17 O Final da Primeira Missão.

Ravena, ou como ela é mais conhecida, Raven.

É uma meio-demônio filha de um dos demônios mais poderosos da DC, Trigon, um demônio extradimensional com sua própria dimensão sobre seu comando, dimensão que está totalmente tomada de seres demoníacos sobre seu comando.

Já tenha em mente que sendo um dos Titãs, iria cruzar com ela, mas a verdadeira surpresa é que a Igreja de Sangue, é na verdade um culto dedicado a Trigon na Terra, e que ele também tem alguma ligação com os Poços de Lázaro.

É a única coisa que faz sentido, já que para trazer um ser tão poderoso como Trigon para essa dimensão, é preciso do convite de um ser com o sangue dele correndo em suas veias desse lado, mas Revena, pelo menos nas histórias, não era muito fan do seu pai, então isso explica esse ritual de sacrifício forçado, se a menina não ia cooperar com eles para trazer seu pai até aqui, uma conjuração usando o sangue dela deveria bastar.

Então lá estava, uma meio-demônio treinada nas artes místicas furiosa com aqueles que estavam prestes a sacrificar e acabar com o mundo no processo, na minha humilde opinião, ela tem tal direito.

Flutuando no ar com um enorme corvo negro atrás dela, Ravena levantou seu braço e apontou para o outro lado do local onde estávamos, então uma pata negra com três dedos e três metros de largura e altura se estende da sombra do corvo atrás dela e rapidamente tenta agarrar o Irmão Sangue, que estava até agora a pouco lutando contra Robin.

Robin, vendo aquilo vindo na sua direção puxa algo do seu cinto e aponta para outro lado da sala, um gancho e disparado da arma e o cabo o puxa o afastando, O Irmão, que não tenha tais equipamentos, levantou o amuleto de Orion como se ele fosse o dar alguma proteção, o amuleto brilhou mais fortemente e um tela vermelha apareceu na sua frente, mas a garra do corvo atravessou a tela facilmente e agarrou o corpo do Irmão.

Foi como Destino falou, um feiticeiro amador pode usar algumas das funções do amuleto, mas mesmo as manifestando, tais habilidades precárias não são páreo para uma feiticeira, mesmo que ela seja apenas uma aprendiz.

"Me solte!" Gritou o Irmão Sangue.

Mas a garra era poderosa, e ela se recolheu fazendo com que o Irmão fica-se de frente para Ravena, que estava com seus olhos iluminados pela sua energia escura brilhante.

No meio do caminho, ele deixou o amuleto cair bem no meio da sala próximo da Jinx, qualquer um que aprendeu um pouco de magia sabe do valor dessa coisa, então ela não pensou duas vezes e ignorou seus inimigos correndo na direção dele, mas mesmo podendo alterar a sorte, ela não pode fazer isso com algo que se move mais rápido que seus sentidos possam gravar, e Kid Flash, pegou o amuleto facilmente e correu na direção do Robin, o colocando na mão dele.

"Missão comprida, Chefe." Falou ele sorrindo.

"Bom trabalho Kid." Respondeu Robin colocando o amuleto no seu cinco, como ele coube dentro dele é um mistério que realmente quero descobrir.

Enquanto Jinx, rugia de raiva para aquilo, Ravena cuidou do Irmão, ela o esmagou contra o chão com sua garra num golpe sem piedade ou hesitação.

"TRUMMMM!" Tremeu o chão.

A garra de escuridão então desapareceu, e uma cratera de três metros na forma de uma garra de três dedos foi criada com o impacto, e no centro dela estava o Irmão Sangue se levantando, ele provavelmente tem algum equipamento ou artefato místico com ele, porque o ataque anterior deveria ter matado um humano comum.

"Ainda vivo!" Gritou Ravena olhando para ele.

"Vamos mais uma vez então!" Gritou ela mais uma vez, e outra garra negra de três dedos se materializou atrás dela o atacando em seguida.

"Não!" Gritou Starfire, ficando de frente da garra que parou no ar antes de a atingir.

"Saia da minha frente!" Gritou ela para Starfire.

