Vamo tomá um cafezin?

[Data ???] - [Horário ???]

[Localização ???]

[Quetzalcoatl POV]

Quando finalmente consegui a Matriz Dourada, senti um pouco de resistência do corpo.

Quetzalcoatl: 'A consciência do garoto ainda está aqui?'

Decidi procurar os resquícios da consciência dele.

Quetzalcoatl: "Mantenham as minhas correntes. Estarei de volta logo."

Antes de iniciar minha busca, preparei-me para o pior. Se a mente do rapaz ainda estivesse ativa, ele poderia retomar o controle, me causando muitos problemas.

Felizmente eles me obedeceram. Ver que ainda existem humanos crentes e fiéis ao seu deus é extremamente gratificante.

Enviei a minha consciência para encontrar o rapaz. O corpo ficaria estático, mas seria por pouco tempo.

Após algum tempo de busca pela mente dele, finalmente o encontrei.

Estava na varanda de uma casa de concreto simples. A casa era pintada de verde Capim Limão, com telhas de amianto em duas águas. O piso era de ardósia, enquanto mourões de eucalipto tratado sustentavam o teto.

Ele parecia conversar com uma mulher de cabelos dourados e olhos vermelhos. Provavelmente aquela era a consciência da Matriz Dourada. Ambos vestiam roupas simples da era moderna. Estavam sentados em cadeiras de plástico, com uma mesa redonda também de plástico, coberta com uma renda branca. Haviam diversas comidas e bebidas sobre a mesa.

Observei minha própria aparência. Estava usando uma camisa e uma calça de algodão colorido, além de sandálias de borracha.

Não havia ainda me aproximado do lugar. Mas seu dono já tinha me notado.

Rapaz: "*alegre e sorrindo* Ei Vivy! Nosso convidado Quetzal chegou! Deixe ele entrar para tomar um cafezinho!"

Alguma força estava me puxando em direção à casa verde.

Quetzalcoatl: "*sorrindo* Tens uma consciência bem forte, garoto! É a primeira vez em anos que um deus é capaz de se manifestar em sua forma humana na mente de um mortal qualquer."

Rapaz: "*sorrindo* Obrigado! Fico feliz que tenha gostado. Acho que assim fica mais fácil para conversarmos. Aliás, agora entendo porque os astecas acharam que os espanhóis eram os seus descendentes: você é cara deles. *risos* E pior: É um maldito espanhol boa pinta!"

Quetzalcoatl: "*sorrindo* Ha! Realmente, isso me causou muitos problemas no passado."

Rapaz: "*sorrindo* Por favor, sente-se! Toma um cafezin enquanto conversamos. Tem café, leite, achocolatado, pão de queijo, doce de leite, manteiga, bolo de limão com cobertura de chocolate, queijo de massa cozida, pão de sal e de forma, e as broinhas de queijo da minha mãe. Ah!, também tem broa de milho, acho que você vai gostar dessa."

Sentei-me em uma das cadeiras de plástico e peguei a broa de milho. Realmente era muito saborosa... O rapaz pegou uma tigela, pôs leite, adoçou e colocou pedaços da broinha de queijo no leite. Pegou uma colher e começou a comer a mistura.

Quetzalcoatl: "Que lugar é esse?"

Rapaz: "É a fazenda onde eu nasci. Após o desaparecimento dos meus pais, a fazenda quase foi vendida. Por sorte, eu consegui colocá-la em uma dimensão portátil. Aqui não é a fazenda original, é apenas uma réplica das minhas lembranças. Por enquanto..."

Quetzalcoatl: "Que pena. Agora vamos conversar sobre quem fica e quem vai."

Rapaz: "Calma aí, uai! Ainda não terminamos o cafezin!"

O jeito despreocupado do moloque me irritou.

Quetzalcoatl: "*irritado* Garoto, eu não tenho tempo para perder com o seu 'cafezin'!"

