jovem mulher.

Kaido então põe-se a chorar e gritar incessantemente.