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Cynic’s Second Wind: DxD Chronicles

Debochado e alexitímico: esse era meu antigo eu, vivendo uma existência marcada pela indiferença e cinismo. Minha morte, tão degradante quanto a vida que levei, deveria ter sido um fim, um descanso eterno que, no meu ponto de vista, seria mais do que suficiente. No entanto, parece que os céus tinham planos diferentes – ou talvez, apenas um senso de humor extremamente cruel. Com o que deveria ter sido meu último suspiro, veio, para minha surpresa e desagrado, um novo fôlego de vida. Renascido em um mundo onde magia, demônios, anjos e entidades caídas não são meros produtos de contos fantásticos, mas uma realidade tangível e perigosa, aqui estou eu, reencarnado como um humano comum. Perdido neste estranho novo mundo, uma pergunta persiste, martelando incessantemente em minha mente: Por que eu não pude simplesmente permanecer morto? Qual é o propósito de ser arrancado do nada para ser jogado de volta à existência, e em um lugar tão absurdamente surreal quanto este? Por que, de todos os destinos possíveis, eu tive que reencarnar? Prepare-se para uma saga onde o sobrenatural e o humor negro coexistem, onde poderes, artefatos, criaturas místicas e personagens oriundos de diversos animes e mangás farão suas aparições. No entanto, no cerne desta narrativa enigmática e irreverente, encontramo-nos imersos no universo de High School DxD. Embarque nesta jornada desconcertante e, por vezes, hilariante, enquanto eu tento desvendar o mistério por trás de minha inexplicável reencarnação.

Kuroto_Tennouji · Anime & Comics
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16 Chs

Volume I - Capitulo 10

Após um breve momento de silêncio, as batidas ressoaram firme na porta.

"Acorda, Kuroto. Vamos zarpar logo depois do café", disse a voz do outro lado da porta.

"Beleza", respondi baixinho, ouvindo os passos se afastarem. "Hoje vai ser longo. Preciso me despedir de todos."

Durante algumas horas, dividi meu tempo entre tarefas e treinamento, a energia amaldiçoada zumbindo constantemente dentro de mim. As palavras de Gojo-sensei reverberavam em minha mente: manter o foco no treino. Assim, cada ação e pensamento se transformava em uma oportunidade para aprimorar meu controle.

O dia de alguma forma voou. Após os exercícios matinais, segui para o refeitório, servi-me da comida de sempre e escolhi um lugar para sentar. Ao avistar Tosca, acenei. Ela se aproximou com um sorriso, diferente, mais brilhante, e mergulhamos em um bate-papo.

"Dormiu bem, Tosca?"

Assentindo, ela manteve sua expressão leve. "Sim, e você?"

"Também," respondi, conduzindo a conversa sutilmente. "Mas o que ilumina tanto esse sorriso hoje?"

Ela compartilhou, com entusiasmo e um garfo dançando entre seus dedos: "Me chamaram no escritório do diretor cedo hoje!" Sua voz estava tingida de gentileza e amizade.

"E aí, o que rolou?" perguntei, antecipando a boa nova.

"Repensaram minha transferência para outro instituto. Foi adiada indefinidamente e pode ser cancelada se eu melhorar meus resultados!" A euforia em seus olhos era rara por aqui.

"Uau, que notícia ótima," falei, mas com uma distância sutil na voz. Esse diretor... o que ele estaria tramando?

"Por que essa cara, Kuro? Você parece nem um pouco feliz por mim!" Tosca fez um biquinho, uma frustração adoravelmente genuína tingindo sua voz.

"Claro que estou. Mas provavelmente vou ser realocado," compartilhei.

Seu sorriso se dissolveu, sendo substituído por preocupação palpável. "O quê? Por quê?"

Expliquei, mantendo a voz casual: "Parece que após o incidente de ontem, o diretor acha que eu me beneficiaria treinando com um instrutor de campo em um esquadrão."

A alegria dela havia desaparecido completamente. "O que você fez, Kuroto?!"

"Ei, por que sempre sou o culpado?" tentei desviar a conversa, falhando miseravelmente.

"Porque o cheiro de confusão de Kuroto é reconhecível a quilômetros de distância!" Ela deu um tapinha leve na mesa, me olhando fixamente.

Passei a mão perto da minha axila e fingi cheirar. "Acho que não estou fedendo tanto assim, vai."

Com os olhos revirando, ela firmou o olhar em mim.

