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Harry Potter em Changed Prophecy & a Pedra Filosofal - Livro 01 -

Harry Potter, o-menino-que-sobreviveu! Após a derrota humilhante do Lorde das Trevas mais temido e poderoso das últimas eras, Voldemort, ou melhor, dizendo: aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Os bruxos acabaram por se reunir por todo o país oferecendo brindes e celebrações ao herói e salvador da guerra, Harry Potter, tal criança que teve a enorme dádiva de ricochetear um feitiço mortal vindo diretamente do lorde das trevas, um fato nunca antes feito. Tal dádiva havia deixado o usuário incapacitado ou até morto, o importante de tudo era que enfim estavam livres da era das trevas, livres do medo de serem pegos em uma guerra entre bruxos e comensais da morte. Todos festejavam alegremente e imaginavam que tal garoto cresceria forte e saudável como uma criança normal, o que ninguém sabia era que longe dali, Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore acabara de entregar tal criança a um lar de dor e sofrimento que o formularia em alguém nada imaginado por seus fás ou seus guardiões, fazendo assim as linhas que tecem o destino serem alteradas para algo nunca antes visto ou previsivelmente traçado. Fanfic já terminada e com continuação, chama-se: "Harry Potter em Changed Prophecy e a Feitiçaria Antiga. -Livro 02-".

zBloodDemon · Book&Literature
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O-Vinculo-Esmeralda. (PT-01)

Harry nunca conseguiria lembrar muito bem como conseguiu prestar seus exames enquanto esperava Voldemort irromper a qualquer instante pela porta, realmente memória fotográfica era mais uma capacidade de se lembrar de tudo aquilo que você leu, mas era mais como uma releitura em sua mente, e não um compreendimento do assunto. Contudo, os dias foram se passando lentamente e não havia dúvidas de que Fofo continuava vivo e bem seguro atrás da porta trancada.

Fazia um calor de rachar, principalmente na sala das provas escritas. Os alunos tinham recebido penas novas e especiais para fazê-las, previamente encantadas com um feitiço altí-cola.

Nada que deixara Harry em uma situação complicada, desde que o mesmo estudou arduamente e leu todos os livros possíveis junto a Hermione, a fim de ambos explorarem ao máximo sua vontade de aprender de tudo, com o diferencial dela se esforçando nas provas, e Harry tendo uma voz narrativa na sua mente a cada questão lida.

 

Houve exames práticos também. O Professor Flitwick os chamou à sala de aula, um a um, para verificar se conseguiam fazer um abacaxi sapatear na mesa. A Professora Minerva observou-os transformarem um camundongo em uma caixa de rapé e conferiu pontos pela beleza da caixa, e os descontou quando a caixa tinha bigodes. Snape deixou-os nervosos, bafejando em seu pescoço enquanto tentavam se lembrar como fazer a poção do esquecimento.

Harry fez o melhor que pôde, tentando ignorar as dores lacerantes que sentia na testa e que o incomodavam desde a ida a floresta. Nevílle achou que Harry estava com uma crise de nervos provocada pelos exames, porque Harry não conseguia dormir, mas a verdade é que seu antigo pesadelo o mantinha acordado, só que agora estava pior que nunca, pois havia nele uma figura encapuzada que pingava sangue de sua boca e rosnava grotescamente.

Talvez fosse porque eles não tinham visto o que Harry vira na floresta, ou porque não tinham cicatrizes amaldiçoadas que queimavam sua testa como se algo fosse irromper para fora dali.

O último exame foi de História da Magia. Uma hora respondendo a perguntas sobre velhos bruxos gagás que inventaram caldeirões auto mexíveis e estariam livres, livres por uma semana maravilhosa até saberem os resultados dos exames.

Quando o fantasma do Professor Binns mandou-os descansar as penas e enrolar os pergaminhos, Harry não pôde deixar de dar vivas mentalmente por finalmente essas provas terminarem, enquanto os outros festejavam eufóricos.

Isso tudo, pois o mesmo visava forçar seu auto estudo ao dobro em coisas derivadas, tanto matéria escolar imposta, quanto a criação de projeções e proteções mentais.

Harry sabia bem que nesse quesito ele era novato, e teve sorte de nunca ter olhado diretamente nos olhos de ninguém deste colégio.

