24 Bewitched (2/2).

Bewitched, um bar para as criaturas místicas, seu dono, Tannarak, é um alquimista e feiticeiro muito poderoso.

Tannarak, está vivo a séculos, desde o antigo Egito pelo que os outros sabem. As lendas dizem que ele ligou sua vida a uma estátua, então não importa que danos o corpo seu corpo receba, ele não vai morrer, apenas destruindo a estátua para o destruir, estatua que deve estar muito bem guardada.

Ele não é uma boa pessoa, o cara brigou algumas vezes contra o Phantom Stranger, e morreu também, só para ser ressuscitado por algum Senhor do Caos. Ninguém sabe ao certo porque ele criou esse lugar, mas desde que o Bewitched foi construído, Tannarak honrou a leis da neutralidade e da não agressão, e todos os seres que vieram aqui para arrumar ou começaram uma briga, foram punidos.

Dessa forma, o bar Bewitched se tornou o estabelecimento magico mais popular dessa parte do país.

Foi apenas por esse motivo, que eu arrisquei por meus pés no estabelecimento de um homem que serve os Senhores do Caos, pessoas que estão muito acima de mim no momento.

Com meu terno e beleza, chamei alguma atenção dos clientes no bar, mas eles não fizeram nada a não ser me dar alguns olhares, não liguei para isso e andei até a bancada me sentando na cadeira vermelha na frente dela.

"Ainda é muito cedo para vir num local como esse, filhote." Falou o garçom do outro lado da bancada.

Como estou num bar magico, faz sentido que o garçom não seja humano.

Um Minotauro com longos chifres e rosto de boi com três metros de altura usando um terno que parecia um pouco estranho no seu corpo anormalmente largo está limpando um copo de vidro com um pano bem na minha frente.

"Você vai pedir minha identidade?" Pergunto brincando.

"O que idade importa para as raças imortais, estou falando da sua mentalidade." Respondeu ele, ainda limpando seu copo.

"Julgando minha mentalidade por minha aparência, isso é um pouco decepcionante."

"Só não querer ser responsável pela morte do filho do Senhor do Submundo." Respondeu ele, agora olhando nos meus olhos.

"Como você sabe do meu pai?" Pergunto.

Não é um segredo que eu sou um semideus, mas não falei nada sobre ser filho de Hades, para as câmeras.

"Você vem se exibindo por aí como um herói usando o brasão dele, quem não sabe que o primeiro semideus filho do submundo nasceu? Você foi um assunto quente a pouco tempo." respondeu.

Isso explica os olhares que estou recebendo agora.

"Entendo, mas não se preocupe, não vim aqui beber." Digo para ele sorrindo.

"Então, por que veio?" Perguntou o Minotauro.

"Jogar."

"Trim!"

O copo na mão do garçom racha.

"Não infantil, e sim estupido." Voltou ele a falar.

"Vamos descobrir isso quando a noite acabar." Não fiquei ofendido pelo que ele falou, é compreensível, julgando o que vou fazer a seguir.

"Você vai me impedir?" Pergunto.

"Não, as ordens do mestre são absolutas, quem quiser jogar, pode jogar." Falou ele apontando para uma porta do outro lado do bar.

Levanto-me da cadeira e ando até a porta, isso chamou muita atenção de todos presentes, todos sabem o que acontece do outro lado da porta desse bar. Não me importo com atenção, abro a porta e desço as escadas mal iluminadas, quando chego próximo do fim do corredor, sinto uma forte energia magica envolvendo todo o lugar, e em vez de encontrar apenas um porão ou algum cômodo sujo e pequeno, o local aonde apareço é muito mais amplo que a parte de cima.

Uma enorme sala de vinte metros de largura e comprimento com várias mesas com todos os tipos diferentes de jogos de azar acontecendo nelas, e todas as mesas estão ocupadas por pessoas jogando, a belas mulheres usando vestidos longos vermelhos com asas de demônio e chifres levando bandejas de bebidas por entre as mesas com graça, o lugar cheirava a bebida, charutos e pecado.

O quão rico esse desgraçado do Tannarak é?

Penso quando vejo o tamanho e riqueza do lugar.

Todos estavam com sua atenção nos jogos, então eles não me olharam, e assim, começo a cruzar a sala até as mesas mais afastadas, aonde os jogos de poker estão acontecendo.

