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Cynic's Second Wind: DxD Chronicle

Debochado e alexitímico: esse era meu antigo eu, vivendo uma existência marcada pela indiferença e cinismo. Minha morte, tão degradante quanto a vida que levei, deveria ter sido um fim, um descanso eterno que, no meu ponto de vista, seria mais do que suficiente. No entanto, parece que os céus tinham planos diferentes – ou talvez, apenas um senso de humor extremamente cruel. Com o que deveria ter sido meu último suspiro, veio, para minha surpresa e desagrado, um novo fôlego de vida. Renascido em um mundo onde magia, demônios, anjos e entidades caídas não são meros produtos de contos fantásticos, mas uma realidade tangível e perigosa, aqui estou eu, reencarnado como um humano comum. Perdido neste estranho novo mundo, uma pergunta persiste, martelando incessantemente em minha mente: Por que eu não pude simplesmente permanecer morto? Qual é o propósito de ser arrancado do nada para ser jogado de volta à existência, e em um lugar tão absurdamente surreal quanto este? Por que, de todos os destinos possíveis, eu tive que reencarnar? Prepare-se para uma saga onde o sobrenatural e o humor negro coexistem, onde poderes, artefatos, criaturas místicas e personagens oriundos de diversos animes e mangás farão suas aparições. No entanto, no cerne desta narrativa enigmática e irreverente, encontramo-nos imersos no universo de High School DxD. Embarque nesta jornada desconcertante e, por vezes, hilariante, enquanto eu tento desvendar o mistério por trás de minha inexplicável reencarnação.

Kuroto_Tennouji · Fantasy
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16 Chs

Volume I - Capitulo 2

Aquele médico imbecil estava batendo na minha bunda. Encarei-o fixamente e consegui esboçar um sorriso enquanto levantava meu dedo do meio para ele.

Médico: Hã?

- Aawa awa wawa!

"Filho da puta!"

Fiquei surpreso ao tentar falar, já que minha voz não saiu como eu esperava. Na verdade, nem posso chamar isso de voz; foram só alguns sons estranhos que consegui emitir.

Médico: O que foi isso?... Senhora, acho que seu filho é masoquista. Ele está sorrindo após levar um tapa e parece que seus dedos travaram - com o dedo do meio erguido - ele disse, fechando minha mão gentilmente.

Meu rosto fechou instantaneamente, e cerrei meus pequenos olhos para aquele palhaço.

-As awawaw awawaw wawaw wawa, awawa awwa awawaw awaa.

"Tá achando graça, né? Filho da puta. Espera só, vou te meter o cacete."

???: Posso ver ele um pouco? - Ouvi uma voz gentil e cansada falar um pouco à frente. Tentei virar meu rosto levemente para lá. Consegui, meu Deus! Meu corpo está tão estranho para se mover.

Diante de mim estava uma mulher de aparência jovial, ostentando um rosto imaculado cuja pele clara tinha a delicadeza e perfeição da porcelana. Seus olhos eram de um roxo profundo e enigmático, proporcionando um contraste fascinante com sua tez pálida, uma combinação hipnotizante que me prendeu instantaneamente. Cascatas de cabelos pretos, longos e sedosos, enquadravam seu rosto com elegância, dançando delicadamente com cada movimento que ela fazia.

Ela estava vestida de maneira simples, adornada com vestes hospitalares que lembravam um conjunto de pijamas, tingidas de um azul suave e tranquilizante. Embora a indumentária fosse despretensiosa, servia como um pano de fundo discreto que só servia para realçar ainda mais sua beleza natural e aura serena.

"Essa mulher... é minha mãe?" - perguntei fiquei hipnotizado com a beleza dela por alguns segundo encarando ela

Medico: Claro madame, mas tome cuidado, você exerceu muito esforço durante o parto - ele disse me levando ate ela, meus olhos nem por um momento saíram dela e quando ela me pegou gentilmente, senti meu corpo ser envolvido por uma sensação incrivelmente acolhedora, ela me segurou com cuidado e levou seu dedo ate meu rosto acariciando ele levemente

Mãe: Ele e tão calmo - ela disse de forma gentil enquanto esboçava um sorriso lindo e carinhoso em minha direção, levou seu dedo ate minha mão como se quisesse que eu segurasse seu dedo

Ficamos alguns minutos sozinhos ali apenas nos dois, não ouvi mais o medico durante esse tempo, ela ficou me acariciando mas era visível seu cansaço, ela estava segurando para ficar comigo, ela começou a cantarolar uma pequena musica para mim enquanto me ninava

Mâe: Não sei se tu tens um anjo

Que eu tenho um anjo sim

Meu anjo é um pequenino

Que agora vai dormir

Dorme meu anjo lindo

Meu menino serafim

Que o sono vem vindo

Pra levar você de mim

Porque está na hora

Na hora de dormir

Dorme meu pequenino

Dorme meu querubim

Ela cantarolava enquanto me ninava e eu rapidamente comecei a ficar com sono

~ awawaw... wawaw...

