{ 09/08/1992 - 11:55 }
Harry sentia seu estomago roncar enquanto enfim alcançara ao bairro da casa de seus parentes. Sua cabeça latejava de dor enquanto ele caminhava em meio ao mormaço do meio-dia. Transeuntes caminhavam por entre os dois lados da avenida movimentada, crianças saindo de suas escolas e indo para casa, adultos saindo de seus empregos para o horário de almoço e veículos se movimentando velozmente no centro disso, uma junção multicolorida de automóveis como fuscas eram aparentes por ali, mas o foco de Harry não parecia se focar em nada disso, somente se recordava de anos atrás quando conseguia almoçar por aqui e era para lá que estava se locomovendo.
O tempo parecia se passar velozmente, pouco notara quando entrara no estabelecimento sob olhares de terceiros, aos quais notavam seu estado de insolação e exaustão, era aparente que o mesmo não estava bem e se surpreendiam quando o viram colocar uma espada embainhada sob a mesa a qual se sentara, algo que estranhamente passara despercebido por todos até o momento, pouco notara o tempo passar quando foi atendido por uma loira sorridente a qual trajava um uniforme amarelo de avental vermelho, junto a um crachá a intitulando como Katy. Harry pedira um almoço completo e também uma jarra de água, porém isso sem se dar a devida atenção ao seu redor, preso totalmente em pensamentos, tanto passados quanto presentes, somente queria preencher essa sensação estranha a qual não estava acostumado, e isso começou com ele se alimentando, em seguida estudou seu eu atual e percebeu que precisava de um pouco mais de roupas, talvez comprar algo para ele que sempre sonhou em comprar quando tivesse sua independência, sim, isso com certeza iria ajudá-lo.
[ ... ]
Não ajudou.
Harry não sabia por que não ajudou, escutara quando estava em Hogwarts que pessoas se animavam quando saiam para as compras, e fizera isso... foi em direção a um Shopping, comprou roupas, acessórios, comeu doces, salgados, sorvetes, pizza e até parou para brincar nos jogos do parque de diversão, seguido de assistir a um filme recém-lançado no cinema, chamado: Dragon Ball Z: O Retorno dos Androides.
Se interessou muito pela premissa OP apresentado naquele personagem Son Goku, a qual evoluía seu poder numa transformação luminosa, como ele evoluía e ultrapassava limites para proteger aqueles a quem amava, quase como uma criança se animando euforicamente com algo incrível e único, mas que logo se esvaíra quando o filme terminara e viu como crianças e seus pais saiam do cinema animadamente brincando e rindo, enquanto ele somente pegava suas coisas e saia sozinho de lá, imerso novamente em como seus parentes agiram no dia anterior e notava finalmente que ninguém de sua família realmente o amava, e nem os culpava por isso... essa palavra e sentimento eram desconhecidos para Harry, somente sabiam que muitos sentiam isso, mas que ele nunca conseguiu em si receber de verdade algo do tipo.
Dessa forma, foi desse jeito que Harry enfim chegara ao anoitecer na Rua dos Alfeneiros - Nº04, e se dirigira silenciosamente para o armário embaixo das escadas no que ele deveria chamar de quarto, composto uma estante com produtos químicos de limpeza e caixas de veneno para ratos e pragas, ao qual ele deixara um soldadinho de brinquedo que roubara de Duda no passado, junto ao quarto ter uma pequena cômoda com um abajur e um coxão fino no chão, que uma estranha criatura se encontrava pulando animadamente.
Harry até pensara em agir como agira em Hogwarts, onde alguém de sua idade e conhecimento iria gritar com a visão no que era sua cama, mas somente olhou com emoção alguma aparente na face, vendo ali em sua cama a criaturinha pular animadamente feito uma criança, tinha grandes orelhas como a de um morcego e olhos esbugalhados e verdes do tamanho de bolas de tênis. Sua vestimenta, se poderia considerar isso uma roupa, era mais uma fronha encardida que servia para cobrir qualquer parte íntima e peitoral da criatura, com fendas para enfiar as pernas e os braços, mas o que confundira Harry levemente ao fazê-lo não agir hostilmente e fatiar a criatura com sua Excalibur embainhada a cintura, era o olhar da criaturinha, parecia que não era uma ameaça ou no mínimo que não estava ali para machucá-lo, onde foi assim que com um suspiro Harry arqueou uma das sobrancelhas e se recostara na pequena porta fechada atrás de si.
