52 A Desventura de Diomedes e Constantine (1/4).

"O que ele está fazendo aqui?" Perguntou Roy, usado seu traje de Arqueiro Vermelho apontando seu arco com a flecha já pronta para a cabeça de Constantine.

No dois, levamos a conversa para dentro, e a primeira coisa que o feiticeiro fez ao ver a cozinha, foi tentar fazer um sanduíche para ele, foi nessa situação o Arqueiro Vermelho, que acabou de chegar de sua ronda nos encontrou.

"Um erro que tive que cometer a três anos ressurgiu, nada demais." Respondo, sentado na cadeira na frente de Constantine que está do outro lado da mesa em pé.

Constantine, não ligou para a flecha apontada para seu rosto e continuou passando manteiga de amendoim no seu pão.

Como todos os homo-magi envelhecem mais lentamente que os humanos comuns, ele não mudou muito nesses anos, apenas sua barba cresceu um pouco, ele continua o mesmo inglês de cabelos loiros usando camisa social com uma capa longa de chuva por cima, claro, que todas as roupas estão sujas.

"Que erro?" Perguntou Roy, abaixando a sua arma.

"Quando recrutamos ele lembra? Acabei prometendo um favor em troca de sua ajuda, e aqui estamos."

"Você realmente vai ajudar ele? Que dizer, a sua "ajuda" em matar aquele vampiro quase matou todos nós libertando uma praga bíblica sobre nós."

"Ele não tem escolha." Falou pela primeira vez o feiticeiro, levantando sua pequena faca para dar ênfase a isso.

"Ele tem razão, só vou ficar livre do contrato, se ele morrer."

"Isso pode ser providenciado." Tentou Roy, mas nenhum de nós dois achou que ela realmente iria fazer isso.

"Não é um grande problema Arqueiro, tudo que vou fazer é dar uma pequena ajuda." Minto para mim mesmo sabendo que o idiota na minha frente de alguma forma vai me colocar numa grande confusão.

Infelizmente, não tenho como não cumprir minha palavra com ele, mesmo agora, posso sentir o contrato mágico que assinamos três anos atrás vibrando meu ser, como um aviso para desconsiderar qualquer ideia de não o cumprir. Foi um contrato simples, mas não nada como um contrato mágico simples, então, tenho que aceitar o que pode vir acontecer quando ele entrar no submundo usando meu portal.

"Tem algo de diferente em você." Comentou Constantine, segurando um sanduíche em uma mão e um cantil prateado na outra.

Whisky com um sanduíche de manteiga de amendoim, que bela combinação.

"Eu estou malhando." Digo, não querendo conversa mais.

"Não, você está com aquela postura de confiança e poder que se usa logo depois de ***** com um plano de um demônio ou vilão que quer conquistar o mundo, ou...."

"Ou?" Perguntou.

"Você acabou de transar!"

Tá, esse foi um belo chute.

"Você é um íncubo ou algo assim? Como diabos você descobriu isso? eu literalmente tenho super sentidos e não estou sentindo nada em mim." Não vejo por que negar, não tenho vergonha do que fiz.

"Está tudo na postura meu chapa, tudo na postura." Foi a sua resposta idiota.

"Espere!" Gritou o Arqueiro, esqueci que ele estava ali nos observando, ainda segurando seu arco.

"Então, quer dizer que o bonzinho e favorito da Mulher Maravilha, finalmente perdeu a virgindade?" Perguntou ele.

"Um ex-virgem, isso merece uma celebração!" Gritou Constantine, levantando seu cantil e o bebendo, comemorando sozinho.

"Eu não era virgem." Alerto os dois.

Tá, posso não ter vergonha de falar que acabei de fazer sexo, mas por algum motivo, é um pouco vergonhoso ser um virgem, ainda mas que sempre me julguei ter mais anos de vida, já que estou somando com os que vive na minha outra vida.

"Espera!" Gritou mais uma vez o Arqueiro Vermelho, agora abaixando o arco e colocando a mão no seu queixo pensativo.

"Você estava numa missão sem poder sair por duas semanas, então, você transou com a filha do Deathstroke!?"

Sim, eu esqueci que ele poderia ligar os pontos com quem isso aconteceu.