"não quero... dormir..."

Médico: Madame já terminamos os preparativos, irá dar um nome ao menino? - o médico perguntava enquanto voltava já sem os equipamentos e a máscara

-... - Continuei a observá-la de forma analítica, enquanto, com esforço, erguia meus bracinhos.

Mãe: Ahm? - Ela percebeu meu gesto, sorriu novamente e me abraçou com suavidade. - Que fofura. - Seus olhos me analisavam enquanto um sorriso gentil dançava em seus lábios. Com dificuldade, ela pegou minha mão pequenina e continuou a me ninar.

O sono se intensificava, tornando difícil manter os olhos abertos.

???: Kuroto, minha pequena Estrela Negra. - Ela murmurou com um sorriso doce.

Respondi com um sorriso tímido. Kuroto... Não é um nome ruim. Rapidamente, minha consciência começou a desvanecer, e a última coisa que senti foi um toque macio e úmido na testa.

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Ao acordar, notei que minha mãe não estava mais lá. Estava em um berçário, cercado por outros bebês. Tentei me levantar, mas meu pequeno corpo não obedecia. Uma enfermeira entrou no quarto e pareceu identificar-me imediatamente.

Enfermeira: Uhm... Acho que é esse aqui. - Ela parou diante do meu berço e, de seu bolso, retirou uma seringa com um líquido verde.

- Wa! Awawa awawaaa awwa! - Tentei protestar, mas ela me segurou firmemente.

Enfermeira: Fique quieto, garoto. Será rápido.

Justo quando a agulha estava prestes a perfurar minha garganta, ela caiu desacordada, e a seringa voou pelo ar, quase me atingindo. No último instante, uma mão delgada a interceptou.

???: Essa foi por pouco, pequenino.

Quando do absoluto nada, Ela surgiu uma figura toda misteriosa, envolta em um manto branco com um brilho especial, detalhes dourados elegantes bordavam a peça, e no peito, um símbolo roxo chamativo se destacava. As mangas do manto tinham trechos na cor preta, adicionando um toque de mistério ao visual da figura. De baixo do capuz, dava pra ver um sorriso suave, desses que tranquilizam a gente.

A figura segurava um cajado branco na mão que era um show à parte: tinha pedras de várias cores que brilhavam uma atrás da outra, criando um efeito visual hipnotizante. Ao redor dela, uma aura brilhante dançava no ar, exibindo todas as cores do arco-íris, como se ela carregasse consigo uma pequena aurora boreal.

Através do capuz, mechas de cabelo branco, longo e liso caíam, emoldurando um par de olhos rosados e um rosto tão puro e límpido que parecia surreal. A beleza da figura era de cair o queixo, daquelas que a gente não consegue encontrar as palavras certas pra descrever, sabe? Era um tipo de beleza tranquila, suave, mas ao mesmo tempo poderosa e inesquecível. 

Sua voz era como uma melodia suave que trazia consigo a essência do tempo e o calor de mil sóis, carregando uma gentileza e uma familiaridade que era impossível ignorar.

???: Ah, meu pequeno Kuroto... - Ela murmurou, um sorriso amável e ligeiramente melancólico dançando em seus lábios. - Quanto tempo se passou desde que meus olhos puderam te admirar assim, tão de perto, meu querido.

Seu olhar era intenso, como se estivesse tentando gravar cada detalhe meu em sua memória. 

???: Você não faz ideia do quanto cresceu, do quanto se transformou. Mas seus olhos..." Ela suspirou suavemente, - Eles ainda carregam a mesma essência indomável.

Com movimentos lentos, ela esticou o cajado em minha direção. Um círculo estranhamente belo e colorido emergiu da ponta do objeto, apresentando no centro o desenho intricado de um dragão tribal. Uma sensação ardente invadiu meus olhos, turvando minha visão temporariamente. Era como se uma venda tivesse sido removida, e o mundo de repente se mostrou em cores e brilhos nunca antes percebidos.

Uma aura flamejante, composta por todas as cores do espectro, envolvia a mulher, fazendo-a parecer como se estivesse envolta em chamas mágicas de arco-íris. Esse brilho resplandecente parecia realçar sua beleza etérea, conferindo-lhe uma aparência ainda mais majestosa e inalcançável

- awa? - Murmurei, confuso.