- Se divertindo, rapaz? - Harry indagou forçando um sorriso, ao qual se lembrará de usar muito em seu primeiro ano em Hogwarts ao redor daquelas crianças. Ao mesmo tempo, escutava seu primo Duda correndo escada abaixo e atendendo a porta.
- Posso guardar os seus casacos, Sr. e Sra. Fletchley? - Duda dissera aos visitantes e sentira bem quando após curtos segundos três figuras adentraram a residência, como se sua magia escaneasse cada um e os avaliava.
A criatura escorregou da cama e fez uma reverência tão exagerada que seu nariz, comprido e fino, encostou no tapete. Harry reparou que havia cicatrizes pela nuca da criatura e levemente se perguntou o que havia ocorrido:
- Harry Potter! - Exclamou a criatura com uma voz esganiçada que Harry teve certeza de que seria ouvida no corredor. - Há tanto tempo que Dobby quer o conhecer, meu senhor... É uma grande honra...
- Hm... tá bom. - Respondeu Harry sem emoção alguma, andando calmamente em direção a sua cama e colocando sua maleta engana trouxa, a qual continha tudo o que ele comprava, e principalmente suas filhotes, as quais dormiam nesse horário. - Quem é você?
- Dobby, meu senhor. Dobby, o elfo doméstico - Disse a criatura sorrindo amigavelmente.
- Pois bem, Dobby... não quero ser grosseiro nem nada, mas... não é muito oportuna a hora para ter um elfo doméstico no meu quarto, principalmente agora que meus parentes têm visitas de No-mag. - O elfo baixou a cabeça feito um filhote ferido. - Não que eu não esteja contente de conhecê-lo. - Acrescentou Harry depressa, onde se aproximara e tocara levemente o ombro de Dobby em consolação.
- Ah, claro, meu senhor. - Disse Dobby muito sério. - Com os No-mag não se preocupe, é notável uma criança mágica ali fora. - Dobby indicou a quem acabara de chegar pouco depois de Harry, fazendo o Potter fechar o semblante em desconfiança. - Dobby veio dizer ao senhor, meu senhor... é difícil, meu senhor... Dobby fica se perguntando por onde começar...
- Comece se sentando e me chamando de Harry, não senhor. - Disse Harry gentilmente, apontando para a cama. Seguido de ele abrir a maleta engana trouxa e com a mão dentro dela, acenar misteriosamente enquanto sentia um copo ser atraído direto para sua mão. - Não tenho nada especial a não ser o restante desse milk shake, se quiser.
Para seu horror, o elfo caiu no choro... um choro muito alto:
- S-sentar, se sentar e... - Chorou Dobby enquanto Harry se ajoelhava na sua altura e o fazia aceitar o milk shake. - Nunca... nunca na vida...
Harry pensou ter ouvido as vozes na sala de jantar hesitarem, mas pouco deu bola:
- Me desculpe. - Sussurrou Harry sem saber o que fazer. - Não quis ofendê-lo nem nada... porra... que que eu tô fazendo... - Harry balançou a cabeça sem saber como agir nessa situação.
- Ofender Dobby?! - Engasgou-se o elfo. Harry, tentando, ao mesmo tempo, fazer o elfo se calar e dar a impressão de consolá-lo, indicou ao elfo beber o milk shake, que ao fazer teve um brilho no olhar feito o de uma criança provando seu doce favorito. - Dobby escutou do pequeno mestre sobre sua grandeza, senhor... mas Dobby nunca foi convidado a se sentar por um bruxo... como um igual...
- Vai ver, você nunca encontrou muitos bruxos decentes. - Disse Harry para animá-lo.