Escolho não responder, levanto-me e vou até à geladeira pegar uma bebida.

"Caramba Kírix, você com certeza faz as coisas com estilo." Roy, me dá um polegar para cima.

"De fato, dormir com a filho do maior assassino do mundo, você com certeza deixou toda sua linhagem grega divina orgulhosa."

"Mais uma palavra, e vou jogar os dois pela janela."

Isso os calou, mas os sorrisos ainda estavam presentes.

Agora que o Arqueiro Vermelho sabe, todos os outros vão saber.

Isso não é um problema, só vou ter que receber mais brincadeiras do Dick e Wally.

Espere, se essa conversa chegar até os ouvidos da Koriand'r, ela com certeza vai contar isso para minha irmã durante uma de suas conversas casuais achando esse assunto sem muita importância, e Vanessa, provavelmente vai contar para Diana, e assim Zatanna, com certeza vai acabar sabendo.

Tudo bem, parece que vou ter alguns problemas, o maior deles vão ser as conversas desconfortáveis de cuidado e prevenção.

Agora, a ideia de abrir o portal para o Constantine e ir com ele de baba, não me parece tão ruim

Sim, eu vou com ele, não quero ele andando sozinho sem supervisão onde estou acostumado a sempre ir, um lugar que vim a considerar minha segunda casa.

"Constantine, vamos logo acabar com isso."

Ele não pareceu muito apresado para isso, então acabei roubando o seu cantil prateado da sua mão o virando em cima da pia.

"O que diabos?" Perguntei para ele confuso.

O cantil, não parava de despejar a bebida barata, mesmo tendo um pouco mais que quarenta centímetros.

"Eu pedi para um gigante de gelo o encantar, meu cantil está conectado a uma pequena fábrica de bebida do outro lado do país, isso mesmo senhores, suprimento quase ilimitado de bebida num pequeno e simples cantil." Falou ele com orgulho.

Desisto, fecho o cantil e o coloco na mesa.

"Você viajou até os reinos nórdicos, encontrou os gigantes de gelo e os fez criar algo para você, e o que você pediu? Um cantil com bebida ilimitada?" Perguntei, realmente achando isso o maior desperdício que já vi.

"Valeu cada centavo, e que no caso, foi uma das roupas íntimas da deusa do sexo."

Silêncio.

"Tudo bem, estou fora." Arqueiro, guardou seu arco e deu as costas para nós, indo até o segundo andar aonde ficam os quartos.

Até ele, que quase não intende nada de magia, entendeu o disparate que foi isso agora.

Os gigantes de gelo não são apenas um grupo de seres musculosos e brutos, também a feiticeiros poderosos entre eles, vendo a lenda como verdade, um deles ligou um chifre ao oceano, assim derrotando Thor, numa competição.

Agora imagine, alguém com esse tipo de poder e conhecimento magico aceitando criar algo para você, e você pede um cantil para beber infinitamente.

Sim, esse foi o maior desperdício de chance que já vi esses anos.

"Vamos Constantine, vamos acabar logo com isso, quero tomar um bom banho e dormir."

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Άνοιξε, διατάζω! "Abra, Eu ordeno!"

Abro uma fissura na minha frente com um movimento da minha espada, a rachadura negra estão se expandi e fumaça negra começa a sair dela cobrindo lentamente o chão.

Rachadura então se abre completamente do nada, e um portal de pedra surgi na minha frente, toda esculpido com letras gregas, e as portas, eram negras com vários crânios brancos presos a ela, no centro das portas duplas, um dos sinais de Hades, seu bidente com a escultura no topo do Cerberus feita de pedra preta olhando para baixo.

Nunca me canso de olhar para essa cena.

"Esse é um belo portal, talvez o mais bonito que já vi." Elogia Constantine, ascendendo um cigarro e o colocando na boca.

Para não abrir um portal magico na Torre, fomos até a parte de trás da Torre, próximo do local aonde fica meu laboratório secreto.

"Crrrr!"

As portas se abrem, mostrando a pura escuridão do seu interior.

"Pronto, você primeiro." Digo para ele.

Constantine, não andou até o portal, em vez disso, ele colocou sua mão dentro do seu casaco de chuva longo, procurando algo nos bolsos internos com grande dificuldade.