"Se você o matar assim, qual vai ser a diferença entre vocês dois?" Perguntou minha amiga para ela.

Passo ver o rosto de Ravena tremendo, ela estava considerando o que foi falado.

"Azarath Metrion Zinthos!" Falou ela em voz baixa, tão baixa que eu só fui capaz de escutar graças a minha super audição.

O mantra parece ter a ajuda a se acalmar, já que o corvo atrás dela começou a desaparecer e ela desceu lentamente até o chão.

"Eles feriram o Irmão!" "Matem os descrestes!" "Morte aos demônios!"

Ferir um líder de um culpo enquanto está rodeado de seus crentes nunca é uma boa ideia.

"Robin, temos que ir, agora!" Digo para ele com urgência.

"O Mamute e a mulher careca?" Perguntou ele de volta.

"Eles já foram." Respondo.

Os dois recuaram no momento em que Ravena deu seu golpe contra o Irmão, e duvido muito que vamos conseguir os localizar de novo pelos túneis com o feitiço de sorte de Jinx ativo, nós provavelmente vamos andar em círculos até eles saírem dos túneis.

"Vamos recuar pelo túnel!" Gritou Robin, após ver a situação.

"Eu posso ajudar." Diz então Ravena, em voz baixa.

"Toda ajuda é bem-vinda." Aceita Aqualad, após acerta um cultista na cabeça.

O corvo atrás de Ravena volta mais uma vez, ela voa acima de tudo e após passar próximo da Starfire, ela desaparece nas asas do corvo, os próximos foram Aqualad, Speedy e Kid Flash, que estava olhando para isso parado como um idiota, eu sou o próximo, sinto uma sensação parecida quando uso minhas das sombras, então não luto contra isso.

Dentro da energia do corvo, me sinto sem peso e preso a ele, mas sinto que se eu lutar, posso me soltar facilmente, então depois dela pegar o Robin, o corvo voa para o teto atravessando rocha solida intangível, e quando chegamos na superfície, o corvo abre suas assas e todos nós somos cuspidos para fora.

"Péssimo lugar para aparecer." Falo olhando em volta.

Aparecemos bem no centro da cidade destruída, local que agora está tomado de homens armados do governo e da segurança privada da igreja.

"Eu só posso os levar a distancias curtas no momento." Falou Ravena para mim.

"Não quis ser mal agradecido, só culpo nossa má sorte mesmo." Falo tentando tirar uma má impressão sobre mim.

"Eles estão aqui!" Gritou um guarda apontando para nós a alguns metros distância.

"Vou ativar o plano de fuga." Falou Robin, tirando algo do seu cinto.

"Quando tudo acontecer, nós siga e vai ficar tudo bem." Falou Starfire, sorrindo para nossa convida.

"Acontecer oque?" Pergunta ela confusa.

A resposta veio logo em seguida quando Robin, apertou o botão num pequeno aparelho no seu cinto, e por toda parte da vila destruída, pequenas explosões aconteceram liberando uma quantidade ridícula de fumaça branca que começou se espalhar encobrindo a cidade numa pesada nevoa branca deixando todos cegos.

Um plano de contingência do Robin, para caso nós não tivéssemos escolha a não ser fugir pela superfície, o plano original era usar os túneis, mas o menino prodígio sempre tem um plano dentro de outro plano.

Só me sinto mal pelo povo inocente, viver constantemente numa zona de guerra já deve ser um inferno de estressante, agora fizemos isso no meio da madrugada, tomara que ninguém se fira correndo por aí sem poder ver.

"Temos que nós movermos, rápido!" Diz Robin, passando para todos óculos que parecem ser de visão noturna.

"Não obrigado, posso ver sem isso." Nego o meu.

"Eu também." Nossa nova companheira também negou.

"Eu não preciso ver para me guiar." Starfire, também diz.

A fumaça pode obstruir minha vista, mas meus sentidos funcionam melhor que minha visão, acho que Starfire também pode fazer isso por conta do seu treinamento, Ravena é uma meio-demônio treinada por uma sociedade de feiticeiros, então ela deve ter seus meios.