"Estou falando sério, Tosca. Vou ser realocado por causa do incidente de ontem," confirmei, colocando minhas mãos em seus ombros numa tentativa de acalmá-la.

"Você promete?" Seus olhos eram suaves, vulneráveis, quase me desmontando.

"Prometo. Agora come. Você precisa melhorar seus resultados e a alimentação é fundamental... apesar que a comida aqui," elevei o garfo, analisando a comida com desgosto, "deixa muito a desejar."

'Sem dúvida, é melhor que a da prisão, mas ela não precisa saber disso.'

"Às vezes eles nem alimentam as crianças que ficam em último lugar," ela murmurou, um tanto abatida.

"Lembro disso. Foi assim que nos aproximamos, né?"

"Eu ainda me pergunto por que você começou a dividir sua comida comigo," ela confessou, procurando uma resposta nos meus olhos.

"Você me lembra alguém muito especial que perdi," admiti, a imagem de Lisa sorrindo florescendo em minha mente.

Os anos, pensando bem, têm sido uma série de batalhas. Lisa... Ah, como sinto sua falta, mas reconheço que, para ela, talvez eu fosse mais um peso do que um filho. Um fardo adicional, uma semelhança com as perspectivas que muitos tinham de mim na minha vida anterior.

Com um suspiro pesado, desviei minha atenção para o presente, chamando involuntariamente a preocupação de Tosca para mim.

"Está tudo bem?" ela questionou suavemente, uma mão reconfortante no meu ombro e olhos cheios de preocupação genuína.

"Vai ficar, Tosca. Foi só um momento," tentei assegurá-la com um sorriso suave.

Seus olhos estreitaram um pouco, a confusão clara em seu rosto. "Você não costuma ter 'momentos'."

Ninguém é infalível, eu pensei. "Ninguém é inquebrantável, Tosca. Até eu dou minhas vaciladas e chuto o balde."

Com o cenho franzido, ela examinou a área ao redor. "Vaciladas? Não vejo nenhum balde por aqui."

Sorri, apreciando a sua literalidade. "É só uma expressão, Tosca. Não precisa levar tão a sério."

O nosso riso atraiu Lint, que trouxe uma energia vibrante e inquisitiva assim que se sentou.

"Ouvi rumores de uma transferência para o esquadrão de exorcistas. Pensei que Sieg seria o primeiro da fila, mas e você, Kuroto? Como está lidando com isso?"

Elevei uma sobrancelha em uma resposta não-verbal, jogando o mistério de volta para ela. "Quem disse que sou eu?"

Seu olhar aguçado se fixou em mim, e um sorriso travesso se formou em seu rosto. "Vamos lá, Kuroto. Sieg pode ser talentoso, mas quando se trata de causar confusão," ela disse, apontando um dedinho brincalhão na minha direção, "você é insuperável."

A risada suave de Tosca ecoou ao meu lado. "Ela tem razão, Kuro."

Revirando os olhos, suspirei em aceitação. "Talvez. Mas, sabe, pode ser que eu esteja amadurecendo."

Lint soltou uma gargalhada, suas pequenas mãos aplaudindo na mesa. "Isso vai eu pago pra ver!"

Mesmo entre nossas risadas e gracejos, uma tensão submersa permeava o ambiente, refletindo a constante conscientização dos perigos que sempre rondavam, e as iminentes mudanças no esquadrão que sinalizavam desafios vindouros.

"Kuroto, sempre que você se mete em encrenca, eu me preocupo," disse Lint, sua voz um melodia suave, mas carregada de sinceridade.

Seu desvelo inesperado me surpreendeu um pouco.

"Obrigado, Lint," eu disse, oferecendo um sorriso verdadeiro. "Vou tentar evitar encrencas. Mas, sabe como é, às vezes elas vêm até mim mesmo que eu não queira."

Seu olhar astuto se fixou em mim, um brilho malicioso a dançar em seus olhos. "Bem, talvez se você parasse de ser tão acolhedor, elas iriam se cansar."

Tosca soltou uma risada divertida. "É verdade. Ele realmente sabe como atrair problemas."

Nossas risadas se misturaram e, por um momento, a gravidade de tudo que estava por vir foi esquecida. Era reconfortante, ter amigos verdadeiros, mesmo que eles aproveitassem cada oportunidade para me atormentar.

Então, de repente, um instrutor chegou, fazendo nossas conversas e risadas morrerem abruptamente. Lint e Tosca me lançaram olhares de preocupação e compreensão.