"O que você está fazendo?" Pergunto curioso.

"Estou procurando os materiais para usar seu portal é claro!" Respondeu ele, tirando um pote de barro de dentro do seu casaco.

"Como?"

"Não se preocupe com isso, é apenas uma pequena mudança no destino." Falou ele calmamente, tirando um pincel antigo chines de quarenta centímetros do seu bolso de novo.

"Vamos começar então." Falou ele, andando até meu portal com às duas coisas nas mãos.

"Esse não foi o combinado, Constantine!" Grito com ele furioso segurando seu ombro o parando.

"Claro que foi." Falou ele, sem olhar para mim.

"Não, não foi, você não deveria mudar nada no portal."

"O pacto, foi para eu usar o portal, nunca combinamos qual seria o destino ou se eu não poderia o alterar."

"Constantine!" Grito com raiva, apertando um pouco seu ombro.

Fui enganado por ele.

Ele está certo, o pacto tem que ser seguido ao pé da letra, mas pode ser interpretado de qualquer forma se não houver detalhes.

O pacto foi simples, Constantine pode usar meu portal.

Isso quer dizer, que ele pode e vai o usar, e não posso parar ele, já que isso iria contra o contrato, ou seja, só posso ficar aqui parado.

Solto ele, e sem se virar para mim, Constantine vai até a lateral do portal com seu pincel tingido de sangue e começa a escrever nele.

"Quando esse contrato for realmente cumprido, o que você acha que vou fazer?" Pergunto, com o tom da minha voz pingando veneno.

"Bem, o contrato só vai acabar quando eu atravessar esse portal, e não acredito que você está com raiva o bastante para me seguir por ele." Continuou ele, colocando outra letra antiga usando seu pincel no meu portal.

Mais uma vez, ele está certo.

Ou seja, esse idiota cretino planejou isso quando fez o pedido, e já que ela pediu isso três anos antes e não usou até agora, quer dizer que ele não tinha um objetivo naquele tempo, apenas queria ter uma opção para o futuro, e se preparou para usar ela perfeitamente.

Ele pode ser um cretino, mas é um cretino inteligente.

Tento então ver isso pelo lado bom e ruim.

No pior dos casos, ele quebra meu portal, mas consegui atravessar me livrando do contrato de uma forma ou outra.

Depois disso, vou ter que fazer o mesmo ritual de novo, e mesmo não sendo nada agradável rodar à Terra a procura dos ingredientes, deve ser mais fácil dessa vez, já que tenho conhecimento de onde tudo está ou pode estar.

No melhor dos casos, o contrato é cumprido, e Constantine morre do outro lado do portal sem o danificar.

Enquanto estou nos meus pensamentos, Constantine continua fazendo seu grafite no meu portal, símbolo por símbolo, deixando o cheiro de sangue no local bastante desagradável para mim.

Sangue velho, é um dos piores cheiros que já senti.

Os símbolos gravados são bem antigos, consigo identificar alguns deles, são símbolos usados na linguagem dos demônios.

"Maldito Constantine, você está usando meu portal para ir para o inferno?" Pergunto para ele.

"Estrela dourada para você." Gritou ele, como se eu fosse um aluno e acabei de descobrir a resposta.

"Mas porquê? Com suas habilidades, abrir um portal para o inferno ou encontrar um caminho secundário não deve ser um problema."

Incrivelmente, o inferno é um dos lugares místicos mais fácies de entrar, chega até ser ridículo a facilidade e quantidade de rituais para isso.

"Isso é verdade, mas o problema, é que eu meio que fui banido."

"Como?"

Acho que minha super audição deu defeito.

"Fui banido do inferno." Confirmou ele que meus ouvidos estão funcionando.

Ser banido magicamente não é algo simples, é como se literalmente todas as portas e caminhos fossem fechados magicamente para você. Isso é tão grave, que mesmo sé o Constantine cria-se um feitiço do zero, completamente novo e nunca visto antes para viajar para o inferno, ele não funcionaria.

"Como isso aconteceu?" Controlo minha voz o máximo que posso antes de perguntar.