"Então vamos." Diz mais uma vez Robin, correndo para o norte, e todos o seguem.

Demos algumas voltas pelos destroços para escapar das patrulhas dos soldados armados que estão andando feito baratas tontas na névoa, então após dez minutos, finalmente saímos da vila e da névoa branca, a cinco quilômetros de distância ao sul, está o lugar aonde o Robin, escondeu nosso carro voador, coberto por uma lona camuflada do exército atrás de um pequeno monte de terra.

A volta para casa foi bem animada, Kid Flash estava muito feliz pelo sucesso da missão, nem mesmo o comentário do Speedy, sobre temos deixado Mamute e Jinx escaparem diminuiu a animação dele. Quando saímos do espaço aéreo da Kasnia, Robin mandou uma mensagem para a Liga, informando-os sobre o fim da missão, Batman respondeu estar nós esperando na Torre para darmos nosso relatório mais detalhado.

Então finalmente chegamos em casa depois de dias dormindo, comendo e tomando banho numa zona de guerra, quase derramei lagrimas de felicidade quando meu celular se conectou com o WIFI da Torre, mas claro que eu não poderia tomar um bom banho com o Batman e o Lanterna Verde nós esperando, ainda mais se o Robin pediu minha presença para relatar o que aconteceu.

O local escolhido para conversa foi a sala de reunião da Torre, lugar que nunca foi usado até agora. A sala não era muita coisa, apenas um pequeno quarto com uma mesa redonda de seis cadeiras com uma bela vista na janela.

Eu e Robin nós sentamos nas cadeiras um do lado do outro enquanto Batman e o Lanterna Verde, John Stewart, ficaram em pé próximos à mesa na nossa frente.

"Comece." Falou Batman, nem mesmo nós cumprimentando.

Então Robin, me lembrando um soldado fazendo relatório para um general como vi nós filmes, contou tudo que aconteceu na missão, só parando para eu contar os eventos que ele não sabia que se passaram quando chegamos primeiro no ritual.

"Intendo." Falou o Cavaleiro das Trevas quando o relatório acabou.

"Alguma ideia do que a Igreja de Sangue estavam tentando invocar?" Pergunta o Lanterna Verde, e todos olham para mim.

Parece, que virei o consultor paranormal quando os feiticeiros da Liga não estão presentes.

"Eles estavam tentando invocar um demônio extradimensional para essa realidade." Simplesmente falo, como se fosse algo muito comum.

"O quão ruim isso seria?" E pela reação o Batman, essa não é a primeira vez que a Liga lidou com um demônio.

"Muito, muito ruim, Trigon é um demônio que conseguiu conquistar toda sua realidade e a transformar no seu inferno pessoal, fora os poderes absurdos que ele tem, ele possui um exército de demônios a sua disposição."

Todos deram uma pausa para digerir o que eu falei, até que Lanterna perguntar.

"Se esse tal Trigon é tão poderoso, porque ele precisa de um ritual para vir até aqui?"

"Ele pode vir para esse plano, mas não com poder total e por um pequeno limite de tempo, não sei os detalhes muito bem, mas a leis antigas que devem ser obedecidas, e uma delas é que Trigon, só pode vir para outra realidade com seu poder total se ele for convidado."

Deixei a parte de ser convidado pelo seu próprio sangue em segredo, Ravena tem direito de ter seus segredos, e contar a todos que ela é filha desse demônio não é uma boa forma de criar boas primeiras impressões.

"Temos que nos preocupar com a Igreja podendo fazer outro ritual como esse?" Perguntou Batman, mais sério que nunca.

"O amuleto que eles roubaram é algo muito raro, eles precisariam de outro semelhante ou de um feiticeiro mestre para tentar de novo, duvido que qualquer feiticeiro aceite mesmo sobre tortura invocar Trigon, já que a vinda dele aqui significa morte certa para tudo, então vai demorar um pouco para eles conseguirem fazer tal ritual de novo."

"O Poço também faz parte desse ritual?" Volta ele a perguntar.

