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18 - O Sol III

Quando Astracar tomba, as raízes que o aprisionavam se desfazem, liberando o coronel. Um pensamento insidioso lhe atravessa a mente: "Esse rapaz é uma ameaça; devo eliminá-lo." Movido por esse impulso sombrio, ele avança em direção ao corpo inerte de Astracar. No exato momento em que sua espada cintila, prestes a tocar o pescoço do jovem, uma onda de terror, tão intensa quanto a presenciada diante da forma transformada de Astracar, o faz recuar instintivamente. Seus olhos se erguem para o céu, e lá, uma visão o aguarda...

No firmamento, uma mulher de cabelos brancos como a neve mais pura desce dos céus. Sua beleza etérea transcende o mundano, seus fios prateados flutuam ao vento, leves como a brisa e brilhantes como meteoros. Seus olhos azuis profundos refletem a vastidão dos oceanos, e seu olhar sereno carrega a sabedoria dos séculos. Vestida com trajes de artes marciais de um branco imaculado, adornados com símbolos antigos tecidos em fios de prata, ela irradia uma aura de poder e graça. Em seu pulso, uma pulseira de jade brilha suavemente, um símbolo de sua conexão com as forças elementais. Sua presença majestosa é comparável à da lua cheia, e o poder que dela emana envolve tudo em uma aura de mistério e reverência.

Com uma velocidade que desafia os olhos mortais, ela desce ao lado de Astracar. O coronel, atônito, mal registra o borrão de sua movimentação. Ela se ajoelha com elegância ao lado do guerreiro caído e, com um gesto suave, coloca uma mão sobre seu peito. Uma aura de luz começa a emanar de seus dedos, envolvendo Astracar em um calor curativo.

A voz da recém-chegada corta o silêncio, carregada com a força de um vendaval: "Quem ousa ferir meu irmão?" A pergunta não é apenas uma demanda por respostas; é um aviso, uma ameaça velada que promete retribuição a quem perturbar a paz de seu irmão. Sua postura é inabalável, os olhos ardendo com uma fúria contida, e mesmo sem desembainhar sua arma, ela exala uma presença que faz o ar vibrar com tensão.

A tensão entre os personagens cresce. Ela avança com passos firmes em direção ao coronel. Seu olhar é penetrante, e ela irradia uma aura de autoridade que dispensa armas.

"Eu sou Charlotte, A Lua Celestial, irmã de Astracar," ela declara, sua voz agora mais calma, mas ainda carregada de um perigo iminente. "E você, que ameaça a vida do meu irmão! , deve agora enfrentar o julgamento."

O coronel, percebendo a gravidade de sua situação, recua, mas é tarde demais. Charlotte ergue a mão e, do céu, lâminas de gelo ,apontadas para ele.

A atmosfera na floresta está carregada de expectativa, e o silêncio dos animais é um prelúdio para o embate que se aproxima.

Ela encara o coronel com olhos que brilham com uma fúria gélida. "Foi você quem trouxe sofrimento ao meu irmão, não foi?" ela questiona, sua voz um sussurro mortal que faz o coração do coronel falhar. As lâminas apontadas em sua direção são um testemunho silencioso da seriedade de suas palavras; uma mentira agora poderia ser o seu fim.

O coronel, com sua postura antes inabalável, agora revela uma fissura de incerteza. Ele hesita, o peso da acusação o atinge mais profundamente do que as lâminas que o cercam. Sua voz, normalmente firme, vacila ao responder:

"Eu... eu fiz o que era necessário para a missão. Não foi pessoal."

A resposta é cautelosa, medindo cada palavra, sabendo que qualquer sinal de fraqueza poderia ser o gatilho para sua ruína.