"Pai, posso sair mais tarde?" Rosina perguntou enquanto jantavam. Já eram 19h.
"Não! Você ainda vai seguir as regras desta casa. Você não pode sair do seu quarto depois das 20h00!" Cleto gritou e deu um soco na mesa, fazendo sua mãe se encolher de choque.
"Entendo, pai," Rosina sussurrou e deu uma mordida no peito de frango.
Os olhos de Rosina deslizaram em direção à sua mãe, que tentava agir delicada e bonita à mesa de jantar, mas a maquiagem porca em seu rosto estava tão espessa apenas para esconder os hematomas e cortes da surra recente.
Do outro lado da mesa estava seu irmão. Um homem para ser o próximo Alfa depois que Cleto se aposentasse da hierarquia.
"Você está ótima, maninha," Rico elogiou e ergueu as sobrancelhas para Rosina. "Você vai atrair muitos homens com esse rosto."
"Se ela não encontrar um parceiro decente, terá de se casar com alguém poderoso e rico. Ser útil ao menos desta vez," Cleto declarou asperamente e mordeu agressivamente sua carne.
Rosina respirou fundo para se acalmar. Tudo o que ela fez foi sorrir e concordar com o que decidiram para ela, como se fosse uma boneca para ser vendida e decorada sem cérebro para determinar o que queria fazer da sua vida.
Depois de jantar, Rosina voltou ao seu quarto e olhou seu reflexo no velho espelho. Não demorou muito até ela ouvir a porta sendo trancada do lado de fora.
Rosina estava acostumada. Seu pai sempre trancava sua porta para impedir que ela se intrometesse com o sexo oposto. Eles queriam que ela fosse pura como água, mas a água também pode ser turva.
Rosina observou o relógio marcar 22h00. Ela vestiu seu robe preto e colocou o capuz para cobrir o rosto, se misturando à escuridão.
No bolso de Rosina estava a chave reserva do seu quarto. Ela a havia roubado antes de deixar o bando três anos atrás.
Rosina inseriu a chave na fechadura dupla dentro do seu quarto e girou suavemente antes de ouvir um clique suave. Ela abriu a porta devagar para garantir que nenhum som pudesse ser ouvido.
A matilha Palecrest sempre seguiu suas regras de que até as 21h00 todas as noites, todos os lobos deveriam estar em seus quartos, e ninguém tinha permissão para sair, exceto os lobos guerreiros, que eram os responsáveis por guardar o bando contra ataques repentinos.
Rosina saiu da casa do bando pela porta dos fundos e entrou na floresta norte. Essa área estava repleta de árvores altas e densas que impediam a luz da lua de passar, tornando a floresta extremamente escura à noite.
Rosina massageou o rosto novamente depois de chegar à entrada da floresta para refrescar sua aparência ignorante. Ela caminhou para dentro enquanto aguçava seus sentidos. Não demorou muito para ela ouvir passos leves vindo de trás.
Após alguns segundos, uma mão cobriu seus olhos. "Quem sou eu?"
Rosina se assustou e riu ingenuamente. "Emílio?"
"Você acertou, bebê," Emílio riu e virou Rosina à força e beijou seus lábios sem permissão.
Rosina piscou duas vezes antes de deixar Emílio fazer o que queria com ela enquanto ela ficava lá, com um olhar consciente. Afinal, ela sabia o que aconteceria antes do encontro.
Emílio tirou a capa de Rosina e estava prestes a rasgar suas roupas quando ela o impediu. Suas mãos foram até suas bochechas enquanto garantiam que seus olhos se encontrassem.
Ambos sorriram um para o outro enquanto Emílio prensava Rosina contra o tronco da árvore e começava a beijar seu pescoço.
Rosina revirou os olhos. Ela não tinha tempo para brincadeiras, pois estava cansada da viagem e queria dormir a noite toda. Rosina puxou o cabelo de Emílio e o beijou agressivamente.
No início, isso deu a Emílio o prazer que queria, mas então, seu desejo se transformou em gritos silenciosos quando Rosina mordeu seus lábios até sangrar.
Rosina não o soltou, não importa quanto Emílio tentasse empurrá-la. Ela o beijou mais fundo enquanto brincava com sua língua antes de mordê-la e puxá-la, rasgando a língua pela metade.
Emílio gritou, mas foi abafado pelo sangue que jorrava da sua boca. Seus olhos se sacudiram ao ver Rosina cuspir sua língua na grama.
Rosina deu alguns passos lentos antes de segurar a cabeça de Emílio. Um de seus olhos brilhava em um tom intenso de verde, um poder para impedir Emílio de se comunicar pela ligação mental e pedir ajuda.
"Coitadinho de você," Rosina sussurrou enquanto ria como uma maníaca. Ela sabe por que Emílio escolheu aquele lugar mesmo sendo perigoso à noite, porque ninguém poderia ouvir o som que eles fariam, fosse gemido ou grito.
Emílio empurrou Rosina, tentou se levantar e fugir, mas foi puxado de volta e jogado agressivamente ao chão. Ele tentou se transformar em sua forma de lobo para escapar, mas uma força o impediu de fazer isso.
"Você é um lobo guerreiro, e ainda assim não consegue me vencer?" Rosina disse com um risinho enquanto quebrava um dos braços de Emílio. Ouvir o som dos ossos quebrando encheu Rosina de prazer psicológico.
"Mais. Eu quero ouvir mais!"
Rosina chutou a cabeça de Emílio com força, fazendo seu corpo voar e bater em uma árvore. Aproveitando a vantagem, Emílio correu apressadamente enquanto segurava seu braço quebrado.
Nesse momento, Emílio se sentiu como uma presa sendo caçada por um predador. Ele sentiu a presença de Rosina atrás dele, e seus risos suaves eram traumatizantes de ouvir.
Emílio virou a cabeça e procurou por Rosina, mas não havia sinal dela. Um suspiro de alívio saiu de sua boca ensanguentada. Emílio pensou que finalmente a tinha perdido, mas quando se virou, um rosto que ele temia ver estava sorrindo para ele com dentes afiados e pontiagudos.
"Você está perdido, garotinho?" Rosina perguntou sedutoramente. Ela agarrou o pescoço de Emílio e o jogou contra a árvore.
Emílio aterrissou com um baque alto. Seu corpo estava em extrema dor, tornando difícil para ele mexer um músculo.