Encontro quatro mesas de poker no total, todas elas com quatro jogadores, menos uma, que só a três, e meu alvo é um deles.

Vou até a mesa, e fico de trás da cadeira vazia.

"Posso jogar?" Pergunto para aqueles sentados.

Quem está sentada na esquerda era uma mulher com longos cabelos vermelhos na altura do seu ombro e de pele pálida, seus olhos eram azuis frios e ela estava usando batom vermelho de cor bem forte que combinava com a sombra fosca em volta dos seus olhos, vestindo um longo vestido preto com decote "V" sem muitos detalhes.

Ela então me deu um pequeno sorriso enquanto erguia seu copo com uma bebida vermelha e tomou um gole, que deixou um pouco do líquido em seus lábios, os dando um tom ainda mais forte de vermelho.

Simplesmente linda e sexual, como todos os vampiros devem ser.

O homem da direita, era um senhor de idade, com uma longa barba branca que chegava a seu umbigo e cabelos curtos, também brancos, ele estava vestido com um terno bege, que gritava "antigo", o senhor apenas me deu um sorriso gentil, que um avô dá para seu neto.

Mas posso sentir a magia em volta desse velho, ele com certeza é um mago poderoso.

Nenhum deles é meu alvo, o meu alvo, estava sentado na cadeira da frente, um pequeno demônio de um metro e meio de pele laranja, com longas orelhas apontadas para cima e suas duas presas inferiores tão grandes, que chegavam próximas as seus olhos, e em cima de sua cabeça, um capacete militar antigo da Segunda Guerra Mundial.

Bogrol, um dos sentinelas das portas do inferno.

O engraçado, é que esse trabalho não é nada importante quanto seu nome aparenta ser, as almas que vão para o inferno não entram por portões e nenhuma até hoje saio por eles, claro que almas já deixaram o inferno, mas todas elas receberam ajuda de demônios, e nenhum fugitivo tentaria fugir do inferno pelos portões, eles são magicamente muito bem guardados contra isso, seria mais fácil andar pelo inferno até encontrar um buraco.

Por conta de tudo isso, Bogrol e o outro sentinela ficam literalmente sem fazer nada o tempo todo, mas como todo trabalho, esse também tem suas vantagens, a vantagem principal é poder facilmente vir para Terra, ou visitar outros infernos. Por conta do tédio, Bogrol e o outro sentinela se revessam para tomar conta dos portões do inferno enquanto o outro anda por onde quiser, e a vez dele de vir para à Terra, mas hoje é o último dia dele aqui, e como sempre, ele o passa jogando nesse bar, essa é a minha oportunidade de conseguir o que quero, se não, vou ter que esperar outra rotação.

"Pode jogar sim, se tiver algo valioso para comprar as fichas." Falou Bogrol, com um voz seca e profunda.

"E se não é o novo parceiro da Mulher-Maravilha, eu sou Emily Briggs." Falou a vampira erguendo a mão em minha direção.

A seguro e curvo minha cabeça colocando meus lábios em cima da sua mão quente e macia.

"Prazer em a conhecer senhorita Emily, pode me chamar de Kírix." Digo a soltando.

Emily, dá um sorriso para mim e então faz o gesto me convidando a sentar.

"Ei Velho, não vai falar nada?" Perguntou Bogrol, para o senhor que não se mexeu.

"Pode se sentar, ele provavelmente está dormindo com olhos abertos de novo." Voltou Bogrol, a falar.

Puxo a cadeira e me sento, olho para a mesa de poker e vejo que as cartas ainda não foram dadas, só a várias pequenas fichas de cor dourada, prateada e bronze na frente de cada jogador, parece que cheguei no início do jogo.

"Então garoto, como vai comprar suas fichas?" Perguntou o demônio, sorrindo como um.

Dinheiro mortal não vale nada para seres como nós, e como os seres místicos não possuem sua própria moeda, as trocas são quase sempre feitas usando artefatos, ingredientes, favores ou conhecimento, então aqui as coisas não seriam diferentes.