"Você está falando da água verde, sim, de alguma forma os dois estão conectados."

Batman já sabe sobre o Poço por conta do seu outro inimigo, mas ele não compartilhou essa informação, criaria desconfiança sobre mim se eu soube-se sobre o Poço, então é melhor fingir não saber de nada.

"E a menina que estava sendo usada como sacrifício, o que sabemos dela?" Pergunta o Lanterna Verde.

Robin levanta o pulso e digitando algo no seu computador, ele se conecta a TV que estava na parede, então imagens de Ravena, começam a aparecer na tela, todas as imagens eram bem antigas, quando ela tinha cerca de quatro ou cinco anos.

"Ela foi registrada como Rachel Roth, filha de Arella Roth, pai não registrado, eu também descobri que a mãe dela fazia parte da Igreja de Sangue, mas ela cortou os laços com eles antes de sua filha nascer, eles viveram depois disso normalmente por dois anos numa pequena cidade, até serem dadas como desaparecidas anos atrás." Fala Robin, acabando seu relatório.

O menino com certeza passou a viagem inteira pesquisando sobre nossa nova amiga.

"Você acha que elas foram sequestradas pela Igreja e ficaram sobre seu controle até agora?" Pergunta Lanterna Verde, com seu rosto um pouco frio.

"Dio, o que você acha sobre as habilidades dela?" Pergunta Robin para mim, não querendo pensar na resposta da pergunta do Lanterna.

"Porque você está perguntando para mim?" Pergunto curioso.

"Eu não sei muito sobre magia, mas era o que pareceu ela estar usando antes." Respondeu ele.

"Você está certo, era magia, mas onde ela aprendeu ou com quem, eu não posso te ajudar." Respondo.

"O quão poderosa são as habilidades magias dela?" Pergunta Batman para mim.

"O estilo dela não é focado em danos diretos como o meu, mas ela com certeza é mais habilidosa em usar seus poderes do que eu." Respondo admitindo minha inferioridade magia.

Não há nem uma vergonha nisso, já que a menina cresceu numa sociedade magia e estudou por anos com eles, mas se tivermos que lutar, tenho oitenta por cento de certeza que posso ganhar.

"Temos que contatar o sistema, eles vão a ajudar."

"De maneira nenhuma!" Corto imediatamente a ideia sem sentido sugerida pelo Lanterna.

"Concordo." Diz o Batman.

"Porquê?" Pergunta ele, ainda sem entender.

"A muito que não sabemos sobre a garota, mas sabemos que a Igreja do Sangue tem muito interesse nela, e se a colocarmos no sistema, não vai demorar muito para eles a encontrarem com o poder político com os poderes políticos que alguns dos seus membros tem." Explicou Batman.

"O local mais seguro para ela no momento, é conosco." Falou Robin.

"Concordo, mas temos que falar com ela." Batman, aceitou.

Robin se levanta da sua cadeira e retira o amuleto que estava em seu cinto e o dá para Batman, depois vai na direção da porta.

"Eu vou a chamar para que ela possa se apresentar." Falou ele saindo pela porta.

Realmente quero estudar o amuleto, mas sei que ele está muito acima da minha liga atualmente, é melhor deixar ele em mãos mais capazes, só rezo para que no futuro, eu possa ter outra chance de fazer isso.

"E eu vou tomar um banho." Digo me levantando.

"Antes de fazer isso, sugiro ligar para sua irmã, ela está ligando para Diana a cada meia hora perguntando sobre você." Informa Batman, me dando uma meio sorriso feliz por minha desgraça.

Merda, esqueci de avisar Vanessa sobre a missão, faz dias que não ligo para ela, a menina vai me comer vivo.

Indo mais rápido que posso correr, entro no elevador e saio no andar onde ficam os quartos, se vou ter essa conversa, é melhor que seja no meu quarto, ignoro Wally, Kaldur e Roy, que estão comendo na frente da enorme tela de TV que fica na sala e subo pelas escadas até meu quarto, mas paro de correr quando vejo Koriand'r e Ravena, paradas olhando para porta do meu quarto.