"Kuroto?" O instrutor, com sua prancheta em mãos, já movia o olhar para mim.

"Sim?" respondi, colocando o garfo de lado, um sinal claro de minha aceitação de que era hora de partir.

"Estamos partindo. Encontre-me no portão principal em dez minutos," ele disse, virando-se e saindo do refeitório sem esperar uma resposta.

Meu suspiro foi quase inaudível enquanto eu mexia a comida. "Acho que meu tempo acabou," murmurei, voltando meu olhar para Tosca, que parecia visivelmente perturbada, seus olhos marejando. "Ei, mantenha a cabeça erguida. Não vai querer que os outros te vejam assim, vai?"

Tosca tentou articular palavras através de seus soluços, mas Lint a envolveu em um abraço consolador antes que ela pudesse continuar.

"Ei, não se preocupe," Lint me disse com um sorriso que tentava ser brincalhão. "Eu cuido da Tosca. Mas, em troca, espero brindes quando você voltar, seu moleque."

Eu apenas acenei, saindo do refeitório e me dirigindo ao portão principal. Lá, me deparei com o instrutor e o diretor do instituto, cujo sorriso astuto sempre me instigava a querer socá-lo.

"Nosso pequeno prodígio está de partida, vejo," ele observou, desarrumando meus cabelos com um tapinha casual. Uma parte de mim desejou, por um breve segundo, poder quebrar a mão que me tocava com tamanha condescendência. "Você está sendo designado para o esquadrão de classe A, o que significa que temos GRANDES expectativas sobre você, garoto. Siga as ordens da Ceifeira Escarlate."

Minha sobrancelha arqueou-se com o nome. "Ceifeira Escarlate?"

Ele simplesmente sorriu, parecendo satisfeito com minha reação. "Sua sênior. Uma exorcista de alta classe prestes a ser promovida a primeira classe. O esquadrão ao qual você se juntará tem uma taxa de sucesso de 100% em suas missões, embora, claro, algumas fatalidades tenham ocorrido. Mas nada que prejudicasse a missão."

"Compreendo. Espero cumprir suas expectativas e que você mantenha sua palavra," declarei, evitando encontrar os olhos daquela figura asquerosa, enquanto pegava um pequeno pacote com minhas coisas das mãos do instrutor.

"Sou um homem de palavra," ele afirmou, o semblante sério.

"Preciso perguntar uma coisa," falei, parando diante do portão principal.

"Faça a sua pergunta, jovem. Dependendo do que for, posso lhe dar uma resposta," disse ele, com um tom indiferente e distante.

Hesitei por um momento. Se fizesse a pergunta, ele certamente teria mais certeza sobre ela. Pensei em como poderia indagar, mas, independente de como formulasse a questão, nenhuma opção parecia boa para abordar o assunto de Lisa. Simplesmente murmurei, "Melhor deixar pra lá. Não quero saber."

Uma risada fraca, porém intensa o suficiente para eu sentir o deboche, escapou dele. "Se não tem nada a dizer, é melhor ficar quieto, garoto."

Os portões se fecharam e fiquei ali, encarando o edifício do instituto por um momento. Apesar de tudo, aquilo foi minha casa por alguns anos e, sinceramente, não sentiria falta do lugar, mas sim das pessoas incríveis que conheci. Me direcionei ao carro, onde me acomodei para o que parecia ser uma longa jornada à frente.

Algumas horas depois...

Fechei os olhos, treinando diligentemente enquanto o carro balançava. O veículo deu um pequeno solavanco e começou a desacelerar gradualmente até que, por fim, parou. Ao abrir os olhos, vi que o sol estava se pondo. Descemos e começamos a caminhar por uma trilha numa floresta densa e nevada. Parecia que ainda tínhamos um longo caminho a percorrer, mas em menos de dez minutos, chegamos a uma gigantesca clareira que parecia ser uma pista de pouso. Um pequeno avião estava ali, com capacidade para talvez sete ou oito pessoas, mas apenas duas estavam na pista: uma pessoa jovem em um sobretudo preto e outra em um sobretudo vermelho, segurando uma espécie de foice gigante, maior que ela própria.

Aproximamo-nos e a figura com a foice conversou brevemente com o responsável que estava comigo. Parecia ser a tal da 'Ceifadora Escarlate', se combinava com o nome.