Coloco minha mão no meu bolso e tiro algo, eu poderia colocar meus feitiços na mesa, um feitiço único e recém criado vale muito, mas tenho total certeza que o dono desse lugar faz uma cópia do conhecimento durante o jogo. Não querendo dar detalhes sobre meus feitiços para um provável futuro inimigo, escolhe colocar uma pedra escura na mesa.

"Ohh, que raro." Falou o velho mago pela primeira vez olhando para a pequena pedra.

Estou colocando na mesa a pedra que fica no meu colar, dado a mim quando criança.

A dificuldade de sair do Submundo não é brincadeira, agora sair do submundo com um item, é quase impossível normalmente, e mesmo que esse feito seja realizado, Hades mandaria seus servos atrás do item, e eles não parariam de caçar o ladrão, mas é claro que a uma pequena chance de algum conseguir escapar totalmente, mas eles são muito poucos, então qualquer item vindo do Submundo, mesmo sendo um pequeno pedaço de metal, vale muito.

"Metal do submundo, mesmo um pequeno pedaço faz os anões babarem." Falou Bogrol rindo.

O pequeno pedaço de metal não lapidado na frente da minha mesa desapareceu, e várias fichas aparecem em seu lugar.

É assim que se joga aqui, você coloca um item e ele é avaliado, com as fichas, você pode jogar a vontade, e no final, se você tiver ganhado a fichas a mais, você pode recuperar o que você colocou para comprar as fichas as devolvendo e ficando com as que sobraram, se você não teve muita sorte perdendo todas as fichas, o seu item fica esperando por alguns dias, se você não o recuperar de novo, ele entra para os prêmios que podem ser comprados.

"Só um pequeno pedaço da pedra e você ganhou todas essas fichas, imagine quanto vale a bela espada negra que ele desfila por aí." Emily, brinca comigo.

"Chega disso, vamos jogar, quatro fichas de bronze para começar, como combinamos." Gritou Bogrol.

Todos pegaram quatro fichas cor bronze as jogando no centro da mesa, que magicamente as empilhou.

Um baralho apareceu no centro da mesa, ele se misturou sozinho com velocidade, e duas cartas foram distribuídas para cada um de nós, tudo isso aconteceu em menos de um segundo.

Quanto nós quatro tocamos nossas cartas, mais três foram postas no centro da mesa para todos nós vermos.

"Aposto mais duas." Gritou o demônio jogando mais duas fichas de bronze.

"Eu cubro."

"Eu também."

Jogaram o venho e Emily, também suas fichas.

"Eu aumento." Digo jogando uma ficha prateada no monte de bronze.

Todos olham para como se eu fosse um idiota, eles não estão errados, estou jogando poker contra um demônio, seres que tem a fama de serem aqueles que inventaram a trapaça nós jogos, fora que minha experiência no jogo se baseia em dois dias de tutoriais na internet, isso com certeza me faz cair na classe idiota.

Por sorte, poker não se joga com a sua mão, e sim com o blefe, e para saber como todos blefam, eu tenho de fazer as coisas saírem de controle no início, só uma pequena mudança no ritmo, depois disso, posso começar a jogar sério e com paciência.

Parece que deu certo.

"Eu pago para ver." Gritou Emily animada, quando a quarta carta apareceu do lado das outras viradas para cima.

Olhando para minhas cartas em mãos, vejo que tenho uma provável combinação de números, nada mal para começar, mas não o bastante.

Bogrol, cobriu meu aumento continuando o jogo.

"Parece que vai ser fácil limpar essa sua pilha moleque." Falou ele.

"O senhor gostaria de beber algo?" Perguntou então uma voz atrás de mim quebrando minha atenção no jogo.

Olho para o trás e vejo uma mulher com cabelos vermelhos usando um pequeno vestido com asas e chifres segurando uma bandeja.

Pensando bem, a ideia não é ruim, mesmo as bebidas comuns não tento nenhuma efeito e mim, mas a uma série de bebidas feitas por outras especiais, como os anões, que podem me deixar bêbado, essas bebidas especiais só podem ser encontradas em lugares assim com facilidade, infelizmente, isso não seria uma boa ideia no momento.

"Vinho comum." Digo para ela dando uma ficha de prata.

"Por essa ficha, você provavelmente quer um serviço especial mais tarde, estou certa?" Perguntou ela sorrindo.

