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Capítulo 21: A Erosão da Essência Cósmica

A cada momento que passava, os poderes de Kael enfraqueciam, como estrelas que perdem seu brilho antes de se apagar. A energia cósmica que fluía através dele, outrora uma fonte inesgotável, estava agora se esvaindo como areia escorrendo por entre os dedos.

Com a decadência de seus poderes, uma erosão invisível começava a atingir a essência de Kael. Seus sentimentos, antes como estrelas que iluminavam seu ser, agora se dissipavam na vastidão do vazio cósmico. Era como se a fonte da vida dentro dele estivesse sendo sorvida pela própria escuridão que enfrentava.

O vazio que o assolava não era apenas a ausência de emoções, mas a perda gradual de conexão com a própria existência. Os sentidos de Kael, que antes vibravam em harmonia com o cosmo, agora estavam obscurecidos, como estrelas encobertas por nuvens negras.

A visão de Kael, outrora capaz de captar as nuances da energia estelar, agora via apenas sombras. Seus ouvidos, que uma vez se sintonizavam com a melodia cósmica, agora percebiam apenas um silêncio inquietante. A pele que antes vibrava com a energia estelar agora parecia fria e insensível.

A fonte da vida dele, entrelaçada com os poderes cósmicos, estava desaparecendo. A cada respiração, Kael sentia o esvaziamento de sua própria essência, como se a luz interior estivesse sendo apagada, deixando para trás uma escuridão fria e impiedosa.

O vazio não era apenas uma ausência de sentimentos; era uma ausência de ser. Kael, um ser cósmico que uma vez dançara nas estrelas, agora enfrentava a iminência de se tornar uma sombra de sua antiga grandiosidade. A batalha contra as criaturas descontroladas não apenas comprometia o destino da Terra, mas também corroía o próprio núcleo de Kael.

Enquanto o vazio o consumia, Kael compreendia que sua existência era um delicado equilíbrio entre a luz e a escuridão. A batalha não era apenas física, mas uma luta pela preservação de sua própria essência cósmica. Cada momento que persistia na resistência contra as criaturas era um passo mais próximo da completa dissolução.

Contudo, mesmo diante da perspectiva sombria, uma centelha de determinação resplandecia dentro de Kael. A última faísca de sua luz interior resistia, como uma estrela solitária no firmamento. A escolha entre sucumbir ao vazio ou lutar pela sobrevivência cósmica tornava-se uma dança delicada entre o desespero e a esperança.