"Posso ajudar vocês em algo?" Pergunto olhando para elas.

Koriand'r se vira e olha para mim sorrindo como sempre e diz.

"Dio, parece que nossa nova companheira achou legal seus feitiços na porta do seu quarto."

"Eu não sabia que você era um feiticeiro." Falou Ravena, baixinho ainda olhando para minha porta.

Ela estava com o rosto coberto toda vez que eu usei magia.

"Estou mais para um aprendiz, prazer em a conhecer, meu nome é Diomedes Inwudu." Apresento-me levantando minha mão na direção dela.

Não houve tempo para apresentações antes, então vamos fazer isso agora.

"Meu nome é Ravena." Diz ela sem apertar minha mão.

"Dio, você sabe em qual quarto Ravena vai ficar? Eu gostaria que ela fica-se próximo do meu." Pergunta Koriand'r.

"Ainda não sabemos se eles vão me permitir ficar." Falou ela para Koriand'r.

"Já está confirmado, você é mais que bem-vinda." Dou a notícia.

"Isso é incrível, eu realmente amo a equipe, mas uma companhia feminina estava fazendo falta." Comemora Koriand'r, dando pulos de alegria.

"E você pode escolher qualquer quarto vazio que quiser." Continuo.

"Obrigado." Diz ela olhando para mim sem demostrar nenhuma alegria.

É um pouco estranho a ver assim tão fria e indiferente, já que a pouco tempo atrás ela quase matou um homem em sua raiva.

"Não foi nada Ravena, mas antes de se instalar no seu quarto, Robin e a Liga querem falar algumas coisas com você, ele deve estar te procurando agora." Digo.

"Ai estão vocês." De trás de mim, a voz de Robin nós chama.

"Ravena, Batman quer conversa um pouco com você." Continuou ele.

Ravena acena com a cabeça para mim e começa a andar na direção do Robin.

Me viro e olho para as costas dela toda coberta pelo seu manto roxo e falo.

"Eu adoraria conversa sobre magia mais tarde quando você tiver tempo, Ravena."

Ela para de andar e após um segundo, ela apenas acena com a cabeça de costas para mim e volta a andar.

"Eu também vou!" Diz Koriand'r ainda animada correndo na direção de sua nova amiga.

Olho para eles até irem embora, e entro no meu quarto que continua intocado desde minha saída. Pego meu telefone de um fabricante meia boca e ligo para Vanessa.

Sei que com a tecnologia atual, eu deveria comprar um bom telefone, mas os melhores são de fabricação Luthor e Wayne, e conhecendo esses dois, aposto que eles tem rotinas ocultas nos aparelhos para gravar e vigiar todo mundo.

{AONDE VOCÊ ESTAVA!} Grita Vanessa, quase me deixando surdo quando a ligação é completada.

"Eu realmente sinto muito Van, eu estava numa missão urgente sem qualquer meio para entrar em contato." Explico o mais rápido que posso.

{Uma missão tão urgente que não podia mandar nem uma mensagem antes?} Pergunta ela com ironia pingando de suas presas.

"Isso com certeza foi um erro meu, prometo que não vai acontecer de novo."

A ligação fica em silêncio por alguns instantes, apenas espero a próximo grito.

{Eu achei que você tivesse me abandonado.} Diz ela com uma voz tomada de tristeza.

Eu sou um grande idiota.

"Eu nunca te deixaria Van, você sabe disso, e eu dou minha palavra que isso não vai se repetir."

{Tudo bem.} Responde ela fungando do outro lado da linha.

"Que tal assim, o fim de semana está chegando, por que você não faz um visita a cidade?" Proponho para melhorar o humor dela.

{Eu posso conhecer sua nova casa?} Pergunta ela mais animada.

"Eu vou ter que perguntar aos donos dela, mas caso você não possa vir, vamos apenas passear pela cidade juntos, pontos turísticos interessantes é o que não faltam."

A Torre pode ser nossa casa, mas também é o quartel-general de um grupo de heróis, não posso simplesmente aparecer aqui com minha irmã sem dizer nada.