Entendia que qualquer fonte de defesa dele seria fraca no início, isso em quesito força. Para aí surgir a ideia de algo que se interessava muito no mundo No-Maj, não era necessário criar uma fonte de defesa repleta de poder e enigmas mágicos que bruxos mais que estariam familiarizados, mas sim uma fonte de defesa voltada ao conhecimento No-mag, que com certeza seriam poucos dos bruxos que iria entender a complexidade de tal ato.

Nisso, estando há poucas semanas focado nas provas e criação deste mapa mental proteico, Harry enfim acalmara seus pensamentos e visava dar uma atenção a sua melhor amiga, que já vinha notando o mesmo completamente imerso em pensamentos, e parecia toda vez mais carente da atenção do mesmo.

Seja deitando em seu colo, ou se apoiando em seu ombro enquanto lia, e até seguindo o mesmo a todo canto de forma travessa.

 

 

- Foi muito mais fácil do que pensei. - Comentou Hermione, quando eles se reuniram aos numerosos alunos que saíam para os jardins ensolarados. - Eu nem precisava ter aprendido o Código de Conduta do lobisomem de 1637, nem a revolta de Elfric, o Ambicioso. - Hermione sempre gostava de repassar as provas depois, mas Ron disse que isso o fazia se sentir mal.

 

 

Assim, caminharam até o lago e se sentaram à sombra de uma árvore. Os gêmeos Weasley e Lino Jordan faziam cócegas nos tentáculos de uma lula gigante, que tomava sol na água mais rasa.

 

 

- Acabaram-se as revisões. - Suspirou Ron, contente, esticando-se na grama. - Você podia fazer uma cara mais alegre, Harry, temos uma semana inteira até descobrir se nos demos mal, não precisa se preocupar agora.

 

 

Harry esfregava a testa.

 

- Eu gostaria de saber o que significa isso! - Explodiu aborrecido. - Minha cicatriz não para de doer, já senti isso antes, mas nunca com tanta frequência. Nem mesmo minha mente parece compreender a complexidade desta forma derivada de magia para acalmar minha mente. - Harry continuará se lembrando de quando se concentrou em seu subconsciente, apenas para notar uma espécie de massa obscura, instável e extremamente poderosa que se ligava a sua mente, ligava não, era mais como se protegesse algo oculto lá dentro, como se tentasse impedir algo de fugir e manter sua inocência intacta.

 

 

- Procure Madam Pomfrey. - Sugeriu Hermione.

 

 

- Eu não estou doente... - Respondeu Harry. - Só não sei o que está havendo comigo, talvez algum remédio No-mag possa resolver.

 

 

Ron não conseguiu se preocupar, pois estava quente demais, e ele e Harry em si nos últimos dias só estavam se cumprimentando e nada mais.

 

 

- Harry, relaxe. Hermione tem razão, a Pedra está segura enquanto Dumbledore estiver por aqui. Em todo o caso, nunca encontramos nenhuma prova de que Snape tenha descoberto como passar por Fofo. Ele quase teve a perna arrancada uma vez, não vai tentar outra tão cedo. E Nevílle vai jogar Quadribol na equipe da Inglaterra antes que Hagrid traia Dumbledore.

 

 

Por mais que Harry escutasse o ruivo que nunca entendia ao que ele se referia, e só pensava que Harry estava nervoso a todo momento por não estar agindo como Herói, nada conseguia o livrar da sensação que o atormentava de que esquecera de fazer alguma coisa, algo importante. Quando tentou explicar o que sentia, Hermione disse:

 

- Isso são os exames. Acordei a noite passada e já tinha lido metade dos meus apontamentos sobre Transfiguração quando me lembrei que já tínhamos feito a prova.

 

 

Harry tinha certeza de que a sensação de inquietude não tinha nada a ver com os estudos. Acompanhou com os olhos uma coruja planar pelo céu azul em direção à escola, uma carta no bico.

Hagrid era o único que lhe mandava cartas. Hagrid jamais trairia Dumbledore. Hagrid jamais contaria a ninguém como passar por Fofo... Jamais..., mas... Harry não confiava facilmente, e se algo estava o ameaçando, então ele tinha que resolver e logo a fim de manter sua segurança firme e intacta.

Harry pôs-se de pé de um salto quando suas ideias se ligaram e sua mente deu um estalo como resposta de algo que ouvira antes, mas que nunca dera muito bola.

 

 

- Onde é que você está indo? - Perguntou Ron sonolento.

 

 

- Acabei de pensar em uma coisa. Tenho que ir.

 

 

- Por quê? - Ofegou Hermione, correndo para alcançá-lo. Não vendo motivos para ficar ali se Harry fosse embora.

