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Capítulo 3 - O Silencioso

Enquanto nosso Nagaro está paralisado.

Em uma cidade longe da floresta.

Em uma guilda de aventureiros próxima ao centro da cidade.

Muitos aventureiros de várias raças estavam andando, bebendo e conversando sobre várias missões que irão realizar, outros estavam pegando novas missões no quadro de missões.

Um aventureiro falou para o outro.

-O que você acha dessa aqui?

Seu parceiro olha para o folheto da missão.

-Extermínio de goblins? Hum... Parece possível para nós concluirmos.

E os dois aventureiros foram em direção a balconista, ao olhar para ela os dois quase se assustaram.

Em uma mesa ao longe, aventureiros estavam comemorando a missão bem sucedida que tiveram, eles brindaram suas canecas umas nas outras e cantarolavam.

Na mesa ao lado, uma mulher cabelos laranja, alta e de roupas de guerreira de couro, olhava para a mesa ao lado que estava tendo uma festa, e depois olhou para a mesa que está.

Ela se levanta batendo seu punho na mesa, um pouco indignada.

-Vamos comemorar pessoal, não é todo dia que finalizamos com sucesso uma missão de rank A.

Na mesa em que ela está, tem mais outros aventureiros.

Um jovem mago, vestido com roupas que cobria todo o corpo, responde.

-Acho melhor não Maria, estou querendo mais é descansar, a luta contra a matilha de lobos das sombras foi muito cansativa.

-Mas Ricardo...

Antes de Maria dizer qualquer coisa para Ricardo, o líder do grupo a interrompe.

-Ele está certo Maria. É melhor nós descansarmos, para a nossa viagem daqui a alguns meses, para a floresta dos pesadelos do sul.

Maria entristecida devido a falta de alegria dos seus companheiros, ela se senta de volta na cadeira, cruzando os braços, com o rosto virado para o lado fazendo beicinho.

-Tá bem Rixas...

-Rum!

-Mas na próxima vez que finalizarmos com sucesso outra missão desse nível, a gente vai festejar de qualquer jeito, está bem?

Uma jovem sentada perto de Rixas.

-(Festa... isso que dizer muita bebida)

Rixas levemente sorri para Maria, mas volta a olhar para seu grupo.

-Bom pessoal, então vamos discutir os preparativos?

Rixas tirou de seu anel de armazenamento um monte de papéis, os pondo na mesa.

Eles beberam e discutiram os planos para a viagem à floresta do sul, que é muito distante, levaria longos meses para que eles chegassem até lá.

Rixas guardava os mapas e as folhas em seu anel de armazenamento.

-Então é isso pessoal, resolvido os planos e os custos.

Sua equipe então pegava os mapas e os pergaminhos, com os planos já feitos e uma lista dos materiais que cada um deveria comprar.

Depois de mais um pouco de discussão, planejamento e bebida, todos se despedem e vão embora da guilda exceto eu, que estou na mesma mesa, sentado na mesma cadeira, terminado o resto de cerveja de minha caneca.

Rixas pediu a uma das garçonetes que trouxesse mais uma caneca de cerveja e uma porção de comida.

A garçonete deixou a porção de Rixas.

-Aqui seu pedido senhor.

Rixas

-Obrigado

E a garçonete saiu da frente de Rixas, indo atender outros aventureiros.

Rixas bebia e comia calmamente sua porção enquanto olhava o movimento das pessoas, mas acima de tudo, avaliando quem mais poderia fazer parte do seu grupo.

Mesmo seu grupo sendo muito bom e aparentemente completo em todos os sentidos, ainda sim, falta alguém para substituir sua antiga companheira que infelizmente morreu em uma missão a um tempo atrás.

Rixas se lembra desse acontecimento tristemente, mas sendo o líder, ele tem que pensar mais na eficiência do seu grupo, então infelizmente tem que achar alguém para substituí- la.

Rixas olhou para todos os lados de maneira bem sutil, dando um longo suspiro depois de comer.

-(Não há ninguém aqui que possa ser substituto dela).

Pensativo e desinteressado pelos aventureiros em sua volta, que na maioria deles passava um ar de que não se podia confiar.

Rixas se levantou da mesa, indo até a balconista que deveria ser uma mulher bonita, mas parecia um homem alto e extremamente musculoso, vestido de branco com cabelos loiros compridos e trançados.

Rixas pagou a conta e saiu da guilda, indo procurar uma pousada para dormir, já que ele e sua equipe não ficam em uma cidade ou reino por muito tempo.

-(Humm... Qual pousada será que minha filha ficou?)

E Rixas caminhava pelas ruas da cidade, vendo as lojas abertas e os cidadãos caminhando.

....

...

..

.

Era de tarde e a guilda ainda estava aberta.