Dobby sacudiu a cabeça. Depois, sem aviso, saltou da cama e começou a bater a cabeça furiosamente na parede, gritando: "Dobby mau! Dobby mau!"
- Não... que porra você está fazendo? - Harry sibilou, levantando-se depressa para puxar Dobby de volta para a cama.
- Dobby teve que se castigar, meu senhor. - Disse o elfo, que ficara ligeiramente vesgo. - Dobby quase falou mal da própria família, meu senhor...
- Sua família? - Harry indagou ao perceber que novamente a conversa na sala de jantar teve uma pausa abrupta, mas que seu foco agora era impedir o elfo de se auto espancar.
- A família de bruxos a que Dobby serve, meu senhor... Dobby é um elfo doméstico, obrigado a servir a uma casa e a uma família para sempre.
- E eles sabem que você está aqui? - Perguntou Harry curioso.
Dobby estremeceu:
- Ah, não senhor, não... Dobby terá que se castigar com a maior severidade por vir vê-lo, meu senhor. Dobby terá que prender as orelhas na porta do forno por causa disto. Se eles souberem, meu senhor.
- Mas eles não vão reparar se você prender as orelhas na porta do forno?
- Dobby dúvida, meu senhor. Dobby está sempre tendo que se castigar por alguma coisa, meu senhor. O mestre nem liga para Dobby, meu senhor. Às vezes me lembra de cumprir uns castigos a mais...
- Por que você não vai embora? Foge? - Harry indagou com certa hipocrisia, pois ele fugiu dessa casa no passado e olha ele de volta aqui.
- Um elfo doméstico tem que ser liberto, meu senhor. E a família nunca vai libertar Dobby... Dobby vai servir à família até morrer, meu senhor... - Harry ficou olhando o elfo querer se bater ainda mais, porém que parara rigidamente quando Harry se levantou e ele teve um ato de reflexo defensivo ao qual protegeu a cabeça, algo que Harry sabia bem vir de anos e anos de abuso físico.
- E eu achando que minha família era fodida. Isto faz os Dursley parecerem quase humanos. E ninguém pode ajudá-lo? Eu não posso? - Quase imediatamente Harry desejou não ter falado. Dobby desmanchou-se outra vez em guinchos de gratidão. - Por favor, fique quieto. Se os Dursley ouvirem alguma coisa, se souberem que você está aqui, nem eu sei como eles irão reagir, e aí eu não sei como vou reagir e pode dar muita merda, porradaria para tudo que é lado e sangue pelo chão, e a credo, não quero nem imaginar.
- Harry Potter pergunta se pode ajudar Dobby... Dobby ouviu falar de sua grandeza, senhor, mas de sua bondade Dobby nunca soube.
- Seja o que for que você ouviu sobre a minha grandeza, é tudo bobagem. Não sou nenhum nobre ou lorde como você tanto tenta me chamar de senhor... vamos conversar de igual aqui, pode ser? Sem gritaria e nem alarde para não atrair atenção indesejada. - Harry buscou entrar em um consenso enquanto por um curto período encarou as costas de Dobby e afiou o olhar para criatura sobrenatural que o elfo parecia não sentir, mas que Harry via presente ali.
- Harry Potter é humilde e modesto. - Disse Dobby, reverente, as órbitas dos olhos brilhando. - Harry Potter não fala de sua vitória sobre Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado...
- Voldemort? O que ele tem a haver? - Harry indagou estranhamente, fingindo não ver a criatura quando ela voou das costas do elfo, direto para frente de Harry, como se suspeitasse e murmurasse se ele estava a vendo.
Dobby cobriu as orelhas com as mãos e gemeu:
- Não fale o nome amaldiçoado, senhor! Não fale o nome dele! - Dobby olhou para todos os cantos, esperando que algum mal surgisse das paredes. - Só de ouvir o nome já posso sentir um mal ao redor.