 

 

- Você não acha um pouco estranho. - Disse Harry, subindo, às carreiras, a encosta gramada. - O que Rubeus mais quer na vida é um dragão, e aparece um estranho que por acaso tem ovos de dragão no bolso, quando isso é contra as leis dos feiticeiros? Pois Rubeus está frequentando algum local mal visto pela sociedade, ou algo foi bem arquitetado e que sorte encontrar logo Rubeus para querer apostar, não acha? Porque não percebi isto antes.

 

 

- Do que é que você está falando? - Perguntou Ron alcançando seus colegas, mas Harry andando a passos largos pelos jardins em direção à floresta, não respondeu.

 

 

Hagrid estava sentado em um cadeirão na frente da casa: tinha as pernas das calças e as mangas enroladas e descascava ervilhas em uma grande tigela.

 

 

Olá! - Disse, sorrindo. - Terminaram os exames? Têm tempo para um refresco?

 

 

- Temos, obrigado. - Disse Ron, mas Harry o interrompeu.

 

 

- Não, estamos com pressa, Rubeus, preciso lhe perguntar uma coisa. Sabe aquela noite que você ganhou o Norbert? Que cara tinha o estranho com quem você jogou cartas?

 

 

- Não lembro - Respondeu Hagrid, com displicência. - Ele não quis tirar a capa, mesmo depois que pedi...

 

 

Hagrid viu os três fazerem cara de espanto e ergueu as sobrancelhas em dúvida.

 

 

- Não é nada de mais, tem muita gente esquisita no PUB do povoado de Hogsmeade. Podia ser um vendedor de dragões, não podia? Nunca vi a cara dele, ele não tirou o capuz.

 

 

Harry se abaixou ao lado da tigela de ervilhas:

 

- O que foi que você conversou com ele, Rubeus? Chegou a mencionar Hogwarts?

 

 

- Talvez... - Disse Hagrid, franzindo a testa, tentando se lembrar de quando com certeza já estava embriagado, mas que não entregaria isso as crianças como se fosse um alcoólatra. - É... Ele me perguntou o que eu fazia e eu respondi que era guarda-caça aqui... Depois perguntou de que tipo de bichos eu cuidava... Então eu disse, e disse também que o que sempre quis ter foi um dragão... Então, não me lembro muito bem. Porque ele não parava de pagar bebidas para mim, deixa eu ver… ah, sim, então ele disse que tinha um ovo de dragão, e que podíamos disputá-lo num jogo de cartas se eu quisesse..., mas precisava ter certeza de que eu podia cuidar do bicho, não queria que ele fosse parar num asilo de velhos, entãorespondi que depois do Fofo, um dragão seria moleza.

 

 

- E ele pareceu interessado no Fofo? - Perguntou Harry, tentando manter a voz calma.

 

 

- Bom, pareceu. Quantos cachorros gigantes de três cabeças a pessoa encontra por aí, mesmo em Hogwarts? Então contei a ele que Fofo é uma doçura se a pessoa sabe como acalmá-la, é só tocar um pouco de música ou demonstrar uma lealdade por ela, ou suas funções que ela cai no sono o fornecendo permissão e consentimento de tocá-la enquanto está de guarda baixa. - Hagrid, de repente, fez cara de horrorizado. - Eu não devia ter-lhe dito isto! - Exclamou. - Esqueçam que eu disse isto! Ei, aonde é que vocês vão?

 

 

Harry, Ron e Hermione não se falaram até parar no saguão de entrada, que parecia muito frio e sombrio depois da caminhada pelos jardins.

 

 

- Temos de procurar Dumbledore. - Falou Ron. - Rubeus contou àquele estranho como passar por Fofo e quem estava debaixo daquela capa era Snape... deve ter sido fácil, depois que embebedou Rubeus. Só espero que Dumbledore acredite na gente. Onde é a sala de Dumbledore? - Ron continuará a tudo somente para Harry o segurar bruscamente pelo braço, impedindo de o mesmo abrir a boca à toa no corredor.

 

 

Eles olharam a toda volta, na esperança de ver uma placa apontando a direção certa. Nunca alguém lhes havia dito onde trabalhava Dumbledore, tampouco conheciam alguém que tivesse sido mandado à sala dele.

 

 

- Acho que teremos de... - Começou Harry, mas inesperadamente ouviram uma voz do outro lado do saguão.

 

 

- Que é que vocês estão fazendo aqui em cima? - Era a Professora Minerva Mcgonagall, carregando uma pilha de livros.

