{Notas do Autor}
Sei que prometi postar esse capítulo ontem, mas eu simplesmente apaguei enquanto escrevia.
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[04/04/2018] - [22:52:04]
[Belo Horizonte - MG - Brasil]
[Lúcio POV]
Reparei que o pessoal ainda estava dormindo. Eles realmente receberam o maior impacto. Caminhei em direção à forma. A metade de cima se desfez em Miasma Dourado, que eu absorvi. Lá estavam 8 pilares e uma plataforma, 9 peças douradas. Geralmente, os Grande Mestres Inscricionistas criam formações de teleporte enormes, para que se possa transportar várias pessoas e cargas. A plataforma que fiz, porém, era de 5 m por 5 m. Seria o bastante para nós quatro. Mas o formato e as matrizes seriam os mesmos das formações normais. Comecei a analisar o resultado final da forja. Não era possível ver qualquer defeito ou imperfeição.
Lúcio: "*sorrindo* Aquele martelo quase me matou, mas o resultado é incrível! Acho que nem o Ricardo conseguiria fazer algo assim. Talvez apenas Hefesto ou os anões... Deixa pra lá. Hora de começar a inscrição das runas."
Levei as partes para o Balcão. Ou melhor dizendo, elas flutuaram harmonicamente uma a uma ao meu redor para depois pousarem ao redor do mesmo. Por padrão, o Balcão parecia ter sido feito em uma única peça maciça de ouro. O relevo era de colunas lisas, de aproximadamente 30 cm de largura, com um espaço também liso de mais ou menos 20 cm entre cada, sem qualquer detalhe extra. O tampo é coberto pela mesma resina escarlate do alto forno, porém essa era mais escura e parecia ter sido encerada com... Alguma coisa.
Uma cadeira feita de ouro com almofadas de fibra escarlate no encosto e nos braços apareceu. Me sentei na cadeira. Era incrivelmente macia e confortável. O tipo de cadeira que você poderia ficar sentado por um dia inteiro. E não. Não era uma cadeira gamer. Mas a suprema e insubstituível cadeira de barbearia. Não importa o quão chique, ergonômica ou qualquer bobagem do tipo uma cadeira seja, jamais irá superar as cadeiras de barbearia.
Logo, um dos pilares flutuou até pousar horizontalmente no Balcão. Graças as Ferramentas Douradas da Criação, o Miasma Dourado formou algo parecido com um ferro de solda na minha mão direita. Era uma ferramenta para marcar fendas de runas em materiais. A runa propriamente dita só seria completada depois, quando se infunde magia nas fendas. Em suma: Um cortador a laser com alcance curtíssimo. Mas esse processo não era um simples corte. Combina-se corte, pressão, solda, desintegração dos átomos e outros processos parecidos, tudo, é claro, feito com magia.
Mas assim que comecei a fazer as fendas, notei que o material era muito resistente. Mesmo usando o Canhão Arcanomagnético o tempo todo, ainda não era poder o bastante.
Aliás, como usei os Canhões desde o momento que comecei a fazer a liga do material, minha proficiência com a Técnica melhorou e já era, pelo menos, baixíssima. Então o poder era maior, mas ainda insuficiente.
Lúcio: "Hum... Será que dá pra..."
Vivy: '*impressionada* Ótima ideia! Vamos fazer isso agora!'
Resolvi fundir o Balcão com o Altar. Nisso, as colunas ganharam estrias e nos espaços entre cada coluna apareceram várias runas.
Lúcio: "Isso! Agora posso usar magia para potencializar a marcação das fendas."
Graças ao bônus de poder mágico do Altar, ficou fácil fazer as fendas. Não apenas isso, como também percebi que, quando fosse infundir magia nas fendas, também seria muito mais fácil.
Lúcio: "*preocupado, arregalando os olhos* Ei Vivy, só para ter certeza... O Granito Espacial foi usado na liga, né? Então por que eu não tô vendo o brilho característico dele?"
Vivy: 'Mas é claro! Mesmo que você use uma super liga metálica, ainda é preciso misturar algum material com atributos do tipo espacial nessa liga para que a formação funcione. Só que como o Miasma Dourado também foi usado, o brilho estelar do Granito Espacial está sendo ofuscado. Mas relaxa! Assim que a formação estiver pronta, a energia espacial produzida vai reforçar o brilho do Granito.'
Claro que não fiquei parado enquanto conversava com Vivy. Com mais alguns minutos, já havia feito todas as fendas para as runas.
Vivy: '*rindo* Sabe que nenhum ser humano normal seria capaz de fazer isso? Somente os elfos de Alfheim e olhe lá!'
Lúcio: '*dando de ombros* O que posso fazer? Eu sou o protagonista com um sistema OP e tudo mais OP, né?'
Quando terminei, percebi que Carolina, Reinaldo e Seu Tião estavam me olhando.