"Devo chamar a polícia?" Perguntou Emily, olhando para a garçonete, que apareceu não se importar.

Ela levantou a mão para sua bandeja vazia e uma taça cheia de vinho apareceu nela.

"Aproveite." Disse ela colocando a bebida do lado do meu braço e depois saindo rebolando para mim.

Está ficando difícil me controlar.

"Crianças não deveriam começar a beber tão jovens." Me aconselhou o Velho, ainda de cabeça baixa olhando para o jogo.

"Pare de dar lição de moral Velho, na idade dele, você invadiu uma torre de outro mago e roubou seu tomo pessoal, e colocou fogo nela quando saio." Falou o Bogrol.

Homo-magi envelhecem mais lentamente que os humanos, e parece que quanto mais poderoso se torna o feiticeiro, mas lento esse processo fica, então esse velho do meu lado pode muito bem ter sido jovem no tempo de Merlim.

Fazendo a última aposta, levanto a taça e tomo um gole do vinho, e o sabor era incrível.

Como falei antes, bebidas comuns não me deixam bêbado, então não vejo sentido nenhum em as beber, já que todas tem um sabor terrível para mim que tenho um super paladar, mas o vinho é uma exceção a essa regra, tanto que Zatanna, selou a adega da sua casa.

Então o jogo continuou, e não é surpresa que perdi a primeira rodada, e de lavada, as cartas do demônio eram a segunda maior combinação possível no jogo. Sabia que ele iria roubar, mas pelo menos, esperei que ele fosse disfarçar um pouco, as chances de conseguir uma jogada assim são ridiculamente baixas.

A surpresa veio do velho mago, ele teve a segunda maior mão, parece que ele é o segundo maior adversário, e Emily, a vampira, ficou com a quarta melhor mão. Ela estava aqui para se divertir e não ganhar.

"Não querendo ser indelicado, mas posso fazer uma pergunta?" Pergunto para ela.

"Faça querido." Falou ela olhando para mim quando a nova rodada começou.

"Quanto tempo faz que você foi transformada?" Pergunto.

Existem muito poucos vampiros pelo que sei, e quanto mais antigos eles são, mais poderosos eles se tornam. Emily, não parece muito velha, eles não envelhecem fisicamente, mas todos os seres que vivem muito dão um certo sentimento que não estou sentido nela, como Diana ou o Senhor Destino.

Também estou recordando que já ouvi o nome dela em algum lugar.

"Vai fazer quatro anos, ganhei uma mordida de presente depois de um desfile em Gotham." Respondeu ela, voltando a beber sua taça.

Logico que foi em Gotham.

"Lamento muito por isso." Digo para ela.

"Não precisa, agora eu vou ser eternamente bela." Falou ela sorrindo para mim, com os lábios manchados de sangue que foram limpos por sua língua.

"Eu estava me referendo a seu trabalho." Corrijo ela.

Vampiros não podem ser fotografados ou filmados, isso com certeza acabou com a carreira de modelo dela.

"Você não é um amor, foi realmente difícil no início, mas um ano após eu me acostumar e me aceitar, criei meu próprio negócio, a LOOKER, minha própria agência de modelos."

Agora me lembro aonde vi o nome dela, a LOOKER foi investigada pelo Robin, ele comentou isso um vez na Torre, acorreram alguns incidentes estranhos aonde homens acabaram machucados depois de tentar atacar alguns modelos de uma certa agencia, os ferimentos foram nada comuns, então após investigar, ele descobriu que a empresa está sendo liderada por uma vampira, mas surpreendentemente, a vampira em questão não machucou nenhuma modelo, como também as protegia fortemente, todos os incidentes em que ela foi envolvida foi para proteger as modelos de serem machucadas ou estrupadas.

Batman e Robin, ainda devem estar de olho nela numa vigilância constante eletrônica mas não pessoal, já que ela não deu motivos para isso, e se o Cavaleiros das Trevas, mesmo sabendo da natureza dela não tomou providências, isso quer dizer que Emily, não está no caminho ruim.

"Você está contratando?" Pergunto jogando algumas fichas na mesa.

"Desculpe, não contrato modelos masculinos, mesmo sabendo que você faria muito, muito sucesso." Respondeu ela.

"Não é para mim."

"Chega vocês dois, vão jogar ou não?" Gritou o demônio nada feliz.