"Oque você fez?"

- Esse mundo é repleto de mistérios e maravilhas, Kuroto." Sua voz soava suave, mas carregada de uma sabedoria antiga e infinita. - E você, meu precioso, tem o poder e o destino de explorar e entender cada um deles.

Ela suspirou novamente, um som leve e triste, cheio de amor e perda.

???: Por mais que eu deseje ficar e te guiar por cada passo, estamos sem tempo. No entanto, saiba que, não importa para onde vá, meu amor sempre te acompanhará ainda fico de cara a irresponsabilidade daquela largatixa não me avisou de sua chegada - ela mostrou apreensão por um segundo mas olhou novamente para mim e sorriu - mas o importante e que esteja aqui. - sua mão se direcionou ao meu pequeno rosto

um carinho indiscritivelmente acolhedor e gentil vinha daquelas mãos suavez e macias, como se ela estivesse amando apenas fazer isso, porem seu sorriso gentil mostrava um tom melancolico e triste

???: Continua um arrasa corações, de quem sera que voce puxou isso em pequenino? - ela riu baixinho enquanto beliscou minha bochecha levemente e logo seu tom voltou ao melancolico e ela logo se afastou lentamente do berço porem sem sair do meu campo de visão

???: Cresça forte e sábio, meu pequeno Kuroto. E lembre-se: você nunca está verdadeiramente sozinho, sempre estarei te amando. - E com isso, a visão da mulher começou a desvanecer, como se ela estivesse sendo consumida pelas chamas coloridas que a envolviam, deixando para trás apenas o calor de seu amor 

As palavras da figura misteriosa ecoavam na minha mente, imbuídas de uma ternura e um amor inabaláveis. As chamas multicoloridas que a envolviam começaram a se desfazer, dissipando-se no ar e deixando um rastro de luz cintilante atrás. Gradualmente, sua silhueta desapareceu, e o brilho de suas vestes, cabelos e olhos se perdeu na vastidão do espaço, como se ela nunca tivesse estado ali.

Meus olhos se fecharam por um segundo mas parece que não foi o caso, porque quando os abri novamente, a enfermeira estava lá, sorrindo para mim.

Enfermeira: Olha só que bebê fofo!

"O que acabou de acontecer?" - Pensei, confuso.

Enfermeira: Vamos conferir o relatório... - ela puxou um pequeno caderno e folheou - número 3955641... Uhm? Sem registros de mãe ou pai?

"O QUE?!" - Pensei alarmado, embora meu exterior apenas exibisse uma expressão confusa.

Enfermeira: Isso parece um erro... - Ela continuou lendo - Ah, encaminhamento para adoção... Compreendo...

"Merda, ela me abandonou mesmo!"

Lembrei-me brevemente da minha vida anterior e de como minha mãe havia morrido. Ainda assim, a mulher que acabara de me dar à luz parecia genuinamente amorosa. Ela realmente me abandonou? Ou foi algo mais sinistro?

Não conseguia fazer muito por enquanto, mas anotei mentalmente o rosto do médico. Ele certamente teria informações sobre ela.

Enfermeira: Você é bem quietinho, não é? Não te ouvi chorar uma única vez.

- Aw ewawa we awaww awww awwewwe - murmurei, tentando comunicar algo.

Enfermeira: Está tentando falar alguma coisa? - perguntou ela, com uma expressão surpresa.

Eu fecho os olhos para tentar disfarçar e finjo dormir e acabo realmente pegando no sono, e um saco dormir o tempo todo mas ainda me sinto cansado

Quando acordo novamente tenho a grande surpresa de ter vários médicos me inspecionado ao que parece aquela enfermeira abriu o bico e os médicos vieram averiguar, tentei o máximo não demostrar mas estava irritado com esses putos me encarando até que eles começaram a falar

Médico¹: talvez um estímulo externo ajude - ele disse e logo me beliscou

- Pa... Rem.... De ... Me... Oca - forcem com tanta vontade pra falar que senti minha boca sangrar um pouco, parece que forcei muito as cordas vocais de bebê que sequer se desenvolveu direito

Os médicos arregalaram os olhos e logo me encaminharam pra uma sessão médica pra me tratar depois daquilo... Sou encaminhado para sala de pesquisa?

"Porque tem uma coisa dessa num hospital?"