"Eu e o Morningstar, tivemos um pequeno desentendimento sobre uma certa alma, e ele achou ser mais diabólico me banir do que tirar minha vida, concordo com ele nisso." Contou ele, se levantando do chão após escrever no último espaço do portal.

"Ignorando isso, você foi banido Constantine, isso quer dizer que meu portal também não vai funcionar." Explico obvio para ele.

"Isso se isso fosse tecnicamente um portal para o inferno, mas eu meio que construiu um atalho que leva para um local próximo ao inferno, de lá, eu tenho outros planos."

"Isso não faz o menor sentido!" Grito com ele.

"Isso é magia, ela nunca fez sentido!" Gritou ele de volta numa pequena explosão, algo que ele nunca mostrou antes.

Logo depois, ele se virou e voltou ao seu trabalho de arte, adicionando mais pequenos símbolos e detalhes em cada coisa que ele desenhou antes, demonstrando grande habilidade e cautela.

Algo está estranho.

Constantine é muitas coisas, mas nunca foi inconsequente com suas ações, não quando o assunto é magia. Então agora, essa pequena explosão foi um sinal para algo de maior.

E mesmo assim, sabendo que ele pode estar meio instável, não posso fazer nada para parar ele.

Maldito contrato magico.

"Acabado." Falou ele.

Ele jogou o pote onde estava o sangue e o pincel no chão, se afastou para talvez ver se errou em algum símbolo.

Escrever símbolos não é algo que se deve fazer se não tiver muita prática, apenas uma linha errada, e tudo entra em colapso, ou pior, gera um resultado aleatório, por isso, quando se trata de usar feitiços envolvendo desenhos, símbolos ou pentagramas, tudo é feito de forma exata, desde a medida do tamanho de um desenho até inclinação de uma letra tem que ser perfeito.

"Nada mal para um velho britânico bêbado." Parece que ele fez tudo certo, infelizmente.

"Mais vez, peço para você não tentar essa loucura."

"Shiff!"

Constantine não liga para meus pedidos, tira um cigarro do bolso o acendendo com seu isqueiro. Ele leva o cigarro para sua baca, e com o isqueiro ainda aceso, ele o joga no lado esquerdo do portal acertando o símbolo inferior, que se ilumina assim que foi tocado pelo fogo.

Isso causou uma reação em cadeia, e depois, cada símbolo de baixo para cima começou a brilhar num vermelho sinistro. Em seguida, foi o cheiro de ferrugem que tomou o ar, a nevoa negra saindo do próprio portal começou a ser tingida de vermelho como o sangue, espalhando o fedor por todo o lugar.

Os símbolos brilharam mais fortemente, e o portal negro nas portas também começou a mudar, de preto sem cor nenhum, para um vermelho forte.

"Perfeito." Comentou ele.

Como se estivesse se preparando, Constantine puxou seu casaco e bateu com os sapatos no chão se livrando da terra neles.

"Então, até mais." Se despediu ele sem olhar para mim.

Mas assim que ele deu alguns passos se aproximando do portal, ******** aconteceu.

"TUMMMMMMMMMMMMMMMM!"

Não sei dizer se o som veio do buraco vermelho entre a porta ao do nosso redor, foi uma forma estranha de barulho, aonde o som pareceu ser emanado de vários pontos ao mesmo tempo, me forçando a cobrir minhas orelhas inutilmente para tentar abafar o barulho.

Não houve tempo para pensar nisso também, logo em seguida, a fumaça vermelha triplicou de volume, cobrindo todo o chão e se aproximando rapidamente da Torre.

Também não houve tempo para pensar nisso, já que em seguida, fui puxado por uma força invisível na direção do portal.

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Como sempre, as boas notícias primeiro.

Eu estou vivo.

A má notícia.

Eu não estou mais na Torre, na verdade, eu não estou mais na Terra ou sequer na mesma galáxia que a Terra está.

Não sei o que aconteceu exatamente com portal, mas sei que ele deu defeito, e o resultado disso me acertou com força, e essa força foi o bastante para me deixar inconsciente por algum tempo. Logo em seguida, acordei de cara contra a grama.

Esse com certeza é um belo lugar.

Acordei em cima de uma colina solitária com uma árvore também solitária de quatro metros de altura. Abaixo da colina, a apenas um campo de grama reto que se estende até onde minha visão pode ver, o que é muito, muito longe.