"Mais tarde então." Digo para ela, que acena com a cabeça.

Prometi um trabalho para Kori, e Emily pode ser uma boa opção. Não fico preocupado com ela trabalhando com uma vampira, os Starbolts, como foram nomeados os disparos dela, são nada menos que energia solar altamente concentrada, o inimigo natural dos vampiros.

Assim o jogo continuou, e eu até mesmo consegui ganhar algumas partidas e manter um considerável número de fichas. Enquanto o número de partidas passava, as apostas ficaram cada vez maiores, Bogrol e o Velho ficaram como maior número de fichas, comigo e Emily logo atrás.

Essas partidas todas foram apenas para entender como esses dois estavam manipulando o jogo, eu sabia que era magia, mas de que tipo ou de que forma ela foi usada se revelou com o decorrer.

O Velho, foi o mais fácil de entender, ele estava simplesmente colocando uma ilusão nas cartas as mudando, não foi uma ilusão simples, as habilidades dele são muito boas, mas isso é bem inútil contra meus olhos.

Ele usou pela primeira vez seu truque quanto apareceram dois ás de paus na mesa, Emily, com uma sorte assustadora, mostrou o terceiro, e o Velho o quarto, também na sua mão, eu já tenha saído do jogo, mas não tinha revelado que a minha mão também estava com um ás, o verdadeiro último ás.

Emily, mesmo não estando com muita vontade de ganhar, também tenha sua forma de ganhar vantagem usando seus super sentidos para ver os sinais dados por cada um de nós, os olhos vermelhos dela me olhando faziam eu levantar a guarda, era como se ela quisesse drenar todo meu sangue.

Com certeza, é isso que ela quer, vampiros precisam de sangue para viver, e aqueles transformados a pouco tempo tem um grande problema para controlar sua sede, é louvável que ela possa fazer isso tão bem sendo tão jovem.

Então por último temos Bogrol, ele estava manipulando as cartas também, mas não as de sua mão, e sim da mesa, assim garantindo a melhor mão, como ele estava fazendo isso é um mistério ainda, ele pode ter algum trato com o dano da casa, só consegui percebe que algo estava errado quando senti um leve atraso na distribuição quando ele continua no jogo, apenas um milissegundo.

Pode não parecer, mas esse jogo está tornando meus sentidos cada vez mais afiados. Isso é cansativo, já que estou acostumado aos fechar para o mundo para não ser sobrecarregado, mas com certeza, vai ser útil no futuro.

Vou começar a treinar meus sentidos também a partir de agora.

"Por que não adiantamos um pouco as coisas?" Pergunto não espero uma resposta, colocando quase todas minhas fichas no montante.

"Você que ir para casa mais cedo?" Perguntou Emily, olhando para minhas fichas.

"Só acho que está na hora de acabar com o jogo." Respondo.

"Você nem mesmo viu suas cartas." Falou Bogrol.

Ele estava certo, ainda não as vi.

"E isso importa?" Pergunto.

"Na verdade, não." Respondeu ele sorrindo cobrindo minha aposta.

"É tão bom ser jovem." Murmurou o Velho, também cobrindo meu lance.

"Eu estou fora." A mulher de vermelho do meu lado jogou suas cartas no centro da mesa.

Emily só saio do jogo, para observar o show,

Quando a quarta carta estava prestes a ser revelada, faço meu movimento.

A mesa demora um milissegundo para dar a carta, isso não é tempo o bastante para levantar suspeitas, e a carta é colocada no centro da mesa.

Então olho para minhas cartas, e quase sorrio com minha sorte, diferente do demônio, que olha para a quarta carta na mesa e sua sobrancelha esquerda se levanta um pouco, um tique que ele tem quando sua mão não é boa.

Aumento a aposta, agora só estou com dez por cento das minhas fichas em mãos, o resto está na mesa, e todos voltam a apostar cobrindo meu lance.

"Então, vamos ver."

Então a última carta e colocada na mesa, e mais uma vez, houve um pequeno atraso, dessa vez, criado por mim.

"Como isso é possível?" Perguntou Bogrol, se levantando da cadeira e olhando para carta.

