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Capítulo 27: Doente

"Por que tá usando band-aid?" Quon Jin toca no pequeno objeto no pescoço de Ma Hui Ying. O jovem afasta as mãos do amigo.

"Não é nada, um mosquito me picou." 

"Um mosquito chamado Ma Young-Nam." As últimas palavras foram ditas baixa bem devagar para provocar. Ma Hui Ying ficou vermelho, ele contou que foi ao cinema com seu primo mas não contou sobre o beijo. 

"Para com isso, estamos em aula." 

"Sua bicha má por que não contou tudo? Ocultou para seu amigo? Eu que não escondi nada de você." Diz em tom falso choroso. 

"Só foi um beijo, o que deveria falar sobre isso?"

"Não foi um simples beijo, foi algo mais selvagem, ele até te deixou uma marca." Ele aponta para o pescoço de Ma Hui Ying o acusando. 

Ma Hui Ying não tinha notado essa marca no dia até acordar no dia seguinte e olhar no espelho, em sua pele clara tinha um circular e roxo chupão ele queria matar seu primo por deixar aquilo, por sorte tinha curativos na caixa de primeiro socorros e usou. Ele queria esquecer sobre o que aconteceu na noite anterior, mas aquela marca era um lembrete que fazia ter memórias ardentes. 

"Como foi dessa vez? Ele te agarrou e…" 

"Estamos em aula, não vou falar nada." Ma Hui Ying ignora seu amigo atrás e começa a fazer anotações.

Na hora do intervalo Quon Jin enche o outro de pergunta, Ma Hui Ying fica envergonhado em responder cada um delas, ambos se divertem.

"Vocês poderiam namorar agora, tipo já que se beijaram muito." 

"Aquilo foi impulso, não vai acontecer novamente." 

"Sei… esse impulso se chama paixão reprimida, corta essa que vocês nasceram para ficar juntos." 

"Não, de jeito nenhum." Ma Hui Ying faz um sinal em negação. "A propósito, esqueci de contar. Ontem vi conversando com Ma Young-Nam o Hosokawa." A sobrancelha de Quon Jin se une estranhando o fato. 

"Me conte mais, você ouviu algo?" 

"Não, na mesma hora que eles estavam falando eu entrei de volta para o banheiro, mas a cara que meu primo fez para Koji não foi das melhores, foi bem hostil como se odiasse a presença do outro." 

"Se uma pessoa estivesse atrapalhando meu encontro até eu seria hostil." 

"Mas não era isso é como se odiasse mesmo, foi bem estranho." 

"Bem." Quon Jin pega o gloss no seu estojo."Não tem como saber, eu não vou perguntar para o panda o que ocorreu pois seria bizarro demais então o que nos resta é ficar na curiosidade." Ele começa a passar pela extensão de seus lábios e o cheiro de cereja fica no ar. 

"E você e o Koji? Vocês continuam… na mesma?" 

"Você fala como se eu e ele estivesse em um relacionamento. Não é bem assim, não tenho fetiche por caras heterossexuais." Ma Hui Ying começa a rir, realmente seu amigo não gostava de heteros, principalmente os curiosos. "No sábado, ele me levou a um restaurante tradicional muito chique, coisa frequentada por pessoas de classe e lá sabe quem eu vi? A pessoa que ele come ou comia."

"Como você sabia?"

"Bicha, eu sou novo mas sei das coisas, ela toda íntima o convidado para almoçar com maior pinta de 'quero te dar mais tarde.' Ele rejeitou, sério ela murchou na hora deu até vontade de rir mas me controlei."

"Isso foi maldade."

"Maldade se ele me abandonasse e ficasse com o cabelo de fogo. Foi hilário, toda vez que lembro do semblante dela tenho vontade de rir." Ele dá uma boa gargalhada. "Mas entre nós dois não há nada, ele só tem curiosidade de comer um homem mas tudo nele grita 'sou hetero''' 

Quon Jin explicava que Koji o tomava a força para beijar, e que ele não conseguia fugir mas ele mantém sua opinião já que os beijos eram muito bom.