Bem eles começam a fazer testes Infantis de raciocino sabe aqueles brinquedos de colocar de colocar formas em buracos então, essa merda mesmo... Me senti idiota e fiquei encarando os médicos com um olhar de puto

Me colocaram um daquele no berço, falaram que só iriam me alimentar se eu conseguisse completar, que porra de médicos são esses negando comida a um bebê? Mas eles pareciam sérios... Ah que saco

Me esforço bastante para fazer oq pediram tenho muita dificuldade só para me levantar, me encosto na beirada do berço e tento puxar o cobertor aonde estava o brinquedos e as peças e então seguro de forma bem desajeitado e começo tentar encaixar, e bem difícil no começo mais começo a me acostumar aos poucos de como agarrar os objetos e encaixar e depois de alguns minutos termino, estou exausto... Nunca pensei que seria tão exaustivo colocar objetos em um brinquedo, logo depois os médicos vem me dar congratulações, e logo me pegaram no colo, apenas adormeci, mas que coisa problemáticas...

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(UM ANO DEPOIS...)

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Atualmente me encontro em uma sala de observação, onde os médicos aplicaram eletrodos em minha cabeça para estudar o funcionamento do meu cérebro. Devo admitir que isso é, no mínimo, irritante.

Desde que "nasci", já se passaram 14 meses. Fui colocado para adoção há 5 meses e, desde então, tenho sido um rato de laboratório. Toda semana sou submetido a pelo menos quatro baterias de testes, com um dia de descanso entre cada série de "exercícios". É um inferno de exames, radiografias, testes psicológicos e neurológicos. Posso dizer que, se não fosse pelas experiências da minha vida passada, já teria enlouquecido.

Doutor: Iniciaremos a bateria de testes em 10 minutos. Como estão seus olhos?

Permaneci em silêncio, sentado em um canto da sala, fixando o olhar na parede.

Doutor: Kuroto, como estão seus olhos?!

- Normais! Me deixe em paz!

Essa é uma pergunta que sempre me fazem. Ao que parece, a coloração dos meus olhos sofreu uma alteração nas primeiras horas de vida. Não me informaram detalhes específicos, dizendo ser irrelevante, mas é fato que meus olhos se tornaram... exóticos, para dizer o mínimo.

Ao me virar para responder, me deparei com aquele vidro típico de delegacias, sabe? Aquele onde de um lado você só vê seu próprio reflexo, enquanto do outro, alguém pode estar te observando, não pude deixar de analisar minuciosamente cada detalhe do que via. Meus cabelos brancos, que pareciam ter sido arrancados diretamente de um campo nevado, contrastavam fortemente com minha pele, cuja textura e aparência lembravam a da mais fina porcelana. Apesar de ter apenas 14 meses de idade, eu já me destacava entre as outras crianças, sendo alguns centímetros mais alto que a maioria delas.

Minha constituição física era magra, mas de uma magreza que indicava saúde e vitalidade, e não fragilidade. Minha expressão facial quase sempre oscilava entre um semblante de incômodo ou pura irritação. Vestia-me de forma simples, como seria esperado para alguém da minha idade: uma camisetinha de mangas curtas, um casaquinho azul decorado com detalhes brancos que lembravam pequenas penas, um shorts preto e sandálias também pretas.

No entanto, o que realmente chamava a atenção em minha aparência eram meus olhos. Eram completamente negros, com pupilas brancas – uma combinação nada natural e que intrigava médicos e pesquisadores. Já haviam realizado diversos exames oculares em mim, questionando-se sobre minha capacidade de visão. No entanto, ao contrário do que eles poderiam pensar, esses olhos não eram diferentes dos olhos normais, exceto por sua coloração peculiar. Em minha vida anterior, meus olhos também mudavam de cor. Realmente, o que há de tão especial nisso?

Quando estou prestes a desafiar novamente os doutores, uma enfermeira entra na sala com uma seringa na mão, desencadeando lembranças desagradáveis. Provavelmente, é um relaxante muscular ou um tranquilizante.

Enfermeira: Você já sabe como é, garoto. Estenda o braço e facilite para todos nós.

- Não enche! Saia daqui! -Retruquei, visivelmente irritado.

Enfermeira: Vamos, garotinho... - Ela se aproximou lentamente.

- Se me furar com isso, garanto que não vou cooperar! - Levantei a voz em protesto.

Doutor: Enfermeira... Deixe o anestésico de lado. Ele vai cooperar.

Enfermeira: Ótimo - ela disse, lançando-me um olhar antes de deixar a sala.

O médico, por sua vez, estava em um quarto adjacente, separado por um vidro, e comunicava-se comigo por um alto-falante instalado na sala. Ele começou a me aplicar testes de raciocínio lógico e coordenação motora, algo avançado demais para minha idade.

No primeiro teste, me deram onze pregos. Já conhecia esse experimento, algo relacionado ao centro de gravidade, não? Deus, esses caras são doidos.

