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Kenjutsu do Kendo

-Seu avô não morreu em um acidente.

Haru: -aaa! – acorda no susto. –o que? Onde estou? – olhando para os lados.

Ele estava em um quarto simples, deitado em um futon, sua cabeça estava enfaixada, bem como seu dorso e braços, sentia uma leve dor de cabeça e confusão.

Haru: -o que aconteceu? – sente um cheiro de comida vindo do outro lado da porta. –Que cheiro é esse?

Se levantando, Haru meio cambaleante vai até a porta e abre, os raios de sol encadeiam ele por um momento, mas logo sua visão vislumbra o que acontecia ali.

-aaa Haru, enfim acordou meu garoto, vem senta ai, come um pastelzinho. – Um homem usando avental e chinelas estava sentado ao chão sorrindo.

Haru: -... – sentado à frente do homem sem entender o que estava acontecendo.

-Vamos não faça cerimônia, coma um pastelzinho de carne, está uma delícia. – Mostrando um pastel de carne.

Haru: -você é o tio do pastel...

Tio do pastel: -bom, sim que bom que se lembra, sua cabeça estava bem ferida quando lhe encontrei ontem.

O homem de avental e chinelas, usava um kimono longo na cor preta, com detalhes que círculos verdes representando ventos, seu cabelo era cinza, olhos verdes claro, pele parda.

Haru: -o que aconteceu? – olhando para aquele homem.

Tio do pastel: -falamos disso depois, vamos tomar nosso chá revigorante antes para aquecer o corpo. – entregando uma xícara de chá a Haru.

Haru: -eu não quero saber de porcaria de chá nenhuma, você me disse que meu avô não morreu em um acidente comum, então me falar o que foi aquilo! – jogando a xicara de chá para o lado de maneira bruta.

Tio do pastel: -pois bem...Kimi e Tora abaixem os cabos de vassoura. – olhando para trás de Haru.

Haru: -o que? – olhando para trás.

Havia duas crianças ali, uma era uma menina chamada Kimi e outro era um menino chamado Tora, ambos estavam empunha do o cabo de uma vassoura na direção de Haru.

Tora: -tem certeza? – o garoto tinha cabelos laranjas cortados rente a cabeça, usava uma regata branca com um tigre no meio, um calção vermelho e chinelas.

Kimi: -ele parece bem irritadinho para mim. - a garota tinha cabelos como chiquinhas, no tom lilás, usava uma saia rosa e uma blusa de alça branca com bonequinhos de palito nela.

Haru: -"quando eles chegaram, já estavam ai?" – pensou Haru já que não tinha visto eles ao entrar na sala.

Tio do pastel: -está tudo bem não, Haru, ele somente teve um momento de pânico, mas vai se acalmar agora, não é? Afinal é um kendoka pupilo de Yattamaru Sensei.

Haru: -sim... – volta a se sentar à mesa.

Tora: -tá.

Kimi: -que seja.

Tio do pastel: -muito bem, agora que toda essa pequena crise passou, voltemos aos pasteis, tem de carne, de frango, de lula, tem até de atum. – em um tom animado.

Haru: -vou ficar só com o chá mesmo. – pegando uma xicara.

Tio do pastel: -você deve estar se perguntado muita coisa não é. – terminado de beber o chá.

Haru: -sim... o que era aqueles ogros?

Tio do pastel: -seu avô lhe mostrou historias, não é? De monstros que eram derrotados por kendokas, o livro do kejutsu mostra bastante isso, destruição da raça humana, guerras e catástrofes.

Haru: -mas aquilo eram somente lendas...

Tio do pastel: -será que eram? Você lutou e derrotou um ogro ontem à noite, como explica isso?

Haru: -minha shinai...mudou...e quando percebi tinha matado ele... – olhando para baixo pensativo.

Tio do pastel: -exato, ensinamento Kenjustu Livro 1, capitulo 2, pagina 5: a liberação Kenjutsu ira surgir, quando o verdadeiro mal emergir, a força de vontade se abrir revelando aquele escolhido enfim.

Haru: -o que foi isso?

Tio do pastel: -seu avô não estava lhe ensinando kendo comum, ele estava lhe ensinando o kendo no kenjutsu, ele estava passando para você tudo que podia para que quando chegasse a hora de ogros emergir, a sua vontade iria abrir, revelando o seu kenjutsu.

Haru: -então meu avô...

Tio do pastel: -sim, ele lutou contra ogro por toda a sua vida.

Haru: -mas como isso é possível, como ninguém nunca viu, nem noticiou.

Tio do pastel: -é bem simples, o que todos chamam de calamidades, catástrofes, acidentes incomuns, terremotos, tsunamis, bombas nucleares... foi tudo causado por ogros.