{Tudo bem, eu estou indo amanhã.} Responde ela.

"Isso é ótimo, me mande mensagem sobre o horário do ônibus quando você comprar a passagem, e eu vou estar lá para te pegar."

{Eu já comprei, eu ia amanhã mesmo se você não desse notícias.}

"Melhor ainda."

{Você já pode parar de tentar melhorar meu humor, em vez disso, por que não me conta sobre sua aventura.}

Então, tentei da melhor forma possível explicar a missão, sem explicar verdadeiramente a missão, já que não acho prudente falar sobre isso por telefone.

{Então, você passou de herói para espião da Liga?} Pergunta ela depois de "toda" a história.

"Não, só agimos dessa forma porque era a melhor opção no momento, não queríamos dar munição que poderia ser usada contra nós no futuro." Explico.

{Seja como for, deve ter sido muito divertido.}

"Vá por mim, não foi." Digo lembrando da situação do povo em Kasnia.

Depois disso, voltamos a conversa sobre o que estava acontecendo na vida dela, tudo estava bom até que ela me falou que começou a namorar alguém do seu colégio, me mantive calmo, e perguntei qual era o nome dele, mas ela negou me dar, dizendo que eu pediria a Steve ou algum amigo meu da A.R.G.U.S para pesquisar sobre ele.

Infelizmente para ela, eu sou um feiticeiro, mesmo sendo um aprendiz não é difícil conseguir um nome, e se ele não for um santo ou o buda reencarnado, vou ficar de olho nele.

"Toc,toc,toc!"

"Dio, reunião lá embaixo." Diz Kaldur'ahm, após bater na minha porta.

"Eu já vou." Respondo e escuto ele se afastando.

"Eu tenho que ir agora Van, qualquer coisa, só me ligar mais tarde." Falo no telefone.

{Ok, até mais.}

Desligo o telefone me levantado saio do meu quarto, vou até à parte de baixo do andar aonde todos os membros dos Titãs mais Batman e Lanterna Verde estão.

Desço as escadas e fico ou lado do Robin, na nossa frente estava Batman, Lanterna e Ravena.

"A missão não foi um sucesso total já que o Mamute fugiu de novo, mas o objetivo principal foi comprido." Batman, começou a falar.

"E sobre a situação da senhorita Ravena, decidimos que seria melhor para sua proteção se ela juntar forças com vocês por enquanto." Continuou ele.

"Se vocês aceitarem é claro, não vamos força vocês viver com quem vocês não quiserem." Completou Lanterna Verde.

Robin olhou para cara de todos procurando qualquer recusa, todas estavam ok, e Koriand'r estava dando pulos de alegria.

"Nós concordamos, bem-vinda a equipe Ravena." Diz Robin.

Ravena, sem demostrar nenhuma alegria, apenas balançou a cabeça.

"Está decidido então, Lanterna Verde e eu voltaremos para a base da Liga, temos que atualizar os demais sobre esse evento." Falou Batman indo até o elevador com o Lanterna do seu lado.

"Foi um prazer ver todos vocês de novo crianças." Diz o Lanterna Verde, acenando quando as portas do elevador se fecham.

Quando os adultos foram embora deixando apenas nós, ficamos em silêncio olhando um para o outro, até que Wally deu uma boa sugestão.

"Que tal uma festa de Boas-vindas?" Após dar essa sugestão e sem esperar uma resposta, Wally correu até sabe se lá onde, e voltou com às duas mãos cheias de caixas de pizza empilhadas.

Todos estávamos morrendo de fome, então não houve recusa, sentamos no chão na frente do sofá em um círculo enquanto Wally, fazia outra viagem voltando dessa vez com várias latas de refrigerante, então atacamos a comida.

"Você deveria pensar no seu nome de heroína, demorei bastante para pensar no meu." Fala Koriand'r, segurando duas fatias de pizza de recheios diferentes em cada mão.

"Nome de heroína?" Pergunta Ravena, confusa e surpresa com a falta de maneiras na mesa da Koriand'r.