O rapaz calou-se e depois a cena mudou. A outrora casa da fazenda virou um grande salão dourado, e no final do salão, um trono elevado. O garoto já não estava mais com uma roupa simples, mas com uma armadura dourada completa... Não... Não era uma armadura. Era o próprio rapaz. Todo o seu corpo parecia ser feito de um metal dourado.

Estava sentado no trono. Já não parecia um rapaz. Era como se tivesse amadurecido. Seu rosto, agora em metal dourado, me olhou sem expressão. Os olhos castanhos agora eram cristais esféricos totalmente escarlates.

Eu estava com minha armadura de escamas. Mesmo ao emanar minha aura divina, ele não se importou. Me senti como um mero vassalo diante do seu soberano.

A mulher sumiu... Não... Ela estava atrás do trono, mas não era possível vê-la. Apenas um par de asas gigantescas cobrindo as laterais do trono e de seu soberano, mostrando que ela estava o protegendo, como seu guardião celestial.

As asas realmente eram gigantescas. Maiores até mesmo que as asas de muitos deuses. As asas se abriam como as dos morcegos. Os braços das asas e as pontas dos dedos eram cobertos por um metal dourado e circuitos mágicos. Talvez todo seu esqueleto fosse de metal... Uma ciborgue?... A membrana que fica entre os dedos era coberta por longas penas coloridas, que refletiam as cores do arco-íris desordenadamente. Mas dos poucos espaços entre elas, era possível ver a membrana como um couro vermelho revestido por escamas semelhantes a gemas carmesins. Sob esse couro, também era possível ver veias prateadas iguais às das proles de um Celestial com um Abissal. As penas não eram cobertas por cerdas iguais às das aves, mas por uma membrana única. Essas membranas eram semelhantes às das asas dos insetos... Ou seriam semelhantes às das nadadeiras dos peixes?... {Notas do Autor: Os dedos e braços a que me refiro são os dedos e braços dos morcegos, então é só procurar aí uma imagem para ter uma ideia.}

Ele então falou. Mesmo parecendo ser feito de metal, era um metal completamente maleável semelhante a pele humana. Sua voz já não era de um rapaz alegre, mas de um homem frio, quase diabólico.

Rapaz: "*muito sério* Nós mineiros temos fama de hospitaleiros, mas eu não tolero alguém que desrespeita o momento de tomar um cafezin ou qualquer outra refeição. Isso me irrita profundamente..."

Quetzalcoatl: "Mas do que..."

Rapaz: "*muito irritado e berrando* CALE A BOCA! EU ESTOU FALANDO! SUA MÃE NÃO TE ENSINOU QUE QUANDO UM BURRO FALA, O OUTRO MURCHA A ORELHA?!!????"

Não entendi o que ele quis dizer, mas rapidamente me calei. Aqui, o humano era mais forte, mas se eu...

Rapaz: "*irritado* Não adianta... Você não vai sair daqui enquanto eu não terminar. Agora que já interrompeu o momento do cafezin, vamos conversar. Seus servos mexeram comigo e com alguém importante para mim. Eu não pretendia perdoá-los... Mas após o ritual, percebi que poderia fazer algo muito melhor. *sorriso diabólico*"

Quetzalcoatl: "O que está planejando?"

Rapaz: "Vocês deuses sempre estão de olho em nós, humanos. Então acredito que já ouviu falar de histórias sobre pessoas que possuem um lado sobrenatural."

Quetzalcoatl: "*sorrindo* Está falando de animes? Amaterasu é uma grande fã deles."

Rapaz: "*sorrindo* Oh, eu vejo que você é um homem de cultura também. Então você já consegue imaginar o que eu quero."

Quetzalcoatl: "*sorrindo* Então quer que eu divida o corpo com você?"

A expressão dele congelou, mas logo depois começou a gargalhar loucamente. Mas não era de um ser normal... Era pior que Loki, Seth, Susanowo ou de qualquer outro deus maligno ou da catástrofe.

Rapaz: "*sorriso diabólico* Acha que eu sou o Naruto? Não... Eu tenho planos melhores para você..."

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{Notas do Autor}

Quetzalcoatl: 'FUDEU DE VEZ!'

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Até o próximo capítulo galera!