Médico: O teste é simples. Quero que equilibre todos os pregos em apenas um. Use o método que quiser, mas quanto mais criativo, melhor.

Sem responder, acenei levemente com a cabeça em concordância. Peguei um dos pregos da mesa e o finquei no tampo com a ajuda de um banco, usando-o como martelo. Em seguida, coloquei um dos dez pregos restantes na horizontal sobre o primeiro e alinhei os outros oito em cima dele. Coloquei quatro com as pontas voltadas para a direita e quatro para a esquerda, e então inseri o último prego na extremidade oposta ao primeiro. Por fim, segurei nas extremidades da estrutura e a equilibrei cuidadosamente sobre o prego fincado na mesa. Depois de alguns instantes instáveis, todos os pregos estavam equilibrados em um só.

Médico: Excelente raciocínio sobre distribuição de massa. Tem estudado por conta própria? - Ele perguntou, anotando algo em sua prancheta sem me olhar.

Permaneci em silêncio, encarando-o com um olhar indecifrável.

Doutor: Precisamos trabalhar mais a sua interação social. - Ele murmurou, fazendo mais anotações. - Ok, próximo teste: coordenação motora e memória.

Uma enfermeira entrou, deixou um brinquedo na mesa e saiu. O médico parecia animado com os resultados até agora. O brinquedo era um daqueles de coordenação e memória com um círculo de oito cores diferentes e quatro símbolos menores. No centro, havia uma tela que exibia uma cor e um símbolo, os quais eu deveria pressionar em sequência. Era um desafio considerável, mesmo para um adulto, mas, por alguma razão, eu achava aquilo divertido e comecei o teste.

Enquanto me concentrava, o telefone do médico tocou. Ele desligou os alto-falantes e começou a falar, desviando sua atenção de mim. Aproveitei para focar no brinquedo, que ficava cada vez mais difícil e rápido. Depois de vinte rodadas, já estava quase impossível, com uma sequência de trinta e cinco cores e símbolos para serem pressionados em quinze segundos. Dei o meu máximo e, finalmente, consegui. Mas quando esperei pela próxima rodada, algo estranho aconteceu.

O brinquedo enlouqueceu, piscando rapidamente com mais de dez cores e vários símbolos simultaneamente, incluindo alguns que não estavam no brinquedo originalmente. As luzes da sala começaram a piscar de forma descontrolada, e o médico olhou ao redor, confuso. Isso continuou até que um pequeno símbolo de dragão de cor vermelha intensa apareceu, e as luzes se apagaram completamente, enquanto o brinquedo começou a emitir fumaça.

Tentei me mover na escuridão, mas não conseguia ver nada. Quando bati com o pé na mesa e segurei a perna com dor, notei um pequeno brilho. Olhei e vi um sininho...

"Um sininho... espera, o quê?"

Olhei novamente, confuso. Havia um sininho brilhante voando no meio da sala, com o número cinco cravado nele, como se fosse uma notificação de aplicativo.

Encarando aquele sininho brilhante por alguns momentos, fui abruptamente trazido de volta à realidade pela súbita volta da iluminação da sala.

Doutor: Kuroto?

- Sim?

Doutor: Parece que tivemos um problema com a energia. Está tudo bem?

Apenas dei de ombros e apontei para o brinquedo, que estava liberando uma fina camada de fumaça.

Doutor: Você fez isso?

Balancei a cabeça, indicando que não, e ele me lançou um olhar suspeito.

Doutor: Certo... - Ele se virou e pegou o telefone, discando rapidamente.

Com o médico ocupado, minha atenção voltou ao sininho. Por um instante, parecia que o doutor não conseguia vê-lo. Ou talvez... seria ele cego? Mas antes que eu pudesse pensar mais a respeito, notei que o sino estava se movendo, e quando mudei de posição, ele me seguiu.

"Ele está me seguindo?" - Inseguro, estendi o dedo, tentando tocar o misterioso objeto.

[ BEM-VINDO AO SISTEMA, 'JOGADOR' ]

Uma janela de notificação surgiu diante de mim, lembrando-me dos sistemas de RPG que eu conhecia. Olhei rapidamente para o doutor, temendo que ele tivesse visto a estranha manifestação. Para minha sorte, ele ainda estava ocupado com a ligação e parecia bem irritado.

"Ótimo, agora estou delirando," - pensei, olhando alternadamente entre a notificação e o médico.

Suspirei, tentando organizar meus pensamentos.

"E agora, o que eu faço?"

 

Estou pensando em postar os 5 primeiros cap hoje oque voces acham disso?

Kuroto_Tennoujicreators' thoughts