"Então você é o moleque que o diretor do instituto quis descartar para o Esquadrão do Alvorecer?" ela falou, pegando a prancheta que o responsável havia lhe entregue e parecendo lê-la.

Apenas lancei um olhar lateral para ela, um tanto irritado. "Pelo visto, sim."

Um riso escapou dela e, como um sinal, senti uma intenção assassina avassaladora, o que me fez saltar para trás e desembainhar a espada. A mulher louca tentou me cortar com a foice, mas, graças aos meus sentidos aguçados, consegui desviar rapidamente para defender o golpe da enorme lâmina. No entanto, a mulher não me deu tempo nem para pensar e, com um chute violento nas costelas e uma força absurda, me lançou contra uma árvore alguns metros à distância, fazendo-me cuspir um pouco de sangue.

"Isso vai deixar um hematoma," murmurei, segurando meu braço, que parecia ter sido deslocado.

"Ei isso e tudo que você tem? se levante moleque, você vai me acompanhar até eu me satisfazer," a mulher disse, retirando o capuz e revelando sua aparencia.

Era uma mulher, de cabelos negros e olhos de um vermelho intenso. Ela parecia estar na casa dos 30, mas sua expressão exibia uma seriedade e determinação notáveis. Eu realmente não estava curtindo essa sensação de vulnerabilidade.

"Sua Maluca," grunhi, levantando e reajustando meu ombro com uma expressão de dor, em seguida peguei a lâmina. Tentei revesti-la com energia amaldiçoada, mas, por não ser um artefato amaldiçoado, parecia ser difícil fazer a energia fluir através dela.

Mesmo assim, consegui concentrar uma pequena quantidade, a espada agora emanava uma aura sinistra.

A Ceifadora sorriu. "Finalmente! Decidiu levar a sério?"

Não respondi, apenas corri em sua direção, balançando minha espada em um arco largo. Ela facilmente desviou, mas eu estava pronto para isso. Era um blefe. Girei no meu próprio eixo, tentando acertá-la com uma estocada. Ela bloqueou com o cabo da sua foice, fazendo faíscas voarem devido ao atrito.

Recompus-me rapidamente e avancei novamente, tentando prever seus movimentos. Porém, sua velocidade e habilidade com aquela foice eram fora do comum. Ela desviou de todos os meus golpes, zombando de cada falha.

"Vai ter que fazer melhor que isso!" Ela gritou, desferindo uma série de ataques rápidos. Sua foice se movia tão rapidamente que parecia um borrão vermelho. Eu defendia, esquivava e atacava de volta, mas ela estava sempre um passo à frente.

Em um momento, nossas lâminas se chocaram e ficamos frente a frente, olhando nos olhos um do outro. Por um breve segundo, vi uma centelha de reconhecimento em seus olhos, mas ela logo foi substituída por determinação.

De repente, sua foice teve um leve brilho carmesin, e pareceu que a lamina da foice dela fosse algo incrivelmente forte como se repilisse ela, jogando-me de volta. Estava desarmado, com minha espada a alguns metros de distância. A Ceifadora, aproveitando a oportunidade, investiu em minha direção, pronta para dar o golpe final.

Porém, em vez de desespero, senti uma calma inabalável tomar conta de mim. Meu treinamento, os ensinamentos de Gojo-sensei e o desejo ardente de sobreviver tudo se combinou em um único momento. Canalizei minha energia amaldiçoada nas mãos e desferi um golpe no ar, e usei a energia tentando enrijecer a minha mão mais e segurei lamina com as duas palmas e chutei a mulher para longe oque fez ela recuar levemente.

o chute que era pra atingir o estomago Ceifadora Escarlate em cheio acertou seu cabo ela girou levemente o cabo rapido o bastante pra defender a si mesmo. Ela se levantou lentamente, limpando a poeira de sua roupa e olhando-me com uma expressão de surpresa, aproveitei para avançar para pegar minha espada.

"Bem... parece que você e mais forte do que parece." Ela disse, esboçando um sorriso.

Recuperei minha espada, encarando-a. "Estamos apenas começando." 