 

 

- Queremos ver o diretor Dumbledore. - Disse Hermione enchendo-se de coragem, pensaram Harry e Ron.

 

 

- Ver o Albus? - A Professora Minerva repetiu, como se isso fosse uma coisa muito suspeita para alguém querer fazer. - Por quê?

 

 

Hermione engoliu em seco:

"E agora?" - Era o que seu olhar determinava a Harry.

 

 

- É uma espécie de segredo de estado. - Disse Harry fingindo mistério, mas desejou na mesma hora que não tivesse dito, porque as narinas da Professora Minerva se alargaram e ela não achou graça alguma.

 

 

- Albus aparatou faz dez minutos. - Informou ela secamente. - Recebeu uma coruja urgente do Ministro da Magia e partiu em seguida para Londres.

 

 

- Ele saiu? - Exclamou Ron frenético. - E agora?

 

 

- Albus é um grande bruxo, Weasley, o tempo dele é muito solicitado.

 

 

- Mas é importante. - Harry ditou dessa vez.

 

 

- Alguma coisa que você tenha a dizer é mais importante do que o Ministro da Magia, Potter?

 

 

- Com certeza... quem liga para esse porco de merda. - Disse Harry, mandando a cautela às favas. - Professora... É sobre a Pedra Filosofal de Nicolau Flamel.

 

 

Seja o que for que a Professora Minerva esperava, certamente não era isso. Os livros que levava despencaram dos seus braços, mas ela não os apanhou.

 

 

- Como vocês sabem? - Deixou escapar encarando os cantos ao redor dela.

 

 

- Professora, acho... que Qui... - Harry quase deixou expor, para só assim ele se corrigir. - Que alguém vai tentar roubar a pedra.

 

 

Ela o olhou com uma mescla de choque e desconfiança.

 

 

- O Professor Dumbledore volta amanhã. - Disse finalmente. - Não sei como descobriu sobre a Pedra, mas fique tranquilo, não é possível ninguém a roubar, está muitíssimo bem protegida.

 

 

- Minerva, eu... só fique de olho em Quirrell.

 

 

- Potter! Não acuse os outros sem provas. - Curvou-se e recolheu os livros caídos. - Sugiro que vocês voltem para fora e aproveitem o sol. - E assim saiu depressa, mas com um claro foco para onde estava indo, pois podia não acreditar em crianças intrometidas em coisas que não eram da conta delas, mas em algo tão sério, qualquer coisa era motivo de investigação.

 

E ouvindo sobre como Harry falou o nome de Quirrell, fora o fato de Albus ter parado de focar nos funcionários em geral e passar a estar de total guarda fechada perto do professor de DCAT, fez Minerva sentir um frio na barriga.

 

 

Mas as crianças não voltaram. Quando saíram de perto dela, logo debateram:

 

- É hoje à noite. - Disse Harry, quando teve certeza de que a Professora Minerva não estava mais por perto. - Quirrell vai entrar no alçapão hoje à noite. Ele já descobriu tudo o que precisa e agora tirou Dumbledore do caminho. Foi ele quem mandou aquela carta, aposto que o Ministro da Magia vai levar um choque quando Dumbledore aparecer.

 

 

- É o Snape, Harry... só alguém da Sonserina faria isso.

 

- Use a cabeça Ron e não preconceitos mesquinhos de uma sociedade de merda, todas às vezes que suspeitamos de algo, era o Quirrell quem estava por perto, olhe ao redor e não apenas a seu preconceito para com a Sonserina. Quirrell não é nenhum bobinho. - Harry respondeu já irritado com essa rixa toda do ruivo com a Sonserina, cobras ou qualquer coisa relacionada casa.

 

 

- Mas o que podemos... - Hermione perdeu a fala. Harry e Ron se viraram, Snape estava parado ali.

 

 

- Boa tarde. - Disse com suavidade com os mais jovens o encarando e Harry o analisando. - Vocês não deviam estar dentro do castelo num dia como este. - Falou com um sorriso estranho e torto.

 

 

- Bom, o que posso fazer... - Começou Harry, sem fazer ideia do que ia dizer, mas logo um sorriso surgiu em sua face. - Gosto de fazer cosplay de vampiro igual você, sabe... perambulando em masmorras com essa capa ondulante, na verdade, quando é que vai me ensinar o feitiço para deixar minha capa assim?