Reinaldo: "*orgulhoso* O chefe é incrível mesmo! A maneira como fez as fendas... Simplesmente incrível!"
Carolina: "*sorrindo* Eu já tinha visto outros Grande Mestres criando as fendas de runas, mas você deixou todos comendo poeira! Não só fez um trabalho excelente, como foi lindo! Um verdadeiro espetáculo."
Seu Tião: "*filosofando* Sim. Digno dos maiores calígrafos... Não... Dos maiores artistas do mundo!"
Lúcio: "*desconfortável* Ahn... Muito obrigado..."
'Vivy, isso tem alguma coisa a ver com a descrição das Técnicas, que falavam que meus movimentos mais pareciam uma performance de arte ou qualquer baboseira do tipo?'
Vivy: 'Mas é claro! Seus movimentos de luta são péssimos, mas suas habilidades como inscricionista são excelentes! Não se lembra do quando o Deus Demônio Sinergista era impressionante quando ele começava a trabalhar?'
Lúcio: 'Ei, o anime dele ainda nem saiu! Só espero que seja tão incrível quanto na novel.'
{Notas do Autor: Só para lembrar: Minha novel se passa em 2018, então ainda não tínhamos Arifureta adaptado em anime... Sorte do Lúcio que não viu aquele CGI do nível de Berserk. Quem entendeu deve tá fazendo careta agora, né?}
Ainda sentado na cadeira do Balcão, comecei a infundir magia nas fendas. No geral, basta usar um pincel mágico e tintas... também mágicas... Cada tinta é única, pois além de dar cor, são elas que dão as propriedades mágicas das runas. Claro que essa não é a única forma de criar runas, mas é a que se usa nesse tipo de formação. Elas também melhoraram os efeitos e a durabilidade das runas que não precisam delas.
Os principais ingredientes da tinta variam, como sangue de monstros, pó de flores místicas ou de Jóias Arcanas. Tudo vai depender do tipo de runa que você planeja usar. No caso da formação de teleporte, basta usar ingredientes com atributos espaciais, como pó de Pérolas do Fim. {Notas do Autor: Referência ao Minecraft.}
Vivy: 'Calma, não use essas tintas ainda. Coloque a tinta, um pouco do seu sangue e do Miasma Dourado num dos potes de alquimia marcados com a Matriz. Depois transmute e refine tudo dentro do Caldeirão Dourado.'
Fiz tudo e coloquei dentro do Caldeirão. A base dele era igual à do alto forno da Forja, mas ao invés de um cilindro de concreto, era um caldeirão esférico dourado com várias linhas e runas escarlates, além de ter 6 alças. Também similar ao alto forno, a tampa era vedada e tinha uma serpentina que levava as impurezas até um coletor, parecido com o tanque do alto forno. Esse coletor também tinha uma mangueira para retornar as impurezas para o Caldeirão, e com isso usá-las na transmutação de toxinas e venenos. Ele era o responsável por absorver as impurezas do meu corpo e receber as impurezas da Forja. Ele ficava atrás da porta de entrada de combustíveis. Havia também na tampa um tubo pressurizado para extração de preparos gasosos. A tampa e o caldeirão eram removíveis, para facilitar a coleta dos resultados sólidos e líquidos. Dentro haviam várias pás flutuantes, usadas para misturar e homogenizar os preparos.
Após fechar e vedar a tampa, aqueci o caldeirão. Não precisei da ajuda de Vivy para aquecer tudo, porque a temperatura de vaporização da mistura era muito menor. Surpreendentemente o Miasma Dourado evaporou com muita facilidade. Mas segundo Vivy, é porque o Miasma é parte de mim e por isso entende quando deve se render e se deixar evaporar. Permiti a passagem das impurezas para o coletor. Tanto a Forja quanto o Caldeirão conseguem separar as impurezas das coisas mesmo quando tudo está no estado gasoso. Como? Adivinhem... Mágica!
A mistura gasosa rapidamente resfriou e liquefez-se, retornando imediatamente para o pote. Como isso é possível? Vocês já sabem...
Abri a tampa e tirei a tinta. Graças a magia, o interior esfriou imediatamente pouco antes de abrir a tampa. Usando uma caneta tinteiro de pluma dourada, comecei a infundir as fendas com a tinta mágica.
Hmm... Ah, sim, vocês querem saber de onde eu tirei essa caneta e por que é uma caneta ao invés de um pincel? Essa caneta é uma das Ferramentas Douradas. Usando os mesmos movimentos de antes, infundi a tinta nas fendas e completei as runas.
Reinaldo: "*empolgado* Incrível, chefe! Simplesmente incrível!"
Carolina: "*sorrindo* Ver as runas ganhando vida com cada uma das suas belas traçadas é ainda mais bonito!."
Seu Tião: *apenas concordando e sorrindo, totalmente orgulhoso*
Lúcio: "*ainda mais desconfortável* Mmm... Agora hora de formar as matrizes."