Ela avançou furiosamente em mim a lamina dela veio direto em direção ao meu pescoço e eu tinha que me defender tentei revestir a lamina com a energia amaldiçoada porem não consegui revestir ela rapido o bastante a lamina da foice brilhou novamente vermelha e ao defender com a espada e com um movimento rápido e implacável, a lâmina da minha espada encontrou a lamina da foice da Ceifadora, mas sua lamina afida e brilhante parecia uma faca cortando a manteiga, ou seja uma lamina cortando aço ridiculamente com facilidade, partiu a minha ao meio minha espada e cortou levemente minha roupa fazendo um leve corte no meu peito e talvez me cortasse ao meio se eu não tivesse recuado quando ela atacou. Fiquei sem reação, os olhos arregalados enquanto via os pedaços da minha espada caírem na neve. Aproveitando a minha distração, a Ceifadora acertou uma estocada furiosa com o cabo da sua foice, golpeando-me no estômago e fazendo-me dobrar de dor.

Ela se aproximou, sua com sua respiração normal mal parecia cansada depois de todos aqueles movimentos. "Levante-se," ela sibilou. "E melhor da tudo de si ou então." ela colocou a lamina sobre meu pescoço e me forçou a levantar o rosto e olha-la

Seus olhos mostravam uma indeferença e frieza parecia realmente que me mataria ali mesmo, a lamina dela parecia queimar minha pele, como se estivesse queimando como se estivesse em quase ponto de fusão " Eu vou te matar aqui e agora moleque".

Engoli em seco, meus olhos ardendo em furia. Não podia me dar ao luxo de perder. Levantei-me, embora tivesse perdido a lâmina da minha espada, ainda tinha o punho. Canalizei minha energia amaldiçoada através dele, sentindo o poder fluir em mim. Sabia que tinha apenas uma chance.

Quando ela veio com um golpe de arco, investi com encurtando furiosamente a distancia, desviando ligeiramente da lâmina da foice e concentrando-me no cabo. Ela tentou bloquear com o cabo, mas, com um movimento firme e uma concentração inabalável, desferi um golpe devastador. Meus olhos, fixos e intensos, não piscaram, um foco intenso quase desumano, a energia que mais parecia uma chama se transformou em um pequeno flash revestido de negro e carmesin e o impacto que ja seria forte parecia agora explosivo. O cabo da foice se partiu ao meio com um som agudo, e meu soco atingiu o estomago da ceifeira que foi arremesada alguns poucos metros se arrastando na neve.

Meus ouvidos zuniam, e minha respiração estava acelerada. Havia feito. O "Kokusen" – algo que só ouvira falar no anime e de gojo. E eu o tinha realizado. A sensação era incrível, mas também aterrorizante. Por um breve momento, senti-me euforico era como se eu entendesse o refino da energia amaldiçõada muito melhor apos fazer o kokusen

A Ceifadora olhou para o cabo partido de sua foice e depois para mim, uma expressão de choque e admiração em seu rosto e raiva bem no fundo. "Muito bem, garoto. Você realmente me irritou, sabe quanto custa essa porra?!"

Com a expressão distorcida em um misto de dor e fúria, a Ceifadora se ergueu. Seus olhos vermelhos faiscavam na luz esmaecida, fixando-se em mim com um olhar gélido e penetrante. Ela jogou os restos de sua foice na neve, agora um amontoado de metal partido e inútil. "Você vai pagar por isso, moleque," ela rosnou, a voz um sussurro feroz que fez o ar ao redor gelar ainda mais.

Ela começou a avançar lentamente na minha direção, os passos resolutos e confiantes, mesmo sem sua arma. Cada movimento que ela fazia era preciso e calculado, uma predadora verdadeira se movendo para a caça. Eu segurava firmemente o punho cerrando ele, minha única defesa agora contra a mulher enfurecida à minha frente.

A aura assassina que emanava dela era quase palpável, envolvendo-nos em um redemoinho silencioso de intenção mortal. Estávamos ambos feridos, mas enquanto eu estava respirando com dificuldade, ela parecia incólume, a raiva parecia lhe dar uma energia sombria.

Sem aviso, ela se lançou para frente arremesando o cabo da foice que estava quebrando me fazendo desviar para o lado, uma explosão de movimento rápido e letal. Eu mal tive tempo de erguer meu braço para defender seu chute poderoso. me lançando no ar com a força

"Oque tu anda comendo pra ter essa força!" perguntei enquanto girei meu corpo no ar pousando enquanto deslizava sobre a neve por conta da força

Ela riu enquanto avançava para mim, assim que me recompus apos pousar socando meu rosto fazendo eu virar o rosto " Você fala isso mais como uma criança consegue quebrar minha foice pirralho."