 

 

- Insolente como o pai, Potter. - Severus retrucou bufando, mas com um leve riso oculto para ele. - Andando por aqui assim, as pessoas vão pensar que estão armando alguma coisa. E Grifinória realmente não pode se dar ao luxo de perder mais nenhum ponto, não é mesmo? Principalmente você Potter, que ameaça a chance de quatro casas ao mesmo tempo.

 

 

Harry corou, Mas logo disse:

 

- Mas, se esquece que também sou eu quem mais adquire pontos quando Hogwarts nunca chegou a essa estimativa... principalmente para quatro casas, vamos lá! Logo, logo eu dou um passeio lá pela Sonserina, seria ótimo explorar minhas amizades além das casas e quebrar esse preconceito bobo e sem sentido. - Harry dizia a tudo sob olhar minucioso do professor. Que para surpresa de Harry, notara que o mesmo nunca o olhara diretamente nos olhos desde o primeiro jantar em Hogwarts.

 

 

Viraram-se para sair, mas Snape os chamou de volta:

 

- E fique avisado, Potter, não importa suas notas, desempenho em classe e muitos menos seus pontos adquiridos, se ficar perambulando outra vez à noite, vou providenciar pessoalmente para ser expulso. Bom dia para vocês. - Dito tudo, o professor enfim saiu em direção à sala de professores. Lá fora, nos degraus de pedra, Harry virou-se para os outros.

 

 

- Certo, isto é o que vamos fazer. - Cochichou com urgência. - Um de nós tem que ficar de olho no Snape, esperar do lado de fora da sala de professores e segui-lo se ele sair. Isso, pois com certeza Quirrell estará perto dele, e não podemos nos dar ao luxo de sermos detido pelo Snape. Hermione é melhor você fazer isso.

 

 

- Por que eu?

 

 

- É óbvio! - Disse Ron. - Você pode fingir que está esperando pelo Professor Flitwick sabe, como é, Ah, Professor Flitwick. Estou tão preocupada, acho que errei a questão catorze b... - Terminou Rony fazendo voz de falsete.

 

 

- Ah, cala a boca. - Disse Hermione, mas concordou em vigiar Snape.

 

 

- E é melhor ficarmos no corredor do terceiro andar. - Disse Harry a Ron.

 

 

[ ... ]

Porém, aquela parte do plano não funcionou. Assim que chegaram à porta que separava Fofo do resto da escola, a Professora Minerva apareceu de novo, e desta vez desnorteou-se.

 

 

- Suponho que você ache que é mais difícil alguém passar por você do que por um pacote de feitiços!? - Esbravejou. - Chega de bobagens! E se eu souber que vocês voltaram aqui outra vez, vou descontar mais cinquenta pontos de todas as casas! É, Weasley, também descontarei pontos da minha própria casa se continuarem nessa bobagem.

 

 

Harry, e Ron voltaram à sala comunal. Harry acabara de dizer: "pelo menos Hermione está na cola de Snape", quando o retrato da Mulher Gorda se abriu e Hermione entrou.

 

 

- Sinto muito, Harry. - Lamentou-se buscando se abraçar a Harry quando se sentara no colo dele. - Snape saiu e me perguntou o que eu estava fazendo, então disse que estava esperando Flitwick, e Snape foi buscá-lo, tive que cair fora, não sei aonde ele foi.

 

 

- Bom, então acabou-se, não é? - Disse Harry. Os outros dois olharam para ele. Estava pálido e seus olhos brilhavam.

 

 

- Vou sair daqui hoje à noite e vou tentar apanhar a Pedra primeiro.

 

 

- Você ficou maluco! - Exclamou Ron.

 

 

- Você não pode! - Disse Hermione. - Depois do que a Professora Minerva e Snape disseram? Vai ser expulso!

 

 

- E daí!? - Gritou Harry para choque de ambos, que viam outra imagem nele. - Vocês não percebem? Se tudo continuar assim, Voldemort não só voltará, mas como irá ser praticamente imortal, se não for imortal por completo.

 

- Até parece que deixarei o desgraçado que matou os meus pais ter seus planos concretizados dessa forma. Perder pontos não importa mais, vocês não entendem? Acham que ele vai deixar vocês e suas famílias em paz, e Grifinória ganhar o campeonato das casas?

 

- Se eu for pego antes de conseguir a Pedra, bem, vou ter que voltar para os Dursley e esperar Voldemort me encontrar lá. E só uma questão de morrer agora onde gosto, ou morrer mais tarde no inferno! Vou entrar naquele alçapão hoje à noite e nada que vocês dois disserem vai me impedir. - E olhou zangado para eles onde buscava formular qualquer estratégia.

