Capítulo 18: O Destino Dos Silveres

Capítulo 18: O Destino Dos Silveres

"Jovem mestre... os seus pais foram mortos..."

— Respondeu Merco, em tremenda comoção.

Tobias não conseguia crer no que acabou de ouvir.

'Mortos? Não... isso só pode ser mentira, eles não estão mortos...'

— Pensou ele, e em seguida estalou a língua.

"Droga!"

Um ódio repentino o cegou, e suas emoções ficaram cada vez mais difíceis de controlar.

'Sinto um peso no meu coração... Stephan, essas emoções são suas, não é?'

Aflito, Tobias perguntou a Merco:

"O que você disse, é verdade?"

"Sim, jovem mestre... eles morreram há sete anos atrás."

"Hah! Por que foram mortos?!"

— Redarguiu Tobias, indignado.

"Infelizmente, uma acusação de traição ao reino foi descoberta, e uma carta de execução chegou para o recém-formado viscondado de Liria"

— Explicou Merco...

"Rapidamente atraindo muitas atenções, Teodório II, seu pai, estava na mira dos barões e nobres de altas patentes. E para lidar com o novo visconde influente, os barões e outros nobres acusaram os Silveres de estar conspirando contra a corte real."

Naquela época, eu estava junto do chefe e da viscondessa. Amargurado em raiva, eu vi eles serem depostos de seus esforços"

Narrou em seguida, Merco, recordando aquele incidente:

"Por favor, Marques Rudig! Eu peço ao senhor que, pelo menos em troca de minha vida, deixe que meu filho seja herdeiro do pequeno baronato de Liris!"

— Expressou Teodório em lamento.

Abatida, sua esposa também pediu o mesmo desejo que seu marido.

"Grande Marques Rudig! Também serei a favor do pedido de meu marido, como perdão ao Reino de Enortia, nós daremos nossas vidas..."

Olhando para a beleza de sua esposa, Teodório emocionou-se e clamou novamente que poupassem o baronato de Liris.

"Por favor, Marques! Eu lhe imploro!"

Logo, ele ajoelhou-se diante de Rudig, e todos os nobres presentes naquela reunião de julgamento, desprezaram os Silveres com expressões de nojo em suas faces.

'Coitados... os dois não passam de vermes tentando rastejar pelos nossos pés!'

— Pensou a maioria dos presentes.

Segurando o choro, o ex-jovem Merco só pôde ver seus senhores serem humilhados no injusto julgamento que os aguardava, ele ponderou em melancolia:

'Me perdoe, chefe... eu não posso fazer nada pelo senhor e a madame...'

Com o palco formado, e mais de 30 nobres demônios testemunhando o evento, as palavras do Marques Rudig ecoaram pela conferência.

"OUÇAM BEM!!"

Os cochichos cessaram perante a voz que se ergueu.

"Através da autoridade que a vossa majestade concedeu-me para lidar com este assunto, eu propus que este julgamento fosse contemplado em conferência! Então, com todos que reuniram-se aqui, eu, Marques Rudig de Vert, decreto que os Silveres do viscondado de Liria, perderam seus títulos!"

— A plateia e os nobres aplaudiram imediatamente e riram entre si.

"PORÉM!!"

"Liris permanecerá sob o domínio de seus precedentes! Como sinal de respeito aos ancestrais da casa de Silveres, que marcaram sua importância no reino de Enortia!"

...

Ninguém ousou expressar sua própria opinião na presença do Marques Rudig.

Então, o discurso terminou com as últimas encenações.

"Mas... com as provas em iminência, eu declaro hoje! Que os atuais mandatários de Liria, serão executados!"

Em apenas um gesto, Rudig encerrou a reunião.