Ela investiu mais uma vez, o punho enluvado visando meu rosto novamente. Dessa vez, estava pronto e bloqueei, sentindo a onda de choque de seu golpe viajar pelo meu braço. Ela não parou por aí, desferindo uma sequência de socos e chutes que fui forçado a bloquear e desviar.

Fui empurrado para trás pela força de seus golpes, mas me recusei a cair. Ela era incrivelmente forte e rápida, mas eu estava determinado a resistir.

Recuando um pouco, cerrei os punhos e analisei-a. Precisava usar a cabeça para vencer. Era nítido que eu não ganharia no braço.

Ela veio em minha direção novamente, mas desta vez, fiz algo que ela não esperava. Em vez de bloquear ou desviar, usei minha energia amaldiçoada para impulsionar meu próprio ataque, indo de encontro a ela.

Nossos punhos colidiram e uma onda de choque emanou do ponto de impacto, fazendo a neve ao redor ser lançada para o alto. A força do impacto foi tanta que ambos fomos arremessados para trás.

Levantei-me com dificuldade, sentindo cada músculo doer, mas não podia parar agora. Ela também se levantou, sua expressão era uma mistura de frustração e... respeito?

"Você tem garra, garoto," ela admitiu, limpando um fio de sangue que escorria de sua boca.

"Eu disse que não ia facilitar para você," respondi, retomando minha postura de combate.

A figura que estava junto da ceifeira quando cheguei apareceu do meu lado tocando meu ombro, oque fez eu arregalar meus olhos quando o vi

'De onde ele veio? não consegui sentir ele se aproximando'

Ele começou a falar uma voz masculina porem jovenil veio dele e logo ele disse " Vocês tem muita energia pra queimar ne? deve ser bom ter mais um lunatico por lutar no time ne capitã" ele disse se dirigindo a Escarlate

Ela parecia irritada quando olhou pra mim e depois pro sion " Quem te deu permissão de intervir na luta Sion seu idiota?"

Comecei a sentir meio tonto e logo comecei a cambalear olhei aonde o garoto havia me tocado e fiquei surpreso ao ver uma especie de dardo. "Tranquilizante?" 

Minha visão começou a ficar embaçada, mas ainda conseguia ver a expressão de Sion, que parecia um misto de surpresa e preocupação. Meus joelhos bambearam, e eu me esforcei ao máximo para não cair.

"Você... Por que fez isso?" Eu consegui murmurar, sentindo uma onda de tontura me atingir.

"Relaxa, garoto," disse Sion, em um tom casual. "Era só pra você descansar um pouco. Não queríamos que Escarlate te matasse de verdade."

Escarlate resmungou em desaprovação. "Não precisava intervir. Ele estava se saindo bem."

Sion levantou uma sobrancelha. "De verdade, capitã? Ele quebrou sua foice. Imagino o que você faria em retaliação."

Ela cruzou os braços, os olhos ainda focados em mim. "Você fez bem em parar a luta, mas devia ter me consultado antes."

Tentei reunir forças para me manter de pé. "O que foi isso? Que rito de passagem maluco é esse?"

Sion riu levemente. "Desculpe pela recepção nada calorosa. Aqui, muitas vezes testamos os limites uns dos outros para ver até onde conseguimos ir. É a nossa maneira estranha de formar vínculos."

Escarlate deu um suspiro exasperado. "E também de avaliar as habilidades de cada membro. Você fez bem, garoto. Não é qualquer um que consegue quebrar minha foice, e você vai pagar pelo conserto saiba disso."

Recuperei um pouco do meu fôlego e respondi: "Bem, pelo menos agora sabemos que posso me defender. Mas não me coloque para enfrentar essa lunática de novo."

Sion riu. "Você se refere à capitã? Não se preocupe, você passou no teste."

"Isso foi um teste?" Perguntei, ainda um pouco atordoado pelo tranquilizante.

Escarlate balançou a cabeça em sinal de aprovação. "Você tem potencial, garoto. Estou ansiosa para ver o que pode fazer."

De repente, senti uma onda de exaustão me atingir. Lutei contra a sensação, mas a escuridão começou a se fechar ao meu redor.

Sion olhou preocupado. "Acho que o tranquilizante está fazendo efeito. Bem pelo menos a viagem vai ser tranquila."

Escarlate acenou com a cabeça. "Concordo. E depois disso, espero que ele esteja pronto para seu verdadeiro treinamento."

E com isso, a escuridão finalmente me envolveu, e eu me entreguei a ela, aonde caralhos eu vim parar com esse esquadrão maluco.