- Desculpe. - Disse Harry depressa, notando agora que o elfo podia sentir a criatura caminhando pelo armário, mas diferente dele o elfo não podia enxergá-la. - Sei que muita gente não gosta de falar... então... que tal chamá-lo de Valdão das Trevas? - Harry riu quando o elfo arregalara ainda mais os olhos. - Não parece tão perigoso agora, não é?
Dobby curvou-se em direção a Harry, seus olhos redondos parecendo faróis:
- Dobby ouviu falar. - Comentou com voz rouca. - Que Harry Potter encontrou o Lorde das Trevas pela segunda vez, faz pouco tempo... que Harry Potter escapou novamente.
- Ah, sim... situação complicada, mas até que um exorcismo deu certo. - Harry explicou como se não fosse grande coisa, mas o olhar maravilhado do elfo parecia aparentar ser o contrário. Harry até mesmo visava agora excluir muitos suspeitos de quem era o mestre da criatura, pois agora não só era alguém ligado a Hogwarts, mas como também alguém ciente da Pedra Filosofal, ou no mínimo ciente que Voldemort estava infiltrado no castelo, mantendo os suspeitos dentro do corpo de funcionários, governadores e até mesmo Albus Dumbledore.
- Ah, meu senhor! - Exclamou, secando o rosto com a ponta da fronha suja que usava. - Harry Potter é valente e audacioso! Já enfrentou tantos perigos! Mas Dobby veio proteger Harry Potter, alertá-lo, mesmo que ele tenha que prender as orelhas na porta do forno depois... Harry Potter não deve voltar a Hogwarts. - Fez-se um silêncio interrompido apenas pelo tinido dos talheres armário afora e o reboar distante da voz do tio Válter.
- Como é? - Harry indagou agora se elevando de pé. - É claro que eu vou voltar a Hogwarts, o segundo ano começará logo, e só estou nessa casa por alguma sei lá, bondade ainda existente no meu coração em não ver meu primo machucado.
- Não, não, não. - Guinchou Dobby, sacudindo a cabeça com tanta força que as orelhas bateram e fizeram sons de tapa. - Harry Potter deve ficar onde está seguro. Ele é grande demais, bom demais, para perder. Se Harry Potter voltar a Hogwarts, vai encontrar um perigo mortal.
- Por quê? - Perguntou Harry afiando seu semblante, com o elfo doméstico não notando que o ar parecia ficar denso.
- Há uma trama, Harry Potter. Uma trama para fazer coisas terríveis acontecerem na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts este ano. - Sussurrou Dobby, tomado de repentina tremedeira. - Dobby sabe disso há meses, meu senhor. Harry Potter não deve se expor ao perigo. Ele é demasiado importante, meu senhor!
- Então, se você sabe de algum perigo a meses, porque não denunciou para a escola, claramente o diretor ou alguma direção deve poder tomar medidas contra isso.
- Não, não podem... não com o perigo vindo diretamente do corpo de governadores. - Dobby negou se levantando exasperado quase parecendo que iria impedir fisicamente Harry, ao qual agora não somente o ar parecia denso, como também sua própria sombra parecia se movimentar estranhamente mesmo enquanto ele se mantinha parado.
- Então seu mestre é alguém do corpo de governadores escolar, e pelo que sei... somente existem quatro desses com capacidade de comandar o castelo, tendo o diretor o único acima disso. - Harry murmurou enquanto caminhava pelo armário sob olhar horrorizado do elfo doméstico, a qual logo correu em direção a um abajur e buscava visar batê-lo contra sua própria cabeça. - Tire as mãos do abajur, senta nessa cama e explique isso direito, agora... Dobby. - Harry finalizou com autoridade na voz quando seus olhos reluziram de um verde fosco e sem vida, para um poderoso puro esmeralda que fizera a criatura pela primeira vez não sentir aquela sensação de conforto como a de um pai amoroso olhando seu filho, e sim mais um general comandando alguém de seu exército.