A temperatura estava perfeita, assim como o vento gentil soprando, o cheiro era de grama logo depois da chuva.

Em todos os sentidos, perfeito.

Como eu sei que não estou mais na Terra?

Fácil, o céu não estava certo.

Com minha visão semideus, posso facilmente ver o brilho das estrelas mesmo de dia, e sendo aluno da Diana, sei muito bem me localizar por elas, assim como seus nomes e histórias. Mas mesmo se eu não soube-se disso tudo, às duas luas no céu, é o bastante para realmente ter certeza.

E diferente da minha lua na Terra, essas luas estão incrivelmente próximas, dando a impressão que eu poderia pular de onde eu estou para elas facilmente.

Ao redor das luas, não haviam estrelas, apenas um redemoinho de cor azul-claro e escuro, como o quadro do Van Gohg, Noite Estrelada.

Não, exatamente como o quadro Noite Estrelada de Van Gohg.

Era simplesmente de tirar o folego.

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Tirei alguns minutos para olhar a vista encostado na árvore. É uma paisagem tão bela, que seria um pecado perde a oportunidade de não tentar ver todos os seus detalhes.

O outro motivo disso, queria saber se o Constantine, poderia aparecer por aqui, como ele estava na minha frente, também deve ter sido arrastado.

Também tentei usar o portal sem sucesso. Foi uma tentativa falha desde o início, o portal foi feito para me levar da Terra para o submundo, não de outra dimensão, que pode até mesmo ter suas próprias leis magicas diferentes das que estou acostumado.

Mas eu tinha que tentar.

Também repassei todo o conhecimento que tenho sobre como viajar para outras dimensões assim como os feitiços para voltar, mas a maioria deles precisa de itens, ou de informações precisas, algo parecido com as coordenadas dessa dimensão e da minha para evitar me perder mais ainda.

No fim, só sobrou a opção de andar e tentar encontrar qualquer coisa que pode-se me guiar a resolver essa bagunça, e se eu tiver sorte, vou encontrar o Constantine, e enfiar minha espada no peito dele. A também chances dele ter sido enviar para outra dimensão, quem sabe onde esse idiota está agora.

Não querendo voar muito acima e arriscar sofrer algo tocando no céu/pintura, Conjuro minha armadura com meu golem em forma de capa e voo apenas alguns centímetros do chão, curtindo a grama alta tocando meus pés e o cheiro dela.

Foi só após alguns minutos de voo que a primeira mudança aconteceu.

Mesmo curtindo a paisagem, não estava me movendo lentamente, na verdade, na minha velocidade atual, eu poderia cruzar todo os Estados Unidos de ponta a ponta em alguns minutos, mesmo assim, tudo que vi na minha frente foi grama e espaço aberto.

Depois de duas horas, comecei a ficar um pouco preocupado me sentindo como um hamster correndo na sua roda sem parar não indo a lugar nenhum.

Fui acertado então, foi uma mudança brusca.

Por conta da minha velocidade, acabei batendo de frente com o tronco de uma árvore, atravessando mais duas antes de poder parar e dar uma olhada onde eu estava agora.

Da infinita planície para uma floresta com árvores tão altas que se perdem a vista.

Não foi apenas a mudança, mas o ambiente também mudou de um momento para outro, o cheiro de grama desapareceu e foi substituído pelo cheiro das árvores e umidade. Isso é estranho, já que o cheiro normalmente vai desaparecendo aos poucos até sumir. Isso quer dizer, que posso ter atravessado para outra dimensão ou o lugar que estou é separado por várias sessões que por sua vez estão separadas do espaço uma da outra mais compartilhando o mesmo lugar.

De qualquer forma, agora não tenho nem mesmo o céu para me guiar, já que as folhas das árvores estão realmente cobrindo o céu por quase completo, ainda tenho luz solar, ela atravessa as pequenas brechas deixadas pelas árvores, dando um toque de encanto a floresta.

Sem poder voar, comecei a correr o mais rápido que podia entre as árvores seguindo sentido norte.

Mais uma hora depois, finalmente encontro os primeiros seres vivos dessa dimensão.