"Ficou sabendo que turnê do Stars foi cancelada?" Comentava Quon Jin, Ma Hui Ying ficou triste por causa da notícia, seu ingresso de ir para Coreia um presente dado pela sua tia de consideração foi cancelado.

"Dois dos membros vão fazer serviço militar por dois anos, então estão planejando o que fazer mais tarde. Eu queria ir tanto para Coreia do Sul esse ano, tinha passagem de ida e volta, ingresso para show e estalagem para hotel. Agora não posso ir." O jovem pensa que nunca teve tanta má sorte em sua vida, agora o que resta é se atualizar pelo fã clube oficial. 

"Eu também fiquei triste, tinha juntado minha grana para comprar o blu-ray da nova turnê." Diz Quon Jin inconformidade já que ele é um fã também.

***

A semana passou rapidamente e infelizmente Quon Jin ficou de cama devido a um resfriado forte, seu corpo na cama estava ardendo em febre e não parava de tossir, o médico prescreveu uma receita para que os sintomas fosse aliviados e sua mãe preparava um chá conhecido todos os dias para que melhorasse mais rápido. Mas o corpo de Quon Jin é um pouco fraco, desde de criança ele ficava doente facilmente, o que preocupa sua mãe constantemente.

Ma Hui Ying o visitava mais vezes para atualizar sobre as matérias e o alfinetar por tamanha vezes que ficava de cama, o jovem odiava já que sua pele ficava com aspecto horrível o deixando lamentável. Ele queria sair da cama e fazer alguma coisa mas seu corpo ainda estava fraco, sua mãe deixava a sopa pronta e ia para o trabalho e também voltava mais cedo para averiguar seu estado físico. 

"Quon Jin, dessa vez foi um pouco mais forte. Toma esse chá e depois os remédios."

"Mãe, esse chá não adianta para nada, ainda tô acamado."

"Mas tá melhor que ontem, consegui até murmurar." Ela entrega a caneca com chá dentro, Quon Jin torce o rosto já que o líquido tem gosto amargo e ao mesmo tempo azedo. 

Enquanto o menino bebe o líquido devagar, a companhia toca, a mãe de Quon Jin acha que é amigo do filho e sai do quarto. O jovem que bebia o chá coloca rapidamente o recipiente na mesinha ao lado da cama.

"Coisa horrível!" Ele tosse novamente, ele olha para o espelho do outro lado da cama e mira sua figura horrível, noites mal dormidas o fizeram ter leves olheiras em sua pele branca imaculada, ele toca nelas e quase entra em desespero. "Não acredito, estou em decadência." 

Então ele ouve passos e sua mãe falando com alguém.

"... sim ele está no quarto, está bem doente ficou o tempo todo na cama." 

"Eu vim trazer algumas coisas para ele." Quon Jin de certa forma reconhece essa voz, mas ele não queria acreditar que fosse essa pessoa. Então ele continua ouvindo.

"Fico feliz, achava que o único amigo do meu filho fosse Ma Hui Ying, saber que tem outros colegas me deixa feliz ainda mais um garoto tão bonito como você." 

"Isso me deixa envergonhado Sra. Kandamali" 

"Que nada." 

Quon Jin ouve risinho da sua mãe, e não acredita que ela se comporta igual uma adolescente quando vê um cara lindo, a porta do quarto se abre e a figura enorme como uma sombra entra em seu habitat. O menino sentiu que a presença do outro lá foi uma imensa invasão a sua privacidade, ele se perguntou desde de quando ele e Koji eram amigos? Aquilo não fazia sentido. 

"Filho seu amigo veio te visitar não vai dizer oi?" Diz sua mãe quase pressionando devido o tempo de silêncio.

Quon Jin  quis gritar 'não somos amigos!' Mas sua mãe estava ali e Koji já construiu toda uma atmosfera favorável para ele então se ele se rebelasse pegaria mal para ele. 

"Oi." Diz de forma seca. A mãe olha para a caneca que estava cheia com o chá e fica chateada pois nem a metade foi bebida.