Haru: -o que?

Tora: -ogros causam destruição e isso para aqueles que não conseguem vê-los é algo da natureza ou algo fruto de uma má sorte ou futilidades humanas.

Kimi: -mas na verdade são ogros, que vem a esse mundo, para se empanturrem de carne humana.

Tio do pastel: -os ogros existem desde os primórdios, eles vêm do falso mundo por meio de poços de zanzin, o primeiro kendoka a conseguir entender o funcionando deles e usar isso para matar ogros, Zanzin então criou as leis e o livros do kenjutsu, e deu o seu nome aos poços.

Haru: -poços?

Tio do pastel: -fendas entre o real mundo e falso mundo são criadas por meio de buracos na terra, na verdade até mesmo um bueiro aberto pode se torna um poço de zanzin, e eles usam esses meios para vir para esse mundo.

Haru: -mas se é assim, era só...

Tora: -só fechar os buracos? Até parece que seria tão fácil assim.

Kimi: -você tem ideia de quantos buracos na terra existem pelo mundo? Não somente feitos por humanos, mas também pela natureza, é algo normal, não tem como evitar.

Haru: -então aquele poço atrás do dojo...

Tio do pastel: -é um poço de zanzin.

Haru: -é muita informação... – com as mãos na cabeça. –foram aqueles dois que mataram meu avô? – olhando para o tio do pastel.

Tio do pastel: -não diga bobagens, seu avô era um faixa preta de alto grau no kendo no kenjustu, ele não seria morto por um ogro bestial ou um ogro grande como aqueles.

Haru: -ogro médio e ogro bestial, grande? Como assim?

Tora: -existe 4 classes de ogros: os bestiais são ogros sem chifre que assumem formas animalescas, os ogros grandes são ogros que possuem chifre, com um nível de poder bem maior que um bestial, sua forma de poder vem de seu chinfre, por isso destruído o chifre ele perdera os poderes.

Kimi: -existem os ogros calamidades, ogros enormes, que podem atingir o comprimento de edifícios, são chamados assim pois causam grandes estragos, seu nível é tão alto que a única forma de os matar é destruindo todo seu corpo, eles não têm chifre aparente.

Tio do pastel: -e por fim os ogros demônios, criaturas humanoides com vasto poder, mas possuem chifre, eles são mais perigosos que as calamidades pois podem facilmente se misturar. – olhando para Haru. –acredito que foi um dessa classe que matou seu avô.

Haru: -como você pode saber tanto sobre isso? – engolindo seco.

Tio do pastel: -não se preocupe, não sou um ogro demônio, sou um kendoka assim como você, fui treinado por seu avô, foi eu que o encontrei já morto naquela rodovia...mas antes que ele morresse ele pediu para ficar de olho em você, ele sabia que você tinha o talento e iria precisar de mim para ensinar o verdadeiro kendo que nasceu do kenjutsu.

Haru: -vovô...

Tio do pastel: -mas você liberou a sua transformação kenjutsu sozinho naquela noite, por sorte estava perto e senti o tempo mudar.

Haru: -espera ai...o que aconteceu com o dojo? E minha mãe? Essa não...que hora são? – com os olhos arregalados.

Tio do pastel: -relaxa, já cuidei de tudo. – sorrindo.

Depois da conversa, o tio do pastel leva Haru para casa.

-meu filho, graças a deus está bem. – abraçando Haru.

Haru: -mãe? – sem saber o que dizer.

-eu nem acredito que aquela tempestade quase te tira de mim, você não deveria sair assim a noite, foi muito perigoso e irresponsável.

Haru: -me desculpe...mãe. – abraçando ela de volta.

-mas está tudo bem agora, por sorte esse senhor passava na hora do raio e te socorreu, até se ofereceu para passar a noite com você enquanto eu cuidava da sua irmã.

Tio do pastel: -não tem de que, foi um prazer ajudar um cliente.

Haru: -pera, ela teve outra crise? – olhando para sua mãe.

-sim...

Haru tem uma irmã mais velha por parte de mãe, que tem problemas mentais e fica em um hospital psiquiátrico.

-Que bom que está em casa. – sorrindo. –mas nunca mais sai assim novamente, mesmo que veja o dojo queimando.

Haru: -queimando?

Na frente do dojo, Haru ver o que aconteceu.

Haru: -então foi essa a desculpa que você conseguiu?

Tio do pastel: foi o melhor que pude pensar, dado as circunstancias.

Haru: -você queimou o dojo todo... – irritado. –como é que vou treinar agora?

Tio do pastel: -não esquenta com isso, eu tenho um dojo em casa.

Haru: -an? – olhando para o homem observar algo. –o poço...