 

 

- Você tem razão, Harry. - Disse Hermione, com uma vozinha fraca.

 

 

- Vou usar a capa da invisibilidade, e tentar passar pelo Fofo, ela pode ser mansa quando não ameaçada, ao menos irei deixar claro que não quero abdicar-me de nada da Pedra, mas sim impedir que outra pessoa o faça.

 

 

- Mas ela dá para esconder nós três? - Perguntou Ron. - E se o cão lhe atacar por não acreditar?

 

 

- Nós três?

 

 

- Ah, corta essa, Harry. Você não acha que vamos deixar você ir sozinho em uma aventura? - Ron disse confiante de que enfim a glória estava próxima.

 

 

- Claro que não. - Disse Hermione com energia. - Como acha que vai chegar à Pedra sem nós? E melhor eu dar uma olhada nos meus livros, talvez encontre alguma coisa útil.

 

 

- Mas se formos pegos, vocês dois vão ser expulsos também.

 

 

- Não se eu puder evitar. - Disse Hermione séria. - Flitwick me disse em segredo que tirei nota máxima no exame. Não vão me expulsar depois disso.

 

 

Depois do jantar os três se sentaram, nervosos, a um canto do salão comunal. Ninguém os incomodou, afinal nenhum aluno de Grifinória tinha mais nada a dizer a Harry. Esta era a primeira noite que isto não o incomodava. Hermione folheava seus apontamentos, esperando encontrar um dos feitiços que queriam anular. Harry e Ron não falavam muito. Pensavam no que estavam prestes a fazer.

A sala foi-se esvaziando, à medida que as pessoas iam se deitar.

 

 

- É melhor apanhar a capa. - Murmurou Ron, quando Lino Jordan finalmente saiu, se espreguiçando e bocejando. Harry correu até o dormitório às escuras. Puxou a capa e então seus olhos bateram na flauta que Hagrid lhe dera no Natal.

 

 

Harry até pensara em algumas coisas relacionadas a Fofo, tendo por esse motivo ele abrindo sua maleta engana trouxa, ele pensara em colocar o cérbero ali dentro, porém isso o entregaria.

Nisso, quando desistira de tal ideia, antes de fechar sua maleta, uma pequena fênix voara maleta afora e bicara carinhosamente seu nariz.

 

 

- Oi, garota. - Harry murmurou a ela que soltara um pio alegre e baixo enquanto via a mesma planar sob suas mãos. - Muito bem, as coisas a partir de agora serão um pouco agitadas, então me prometa, se a coisa complicar ou eu cair sem indício de reação para acordar... me prometa que irá sair de perto de mim e fugir castelo afora até que possamos nos encontrar em algum local seguro ou que você possa estar livre sem mim.

 

- Sei que parece maluquice, mas não quero que encontrem você e a tirem-na de mim... tudo bem? - Perguntando como se a mesma entendesse, somente para Harry se surpreender com ela acenando afirmativamente com a cabeça e seus incríveis olhos esmeralda idênticos ao dele.

 

- Muito bem, aqui, se aconchegue neste bolso... estará segura e confortável. - Harry ditou abrindo o bolso direito de seu sobretudo que a permitia permanecer perfeitamente ali dentro.

 

Nisso, enfim ele correu de volta ao salão comunal da Grifinória.

 

- É melhor vestirmos a capa aqui para ter certeza de que cobre nós três se Filch vir os pés da gente andando sozinhos.

 

 

- O que vocês estão fazendo? - Perguntou uma voz a um canto da sala. Nevílle saiu de trás de uma poltrona, agarrando o sapo dele, que parecia ter feito uma nova tentativa para ganhar a liberdade.

 

 

O garoto rechonchudo, demonstrava em sua face um olhar que somente Harry vira. Sabia bem como ele agia não estando em multidões, e agora as coisas poderiam talvez se complicar.

 

 

- Nada, Nevílle, nada. - Respondeu Harry, escondendo depressa a capa às costas.

 

 

Nevílle olhou bem para aquelas caras cheias de culpa:

 

- Vocês vão sair outra vez.

 

 

- Não, não, não. - Disse Hermione. - Não vamos, não. Por que você não vai se deitar, Nevílle?

 

 

Harry olhou para o relógio de parede junto à porta. Não podiam se dar ao luxo de perder muito tempo, Quirrell talvez estivesse naquele instante mesmo tentando passar por Fofo.