"Um nome para ser usado quando estivemos em missão, para esconder sua identidade sabe." Explica Wally, comendo numa quantidade maior e mais rápido que Koriand'r.

"Eu nunca pensei nisso." Respondeu ela.

"Você deve agora, já que como heróis não teríamos paz nas nossas vidas se todos descobrirem nossos nomes verdadeiras." Diz Robin, comendo sua fatia com garfo e faca como um bom menino que recebeu modos na mesa de um mordomo inglês.

"Eu não preciso disso, já que não tenho vida civil." Diz ela.

"Eu também não tenho vida civil na superfície, mas é muito útil ter pelo menos um nome real para poder usufruir da vida comum, mesmo não sendo comum." Fala Kaldur'ahm, comendo uma fatia por vez como um humano normal deveria comer.

"Eu não sei se quero uma vida comum." Voltou a negar Ravena.

"Isso agora, mas quem sabe no futuro, então é melhor prevenir." Falou Roy pela primeira vez, ele está muito calado desde que voltamos da missão.

"Eu não sei qual nome escolher então." Desiste então Ravena.

"Que tal Raven?" Sugiro.

"Isso não é uma boa sugestão, você só retirou a última letra do nome dela." Koriand'r negou minha sugestão antes mesmo da Ravena.

"Não foi minha intenção, estava sugerindo literalmente corvo, já que quando ela usou sua magia antes, um corvo negro apareceu." Explico.

Ravena tem outro nome, Rachel Roth, mas ela se apresentou como Ravena, isso quer dizer que esse foi o nome que ela escolheu, e intencionalmente ou não, e apenas uma letra a menos do nome que ela é conhecida.

"Raven, eu gosto." Diz Ravena, fazendo uma cara estranha olhando para mim.

No início não intendi, até que vejo seus lábios tremendo um pouco, ela estava fazendo força para conter a alegria de ganhar seu nome, era bem fofo na verdade.

"Está decidido então, bem-vinda a equipe formalmente, Raven." Falou Kaldur'ahm.

Seguido de todos os outros comemorando o nascimento de uma nova heroína, que na minha humilde opinião é a mais forte no grupo no momento.

"Quem quer soverte?" Perguntou Wally, se levantando de bom humor.

Então a festa de Boas-vindas continuou, houve pouca interação por parte da Ravena, ela é muito controlada nas suas ações, o máximo que ela fazia era responder às perguntas que eram feitas, mesmo assim, sem revelar muita informação pessoal.

Mesmo não agindo muito ativamente, isso não mudou o humor da festa, e ela também não pareceu incomoda, continuamos assim até uma hora da manhã, foi então que Koriand'r puxou Ravena para seu quarto, já que a menina ainda não tem qualquer posses matérias, ela foi atraída pelos produtos que só Koriand'r tinha.

No final, apenas eu, Dick e Roy ficamos sentados no chão, diferente de antes, o clima agora estava um pouco tenso.

"Vocês vão me dizer o que está acontecendo?" Perguntou Dick.

"Eu é o novato, combinamos de resolver as coisas sozinhos, então não atrapalhe Dick." Falou Roy, ainda olhando para mim.

"Eu concordo, temos que lidar com isso nós mesmo." Falo olhando para Dick.

Dick não ficou feliz com isso, ele ficou olhando para nós dois por alguns segundos então se levantou.

"Muito bem, mas não passem dos limites, eu vou estar vendo." Falou ele indo embora.

"Vamos?" Pergunto.

"Vamos." Responde ele.

Nós levantamos e andamos até o elevador, quando a porta abriu, nós dois entramos e Roy apertou o botão do térreo, não demorou muito para a porta abrir e nós dois voltamos a andar até a parte de trás do térreo que levava ao local combinado de antes.

Todo o percurso foi feito em silêncio, nós dois nem se quer nós olhamos.

Após andar alguns metros, chegamos a parte de trás da Torre, um local que só a grama e espaço aberto.

Com Roy a alguns metros de distância de mim, fui eu que quebrei o silêncio.

"Eu não quero perde muito tempo com isso, então me deixe perguntar, qual é o seu problema comigo?"

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