Para conectar as runas e formar uma matriz, usa-se circuitos mágicos. Simplesmente desenha-se um traço com magia, usando uma ferramenta específica para criar circuitos mágicos parecida com um pincel finíssimo, e depois estabelece-se uma conexão com esse traço e a runa. Pronto, circuito mágico concluído!
E da mesma forma que descrevi, eu fiz os circuitos mágicos e formei as matrizes. Não recebi nenhum comentário, mas os três ainda estavam sorrindo e com os olhos brilhando de emoção. Até porque os circuitos, além de serem linhas finíssimas, não podem ser vistas a olho nu. Só consigo vê-los com lentes especiais. Mas graças ao meu Sistema OP, isso não é necessário. Mas acho que se Carolina aprender sobre os circuitos e se concentrar, talvez ela também consiga ver... Acontece que é preciso uma concentração do caralho pra fazer isso ou vai dá merda...
Vivy: "Agora vamos para a sala. Vou instalar a formação."
Desfiz o Coliseu e a Dimensão, mas não sem antes colocar as 9 partes da formação no Cofre, vulgo inventário. Carolina, de antemão, já havia expandindo a Cúpula quando soube para onde iríamos pôr a formação.
Saímos da oficina e chegamos na sala. Mas por que a sala? Porque foi onde Vivy encontrou o fluxo de energia residual. E assim poderíamos conectar a formação ao lugar que os sequestradores vieram. Tirei as partes do Cofre e iniciei a conexão. Por sorte era um parte plana. Reinaldo só precisou tirar um mesa e um sofá.
O processo para conectar as peças de uma formação é parecido com a ligação das runas com circuitos mágicos, só que, enquanto os circuitos das matrizes se assemelham a simples fios rígidos de cobre, as ligações entre essas partes se assemelham a um super cabo de fibra óptica. Era ainda mais difícil que fazer os circuitos. E para tanto, eu precisava de uma ferramenta melhor também. E essa ferramenta era...
...
...
...
...
Um simples cajado dourado com um cristal vermelho...
Movi o cajado, tocando a ponta de cada pilar e depois a runa central da matriz. Dessa vez, era possível ver a conexão entre os pilares e a plataforma a olho nú. Então recebi mais elogios dos três, falando do quanto eu era incrível e o quanto eu tornei esse processo um espetáculo de arte, cores e luzes. Os pilares se alinharam e pousaram nos vértices da plataforma octogonal. Um brilho que parecia ser poeira estelar emanava da formação. TUDO PRONTO, PORRAAAA!!!!!!
Lúcio: "*suspirando* Finalmente! Agora é só-"
Carla: 'Err... Lúcio? Você tá aí? Err... Ah! Vivy me explicou a situação e sobre o sumiço da sua namorada, então eu conversei com a minha família, e agora eu posso ir te ajudar!'
Meu rosto se contorceu com vários sentimentos: susto, com o chamado repentino de Carla, um pouco de raiva, porque mais uma vez Vivy fez algo sem me avisar (mas pra falar a verdade, eu até que gosto) e felicidade, em saber que Carla poderia vir me ajudar.
Lúcio: "Ok, mas não se esqueça que vou precisar da ajuda dos Ressonadores!"
"Apareça: Carmile!"
Mais uma vez, a Matriz Dourada apareceu no chão, juntamente com uma moça com uma máscara e bracelete dourados.
Vivy: "Ufa, ainda bem que conseguimos invocá-la aqui, porque as pílulas e poções que sobraram não seriam suficientes."
Apenas ignorei o comentário de Vivy.
Lúcio: "Já demoramos demais, hora de ir!"
Meus quatro acompanhantes concordaram. Nós estávamos decididos a correr riscos na Região Terrestre Perdida. Pelo menos, eu estava.
Vivy: 'Se você está achando que eles só estão te seguindo por causa da Semente, você está... quase certo. Mas eles também estão indo porque querem te ajudar. Só que o caso do Reinaldinho aqui já é mais complicado...'
Lúcio: "Pfft... Hahaha, tem razão, não há motivo para me preocupar."
Nós cinco entramos na formação. Com Carla, estava um pouco apertado, mas a gente se virou, né?
Olhei uma última vez para o meu apartamento, e fui lembrando de tudo que vivi aqui.
Lúcio: "Estranho... Mas por que isso agora... Essas lembranças... É como se eu fosse-"
Mas então minhas vistas se escureceram e o teleporte começou.
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{Notas do Autor}
Sério, quase pensei em dividir esse capítulo DE NOVO e fazer uma parte 4, mas até eu tô de saco cheio disso.
E eu não sou Ryo Shirakome... Não sou...
E SIM! TEREMOS CAPÍTULO HOJE TAMBÉM!!!!
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Mas acho que talvez atrase um pouco...
Até mais galera!