No início, pensei serem vaga-lumes, que estavam voando para todos os lados num local completamente tomado de flores das mais diversas cores, elas crescerem descontroladamente pelos troncos e chão da floresta, e esse pequenos vaga-lumes, estavam voando entre elas e às vezes se aproximavam para fazer algo nelas.

Diferente dos vaga-lumes comuns que brilham com uma luz amarela, eles tinham mais cores e emitiam mais luz.

Tive que me aproximar um mais para perceber que não eram vaga-lumes, e sim criaturas humanoides de pele cinza, sem cabelos, olhos redondos coloridos, orelhas pontudas e asas de borboletas que emitiam a luz.

Fadas.

Só que um tipo diferente das inteligentes, essas voavam e agiam como abelhas.

A vários tipos de fadas, as mais conhecidas são aquelas presentes e ativas no tempo do Rei Arthur, depois que os mortais começaram a perder a fé nelas, as fadas poderosas fizeram um pacto com Lúcifer, ganhando um local no inferno, aonde elas construíram a A Terra das Fadas, que é o único lugar no inferno aceitável para se viver.

E nesse lugar que se encontra o mais famoso mercador magico, um lugar que literalmente se diz ter tudo a venda por um preço, um lugar que sempre quis visitar.

Sera que estou no Inferno, próximo das Terras das Fadas?

Não posso deixar de pensar, mas as chances são poucas.

Sem se importar com minha presença, as fadas continuam fazendo o que tem que fazer, enquanto isso, chego mais perto das flores. Quando retiro uma delas lentamente do chão, olhando para as fadas que não fazem nenhum movimento para a proteger, continuou a pegar mais delas.

Mesmo sendo apenas rosas comuns, essas foram tocadas e cuidadas por seres sobrenaturais, então, devem ter algum valor para pesquisa.

No final peguei um pequeno buquê de flores, cada uma de uma cor diferente, as guardei para estudar mais tarde.

Depois de tudo feito, para não abusar, recuou e contorno todo o território das fadas.

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Continue em frente na minha velocidade máxima, e depois de mais algumas horas, encontrei os segundos seres vivos desse lugar.

Uma pequena manada de cervos.

Mas não servos comuns. Eles tinham cinco metros de altura, seu pelo era branco e seus chifres longos e altos pareciam vidro transparente.

Diferente das fadas, eles ficaram incomodados com minha presença no seu território, o macho alfa do bando, me atacou e acabou acertando uma arvore do meu lado, o resultado, a arvore foi quebrada com a força dele.

Uma arvore que tinha pelo menos um metro de largura no seu tronco.

Para não perturbar mais, fugi o mais rápido que podia.

Também vi alguns pássaros estranhos que estavam literalmente pegando fogo enquanto voavam.

Como posso dizer, tudo que vi era bem único e fantasioso e incrivelmente belo, como um bom sonho.

Infelizmente, nem tudo aqui era bonito.

"Eu realmente sinto muito, sou novo nessa dimensão, e não sei absolutamente nada, não foi minha intenção invadir seu território." Desculpo-me com o ser em pé na minha frente.

Depois de sair da floresta, acabei ficando de cara com mais uma planície, a mudança dessa vez veio por conta do clima. Não havia grama, todo o chão estava coberto por dois centímetros de neve, que não parava de cair das nuvens carregadas no alto.

Também havia agora um montanha no horizonte, maior que qualquer um que já vi na minha vida, com seu pico fino apontando para cima parecendo um espada cortando os céus toda coberta de neve.

A montanha era meu novo destino, subir num lugar tão alta me daria uma visão mais clara de tudo aqui.

Mas assim que cheguei nela e comecei a subir, dei de cara com uma caverna, e na frente dela, o ser que estou tentando conversa agora.

Com dois metros de altura, corpo forte largo cheio de músculos, sem camisa ou qualquer outra roupa, sem cabelos ou outros peles, e por fim, sua cor era verde lodo.

Tentei falar com ele, já que ele é um humanoide e pode ter inteligencia, mas pela forma que ele está abaixado no chão como um gorila olhando para mim, me fez perde um pouco as esperanças.

Foi como pensei, assim que terminei de falar, ele levantou seus dois braços para o alto e os bateu na neve.

"TUMMMMMMMMMMM!"