Dobby fez um barulho engraçado como se engasgasse e seguiu as ordens:
- Está bem! - Suspirou Harry, vendo que assustou o elfo. - Você não pode me dizer quem é seu mestre, isso eu entendi e já nem preciso mais de tanta ajuda para localizar quem é. Eu compreendo. Mas por que é que você está alertando a mim? Se seu mestre quer fazer algo maligno comigo, como você está desobedecendo à vontade dele e buscando me alertar? Pois convenhamos, para mim está mais parecendo que seu mestre está usando você para me levar a uma armadilha, então explique logo para que eu possa compreender o que há de tão perigoso no castelo esse ano.
- Mestre odeia o senhor com veemência... mas a outra mestre idolatra o senhor com base nos contos que recita todas as noites antes de dormir. - Harry escutou atentamente enquanto o elfo buscava não dizer exatamente quem era, mas que agora tinha mais evidências contra um suspeito em meio a quatro de Hogwarts, pois se sabe lá quem seja essa pessoa, alguém que conhecia os contos do Garoto-Que-Sobreviveu, do qual não queriam vê-lo machucado. - A mestre escutou que uma trama iria ocorrer no castelo, principalmente focado no senhor que se tornou alguém tão importante para o jovem mestre, e ordenou que eu o avisasse para que não voltasse mais. - Explicou o elfo com Harry agora sabendo que o filho dessa mestre foi alguém com quem Harry teve um contato no mínimo amigável.
- É... mas não é como se Hogwarts fosse o local mais seguro, isso com base em meu primeiro ano ter muitos perigos a solta e eu ter saído dessa vivo. Dobby, esse lugar não é legal, eu já fugi daqui e só retornei afim das alas de proteção serem mantidas em pé, não tem ninguém que me importa aqui, diferente de Hogwarts, onde tenho uma amiga que irá correr riscos tão grandes quanto eu se estiver lá.
- Amiga que nem escreve a Harry Potter no seu aniversário? - Perguntou Dobby manhoso.
- O quê? - Harry indagou, com o elfo guinchando quando o olhar de Harry, que antes reluzente em puro esmeralda, agora parecia a esclera branca obscurecer feito a de um demônio. - Como você sabe que eu não estava recebendo cartas de Hermione, quando somente meu gerente do banco sabia que o correio estava sendo interceptado?
Dobby arrastou os pés:
- Harry Potter não deve se zangar com Dobby. Dobby fez isso para ajudar...
- Você andou interceptando minhas cartas? - Harry indagou com agora sua sombra no chão e porta, parecendo se mover malignamente em direção ao elfo.
- Dobby está com elas aqui, meu senhor. - Respondeu o elfo. Saindo de fininho do alcance da sombra que se mexia no solo, ele estalou os dedos e um maço grosso de envelopes surgiu na palma de sua mão. Harry conseguiu distinguir a letra caprichosa de Jean no envelope, e outras cartas as quais recebeu a segunda via de Gringotes, notando agora como eram as cartas em um pergaminho enrolado em barbante e não parecendo datilografadas em uma folha branca num envelope.
Dobby piscou ansioso para Harry:
- Harry Potter não deve se zangar... Dobby tinha esperanças... se Harry Potter achasse que os amigos tinham esquecido dele... Harry Potter talvez não quisesse voltar à escola, meu senhor... - Harry não estava ouvindo. Tentou agarrar as cartas, mas Dobby saltou para longe do seu alcance com um giro no ar. - Harry Potter as receberá, meu senhor, se der a Dobby sua palavra de que não vai voltar a Hogwarts. Ah, meu senhor, este é um perigo que o senhor não deve enfrentar! Diga que não vai voltar, meu senhor!
- Não. - Respondeu Harry com o elfo notando como as sombras de Harry agora contornavam o solo, e pareciam prestes a investir em direção a sua própria sombra. - Entregue-me as cartas! E confie que não tem ninguém melhor nesse mundo que sabe mais como me defender, do que eu mesmo.
- Então Harry Potter não deixa a Dobby outra escolha. - Disse o elfo triste, seguido de um estalo duplo de suas mãos, tendo a porta abrindo com a iluminação do corredor impedindo a sombra do feiticeiro de alcançar ele, enquanto ele corria porta afora.
