De fato, o relato de Katrina era surpreendente, mas eu ainda tentava entender onde Dean Jensen se encaixava nisso tudo. Mesmo após a prisão do Sr. Di Santos, nenhuma ligação entre eles foi revelada. O interessante era que, se Dean não conhecia Cole, quem ligou para Katrina naquela noite?
Perguntei sobre a suposta "NOM", mencionada durante o interrogatório, mas, nesse momento, Katrina saiu do WhatsApp e me deixou sem resposta por três dias. Quando finalmente reapareceu, numa quinta-feira, pediu para eu acompanhá-la a um local. No entanto, a mensagem veio de um número diferente, e sua conta original estava offline. O motivo de sua aparição dias depois foi não só pelo fato de sermos namorados, mas porque ela queria que eu a acompanhasse para levar seu cachorro para passear na praça. Não recusei, mas ainda pensava na estranha atitude que ela teve comigo antes.
Nos encontramos por volta das 10h, perto de uma lanchonete. Katrina estava mais bela do que nunca, com seus lindos olhos castanhos e um novo vestido "wrap dress curto". Seu cabelo tinha mechas loiras que destacavam recém-hidratadas. Ao me ver, ela me deu um beijo e pediu desculpas por ter sumido; seu celular estava no conserto e ficaria pronto naquela tarde. Nos encontramos na sombra debaixo de uma árvore conversando, o aroma fresco daquele momento pairando no ar. Ela sorriu, os olhos castanhos brilhando como pedras preciosas sob o sol da manhã. O vestido "wrap" abraçava suas curvas, e as mechas verdes em seu cabelo pareciam capturar os raios de luz. Eu não conseguia desviar o olhar Então ela diz, o seguinte:
Katrina: (rindo) Henry, você já viu um esquilo tentando roubar uma batata frita? É a coisa mais engraçada que já presenciei!
Henry: (sorrindo) Não posso dizer que já vi, mas adoraria! Como foi?
Katrina: Bem, estávamos no parque outro dia, e eu estava comendo minhas batatinhas. De repente, esse esquilo apareceu do nada, olhou para mim com aqueles olhinhos brilhantes e... puf! Pegou uma batata frita e saiu correndo como se estivesse roubando um tesouro! Foi hilário!
Henry: (rindo) Imagino a cena! E o que você fez?
Katrina: Eu ri tanto que quase engasguei! E depois, claro, compartilhei o resto das batatinhas com o esquilo. Ele mereceu!
Henry: Você é incrível, Katrina. Sempre encontra alegria nas pequenas coisas.
Katrina: A vida é mais divertida assim, não acha? Agora, me conte, qual é a coisa mais engraçada que já aconteceu com você?
E assim, entre risadas e histórias, criando memórias que durariam para sempre, desde que não houve intervenção através de um toque em seu celular. Perguntei de quem era o número que havia me chamado, e ela respondeu que era dos pais dela, prometendo que eu os conheceria em breve. Ela mencionou que seu pai estava ansioso para me conhecer.
Durante o passeio, perguntei novamente sobre a "Nova Ordem Mundial". Katrina ficou irritada e disse: "Meu Deus, Henry! De novo com esse assunto? Você não se cansa? Isso aconteceu no passado e acabou. Será que não podemos passar esta manhã como um casal normal, levando nosso cachorro para passear?" Respondi que entendia e que não perguntaria mais nada.
Fiquei triste ao ser chamado de estranho pela minha própria namorada. Decidi ir para casa, deixando Katrina sozinha, embora ela implorasse e chorasse pedindo para eu ficar. Quando estava prestes a atravessar a rua, ouvi gritos vindo da praça e corri de volta. Vi um homem tentando agarrar Katrina à força. Intervi e derrubei o sujeito, mas logo 12 policiais apontaram suas armas para mim, mandando-me soltar o suspeito.
Depois de soltar o homem, fui acusado de tentativa de feminicídio e agressão policial. Perplexo, perguntei como isso era possível, e um policial respondeu que o homem que eu estava prestes a matar era um dos deles e tinha relatado que eu tentei matar Katrina. Fui algemado, enquanto a multidão que testemunhou o ocorrido nada fez para ajudar.
Na delegacia, fui levado para uma cela. Lá, compreendi como Dean Jensen se sentia, preso como um animal. Tentei me controlar e mergulhei no meu subconsciente. Encontrei um indivíduo na escuridão que me disse: "Olá, Henry! Agora cuidarei de você. Serei aquele a quem recorrerá para resolver seus problemas." Perguntei quem ele era, mas ele apenas riu, lançou correntes sobre meu corpo e disse que se chamava Dominik, prometendo que nos encontraríamos novamente. As correntes me expulsaram do meu subconsciente, causando falta de ar e dor no peito.
Com essas questões em mente, me perguntei como sairia da prisão, qual seria a reação dos meus avós ao me verem lá, se deveria dar um tempo no relacionamento com Katrina e investigar a "Nova Ordem Mundial" por conta própria. Mas o que mais me apavorava era descobrir quem era Dominik, como ele entrou no meu subconsciente e quais eram seus planos para mim.