"Você vai beber esse chá antes que esfrie."

"Sim senhora." Ele pega a caneca e bebe de gole em gole, o gosto já não influencia pois ele estava preocupado com outra coisa. 

"Eu vou descer, qualquer coisa é só chamar." Diz ela fechando a porta deixando ambos sozinho.

Quando a mulher fechou a porta, o sorriso cínico no rosto de Koji surgiu, ele deixou sua velha máscara aparecer.

"Então quer dizer que está realmente doente?" Diz num tom sarcástico.

"Achou que estava o que? Fingindo? Eu tenho cara de ator ou gostar de bular a escola?" Diz furioso. 

"De primeira quando seu amigo disse não acreditei muito até que começou a faltar muito, mas agora vendo seu estado decadente, acredito." Quon Jin olha de novo o espelho, ele estava horrível mas ouvir de outra pessoa doía mais ainda. O jovem era bastante influenciado pela beleza, então sempre quis ser o mais bonito é claro que isso era uma das suas fraquezas que ele era bastante influenciado por sugestões positivas e negativas.

"O que veio fazer aqui? Me humilhar?"

"Não, vim entregar isso." Koji tira da sua mochila cadernos de anotações de sala, mesmo com as mãos trêmulas pronto para pegar Quon Jin resiste, ele não ia deixar barato a pessoa que chamou de feio.

"Eu já tenho anotações suficientes, como você deve saber meu amigo as trouxe para mim." 

"Jogue-as fora." Disse num tom mais sério.

"O que?" 

"É surdo? Disse para jogar fora." Sua voz calma traz um tom ameaçador. 

"Não posso fazer isso, está maluco?"

"Então devolva para Ma Hui Ying." 

Quon Jin não pode acreditar no que estava ouvindo, que ordem doida era aquela? Ele começa a ter uma fina dor de cabeça e não queria gritar com o cara a sua frente, ele só queria tirar sarro da cara dele mas outro veio com uma atitude totalmente inesperada.

"Olha, não tô mesmo a fim de discutir, então vamos parar com isso." 

"Então descarte as anotações do seu amigo, aí poderemos conversar normalmente." Diz num sorriso presunçoso, Quon Jin vê o quando o outro é teimoso e não ia desistir e não podia deixar ele destruir as coisas do seu amigo já que tem que devolver, então de forma bruta ele puxa para si as anotações do jovem que abre mais o sorriso. 

"Muito bem." Diz como se estivesse parabenizando um bom cachorro. 

Quon Jin pega um dos cadernos e começa a folhear e fica impressionado, não tinha como mentir as anotações do Koji era impressionantes, seu amigo é inteligente mas fazia péssimas anotações coisas que só ele conseguia entender mas Koji era diferente além da sua inteligência sua escrita é fluida fazendo até um analfabeto entender, o menino quase derrama uma lágrima em agradecimento.

"Vejo que ficou bem feliz."

"É só sua imaginação, quem ficaria contente com apenas papéis?" 

"Você." Quon Jin queria bater nesse cara arrogante, mas antes que pudesse fazer alguma coisa sua mãe aparece com uma bandeja de suco e guloseimas. Os seus olhos chegavam a brilhar e o seu estômago dar um salto.

"Trouxe algo para vocês meninos, enquanto conversa é bom por algo na boca." Diz sorrindo.

"Muito obrigado." Seu semblante se torna muito suave, Quon Jin chega não acredita no que está vendo. Mas ele estava tão enfeitiçado pelas guloseimas que esqueceu o teatro do outro.  A mãe dele o deixa sozinho e volta para o andar de baixo. 

Quon Jin pega o primeiro doce e coloca na boca, que derrete na boca o fazendo acender e ele vai devorando um atrás do outro enquanto bebe seu suco. Koji bebe apenas o suco enquanto observa comer, ele achou graça pois o jovem parecia de certa forma bem desesperado. 

"Não vai comer não? Pergunta por fim. 