Tio do pastel: -pois é...

Haru: -porque meu avô teria isso?

Tio do pastel: -seu avô era um homem cheio de segredos...

Haru: -aposto que ele não era o único.

Tio do pastel: -olha que horas são. – olhando para o pulso.

Haru: -você nem relógio está usando.

Tio do pastel: -já está na minha hora, até depois! – sai correndo. –e lembre-se nada de contar sobre isso pra ninguém.

O garoto fica sem acreditar naquilo, mas se volta para o que restou do dojo e percebe uma shinai intacta no meio dos escombros.

Haru: -você foi a única coisa que restou... – pegando a shinai. –Irei usar tudo que aprendi para proteger seu legado, vovô.

Mais tarde já na escola, Haru encontra Lanna que estava chateada.

Lanna: -seu Haru, que ideia foi aquela de não atender a minha ligação...

Haru: -aaa Lanna... é que...

Lanna: -o que foi que aconteceu? – sem acredita no que via. –o que houve com seu corpo?

Haru: -o que tem meu corpo? – sem graça.

Haru sentia seu corpo diferente desde que lutou contra os ogros, seus músculos estavam mais fortes, sua estatura estava mais ereta, sentia uma força diferente fluir por todo ele.

Lanna: -como o que tem seu corpo, está todo machucado e enfaixado. – olhando ele de cima a baixo.

Haru: -aaa, é isso...eu meio que sofri um acidente no dojo ontem na hora da tempestade. – ficando de cabeça baixa. –o dojo foi tomado pelo fogo por causa de um relâmpago.

Lanna: -minha nossa, você está bem? Quer dizer...meu deus Haru. – abraçando Haru.

Haru: -... – sentindo o corpo dela aquecer o dele.

-Haru...o que aconteceu com você? – uma sombra enorme aparece sobre eles.

Lanna: -...

Haru: -foi, foi somente um acidente, Rayaka...

Rayaka: -foi somente isso mesmo? Pode dizer que seu amigão aqui pega os fedelhos que fizeram isso com você...

Haru: -não precisa, foi somente isso mesmo. – sem graça.

Rayaka: -se esta dizendo, vou roubar o dinheiro do lanche de uns otakus do terceiro ano. – Saindo pelo corredor.

Rayaka tinha pele parda, cabelos pretos enrolados, olhos castanhos, usava roupa da escola toda amassadas.

Lanna: -ainda me custa acreditar que vocês são amigos agora... – olhando o raaz amedrontar uns garotos. -Baoru o encrenqueiro mais cabeça dura do nono ano.

Haru: -pois é né...eu o ajudei a passar de ano e ficamos amigos.

(Lembranças)

Baoru Rayaka é um adolescente de 18 anos que repetiu o mesmo ano 3 vezes no ensino fundamental, até que Haru o ajudou com as atividades se tornando assim amigos.

Rayaka: -de hoje em diante vou ser seu amigo, e sempre que precisar é só chamar.

Haru: -tá, né.

(De volta)

Lanna: -mas foi somente isso mesmo que aconteceu ontem?

Haru: -... – fica sem saber o dizer pois contava tudo a Lanna desde o primário. –foi sim... – com o rosto retorcido.

Lanna: -hum... está bem então. – sorrindo. –que tal irmos tomar sorvete depois da aula?

Haru: -sim, combinado.

Lanna: -certo!

O dia logo passa, é chegada a hora de irem para casa, mas algo chama a atenção de Haru.

Lanna: -Haru você vem? – pegando sua bolsa.

Haru: -sim... mas antes tenho que ir ao banheiro. – olhando pela janela.

Lanna: -tudo bem, espero lá fora. – achando Haru meio estranho porem decide sair.

Haru então corre para o terraço da escola e avista algo pairando sobre um prédio perto dali aquilo tinha asas negras, um bico enorme e tamanho mediano, mas sem chifres.

Haru: -um ogro...

-olha só, parece que apareceu um mesmo, haha!

Um garoto trajando roupas da escola estava ali em cima junto com ele, mas nem o ver.

-ogro de merda, você já era! – pegando uma shinai da mochila. –kendo no kenjutsu!

O garoto de cabelos ruivos com mechas amarelas tem sua shinai de bambu transformada em uma de metal com cloração rubra, suas roupas tinham mudado para uma hakama e um kimono preto com listas vermelhas.

-Kamae no hi: -salamandra ardente! – disparando uma rajada de fogo contra o ogro que é morto em segundos pelas chamas após ser engolido por elas. –aff, esse era dos fracos...que droga, que bosta de ogro! – chutando o chão ver um assombra pero dele então ao olhar para o lado ver Haru. –eita...