 

 

- Vocês não podem sair! - Disse Nevílle. - Vocês vão ser pegos outra vez. Grifinória vai ficar ainda mais enrolada. - Ele continuará devido ao ocorrido da última vez que Harry e Hermione foram pegos.

 

 

- Você não compreende. - Disse Ron, se irritando. - Isto é importante.

 

 

Mas Nevílle estava claramente tomando coragem para fazer alguma coisa desesperada:

 

- Não vou deixar vocês irem. - Disse, correndo a se postar diante do buraco do retrato. - Eu... Eu vou brigar com vocês.

 

 

- Nevílle. - Explodiu Ron, com a sensação de a noite dele ser estragada pelo rapaz. - Se afaste desse buraco e não banque o idiota. - Ron esbravejara apontando sua varinha para o rosto dele, algo que Harry não gostara e nada enquanto andava a frente, sob olhar presunçoso de Ron.

 

 

- Não me chame de idiota! Acho que você não devia estar desrespeitando mais regulamentos! E foi você quem me disse para enfrentar as pessoas.

 

 

- Foi, mas não nós. - Respondeu Ron exasperado. - Nevílle, você não sabe o que está fazendo. - Ele deu um passo à frente junto a Harry e Nevílle largou Trevor, o sapo, que desapareceu de vista.

 

 

- Vem, então, tenta me bater! - Disse Nevílle, erguendo os punhos. - Estou esperando! Ou acha que tenho medo de você.

 

 

Harry, que estava vendo Ron começar a giras sua varinha, imediatamente a segurou bruscamente enquanto tomava da mão do ruivo, sob protesto do mesmo.

Terminando de caminhar até o garotinho rechonchudo, Harry rapidamente o encarara de cima enquanto via o mesmo apertar os punhos sem um pingo de medo do que fazia.

Algo que somente Harry pode sorrir em resposta, pois realmente gostava de como seu amigo era mais ativo longe dos outros, diferente do covarde e fraco que todos achavam.

 

 

- Escute Nevílle, você é meu amigo, e não quero mentir para você. - Harry iniciou. - Algumas coisas sérias estão acontecendo, e acredito fielmente que um dos professores de nossa escola está sendo possuído por um fragmento de Voldemort. - Vendo a face surpresa do garotinho, Potter logo continuou.

 

- Isso mesmo! O mesmo desgraçado que matou meus pais, que ordenou seus comensais a torturarem seus pais até a insanidade, e que fez centenas de merda atrás da outra antes de nós nascermos. - Harry que explicava, mostrava que não brincava no momento e que até a dor de citar tais coisas era aparente em sua voz.

 

- E agora um dos professores mais covardes de nossa escola, carrega sua alma, e está em busca da Pedra Filosofal que se situa escondida no terceiro andar. Queria poder dizer mais, porém estamos sem tempo, o que iremos fazer é irmos até lá e ao menos tentar impedir tais coisas de ocorrerem até o diretor retornar ao castelo.

 

 

Vendo o olhar pensativo de Nevílle, que formulava a tudo que escutava, Harry fez prontamente o pedido:

 

- Escolha! Vem com a gente, nos ajude a impedir que a Pedra Filosofal caia em mãos erradas, ou ao menos continue aqui, mas saiba que do mesmo modo que irei impedir quaisquer planos de Voldemort em voltar a sua ascensão, gostaria de ver você fazendo justiça para com seus pais.

 

- O que me diz? - Harry por fim indagou indo até a saída do dormitório enquanto o encarava.

 

 

Notando Hermione se agarrar a seu braço enquanto a capa cobria a eles, deixando apenas suas cabeças de fora, Ron se meteu no meio com apenas espaço para mais uma pessoa.

 

 

- Eu vou! - Nevílle disse com determinação, sob revirar os olhos de Ron. - Mas mantenha o Weasley preso na coleira, do contrário eu realmente vou arrebentar a cara dele por apontar uma varinha quando claramente estou desarmado. - Ele continuou sob riso de Harry, que com certeza gostaria muito de ver isto.

 

Pouco ligando para a indignação de Ron, Harry logo os cobriu por completo, enquanto saiam do dormitório e caminhavam porem minuciosamente sem enrolar na direção que os destina.

 

 

[ ... ]

Ao pé do primeiro lance de escada, encontraram Madame Norra, esquivando-se sorrateira quase no alto.