Viro as minhas duas cartas em mãos e mostro minha combinação, a mão mais alta, e quando o Velho vira sua carta, pela primeira vez, ele também parece surpreso com elas, mas uma ação minha.

"Parece, que eu tenho a maior mão." Rio feliz vendo a grande pinha de fichas vindo magicamente em minha direção.

"Como?" Perguntou o Velho, olhando para mim.

Foi aí que as cartas foram retiradas do jogo, mas para a surpresa de todos, haviam mais duas cartas embaixo das cinco.

O feitiço do rio Lethe, faz com que o alvo esqueça automaticamente o que está coberto por ele, um dos meus feitiços mais poderosos e mais difíceis de usar. E eu o usei três vezes nessa partida, duas vezes para enganar a magia que distribuía as cartas e os jogadores, fiz a mesa e todos olhando para ela esquecer que as cartas foram dadas uma vez então, então mais duas cartas foram adicionadas em cima das primeiras que favoreciam completamente Bogrol, e a terceira para fazer o Velho esquecer de usar suas ilusões.

Foi um movimento perigoso, mesmo evitando que eles possam trapacear, ainda tinha que ganhar justamente com minhas cartas, e por sorte, consegui.

Arrisquei tudo nessa jogada, se eu perdesse, precisaria comprar mais uma vez meu investimento no jogo, já que ele tem um grande valor sentimental para mim, a única coisa que tenho dado por um dos meus país.

"Bravo!" Diz o Velho, olhando para mim.

"Realmente inesperado." Falou Emily.

"Trapaceiro!" Gritou o demônio.

"Sério, um demônio me chamando de trapaceiro?" Pergunto olhando para ele.

"Hahaha!" "Hahaha!"

Riram Emily e o Velho, com as ações do Bogrol, que ficou em pé na sua cadeira e abriu sua boca com raiva, então seus olhos começaram a ficar vermelhos.

Também me levantei esperando um ataque, até que uma mão feminina tocou o ombro do Bogrol.

"Senhor Bogrol, as regras do mestre são bem claras." Falou a mulher atrás dele.

Diferente daquelas usando roubas curtas, essa estava usando um longo vestido azul da mesma cor dos seus olhos e cabelo, mas como todas as outras, ela tenha chifres e asas de demônio pretas de morcego.

A voz da mulher contia algum poder, já que o vermelho nós olhos de Bogrol desapareceram quase instantaneamente, e após respirar fundo, ele se sentou mais uma vez cruzando os braços com a cara fechada.

A mulher de azul, deu um olhar para todos nós, e depois fez uma pequena referência nós deixando sós.

"Vamos jogar mais uma vez." Falou Bogrol, agora mais calmo.

"Você tem fichas para isso? estou pensando em aumentar as coisas." Digo o provocando.

Tirei uma pequena fortuna dos dois, agora se eu aumentar as apostas, Bogrol pode escolher entre comprar mais fichas ou desistir do jogo, saindo do jogo, ele não nunca vai conseguir recuperar o que ele trocou para conseguir as fichas.

"Pare de palhaçada filho do submundo, me diga o que você quer." Falou o demônio, já entendendo.

"A fruta do submundo." Respondo diretamente.

A fruta do submundo, é exatamente isso, uma fruta que nasceu no submundo. A algumas lendas sobre as comidas cultivadas no submundo, mas a mais popular delas, é que se uma pessoa não importando ela ser mortal ou imortal comer, ou beber algo do Submundo, ele ou ela vão ficar presos no reino de Hades, podendo sair apenas com a permissão dele.

Eu tenho uma teoria do porque disso.

Suponho ser por que no momento em que algo do Submundo entrar no seu corpo, ele vai estar ligado ao reino, assim o forçando a obedecer suas regras.

"Tch, eu devia saber, vocês malditos semideuses de vez em quando nascem com algum intelecto, diferente daquele idiota do Hércules." Cuspi-o ele.

Concordo plenamente com ele, não gosto de quebrar a ilusão de como o Hércules, foi um grande herói, mas todos aqueles que leram um pouco sobre a história dele sabe que o cara era um idiota da maior classe dos idiotas, claro que ele mudou na realidade da DC, mesmo assim, duvido que a mãe da Diana, esqueça tudo que ele fez para ela e seus irmãs.