Muitos aventureiros passavam pela guilda, comemorando, pegando missões, bebendo, comendo e alguns se vangloriando das suas magias e habilidades.

A balconista agora era outra pessoa, uma mulher carismática e muito bonita, vestindo uma roupa parecida com roupas sociais, com um corpo, caráter e carisma desejável.

A guilda nesse horário à tarde, é o momento que tem mais aventureiros, principalmente aventureiros homens, e também é nesse horário que os aventureiros fortes e de altos ranks vem para guilda, mas infelizmente muitos desses aventureiros são arrogantes, muito mal educados e alguns são até suspeitos de terem cometido crimes hediondos.

Em uma mesa, um aventureiro rank A da raça dos homens fera, bateu sua caneca na mesa, incomodado com os boatos que andam por aí.

-Ah! Silencioso, Silencioso aqui, Silencioso ali, ele nem é tudo isso assim. Eu mesmo poderia acabar com ele, se eu o visse.

Junto com ele, um elfo sentado de frente ao homem fera discordou.

-Ele é tudo isso sim, um assassino procurado por todos os reinos e cidades, além do mais, todas as suas vítimas são pessoas ricas, aí sim, que a alta classe quer a todo custo a cabeça dele.

Um outro aventureiro que está sentado na mesa entre o elfo é a fera, um da raça das fadas acrescenta.

-Não quero nem vê-lo, como um aventureiro, seria bom ganhar aquela quantia, mas... tudo tem limite.

Com um sorrisinho, ele continuou a falar direcionando o dedo para o homem fera.

-Inclusive para você Martins, não tem como um folgado, desprovido de inteligência igual a você matá-lo ou capturá-lo, já escutei falar que Silencioso até matou o rei dos assassinos a muito tempo atrás.

Martins Irou-se, focando totalmente sua visão no fada, prestes a pular na garganta dele, por causa desse comentário, que é claramente uma ofensa para Martins.

O elfo está um pouco inquieto com o clima da mesa, ele tenta mudar de assunto, mas o fada interfere na sua tentativa e começou a falar mais ainda do Silencioso, parecendo querer irritar Martins.

-Ele não é nem de longe alguém normal.

-Além de ser uma terrível assassino procurado...

Apontou o dedo para a parede, onde tem um quadro de procurados e nele, tem várias imagens dos criminosos mais procurados da região e os mais perigosos do mundo, e no cartaz que o fada aponta, tem a face de um procurado com o rosto coberto de preto, escrito em baixo da imagem o nome "Silencioso", e em baixo do nome, vários zeros como recompensa, a contagem dos zeros depois do número um, é de dez(dez bilhões).

Depois apontou para o quadro de missões ao lado dos procurados.

-...Ele também é considerado uma ameaça de rank S.

-A primeira pessoa que não é só apenas procurada em cartazes como um criminoso, mas também considerado um monstro extremamente perigoso.

-Vê a recompensa? Escutei falar que os reinos vão aumentar mais um zero na recompensa de Silencioso.

Martins ficou ainda mais enfurecido, mas lá no fundo ele sabe que não venceria Silencioso facilmente como ele próprio diz, apesar de não querer admitir.

O elfo então diz.

-B-bom, não é por acaso, alguém que mata burgueses, nobres e reis sem muita dificuldade, conhecido também por derrotar exércitos e que tem rumores de que ao mesmo tempo, matou quatro dragões sozinho, é uma ameaça que deve ser abatida e se for vista, tomar providências extremas.

-Além de que ninguém sabe sua raça e muito menos ninguém viu seu rosto, já que ele veste todo coberto de preto e nunca se sabe a onde ele está e pelo que eu escutei, ele também tem algum poder semidivino, considerado crime de morte.

O fada olha para o elfo.

-Sério? Eu escutei que era uma mágica do tipo aceleração.

O elfo.

-Eu também escutei falar, mas parece que não é magia de aceleração, foi confirmado pela própria guilda de que é um poder semidivino...

Martins com a cara séria, vendo seus dois colegas conversando com um tom de admiração e medo, parecendo pôr Silencioso em um pedestal.

Martins novamente bate sua caneca na mesa, chamando a atenção do fada e elfo.

-Devido a isso, todos os aventureiros querem encontrá-lo para ganhar a recompensa ou só testar sua força.

Martins cruzou os braços.

-E quando eu o encontrá-lo...

Ele olha para o cartaz de Silencioso preso no quadro.

-Vou derrotá-lo e pegar a recompensa. Há, há, há, há.

Dizendo em bom alto som, chamando a atenção das demais pessoas da guilda, alguns dos aventureiros também querem ganhar a recompensa, então escutar que alguém vai ganhar antes deles é meio que uma ofensa.

Leves cochichos estavam no ar.

-Quem é ele para dizer isso?

-Será eu que pagaria a recompensa.

Um aventureiro está segurando um cartaz de Silencioso.