 

- Ah, vamos dar um pontapé nela, só desta vez. - Cochichou Ron no ouvido de Harry, mas Harry balançou a cabeça negativamente. Enquanto subiam contornando cautelosamente a gata, Madame Norra virou os olhos de lanterna para eles, mas não fez nada.

Não encontraram mais ninguém até chegarem à escada para o terceiro andar. O Pirraça se balançava a meio caminho, soltando a passadeira para as pessoas tropeçarem.

 

 

- Quem está aí? - Perguntou de repente quando se aproximaram. E apertou os olhos negros e malvados. - Sei que está aí, mesmo que não consiga vê-lo. Você é um vampiro, um fantasma ou um estudante nojento? - E ergueu-se no ar e flutuou, tentando ver alguém.

 

- Eu devia chamar o Filch, eu devia, se alguma coisa está andando por aí invisível.

 

 

Bolando alguma ideia sobre o que fazer contra Pirraça, Harry prontamente pode escutar uma voz muito conhecida vindo das sombras.

 

 

- Pirraça! - Disse a voz feminina e atrativa da monitora chefe de Hogwarts. - O barão Sangrento tem suas razões para andar invisível e esconder sua verdadeira voz. - Pirraça quase caiu, em choque. Recuperou-se a tempo e saiu planando a trinta centímetros dos degraus.

 

 

- Desculpe, Sua Sanguinidade, Sr. Barão, cavalheiro. - Disse o poltergeist. - Falha minha, falha minha, não o vi, claro que não, o senhor está invisível e com voz diferente. Perdoe o velho Pirraça essa piadinha, cavalheiro.

 

 

- Tenho negócios a tratar aqui, Pirraça. - Cochichou a voz. - Fique longe deste lugar por hoje à noite.

 

 

- Vou ficar, cavalheiro, pode ter certeza de que vou ficar. - Prometeu o Pirraça, erguendo-se no ar outra vez. - Espero que os seus negócios corram bem, Barão, não vou perturbá-lo. - E, partiu ligeirinho escadas abaixo.

 

 

- Genial, Harry! - Cochichou Ron, realmente acreditando que foi algum truque dele.

 

 

- Não fui eu, idiota. - Harry murmurou, o repreendendo por expor seu nome logo ali.

 

 

Alguns segundos depois, a capa em que estavam escondidos, rapidamente fora atraída para longe deles pelas mãos ágeis da garota do sétimo ano.

Seus cabelos arroxeados, feições presunçosas e um certo olhar esverdeado e sarcástico em direção ao Potter eram predominantes.

Estavam lá, no corredor do terceiro andar, podiam ver a porta já entreaberta, com mais um obstáculo à frente.

 

 

Nynphadora... é sério, logo agora? - Harry indagou indignado, sob riso dela.

 

 

- Ah, meu querido amante... Sabe que não pode me enganar! Nossa ligação o impede de tal, ao menos fui capaz de sentir que algo o afligia. - Ela murmurou dessa vez para não atraírem atenção.

 

 

Com seus amigos indo para o lado, ela prontamente se aproximara dele, e para surpresa dos outros três presentes, ela simplesmente o beijou de uma forma que só viram em seus pais ou adultos.

 

 

- Harry! Quem é essa Nynphadora? - Ron indagou, só para receber um olhar mortal da mesma.

 

 

- Não me chame de Nynphadora! - Ela ditara seriamente com seus cabelos se tornando vermelhos para ainda mais espanto geral.

 

 

- Mas... o Harry. - Ron disse sem saber como se explicar.

 

 

- Harry pode me chamar do que quiser! Mas? O que um grupo de primeiranistas fazem aqui no terceiro andar, por acaso querem uma morte longa e dolorosa como Dumbledore os informou?

 

 

- Galera! Essa aqui é Nynphadora Tonks..., mas é melhor que a chamem somente de Tonks, do contrário o próprio Cérbero ali dentro parecerá um filhotinho perto do que ela pode fazer. - Harry explicou sorrindo, recebendo mais um beijo sob olhar questionador de Hermione e timidez de Neville.

 

 

- Mas, Harry... como conhece a monitora chefe? - Hermione indagou seriamente de forma exigente, pouco sabendo o porquê.

 

 

Bom... - Harry iniciou pensativamente enquanto se recordava de tempos atrás. - , tudo começou quando tive um choque de realidade dessa sociedade.

 

Parte 02 no próximo Capítulo devido ao limite de palavras da postagem do capítulo.