Bogrol, levantou sua mão aproximando as suas duas garras, do dedão e dedo indicador, e quando elas estavam quase se tocando, algo aparece entre elas, era uma pequena romã preta e seca, uma verdadeira fruta do Submundo.

"Como vai ser?" Pergunta ele brincando com a fruta com suas garras.

Mais um jogo.

"Está ficando tarde, que tal eu simplesmente dar tudo que ganhei para você, menos meu investimento inicial." Ainda quero recomprar minha pedra.

"E qual seria a graça disso?" É claro, o demônio não aceitou.

"Isso está ficando cada vez mais interessante, ei Velho, acorde!" Gritou Emily para o Velho, que está agora com a cabeça baixa roncando levemente.

Escutando sua respiração, sei que ele está acordado, mas minha atenção agora está toda no demônio na minha frente.

"Como resolvemos isso?" Pergunto.

"Que tal você me dever um favor e ficar com tudo assim como a romã?" Perguntou ele.

"Não, obrigado." Nego imediatamente a proposta.

Dever favores para alguém não é algo simples, e se eu não cumprir o que foi pedido, não importando oque, as consequências não são leves.

Bogrol, então coloca a romã na mesa e levanta seu punho fechado acima dela.

"Tem certeza, posso a esmagar bem aqui na sua frente."

Demônio astuto.

"Esmague, a fruta pode ser algo difícil de encontrar, mas não é algo impossível, só vou ter que fazer uma longa viagem para o mercado das fadas." Respondo para ele, mantendo a face sem mostrar emoções.

Mas eu estava suando, não sei se foi por conta da magia que fiz foi muito cansativa, ou é o nervosismo.

"E você acha que, eu como a sentinela do inferno, vou permitir sua entrada para o mercado?"

Um fato curioso, as fadas dessa realidade fizeram um pacto com o senhor do inferno, e conseguiram um grande pedaço de terra no inferno, aonde criaram seu reino após deixarem a Terra, e esse reino é o único pedaço com vida e prosperidade no inferno.

"Por favor." Digo com um tom de deboche, foi uma jogada idiota dele, todos sabem que a várias portas para o inferno.

Vendo que eu não estou hesitando, ele abaixa rapidamente o punho na direção da fruta, mas não o paro.

E quando o punho dele estava prestes a esmagar a fruta seca, ele para, e eu ganho.

"Malditos semideuses inteligentes." Exclamou ele com raiva segurando a fruta e a jogando para mim.

"Obrigado." Agradeço, segurando a fruta no ar.

"Devolva minhas fichas." Gritou ele em troca.

Movo uma grande quantidade delas para ele, ficando com apenas meu investimento inicial, que quando proclamei minha saída do jogo, desapareceu da minha frente, e uma pequena pedra negra surgiu no lugar dele.

A pego e volto a colocar no meu bolso, aonde está o resto do meu colar.

"Bem, senhores e senhorita." Digo olhando e sorrindo para ela.

"Isso foi interessante, mas eu tenho que ir." Quando estou prestes a dar meia volta, vejo a mão de Emily, estendida para mim.

"Pegue." Falou ela.

Era um cartão, dessa vez um profissional, não um vagabundo como o que a Kori, ganhou.

Aceito ele.

"Para falarmos sobre o emprego em questão." Explicou ela.

"Ei Venho, você vai ficar dormindo ainda?" Perguntou Emily, olhando para o velho que ainda continua "dormindo".

"Boa noite então." Digo para eles, não ligando para o dedo que Bogrol, aponta para mim.

"Um momento." Chama-me Emily, quando me viro.

"É melhor avisar para seus amigos, os chefões estão para fazer algo grande." Da ela seu aviso quando volto meu olhar para ela.

Ótimo, por que eu não posso acabar a noite sem um aviso tão perturbador?

Aceno com a cabeça, e volto a andar para a porta de fora, passando por várias mulheres demônio e outros jogadores que olham para mim, sabendo que consegui ganhar contra um demônio na minha primeira vez aqui.

Subo as escadas, dessa vez como um vencedor, e quando passo pelo balcão aonde o Minotauro estava servindo bebidas, ele levanta sua cabeça e pergunta.

"Então?"

"Muito bem para minha primeira vez, isso eu garanto." Respondo e saio do bar.

avataravatar
Next chapter