-Rum, serei eu que ganhará esse montante.

Em uma mesa no outro lado, três aventureiros rank S escutavam a declaração de Martins e os cochichos dos aventureiros, mas eles três não disseram nada, apenas observando enquanto tomavam algo.

Martins ignorou esses olhares e barulhos das pessoas, continuando a se vangloriar dizendo que venceria Silencioso.

Logo os cochichos passaram a ser conversas sobre Silencioso, muitos já estavam discutindo e falando métodos de como matar ou capturar Silencioso, mesmo que eles nunca tenham visto ele pessoalmente.

Martins finaliza sua bebida.

-Mas não importa se ele é poderoso ou não, nós nunca saberemos se podemos derrotá- lo ou não, já que sua localização é desconhecida.

O fada falava.

-É, você tem razão, não tem como saber de qual forma Silencioso iria te humilhar, não é como se ele de repente aparecesse aqui só para te matar.

Martins aperta o punho.

-Ora seu filho...

O elfo atravessado entre Martins e o fada.

-Já chega de falar de Silencioso, tá galera? Vamos discutir sobre outro assunto, tá?

Mais aventureiros apareceram e muita conversa estava na guilda.

Quando repentinamente a porta da entrada da guilda se abre.

Um humanóide alto e forte coberto de preto dos pés até a cabeça aparece, entrando na guilda, fazendo que todos parassem de se mexer e de falar qualquer coisa, e prestarem atenção nele.

Deixando-os aventureiros suando de medo, alguns com raiva e outros estavam sorridentes, principalmente os aventureiros rank A e S, por essa oportunidade única.

A aura emanada por essa figura era extremamente assustadora, deixando os aventureiros que são de ranks mais baixo ou que são fracos, trêmulos ou até inconscientes, alguns não aguentaram e fugiram, ficando apenas alguns de rank B acima.

A pessoa que todos estão tensos e com medo, é o intitulado o próprio silêncio, o assassino procurado por todo o mundo, Silencioso.

Silencioso andou até a balconista que estava com os olhos chorosos e seu corpo tremia muito, suas pernas começaram a não sustentar o corpo e caiu no chão.

-P-por favor ... n-não me mate...

Silencioso não veio matar ninguém agora, na verdade suas vítimas são apenas os ricos e nobres no geral, mas ninguém quer incomodá-lo para testar se isso é verdade ou não.

Todos estavam calados e sem ação para agir, até que os três, o elfo, fada e o homem fera se levantaram em posição de ataque.

Martins sorria.

-Silencioso!

-Nós vamos te matar e ganhar a recompensa!

-Se prepare!

Mas Silenciosa ignora os gritos de Martins, ele apenas está parado no balcão esperando ser atendido.

Os outros três aventureiros rank S se levantam sorridentes por essa oportunidade, eles são três homens, um espadachim, um mago e um assassino.

O espadachim desembainha a espada dizendo com um tom heroico, apontando a espada para o Silencioso.

-Nós que iremos te derrotar.

Mas Silencioso também os ignorou, parecendo demonstrar gestos com suas garras para que a balconista se acalme, mas só está deixando-a mais desesperada.

Outros aventureiros com um senso de justiça, não podiam ver a doce balconista ser morta pelo cruel assassino, se levantaram prontos para a luta.

-Se afaste dela! Seu monstro!

-É!

-Não deixaremos que cause um massacre nesta cidade!

Mesmo estando com medo e saberem da fama de Silencioso, iram lutar para deter o mau.

Os que estão na guilda vendo os aventureiros de altos ranks tomarem a iniciativa, o medo que está na guilda, está sendo tomado por uma de confiança e determinação.

Os aventureiros se levantavam.

-Nós... podemos ajudar a derrotar ele...

-Ganharemos uma fortuna...

-Posso ser reconhecido até mesmo pelo mundo...

-Posso até ser contratado por nobres e ter meu rank aumentado...

Todos os que estavam presentes, pegaram suas espadas, cajados, varinhas, escudos, adagas, lanças e tudo o que podia ser usado como uma arma.

Silencioso percebendo que todos estavam prestes a pular nele para o ataque, se virou para trás revelando suas garras afiadíssimas.

Mesmo que eles tenham coragem para se opor ao Silencioso, ainda sim, ninguém queria dar um passo à frente.

Alguns estavam confiantes e sorridentes, outros estavam engolindo a própria saliva, e o resto estava tremendo e suando, é um verdadeiro degradê de expressões bem interessante de dentro da guilda.

Então alguém no meio dos aventureiros deu o primeiro passo, dizendo.

-PRA CIMA DELE!!!

Impulsivamente todos os guerreiros, magos, espadachins, escudeiros, assassinos e qualquer um que ficou na guilda, atacaram Silencioso com a intenção de matar.

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