Da sala de jantar ele ouviu tio Válter dizer:
- Conte a Petúnia aquela história engraçada da gangue que tentou tomar seu negócio e como você respondeu a eles, Sr. Fletchley. Ela anda doida para ouvir...
Harry correu pelo corredor em direção à cozinha e viu como bem na porta da sala de jantar, Dobby arremessava seu bolo de cartas, as quais foram lançadas velozmente em direção à lareira. Nesse momento Harry parara na porta quando vira o elfo dar um último olhar tristonho a ele, e sumir antes de ser agarrado, acreditando realmente que Harry não teve acesso às cartas, bom, ao menos não as originais, mas que Gringotes o serviu bem quando entregara todas as cópias.
Só deixando agora um novo problema a se resolver, isso quando o que deveria ser uma reunião entediante na sala de jantar dos Dursley fora interrompida pelas cartas arremessadas e incineradas na lareira, como se fossem banhadas ao álcool causando um certo espetáculo de chamas, atraindo seis pares de olhos em sua direção.
A princípio, pareceu que tio Válter ia conseguir explicar a coisa toda enquanto seu rosto parecia se avermelhar feito um pimentão:
- É o nosso sobrinho delinquente... muito perturbado... ver estranhos o perturba, então nós o mantemos afastados de muitas pessoas. - Ele tangeu os Fletchley, levemente animados com a queima levemente explosiva na lareira, mas que se surpreenderam quando o filho reconheceu quem era ali.
- Harry? - Um menininho de cabelos escuros e penteado, trajando um terno social, indagou enquanto se levantava. Seus pais logo o reconheceram como sendo um dos colegas escolar de seu filho, as quais o menino parecia quase idolatrar em suas cartas, isso desde que nunca escutaram falar de nenhum outro Harry pelo filho.
- Hm? - Harry murmurou enquanto estudava seu rosto. - Ah, Justin Finch... aluno da Lufa-Lufa, eu acho. - Harry disse pensando consigo mesmo um pouco mais.
- Você se lembra! - O garotinho riu maravilhado enquanto corria pela sala e abraçava a Harry, em específico abraçava uma das pernas dele, já que a diferença de altura era tremenda.
- É claro... - Harry não comentou, mas era difícil não recordar de alguém que sempre o perseguia escondido pelo castelo junto a duas menininhas, uma ruiva e outra loira. - Então... - Harry não sabia como reagir ao abraço em sua perna, os pais da criança pareciam achar engraçado a cena, Duda mal o encarava, concentrado na televisão, e seus tios... enfim ele conseguira alguma reação vinda deles, e parecia que ambos cairiam desmaiados na sala de jantar. - O que tem para o jantar?
E com isso dou fim ao segundo capítulo da Changed Prophecy e a Câmara Secreta.
Espero que estejam gostando e não se esqueçam de comentar.
Deixarei logo abaixo a foto de cada personagem apresentado, então espero que torne tudo mais fluido para imaginarem as cenas.
Aguardo geral na seção de comentários, vocês são fera. XD
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Filme de Dragon Ball que Harry assistiu no cinema:
https://youtu.be/zBpWGmaCzo8
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Balconista Figurante (Katy):
https://i.pinimg.com/564x/58/76/c3/5876c32f43a65f5117d4021c50955da9.jpg
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Dobby, o Elfo Doméstico:
http://pm1.narvii.com/6395/36f95960fb58225ad3b955fe21afbd12f40b7866_00.jpg
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Justin Finch Fletchley:
https://i.pinimg.com/564x/3c/2c/4b/3c2c4bec91ce79274478d8a7215e892c.jpg
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Pai Fletchley:
https://i.pinimg.com/564x/a0/b1/9d/a0b19d0024d51a8f117cf945e316d280.jpg
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Mãe Fletchley:
https://i.pinimg.com/originals/4f/9a/1e/4f9a1e0aaf1be5e1d58e2df9644131bf.gif
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