A neve intocada explodiu para o alto com a força do golpe dele.

Ele tem força sobre-humana.

Como um animal, sem falar nada, ele pula na minha direção.

Agora consegui ver o seu rosto, ou mais precisamente a falta dele, o monstro na minha frente não tinha olhos boca ou nariz, apenas algo reto aonde deveria estar sua face.

"Eu não quero lutar." Tento mais uma vez enquanto desviava para esquerda o deixando passar por mim e rolar na neve.

Ele ataca de novo, se jogando contra mim.

"Não tenho a intenção…"

O monstro verde, assim que passou por mim dessa vez, abriu seus braços e tentou agarrar meu pescoço me fazendo ter que dar um pulinho para trás para escapar.

"Isso não vai levar a lugar nenhum assim." Penso em voz alta, vendo ele se levantar de novo do chão.

Durante seu ataque dessa vez, minha capa de pura escuridão se moveu sozinha, a lateral dela no chão se transformando num tentáculo que acertou levemente o joelho do homem verde o derrubando.

Antes dele se levantar, estendo minha mão com a palma para baixo e os dedos separados e curvados enquanto conjurava o feitiço. Nas minhas costas, uma mão esqueleto maior que meu corpo surgiu.

A mão tinha ossos pretos e uma energia cinza ao seu redor, ela parecia estar vibrando, alternando entre o estado solido e de energia.

Com um movimento da minha mão real, a mão de esqueleto se enfiou no chão bem em cima do homem verde.

Abaixei minha mão, e os dedos do esqueleto na minha frente perfuraram a neve chegando no chão prendendo o homem verde na sua própria prisão.

Ele tenta bater seu corpo contra a mão esqueleto gigante, mas ele não tinha espaço o bastante para pegar impulso machucando apenas ele mesmo na sua tentativa, mas não gravemente.

Depois de três anos, finalmente consegui adaptar o feitiço da Ravena, o Soul-self, e criei a minha própria versão, não tão poderosa quando a dela é claro, mas incrivelmente útil também. A versão original dela, interagia tanto com o lado físico quando espiritual, por isso ela podia atacar ou mover coisas físicas e também a usar para atravessa paredes e se teleportar.

A minha apenas tem o lado físico, mas ela também pode ser usada para realizar certos feitiços como a Soul-self.

"Vai desaparecer daqui a duas horas." Digo para o Homem Verde, que continua tentando escapar.

Eu estava prestes a continuar minha subida, quando vejo um brilho rapidamente dentro das caverna do homem que me atacou.

Curioso, entro dentro dela sem medo do escuro, que para mim, é mais visível que o sol acima da minha cabeça.

A caverna não é nada demais e nem muito grande, apenas uma buraco na parede, mas tinha uma segunda saída, e depois de a atravessar, o ambiente mudou de novo.

Da neve, fui parar agora em outro campo aberto.

Estou em cima de uma pequena colina verde com grama sobre meus pés cheio de plantas por todo o lado, do lado da colina, posso ver uma estrada feita de pedra bem antiga.

Sigo por ela lentamente, já que onde a uma estrada, no final dela deve haver uma civilização.

Não demorou muito para a encontrar, depois de fazer uma curva na estrada, do lado dela, estava um casa tirada do mundo de fantasia.

Ela era parecia mais um chale, feita de madeira com uma chaminé de três metros saindo do telhado que estava coberto por grama.

Havia uma outra estrada indo da principal até ela, mas diferente daquela de pedra em eu que estava andando a pouco, essa tinha tijolos amarelos como ouro.

A porta da casa estava aberta, e havia duas pessoas sentadas numa mesa na frente dela tomando chá, uma delas era uma senhora bem idosa, com nariz grande, cabelo longo branco despenteado usando um tapa olho, com rugas por todo o rosto vestindo um vestido velho azul cobrindo todo seu corpo. Os dedos finos e longos dela, com longas unhas estavam seguravam a xícara branca com grande dificuldade por conta do seu tremor constante.

Tudo nela gritava, Bruxa.

"Você está atrasado." Diz o segundo homem.

Constantine, sentando do lado da bruxa, com uma xícara na mão, me da um grande sorriso convencido.

Para cumprir minha promessa, saco minha espada.

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