"Não gosto muito de doce." Ele continuou a olhar e se viu satisfeito com a imagem a sua frente, ele até pensou se na próxima vez em trazer alguma coisa doce para o outro comer.

"Sério? Está muito bom" Ele põe um biscoito na boca. Quon Jin tinha esquecido o modo como comia então alguns farelos de chocolate sujou o canto dos seu lábios, Koji solta uma leve risada, o jovem à sua frente não entende fazendo uma cara interrogativa.

"Qual a graça?"

"Está sujo." 

"Onde?" Passa a mão na roupa para ver se tinha alguma coisa, então Koji se aproxima e passa a língua perto dos lábios do outro tirando resíduo de chocolate, Quon Jin congela no lugar ele estava muito surpreso, mas antes que ele pudesse fazer algo o menino pega seu queixo puxando para frente deixando um beijo casto nos lábios do jovem. 

"Chocolate…" 

"Por… por que você sempre faz isso?" Diz por fim depois de sair do choque. O menino não responde de imediato apenas mira, Quon Jin esquece de pegar o último doce do pote e bebe todo suco de uma vez, seu coração estava bem acelerado.

"Sua boca é pequena e quente, extremamente viciante queria saber se colocasse meu pau aí dentro qual sensação deveria ser?" Quon Jin vê o brilho da luxúria nos olhos de Koji, ele vê que não estava brincando quando disse aquilo e seu corpo honesto começou a queimar deixando suas bochechas mais vermelhas, mas ele não queria admitir isso. 

"Você não perde a oportunidade de jogar sua vulgaridade." Diz entre dentes.

"Imagine meu pau cavando nessa boquinha enquanto essa língua brinca ao redor." Ele pega o dedo indicador e coloca dentro da boca de Quon Jin passa pelo céu da boca do outro e depois para em sua língua, e como um reflexo o outro começa a lamber.

Então ele ergue o queixo do jovem e enfia outro dedo ele passa por toda extensão da boca onde a língua acompanha, era uma imagem sexy de se ver, parecia que outro estava fazendo um oral o sangue ferve e flui para um único ponto o pau incha ganha vida, e querendo se libertar da calça. Quon Jin sente inebriado, febril e seu interior esquentar mais ainda ele sentiu o desejo de mais queria que sua boca fosse preenchida, quando os dedos vai mais fundo ele sente sua consciência se esvair ele não conseguia acompanhar seu raciocínio, então ele imagina em inúmeros homens que viram em pornos quando fazia oral, ele pensou se essa sensação que eles sentia quando tinha sua boca preenchida. Quando olha para Koji cujo semblante estava sensual e mergulhado no prazer vê satisfação ele queria rir mas aqueles dedos que estavam dando tanto prazer foi tirado de sua boca de repente um vazio surge ele ainda não tinha chegado ao ápice. E seu rosto expressa tristeza.

"É tão bonito vê-lo submisso." Ele pega um lenço em sua mochila e limpa os dedos. 

"Eu… não é bem assim." 

"Então me diz sobre isso." Ele aponta para ereção sobre o tecido de algodão de Quon Jin. O jovem põe as duas mãos tampando ele estava envergonhado, como ele podia admitir que foi estimulado pela boca? Ainda mais pela pessoa que ele não gosta. 

"Podemos resolver isso, também estou bem excitado." Ele mostra o grande volume sobre a calça.

"Para com isso, seu pervertido." 

"Bem, só estou dando uma boa sugestão, somos homens e isso é normal."

"Eu vou levar essas coisas para a cozinha e quando voltar espero não te ver por aqui." Diz sério juntando as coisas para descer, Koji sorri de forma cínica mas pega sua mochila, Quon Jin abre a porta do quarto e desce as escadas sem olhar para trás, mas ele sente aqueles olhos o fitando queimando em suas costas. 

Sua mãe já não estava em casa, ela voltou para o restaurante estão ele teve que recepcionar o outro na saída.

"Amanhã volto no mesmo horário." Diz por fim, e sai onde o carro já espera. 

"Que ódio" pensa.